Defende SPEA FUNDOS DA UE PARA CONTINUAR A PRESERVAR PRIOLO

Defende SPEA FUNDOS DA UE PARA CONTINUAR A PRESERVAR PRIOLO

12-10-2012

fonte :auniao.com

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves alertou ontem para a necessidade de utilizar fundos destinados à conservação da natureza para continuar os resultados obtidos na preservação do priolo nos Açores, do francelho ou da abetarda no Alentejo.

Em comunicado divulgado a propósito da publicação de um relatório da associação de defesa do ambiente BirdLife Europa, a entidade refere que aqueles são "marcos de sucesso a nível europeu" e defende ser "imprescindível" atingir as metas de conservação da biodiversidade definidas pela União Europeia (UE) para 2020.

“O momento de crise torna crucial a utilização de fundos dedicados a conservação da natureza para manter resultados tão importantes como a preservação do priolo nos Açores ou do francelho ou da abetarda no Alentejo”, salienta a SPEA.

A associação portuguesa realça ser igualmente "imprescindível" que os financiamentos europeus sejam dirigidos para aqueles projectos e para a valorização das acções locais e benefícios para as comunidades.

Para Portugal, "é particularmente importante" o desafio da conservação da biodiversidade, acrescenta.

No relatório da BirdLife Europa acerca da concretização dos objectivos europeus de conservação, publicado na quarta-feira, Portugal é referido como um dos países onde permanecem "falhas importantes" no que respeita às áreas de protecção de aves marinhas integradas no Nature 2000.

Os outros Estados na mesma situação são Reino Unido, Itália Irlanda Finlândia ou Suécia.

A associação internacional considera que "a estratégia da UE identificou correctamente as acções necessárias para travar a perda de biodiversidade, mas o tempo está a esgotar-se e as decisões tomadas durante os próximos 18 meses serão cruciais".

Na avaliação dos dois anos já decorridos após a adopção de plano para a biodiversidade, os ambientalistas concluem que, "a menos que os subsídios nefastos da UE para a agricultura, pescas, transportes e energia cheguem ao fim e o financiamento para a conservação da natureza aumente, os governos europeus arriscam-se a não cumprir o que se encontra na estratégia".

O documento define que "os responsáveis políticos têm de enfrentar os lobbies de obstrução e assegurar-se que a Europa não sai do caminho traçado na direcção das metas de 2020".

Para Ariel Brunner, responsável da BirdLife Europa, citado no comunicado da SPEA, "tomar decisões erradas acerca do orçamento da UE e da reforma agrícola nas negociações actuais significa que está em risco de falhar os objectivos da estratégia".

A BirdLife propõe uma solução que inclui a reforma da Política Comum das Pescas (PCP) e da Política Agrícola Comum (PAC) e direccionar as actuais negociações do orçamento da UE para 2014-2020 para investimentos em biodiversidade e ecossistemas.

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=29504