SEPNA

Bom dia

Abro este topico de forma a relatar uma situaçao que se passou comigo ontem que no minimo me deixou indignado.
Ao passar no sapal de Coina parei para uma curta observaçao e encontro uma cegonha branca adulta com uma asa partida.
Por sugestão do Gonçalo contactei o Sepna.
Em primeiro lugar o nº verde 808200520 está sempre impedido,de seguida ligo para um numero geral de Lisboa onde me "despacham" para Setubal,em Setubal "despacham-me " para Almada, de Almada "despacham-me" para o Montijo, onde por fim pedem a minha identificaçao e prontificam-se a resolver o caso.

Tudo isto por volta das 19H20.
´
Ás 21h ligam-me do posto de Santo Antonio Da charneca (gnr)a pedir algum auxilio, pois nao encontravam a ave, e dei novas referencias.
Como estava na zona passei por lá para ajudar,e eis que encontro entao 2 militares da gnr a deslocarem-se a pé para o local que referi.
Fui ao seu encontro e como ja era quase noite e a visibilidade era minima,acabei eu por localizar a ave na vegetaçao ( sabia onde ela estava), e os militares reconheceram-na tambem.Ficaram no local a aguardar instruçoes e\ou meios para a recolha da ave.
Abandonei o local,e hoje as 8h30 passei no local e a ave estava no mesmo sitio morta.

É lamentavel que para se reportar uma situaçao alguem tenha que andar a ser despachado de um lado para o outro, nao existindo comunicaçao interna entre os destacamentos e no fim de tudo isto o resultado foi o mesmo.

Só senti cooperaçao por parte dos agentes do posto de Santo Antonio, que dentro das suas possibilidades identificaram a ave, tentaram iluminar a mesma para ter a certeza e permaneceram no local a aguardar instruçoes.
O contacto feito para o Montijo tambem deu frutos tanto que contactaram o Barreiro e foram 2 agentes tomar conta da ocorrencia.
Não sei o que se passou, se não houve instruçoes, meios ou seja o que for,o que é certo é que a ave não foi recolhida.

Lamentavelmente

Antonio Ribeiro

Por acaso no meu único contacto com o Sepna, há cerca de duas semanas, tudo correu bastante bem.
Encontrei uma rede de passarinheiros perto do Paúl de Rilvas (Alcochete), liguei para o número verde e fui atendido imediatamente. Pediram o meu contacto para o darem à GNR que chegou prontamente ao local. Não tenho nada a apontar aos agentes, que actuaram com grande profissionalismo.

É pena que o serviço não funcione sempre bem, mas não fiquem totalmente deprimidos a pensar que funciona sempre mal.

Abraços

Filipe

Boa noite!

Realmente o procedimento recomendado é mesmo esse, ligar para o SOS Ambiente e, se não resultar, ligar para a GNR central e eles encaminham a chamada para a equipa mais próxima da ocorrência.

Foi um mau procedimento da parte deles terem deixado a ave no campo, sabendo que estava ferida. Deveriam te-la recolhido e encaminhado para o centro de recuperação mais próximo.

Nem sempre as equipas do SEPNA funcionam bem, penso que por falta de motivação e financiamento. Na experiência que tenho com as equipas da zona da Serra da Estrela, Coimbra e arredores, funcionam muito bem e inclusivé conseguimos motivá-los a participarem nas libertações de animais recuperados (entregues por eles ao centro ou não).
No Algarve ainda não conheço muitas equipas mas as que conheci ultimamente queixaram-se todas de falta de verbas para o transporte. Esse problema parece-me comum por todo o país mas havendo coordenação entre as equipas pode ser minimizado.

Espero sinceramente que este mau exemplo seja a excepção e não a regra pois o Sepna tem um papel bastante importante na recuperação de fauna em Portugal.

bjs
Fábia Azevedo

Aproveito este assunto para perguntar a quem já tem experiência de contacto com o SEPNA: eles intervêm em qualquer tipo de ave?

Ou seja, imagine-se que em vez de uma ave de rapina ou uma cegonha estamos perante um melro-preto, uma andorinha-das-chaminés ou um pintassilgo. O SEPNA também recolhe estas aves?

1 abraço,
Gonçalo

Bom dia

No inicío do ano, após uma visita ao jardim da cerca, em Mafra, encontrei várias aves que ocorrem naturalmente na natureza, em jaulas, junto a uma série de aves exóticas, designadamente 5/6 pintassilgos e 3 galinhas d´água.

