Maritimas

Hoje entre as 7:45h e as 9:00h, no Sr. da Pedra:
- Morus bassanus, cerca de 200 ind. para norte,
- "pardela" só observei uma,
- Melanitta nigra, várias dezenas ao largo,
- Sterna sandvicensis, várias dezenas para N,
- Alca torda, cerca de 10 ind. para N,
- "moleiros", 2 ind. para N, um deles pareceu-me um Stercorarius pomarinus adulto.

Embora longe pareceu-me semelhante a este:

Nada mau para esta época do ano.

Carlos Vilhena escreveu:Nada mau para esta época do ano.

Pois, mas bom bom era a capela do Sr. da Pedra estar implantada 250-500 metros mais ao largo

Carlos Vilhena escreveu:Nada mau para esta época do ano.

Bom, digamos que nada mau para estes ventos, nesta altura do ano poderia ter-lhe corrido bem melhor com outro tempo, especialmente a nível de sternas e moleiros.

Hoje entre as 7:30h e as 8:30h, no Sr. da Pedra:
- Morus bassanus, cerca de 250 ind. para norte,
- Melanitta nigra, algumas dezenas "para um lado e para o outro",
- Numenius phaeopus, 5 ind para N,
- Sternas (algumas albifrons, e essencialmente sandvicensis...), várias dezenas mas hoje, curiosamente, para S,
- Alca torda, cerca de 3 ind. para N, mais 4 ou 5 alcídeos tb para N mais ao largo,

Basicamente muito idêntico à semana transacta. De referir que as condições, no período referido, foram muito idênticas às da semana passada. Temperatura e ausência de vento. Não deixa de ser curioso que as Sternas passavam para baixo e os Mor. bassanus passavam bem mais longe. Depois das 8h30 o tempo mudou abruptamente, frio e nortada... antes das 9:00h já tava a tomar um cafézinho.

Pardelas e Moleiros nicles... embora me tenha passado uma ave para N, longe para não variar, com batimento de asa constante, tipo moleiro, junto à água, sem flashes nas asas, cinza/acastanhado por cima e ligeiramete mais claro por baixo

Ainda em relação às sternas, das poucas que passaram para N, 3 deixaram-me intrigado. Voavam juntas mesmo "por cima da água" (ao contrário das outras +- 20 m acima da rebentação), em voo constante, e eram maiores (pelo menos assim me pareceu) do que hirundo/sandvicensis, asa comprida e aparentemente fina... mas estavam bem mais longe do que as habituais. Olho para o "flight identification..." e volto sempre à Sterna maxima... mas é só sugestão, concerteza.

Acordar às 6:50h, de um Domingo, fazer 25-30 km (para cada lado) nem que seja para matar o vício por 1h - 1 1/2h, em frente ao mar, é algo que me dá um enorme prazer, nem que seja nas traseiras de uma qualquer capela a cheirar a velas/cera queimada (promessas, vodoo, whatever...), urina... ou ambas!! Mas ora bolas, as aves podiam passar mais perto um bocadinho!!!!

Pois, eu ontem com condições de vento "boas" safei-me ligeiramente melhor que o Helder, pelo menos passou tudo muito perto, com o ponto alto a ser um Moleiro-grande a ser perseguido por gaiotas que passou por cima das nossas cabeças...

Mas fora isso não rendeu, meia dúzia de patos e moleiros grandes, alguns bandos de garajaus, muitos gansos patolas a passar pertinho e as cagarras, e basicamente foi isso, tendo em conta a altura do ano e o vento que estava esperava mais, os aguaceiros devem ter interrompido a migração das aves mais pequenas como as sternas.

No passado domingo lá fiz mais uma peregrinação às traseiras do Sr. da Pedra (huuum, soou um bocado mal ).
Nada de especial, até porque a chuva depressa me escorraçou. A única observação interessante foram 6 Haematopus ostralegus a voar para sul cerca das 8:00h (a maré vaza foi pelas 9:40h),... passados 5 minutos passou um para norte. Achei curiosa esta observação pois no inverno o local mais próximo onde os observo é no estuário do minho, às vezes lá aparece algum no do cávado.
Neste periodo de migração seria de esperar vê-los a passar para cima... ainda por cima o vento estava de sul.

