Investigadores britânicos criam «Facebook» para aves
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Investigadores britânicos criam «Facebook» para aves
Investigadores britânicos criam «Facebook» para aves
Data: 26 de Junho de 2012
Fonte: diariodigital
Investigaores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, criaram um novo método para analisar os vínculos entre animais através de uma espécie de Facebook para estas espécies.
«No caso dos humanos, o Facebook regista quem são os nossos amigos, por onde passamos e o que dividimos com outros», afirmou Ioannis Psorakis, do Departamento de Engenharia da Universidade de Oxford, um dos autores do estudo.
«O que demonstramos agora é que podemos analisar dados sobre animais individuais para construir um Facebook para animais, revelando quem está associado a quem, quem são os membros de um mesmo grupo e quais as aves que vão com frequência a certos eventos ou reuniões», afirmou.
As associações entre animais podem ter consequências importantes para a sobrevivência e influenciar, por exemplo, a habilidade de encontrar um par ou alimentos e também a transmissão de doenças.
Com esta espécie de rede social para aves, os pesquisadores conseguem registar, por exemplo, uma grande quantidade de dados sobre horas e locais em que certas aves foram observadas.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Journal of the Royal Society Interface.
Os cientistas testaram o método de análise numa comunidade da ave chapim-real (Parus major), conhecida pela sua capacidade de aprendizagem.
O novo método de análise de informação pode identificar de forma automática períodos de actividade social intensa após um grande número de observações.
Os cientistas testaram o sistema com cerca de um milhão de registos sobre o chapim-real. Os dados foram recolhidos a partir de dispositivos colocados em milhares de aves e sensores que registaram a presença de cada pássaro em mais de 60 pontos com alimentos para estas aves espalhados pelo bosque Wytham, em Oxford.
«O novo método permite descobrir os laços sociais entre as aves. O sistema identifica quais os indivíduos que estiveram num mesmo lugar e decifra se as visitas foram suficientemente próximas (umas das outras) para considerá-los como amigos», disse à BBC Mundo outro autor do estudo, Iead Rezek, da Unidade de Análise de Padrões do Departamento de Engenharia da Universidade de Oxford.
«Ao examinar estas redes, descobrimos que coincidiam com observações de campo feitas por ornitólogos. Descobrimos, por exemplo, que pares de indivíduos que a nossa análise identificou como associados estavam efectivamente vinculados como casais», disse.
Os primeiros resultados da análise sugerem que as aves não participam de bandos formados ao acaso, mas interagem principalmente com outros indivíduos em comunidades com laços estreitos.
O novo método também poderia ajudar a compreender como se espalha uma informação entre populações de animais.
«O trabalho abre o caminho para novas investigações sobre como se comunica a informação em populações, as origens genéticas da socialização e a estrutura dos grupos. Também pode ser importante para identificar a forma que uma doença se espalha (entre os indivíduos)», disse Rezek à BBC.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579297
Data: 26 de Junho de 2012
Fonte: diariodigital
Investigaores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, criaram um novo método para analisar os vínculos entre animais através de uma espécie de Facebook para estas espécies.
«No caso dos humanos, o Facebook regista quem são os nossos amigos, por onde passamos e o que dividimos com outros», afirmou Ioannis Psorakis, do Departamento de Engenharia da Universidade de Oxford, um dos autores do estudo.
«O que demonstramos agora é que podemos analisar dados sobre animais individuais para construir um Facebook para animais, revelando quem está associado a quem, quem são os membros de um mesmo grupo e quais as aves que vão com frequência a certos eventos ou reuniões», afirmou.
As associações entre animais podem ter consequências importantes para a sobrevivência e influenciar, por exemplo, a habilidade de encontrar um par ou alimentos e também a transmissão de doenças.
Com esta espécie de rede social para aves, os pesquisadores conseguem registar, por exemplo, uma grande quantidade de dados sobre horas e locais em que certas aves foram observadas.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Journal of the Royal Society Interface.
Os cientistas testaram o método de análise numa comunidade da ave chapim-real (Parus major), conhecida pela sua capacidade de aprendizagem.
O novo método de análise de informação pode identificar de forma automática períodos de actividade social intensa após um grande número de observações.
Os cientistas testaram o sistema com cerca de um milhão de registos sobre o chapim-real. Os dados foram recolhidos a partir de dispositivos colocados em milhares de aves e sensores que registaram a presença de cada pássaro em mais de 60 pontos com alimentos para estas aves espalhados pelo bosque Wytham, em Oxford.
«O novo método permite descobrir os laços sociais entre as aves. O sistema identifica quais os indivíduos que estiveram num mesmo lugar e decifra se as visitas foram suficientemente próximas (umas das outras) para considerá-los como amigos», disse à BBC Mundo outro autor do estudo, Iead Rezek, da Unidade de Análise de Padrões do Departamento de Engenharia da Universidade de Oxford.
«Ao examinar estas redes, descobrimos que coincidiam com observações de campo feitas por ornitólogos. Descobrimos, por exemplo, que pares de indivíduos que a nossa análise identificou como associados estavam efectivamente vinculados como casais», disse.
Os primeiros resultados da análise sugerem que as aves não participam de bandos formados ao acaso, mas interagem principalmente com outros indivíduos em comunidades com laços estreitos.
O novo método também poderia ajudar a compreender como se espalha uma informação entre populações de animais.
«O trabalho abre o caminho para novas investigações sobre como se comunica a informação em populações, as origens genéticas da socialização e a estrutura dos grupos. Também pode ser importante para identificar a forma que uma doença se espalha (entre os indivíduos)», disse Rezek à BBC.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579297
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