Tentei o contacto com o SEPNA através do n.º 808200520, como não estava a conseguir, tentei o preenchimento do formulário online, que também não funcionou, procurei então um email geral (sepna@gnr.pt) e informei sobre o que tinha visto.

Passados quase dois meses responderam-me, via email, informando que após a minha denúncia enviaram uma equipa ao local, confirmando os factos que denunciei.

Contituíram um processo de contra ordenação, por detenção de espécies proibidas, e enviaram-no à CCDR de Lx e Vale do Tejo para que estes aplicassem a coima. Diziam também, na carta, que as galinhas d´água apreendidas foram entregues no espaço Monsanto em Lisboa. Na altura questionei-me sobre o porquê de não referirem nada acerca dos pintassilgos, mas não voltei a escrever-lhes nem voltei ao jardim da cerca.

cps

Raquel Tavares

Gonçalo Elias escreveu:Aproveito este assunto para perguntar a quem já tem experiência de contacto com o SEPNA: eles intervêm em qualquer tipo de ave?

Ou seja, imagine-se que em vez de uma ave de rapina ou uma cegonha estamos perante um melro-preto, uma andorinha-das-chaminés ou um pintassilgo. O SEPNA também recolhe estas aves?

1 abraço,
Gonçalo

A maioria das solicitações de recolha de aves são exactamente para estas aves mais comuns, principalmente em zonas urbanas. Já faz parte do anedotário os falcões de unhas compridas e letais, que se resumem a andorinhões.

Abraço

Paulo

scirpaceus escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Aproveito este assunto para perguntar a quem já tem experiência de contacto com o SEPNA: eles intervêm em qualquer tipo de ave?

Ou seja, imagine-se que em vez de uma ave de rapina ou uma cegonha estamos perante um melro-preto, uma andorinha-das-chaminés ou um pintassilgo. O SEPNA também recolhe estas aves?

1 abraço,
Gonçalo

A maioria das solicitações de recolha de aves são exactamente para estas aves mais comuns, principalmente em zonas urbanas. Já faz parte do anedotário os falcões de unhas compridas e letais, que se resumem a andorinhões.

Abraço

Paulo

Afinal não é só por aqui.

Gonçalo Elias escreveu:Aproveito este assunto para perguntar a quem já tem experiência de contacto com o SEPNA: eles intervêm em qualquer tipo de ave?

Ou seja, imagine-se que em vez de uma ave de rapina ou uma cegonha estamos perante um melro-preto, uma andorinha-das-chaminés ou um pintassilgo. O SEPNA também recolhe estas aves?

1 abraço,
Gonçalo

Olá Gonçalo

Tenho algum contacto com os elementos do SEPNA local tendo já tido boas e más experiências.
Aqui nesta zona, todos os animais recolhidos pelo SEPNA são reencaminhados para o CERVAS em Gouveia. Desde pintassilgos aos "falcões de unhas compridas e letais" .

Quanto a uma intervenção directa nos animais, sei que as brigadas locais têm apostado bastante na formação de forma a poderem actuar da melhor forma nos casos com que se deparam, como no manuseamento de animais, metodologias de detenção e transporte, etc.

Olá.

Hoje, na minha primeira vizita à Lezíria Sul, encontrei, no caminho principal da Ponta da Erva, preso pela asa direita ao arame farpado um destes espécimes. porque não tinha contacto da GNR leveio aos serviços da Leziria, para meu espanto dos funcionários de secretaria presentes ninguém sabia o que fazer. contactado o engenheiro que apareceu de seguida este ligou para a GNR de Vila Franca e os elementos da SEPNA apareceram no local menos de meia hora depois.
Sendo este o meu primeiro contacto com tal serviço da GNR, penso que foram eficientes na actuação.
[i]Fiquei com a sensação de que o elemento mais jovem estava prefeitamente sensibilizado e que era conhececedor, o elemento mais idoso não tanto.

As pessoas são produto do meio e da educação, talvez os serviços devecem estar atentos a quem seleccionam para a composição de determinados corpos.

Enquanto esperava pelos elementos da SEPNA, apareceu um casal em que ele, PSP reformado, tinha estado destacado no Centro de recuperação de Monsanto, e que me foi revelando de que para ele tal serviço não tinha passado de mais uma de muitas chatices. "Por estar a contactar a SEPNA eu apanas estava a arranjar trabalhos e chatices".

Cumprimentos
Teodoro

isidoro S Teodoro escreveu:

As pessoas são produto do meio e da educação, talvez os serviços devecem estar atentos a quem seleccionam para a composição de determinados corpos.

