Unesco faz ultimato à Austrália porque a Grande Barreira de Coral está em risco
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Unesco faz ultimato à Austrália porque a Grande Barreira de Coral está em risco
Unesco faz ultimato à Austrália porque a Grande Barreira de Coral está em risco
02.06.2012
fonte :publico.pt
A Unesco fez um ultimato ao governo australiano para que tome medidas urgentes de protecção da Grande Barreira de Coral, em risco devido ao boom da indústria mineira e da exploração de gás. Se nada for feito, a organização ameaça incluir o maior recife de coral do mundo – classificado como Património Mundial desde 1981 – na lista do património “em perigo”.
Num relatório citado pela Reuters, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) menciona especificamente os planos do governo australiano para a criação de portos de gás natural e de carvão – nomeadamente os projectos previstos para ilha de Curtis e para Gladstone. A organização defende que o desenvolvimento destas indústrias deve ser feito de forma sustentável e deve limitar-se aos portos já existentes.
A Austrália lançou um programa de investimentos sem precedentes na exploração dos recursos energéticos, para responder à procura crescente de combustíveis por parte da Ásia. No total, estão a ser investidos 450 mil milhões de dólares australianos (cerca de 351 mil milhões de euros).
A Grande Barreira de Coral ainda não foi suficientemente afectada para ser declarada “em perigo”, mas a Unesco – que enviou uma equipa ao local em Março para avaliar a situação - acredita que aqueles projectos, a par do desenvolvimento da exploração mineira e do turismo, representam uma ameaça real.
“Considerando a elevada taxa de aprovações [de projectos] nos últimos 12 anos, esta escalada de desenvolvimento sem precedentes afectando ou potencialmente afectando o território motiva sérias preocupações sobre a conservação a longo prazo” do recife, diz a Unesco.
“Na ausência de um progresso substancial”, lê-se no relatório, o Comité do Património Mundial irá equacionar a integração do recife na lista de locais “em perigo” em Fevereiro de 2013.
A maior estrutura viva do mundo, com cerca de 2200 quilómetros de extensão e milhares de espécies, está também a ser afectada pela degradação da qualidade da água e pelas alterações climáticas, admite a Unesco, e por isso “é essencial travar o desenvolvimento económico que ameaça a resistência da barreira de coral”, refere o relatório citado pela AFP.
O ministro australiano do Ambiente, Tony Burke, reconheceu que a barreira está exposta “às alterações climáticas e ao impacto do desenvolvimento costeiro” mas salientou, em declarações à AFP, que o governo da capital, Camberra, está “perfeitamente ciente” dos riscos. Por isso, e “apesar da complexidade destas questões”, o Estado está “determinado a lidar com o problema, tomando uma série de decisões sobre o meio ambiente marinho e litoral”, acrescentou.
Por sua vez, o presidente da câmara de Queensland, Campbell Newman, que é o responsável local pela Barreira de Coral, lembrou que a região depende da exploração do carvão e que não está disposto a pôr em causa o futuro económico da cidade. Mas garantiu que vai proteger o ambiente.
Os ambientalistas australianos apelaram ao governo que tome medidas para evitar a “vergonha nacional” de ser incluído na lista de locais “em perigo” da Unesco.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1548672
02.06.2012
fonte :publico.pt
A Unesco fez um ultimato ao governo australiano para que tome medidas urgentes de protecção da Grande Barreira de Coral, em risco devido ao boom da indústria mineira e da exploração de gás. Se nada for feito, a organização ameaça incluir o maior recife de coral do mundo – classificado como Património Mundial desde 1981 – na lista do património “em perigo”.
Num relatório citado pela Reuters, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) menciona especificamente os planos do governo australiano para a criação de portos de gás natural e de carvão – nomeadamente os projectos previstos para ilha de Curtis e para Gladstone. A organização defende que o desenvolvimento destas indústrias deve ser feito de forma sustentável e deve limitar-se aos portos já existentes.
A Austrália lançou um programa de investimentos sem precedentes na exploração dos recursos energéticos, para responder à procura crescente de combustíveis por parte da Ásia. No total, estão a ser investidos 450 mil milhões de dólares australianos (cerca de 351 mil milhões de euros).
A Grande Barreira de Coral ainda não foi suficientemente afectada para ser declarada “em perigo”, mas a Unesco – que enviou uma equipa ao local em Março para avaliar a situação - acredita que aqueles projectos, a par do desenvolvimento da exploração mineira e do turismo, representam uma ameaça real.
“Considerando a elevada taxa de aprovações [de projectos] nos últimos 12 anos, esta escalada de desenvolvimento sem precedentes afectando ou potencialmente afectando o território motiva sérias preocupações sobre a conservação a longo prazo” do recife, diz a Unesco.
“Na ausência de um progresso substancial”, lê-se no relatório, o Comité do Património Mundial irá equacionar a integração do recife na lista de locais “em perigo” em Fevereiro de 2013.
A maior estrutura viva do mundo, com cerca de 2200 quilómetros de extensão e milhares de espécies, está também a ser afectada pela degradação da qualidade da água e pelas alterações climáticas, admite a Unesco, e por isso “é essencial travar o desenvolvimento económico que ameaça a resistência da barreira de coral”, refere o relatório citado pela AFP.
O ministro australiano do Ambiente, Tony Burke, reconheceu que a barreira está exposta “às alterações climáticas e ao impacto do desenvolvimento costeiro” mas salientou, em declarações à AFP, que o governo da capital, Camberra, está “perfeitamente ciente” dos riscos. Por isso, e “apesar da complexidade destas questões”, o Estado está “determinado a lidar com o problema, tomando uma série de decisões sobre o meio ambiente marinho e litoral”, acrescentou.
Por sua vez, o presidente da câmara de Queensland, Campbell Newman, que é o responsável local pela Barreira de Coral, lembrou que a região depende da exploração do carvão e que não está disposto a pôr em causa o futuro económico da cidade. Mas garantiu que vai proteger o ambiente.
Os ambientalistas australianos apelaram ao governo que tome medidas para evitar a “vergonha nacional” de ser incluído na lista de locais “em perigo” da Unesco.
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