Não fizeste uma oferta às almas e elas não fizeram que houvesse aves.

Carlos Vilhena escreveu:Não fizeste uma oferta às almas e elas não fizeram que houvesse aves.

Eh eh, mas é um local com o seu quê de creepy. É perfeitamente normal chegar lá ao domingo às 7:00h da manhã e ver velas a arder junto às rochas, nas traseiras da capela... ou então surgir alguém em promessa e começar a fazer a escadaria toda, dando voltas à capela, "n" vezes, em silêncio...

Helder Vieira escreveu:
Eh eh, mas é um local com o seu quê de creepy. É perfeitamente normal chegar lá ao domingo às 7:00h da manhã e ver velas a arder junto às rochas, nas traseiras da capela... ou então surgir alguém em promessa e começar a fazer a escadaria toda, dando voltas à capela, "n" vezes, em silêncio...

Bom, no carvoeiro não temos velas, mas temos outro tipo de actividades, algumas mais complicadas... e outras mais divertidas, agora aves que era o que se pretendia...continua a seca...

Boas,

Passei hoje de manhã no cabo Raso (já lá não ia há algum tempo) e das 9 às 10h já contei 79 Puffinus mauretanicus a passar para Norte;
Destaco também a quantidade de Cagarras que estavam na área, algumas formando uma pequena jangada, destruida pela passagem, para Norte, de um Stercorarius skua.
A cereja em cima do bolo, foi a passagem, também para Norte e bem perto da costa, de um Puffinus griseus.

Cumprimentos
António

No passado dia 27/6 participei numa saida pelágica organizada pela empresa "birdwatching algarve", ao largo da Fuseta.
A assinalar:
- Calonectris diomedea, algumas dezenas
- Pufffinus puffinus, 2 ind.
- Puffinus mauretanicus, 2 ind.
- Oceanites oceanicus, 4-6 ind.
- Morus bassanus, algumas dezenas
- Stercorarius skua, 1 ind
- Larus audouinii, 6-7 ind.
...
...
...
- Larus sabini (o ponto alto da jornada!), 1 ind com caracteristicas mais de adulto do que de 1º verão.















Editei pois esqueci-me de assinalar o moleiro grande que passou bem perto do barco... também merece!

Helder Vieira escreveu:
- Larus sabini (o ponto alto da jornada!), 1 ind com caracteristicas mais de adulto do que de 1º verão.

2º ano talvez?

Helder Vieira escreveu:No passado dia 27/6 participei numa saida pelágica organizada pela empresa "birdwatching algarve", ao largo da Fuseta.
A assinalar:
- Calonectris diomedea, algumas dezenas
- Pufffinus puffinus, 2 ind.
- Puffinus mauretanicus, 2 ind.
- Oceanites oceanicus, 4-6 ind.
- Morus bassanus, algumas dezenas
- Larus audouinii, 6-7 ind.
...
...
...
- Larus sabini (o ponto alto da jornada!), 1 ind com caracteristicas mais de adulto do que de 1º verão.

Não viste hydrobates? Mesmo assim nada mau, nada mau mesmo!! Viste mais alguma coisa no sul?

Helder Vieira escreveu:No passado dia 27/6 participei numa saida pelágica organizada pela empresa "birdwatching algarve", ao largo da Fuseta.
A assinalar:
- Calonectris diomedea, algumas dezenas
- Pufffinus puffinus, 2 ind.
- Puffinus mauretanicus, 2 ind.
- Oceanites oceanicus, 4-6 ind.
- Morus bassanus, algumas dezenas
- Larus audouinii, 6-7 ind.
...
...
...
- Larus sabini (o ponto alto da jornada!), 1 ind com caracteristicas mais de adulto do que de 1º verão.

Ena, o Helder veio à Mourolândia!

pedro121 escreveu:
2º ano talvez?

O bico não parece de adulto, e o capuz nesta altura deveria estar uniformemente escuro, não? A cauda bifurcada e branca, bem como as manchas brancas nas primárias são características "pró-adulto", mas também diria que é um 1º verão (2º ano portanto).

pedro121 escreveu:
Não viste hydrobates?