Cumprimentos
Teodoro

Não só. E o equipamento? Conseguem informar-me se o SEPNA ou o ICNB têm alguma viatura adaptada para o transporte de animais?

Já experimentaram andar quase todos os dias a efectuar transporte de todo o tipo de animais, com todo o tipo de doenças em viaturas normais? Nem sequer qualquer tipo de equipamento individual de protecção?

Basta os funcionários exigirem a aplicação dos instrumentos legais para que neste país ninguem possa transportar qualquer ave ou mamifero encontrado ferido (estou a falar de organismos oficiais).

Uma chatice não é?

Paulo

Não só. E o equipamento? Conseguem informar-me se o SEPNA ou o ICNB têm alguma viatura adaptada para o transporte de animais?

Já experimentaram andar quase todos os dias a efectuar transporte de todo o tipo de animais, com todo o tipo de doenças em viaturas normais? Nem sequer qualquer tipo de equipamento individual de protecção?

Bom dia,

Paulo, concordo plenamente contigo porque tal como referi ao abrir o topico, tive duvidas se existiam meios para a acçao, porque efectivamente os agentes que se dirigiram ao local ( gnr Sto Antonio )nao tinham qualquer meio para a recolha da ave, e ainda se questionaram sobre como a poderiam manter no seu posto "movel"( uma roulote a servir de posto )com muitas limitaçoes em termos de espaço.

A minha indignaçao passou essencialmente pelo facto de ter sido arrastado de telefone em telefone e pelo facto do Sepna nao ter comparecido. logicamente os agentes enviados nao dispunham de qualquer tipo de meios ou conhecimento para poder intervir correctamente.

Cumprimentos

Antonio Ribeiro

Viva.

O Bufo-pequeno foi transportado, numa caixa, normalmente usada para transporte de gatos, em carro de caixa aberta. Ao que fui informado pelos agentes, para o Centro de recuperação de Monsanto

Cumprimentos
Teodoro

Hoje liguei pela primeira vez para o SEPNA.

Por volta das 11 horas encontrei uma gaivota debilitada na praia da Batata, Lagos. Liguei para o SEPNA e informei que tinha encontrado uma ave ferida. A voz do lado de lá perguntou:
- Que ave é?
Eu respondi que era uma gaivota. Do lado de lá disseram:
- Nós não recolhemos esse tipo de aves.
Perguntei que aves recolhiam, e a resposta:
- Só recolhemos aves de rapina ou espécies protegidas.

As gaivotas são aves protegidas, ainda para mais nem perguntaram que espécie de gaivota era (podia ser uma espécie rara), mas achei que nem valia a pena ir por aí, porque ao telefone não ia adiantar nada. Perguntei então se tinham o contacto telefónico do RIAS, deram-me um número começado por 289 para o qual liguei, atendeu-me uma sra. que disse "Parque Natural da Ria Formosa". Expus a situação da gaivota ferida e da indisponibilidade manifestada pelo SEPNA em fazer a recolha.

A dita sra. sugeriu-me que entregasse a ave no posto da GNR mais próximo que "os colegas depois vão lá levantar".

Coloquei então a ave numa caixa de papelão (que obtive no supermercado mais próximo) e dirigi-me ao posto GNR de Lagos, onde entreguei a ave, com um pedido para a reencaminharem para o RIAS.

Decidi relatar aqui esta minha experiência, esperando que possa ser útil a quem se deparar com situações semelhantes.

Há dois meses, na sequência do episódio acima relatado, enviei um mail para o SEPNA a solicitar que me esclarecessem quais as espécies ou grupos de aves às quais o SEPNA pode prestar apoio, nomeadamente a recolha das aves no terreno e o seu encaminhamento para os centros de recuperação.

Pedi igualmente que me informassem qual o contacto mais indicado para outras situações que caíssem fora âmbito de actuação deste organismo.

Hoje recebi a resposta, que transcrevo:

Relativamente ao assunto em epígrafe, e em resposta ao vosso e-mail em referência, incumbe-me o Exm.º Major -General Comandante Operacional, de informar o seguinte:

1. A recolha é normalmente efectuada dentro da disponibilidade operacional desta Guarda e relativamente, em especial, a espécies protegidas ou em extinção, ou ainda abrangidas por qualquer programa institucional de recolha ou de proteção;
2. A entidade governamental administrativa e com competência técnica no assunto é o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas - ICNF, existindo no entanto entidades não governamentais que se dedicam a esse tipo de zelo e que podem intervir dentro do seu programa, mas que esta Direção não tem registo institucional.

Com os melhores cumprimentos