Seca Invernal - Comportamento das Aves

Não sei se é coincidência ou não mas a verdade é que este ano pela primeira vez a passarada comeu a totalidade das bagas de um azevinho aqui do quintal. E é um azevinho bem grande e tava carregadinho de bagas (não ficou uma única, nem na árvore nem no chão), e foi praticamente de um dia para o outro. Os esfomeados que vi eram sempre melros.

Saudações,


Pedro Correia

Jorge Saraiva escreveu:Quem é que somos nós e quem é que são vocês? hehehe

Era tão fixe se todos tentássemos falar a mesma linguagem, não era? E nem é preciso inventar nada. É só olhar para os livros. "Phoenicurus ochrurus", ou escrever ambos os nomes, ao principio parece complicado, mas depois até é giro, e além do mais toda a gente vai aprendendo e entendendo.

Nós e vocês, estamos aqui neste cantinho a não mais de umas dezenas ou centenas de kms de distancia uns dos outros e mesmo assim temos alguma dificuldade em nos entender. Imagina teres de explicar a um japonês.

Não sou ninguem para ensinar, nem o 12º ano tenho, mas tive a sorte (muita sorte eu sei) de quando era miúdo levar uns carolos de pessoal mais sabido nestas artes e agora quando vejo alguem escrever "viuva" nem sei o que pensar. Viuva faz me lembrar aqueles pássaros africanos aos saltos ou as aranhas. Enfim, fico a anhar!

Eu sei bem disso! Eu proprio tomo essa atitude acerca das areas que domino, nomeadamente botanica, especificamente plantas aquáticas e anfibias, e especies piscicolas de água quente (sou antes de mais um aquariofilo metodico informado e exigente, sei de cor a maioria dos nomes cientificos da fauna e flora mais comum no hobby, assim como de muitas mais raras, suas caracteristicas especificas, requisitos quimicos e fisicos, metodos de propagação etc) assim como fauna mamifera. No entanto virei-me para a passarada apenas recentemente e ainda não me deu na mona decorar todos os nomes das aves nacionais Sei quando muito os nomes coloquiais usados na zona de Tomar, Santarém e Cartaxo, que são as zonas onde habito, e onde tenho familia. Viuva é o que chamamos aos rabirruivos. Se para ti Viuva te deixa a coçar a cabeça, o mesmo me acontece quando tenho que dizer rabirruivo. Cresci a ir aos ninhos de muitos destes animais, e não conheço muitos deles por outros nomes. Se te falar em Mejengras, milharoses, pica-peixe entre outros provavelmente não os vais entender, mas para mim funciona, pelo menos até os conhecer de cor em termos do epiteto especifico. Um pouco de paciencia, é a falar que nos entendemos, e não custa nada perguntar que bicho é quando falamos...A seu tempo vais ver que também vou começar a mandar epitetos especificos para aqui e para ali como quem muda de camisa.

hehehe, entendo perfeitamente, abraço e sê bem vindo ao burgo!

Bom dia
Estive a ler as vossas observações e quando li a do Ricardo Bastos sobre a toutinegra decidi partilhar este video, aconteceu em minha casa, quando estava na sala a almoçar ouvi um ruído na porta da rua e fui ver, era esta toutinegra a dar bicadas no vidro da porta, ou talvez simplesmente a bater à porta para ir almoçar comigo, bem corri para ir buscar a máquina e fiz este filmezito (nem me lembrei que o filme ia ficar deitado) ela voltou mais uma vez passados uns minutos, fui devagar até à porta e ainda deu para a abrir com ela pousada na maçaneta mas depois voou para a rua, decidiu ir almoçar fora.
Não sei até que ponto este comportamento estará relacionado com o que se disse antes mas não deixa de ser pouco habitual.
https://www.youtube.com/watch?v=Tumrnvr2C4k
PA120595


Abraços
PP

Ehehehe... no ano passado também observei um chapim-azul a embirrar com uma aranha pendurada do lado de dentro de uma janela. Foram uns bons minutos às cabeçadas.

De acordo com os comentários que tenho lido no Facebook, de especialistas ligados à botânica e entomologia, confirma-se de Norte a Sul o impacto da seca e do frio: as plantas anuais secam ou não crescem, não há flores e os insectos em geral não "aparecem", nem mesmo os mais vulgares típicos da época, ou há a sensação de que "está tudo trocado" em certas espécies.

Falta agora vir o extremo oposto, que são as enxurradas dilúvicas para arrastar os terrenos soltos e afogar os sobreviventes .

Relativamente ao comentário anterior, relativo aos patos, tenho visto os primeiros casais isolados em busca de nichos.

