Universidade de Coimbra cria frigorífico que funciona a energia solar
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Universidade de Coimbra cria frigorífico que funciona a energia solar
Universidade de Coimbra cria frigorífico que funciona a energia solar
11 de Junho, 2012
fonte : http://sol.sapo.pt
Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) criaram «um frigorífico solar inovador», que só precisa de energia solar para produzir frio, podendo ser útil em regiões remotas onde não há electricidade - revelou hoje a instituição.
Este frigorífico solar, designado por FRISOL, poderá ser muito útil «em zonas remotas sem rede eléctrica, como por exemplo, em África, para a conservação não só de produtos alimentares, mas essencialmente de medicamentos», refere, em comunicado divulgado hoje pela Universidade de Coimbra (UC), um dos coordenadores do projecto, José Costa.
O FRISOL «pode ser também usado em alternativa aos frigoríficos comuns, apenas necessitando de energia solar para o seu funcionamento», adianta.
«Só precisa de energia solar e permite produzir frio onde não há energia eléctrica», disse hoje à Agência Lusa José Costa.
Com financiamentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Associação Americana de Engenheiros de Refrigeração e Ar Condicionado, a investigação em torno deste projecto iniciou-se em 2007 e «conduziu a resultados muito promissores», segundo o mesmo comunicado da UC.
A equipa de investigadores construiu um protótipo com equipamento completamente autónomo, necessitando apenas de energia solar para accionar o processo de refrigeração.
O FRISOL consegue manter o frio, produzido nos dias com sol, durante dois ou três dias sem sol, graças ao isolamento térmico da caixa frigorífica. É capaz de produzir frio equivalente a cerca de 3 a 4 quilogramas de gelo por dia.
A base do FRISOL, desenvolvido por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), está na implementação da refrigeração pelo fenómeno da «adsorção» (adesão de moléculas de um fluído a uma superfície ou substância) que recorre, neste caso, à utilização de sílica-gel, um material extremamente eficiente na retenção de moléculas de vapor, não tóxico e de baixo custo - é explicado na nota.
A sílica-gel «pode 'adsorver' água até 40% do seu próprio peso quando está fria, voltando a libertar a água ao ser aquecida».
José Costa, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC, disse hoje à Lusa que se trata de «uma experiência nova em Portugal», existindo já no estrangeiro alguns produtos destinados à produção industrial, mas com pouca penetração no mercado por recorreram a uma tecnologia muito cara.
José Costa, citado no comunicado, refere que «a indústria já manifestou interesse [no projecto] por se tratar de uma tecnologia de baixo custo».
O princípio de funcionamento deste frigorífico «é aparentemente simples: o 'coração' do sistema é a sílica-gel, colocada no interior de um colector solar, completando-se o circuito com um condensador, um reservatório de condensados, um evaporador (onde é produzido o frio) e uma caixa frigorífica», lê-se na nota.
O fluido refrigerante é a água e o sistema funciona sob vácuo, sendo por isso necessário retirar todo o ar do interior do sistema.
O projecto conta também com a colaboração de um investigador da Universidade de Aveiro, Vítor Costa.
http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=51697
11 de Junho, 2012
fonte : http://sol.sapo.pt
Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) criaram «um frigorífico solar inovador», que só precisa de energia solar para produzir frio, podendo ser útil em regiões remotas onde não há electricidade - revelou hoje a instituição.
Este frigorífico solar, designado por FRISOL, poderá ser muito útil «em zonas remotas sem rede eléctrica, como por exemplo, em África, para a conservação não só de produtos alimentares, mas essencialmente de medicamentos», refere, em comunicado divulgado hoje pela Universidade de Coimbra (UC), um dos coordenadores do projecto, José Costa.
O FRISOL «pode ser também usado em alternativa aos frigoríficos comuns, apenas necessitando de energia solar para o seu funcionamento», adianta.
«Só precisa de energia solar e permite produzir frio onde não há energia eléctrica», disse hoje à Agência Lusa José Costa.
Com financiamentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Associação Americana de Engenheiros de Refrigeração e Ar Condicionado, a investigação em torno deste projecto iniciou-se em 2007 e «conduziu a resultados muito promissores», segundo o mesmo comunicado da UC.
A equipa de investigadores construiu um protótipo com equipamento completamente autónomo, necessitando apenas de energia solar para accionar o processo de refrigeração.
O FRISOL consegue manter o frio, produzido nos dias com sol, durante dois ou três dias sem sol, graças ao isolamento térmico da caixa frigorífica. É capaz de produzir frio equivalente a cerca de 3 a 4 quilogramas de gelo por dia.
A base do FRISOL, desenvolvido por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), está na implementação da refrigeração pelo fenómeno da «adsorção» (adesão de moléculas de um fluído a uma superfície ou substância) que recorre, neste caso, à utilização de sílica-gel, um material extremamente eficiente na retenção de moléculas de vapor, não tóxico e de baixo custo - é explicado na nota.
A sílica-gel «pode 'adsorver' água até 40% do seu próprio peso quando está fria, voltando a libertar a água ao ser aquecida».
José Costa, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC, disse hoje à Lusa que se trata de «uma experiência nova em Portugal», existindo já no estrangeiro alguns produtos destinados à produção industrial, mas com pouca penetração no mercado por recorreram a uma tecnologia muito cara.
José Costa, citado no comunicado, refere que «a indústria já manifestou interesse [no projecto] por se tratar de uma tecnologia de baixo custo».
O princípio de funcionamento deste frigorífico «é aparentemente simples: o 'coração' do sistema é a sílica-gel, colocada no interior de um colector solar, completando-se o circuito com um condensador, um reservatório de condensados, um evaporador (onde é produzido o frio) e uma caixa frigorífica», lê-se na nota.
O fluido refrigerante é a água e o sistema funciona sob vácuo, sendo por isso necessário retirar todo o ar do interior do sistema.
O projecto conta também com a colaboração de um investigador da Universidade de Aveiro, Vítor Costa.
http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=51697
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