Não, por acaso pensei que esse era mais garantido.

pedro121 escreveu:
Mesmo assim nada mau, nada mau mesmo!! Viste mais alguma coisa no sul?

Não. Estava muito calor, e a praia/piscina estavam a vocalizar um chamamento a que não conseguia resistir
Além disso tinha o famoso "factor familia"... mas por aí também estou à vontade. Acima de tudo aquela manhã já me satisfez.

Gonçalo Elias escreveu:
Ena, o Helder veio à Mourolândia!

É verdade Gonçalo. Como diz o Faisca, fui visitar a civilização

fascinabnte a tua dedicação, parabens Pedro121

Helder Vieira escreveu:É verdade Gonçalo. Como diz o Faisca, fui visitar a civilização

Desculpa lá mas não posso concordar.

Tu passaste pela civilização a grande velocidade mas nem te dignaste parar

Gonçalo Elias escreveu:
Desculpa lá mas não posso concordar.

Tu passaste pela civilização a grande velocidade mas nem te dignaste parar

Eh eh, foi por um triz!!! Desta vez com a conversa, ou se calhar o famoso PDI, distrai-me e após a saida A2/A6/A12 quando dei por mim já ia na A10 em direcção à capital!!! Acabei por remediar saindo para Vila-Franca, Porto Alto, etc... e a reserva do estuário ali ao lado

Helder Vieira escreveu:

Eh eh, foi por um triz!!! Desta vez com a conversa, ou se calhar o famoso PDI, distrai-me e após a saida A2/A6/A12 quando dei por mim já ia na A10 em direcção à capital!!! Acabei por remediar saindo para Vila-Franca, Porto Alto, etc... e a reserva do estuário ali ao lado

Uma paragem estrategica para a meloa da praxe ... e quem sabe.......ainda vias mais qualquer coisa.

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:

Eh eh, foi por um triz!!! Desta vez com a conversa, ou se calhar o famoso PDI, distrai-me e após a saida A2/A6/A12 quando dei por mim já ia na A10 em direcção à capital!!! Acabei por remediar saindo para Vila-Franca, Porto Alto, etc... e a reserva do estuário ali ao lado

Uma paragem estrategica para a meloa da praxe ... e quem sabe.......ainda vias mais qualquer coisa.

Não, por acaso quando saio nessa saída começo é logo a falar em sopa da pedra... mas é só bluff. No final acabo por comer uma sandocha numa estação de serviço... mas a sandocha já vai de casa, tem mais sabor ( €€€€)

Helder Vieira escreveu:
Não, por acaso pensei que esse era mais garantido.

Sim, bem, pode ser demasiado tarde para os adultos e demasiado cedo para os não reprodutores?

Pedro, concordo na parte dos adultos. Os não reprodutores penso que será uma incógnita. Podem passar ao mesmo tempo dos outros ou mais tarde, como é o caso em muitas gaivotas. Talvez o Marcial ou alguém d' A Rocha possa esclarecer essa questão com base nos milhares de paínhos capturados e recapturados nas campanhas que organizam todos os anos desde há muitos anos

Carlos Pacheco escreveu:Pedro, concordo na parte dos adultos. Os não reprodutores penso que será uma incógnita. Podem passar ao mesmo tempo dos outros ou mais tarde, como é o caso em muitas gaivotas. Talvez o Marcial ou alguém d' A Rocha possa esclarecer essa questão com base nos milhares de paínhos capturados e recapturados nas campanhas que organizam todos os anos desde há muitos anos

Sim, aqui a questão é que em Junho passam os adultos e em Agosto e Setembro são avistados no Algarve aves juntamente com os Oceanites, podem ser subadultos atlânticos que estão a "subir" mas também podem ser aves das colonias mediterrâneas, e sem duvida que o pessoal da Rocha é o mais indicado para esclarecer a questão.

Boas

Eu estive precisamente nessa altura no Algarve, a ajudar na campanha de Hydrobates...e fiz tambem uma saida a 28 e vi varios painhos durante a saida, assim como se efectuaram diversas capturas durante essa semana.

Abraço