Tenho reparado este ano, onde trabalho, zona Lumiar, um numero mais elevado de Tentilhões num comedouro. Este, adora sementes de girasol que espalho no relvado.

[img][/img]

Essa espécie consome bastantes insectos durante toda a sua vida.
Mas não sei se terá relação nas visitas ao comedouro, pois nos espaços urbanos há sempre locais regados onde abundam invertebrados (a não ser que seja por isso que "agora procuraram mais" esse espaço urbano).
Os tentilhões nidificam por aí ou será esse um viajante?

Paulo Lemos escreveu:Os tentilhões nidificam por aí ou será esse um viajante?

Penso que viagante, e este ano! Porque pelas 9 horas da manhã, (sempre entrei ao serviço a esta hora) cantam e encantam fora de série. com o seu canto . Depois, entram em bandos espassados... os "humamoides" e eles e aparecem no comedouro

Alguem consegue dar referências de outras zonas acerca da reprodução do cartaxo-comum? Esta espécie costuma criar bem cedo por aqui, mas tem me parecido atrasada relativamente a anos anteriores, pelo menos 1 mês (só há duas semanas ouço o canto machos de madrugada e ainda não ouvi alarmes em território algum). Nalguns sítios já devia haver juvenís a abandonar o ninho.

Não sei se tem a ver com o tópico:
Hoje ao fim da tarde, visto sempre de longe sem binóculos, um bando de 15-20 Pica pica em Salir do Porto, emitindo contactos constantes e alimentando-se em campo aberto, pousando no chão ou arbustos.
Ambiente: várzea com valas e dunas.

Não é de todo normal nesta zona (aliás a espécie não é particularmente comum aqui nem nos concelhos próximos).

Paulo Lemos escreveu:Não sei se tem a ver com o tópico:
Hoje ao fim da tarde, visto sempre de longe sem binóculos, um bando de 15-20 Pica pica em Salir do Porto, emitindo contactos constantes e alimentando-se em campo aberto, pousando no chão ou arbustos.
Ambiente: várzea com valas e dunas.

Não é de todo normal nesta zona (aliás a espécie não é particularmente comum aqui nem nos concelhos próximos).

Humm, tenho que ver nos meus apontamentos, mas acho que o maior bando de Pegas que vi em Salir era de 10-12 indivíduos. Na zona deve ser a maior concentração, nas caldas acho que o máximo que vi foram 6 juntas.

pedro121 escreveu:

Paulo Lemos escreveu:Não sei se tem a ver com o tópico:
Hoje ao fim da tarde, visto sempre de longe sem binóculos, um bando de 15-20 Pica pica em Salir do Porto, emitindo contactos constantes e alimentando-se em campo aberto, pousando no chão ou arbustos.
Ambiente: várzea com valas e dunas.

Não é de todo normal nesta zona (aliás a espécie não é particularmente comum aqui nem nos concelhos próximos).

Humm, tenho que ver nos meus apontamentos, mas acho que o maior bando de Pegas que vi em Salir era de 10-12 indivíduos. Na zona deve ser a maior concentração, nas caldas acho que o máximo que vi foram 6 juntas.

Não muito longe, a Este de S. M do Porto, nidificam 2 casais pelo menos.
Foram observações recentes? Em que época do ano?

Nas Caldas conheço uns territórios de nidificação há anos (os mesmos espaços há uns 20 anos no mínimo) e só vejo mais do que 2 ou juntas quando em família ainda dependente.

Nada comparável ao nº de pegas que se observam pelo interior do país, etc..

Paulo Lemos escreveu:

pedro121 escreveu:

Paulo Lemos escreveu:Não sei se tem a ver com o tópico:
Hoje ao fim da tarde, visto sempre de longe sem binóculos, um bando de 15-20 Pica pica em Salir do Porto, emitindo contactos constantes e alimentando-se em campo aberto, pousando no chão ou arbustos.
Ambiente: várzea com valas e dunas.

Não é de todo normal nesta zona (aliás a espécie não é particularmente comum aqui nem nos concelhos próximos).

Humm, tenho que ver nos meus apontamentos, mas acho que o maior bando de Pegas que vi em Salir era de 10-12 indivíduos. Na zona deve ser a maior concentração, nas caldas acho que o máximo que vi foram 6 juntas.

Não muito longe, a Este de S. M do Porto, nidificam 2 casais pelo menos.
Foram observações recentes? Em que época do ano?

Nas Caldas conheço uns territórios de nidificação há anos (os mesmos espaços há uns 20 anos no mínimo) e só vejo mais do que 2 ou juntas quando em família ainda dependente.

Nada comparável ao nº de pegas que se observam pelo interior do país, etc..

Sim, provavelmente, tenho que confirmar as datas e locais, bem não os locais que elas são muito localizadas, mas as datas.