O que fazer com este melro?

Fotografei este melrito entre as agulhas de um pinheiro-manso.

Apesar de já ter feito alguns ajustes em termos de sombras, contrastes e cor, a imagem apresenta alguns problemas, primeiro porque tem uma agulha que se atravessa praticamente a meio da cabeça da ave, e segundo porque há sombras verdes resultantes de vegetação desfocada em primeiro plano que estragam um pouco o efeito visual.

Gostava de ouvir opiniões sobre o que pode ser feito para melhorar / optimizar uma imagem destas.

Olá Gonçalo,
Em fotografia da natureza (ou em jornalismo) não é lá muito aceitável retirar elementos da imagem; deixa lá a agulha
Quanto às folhas verdes também não há mt a fazer pq são folhas desfocadas e não uma dominante de cor. Se fosse, podia ser emendada facilmente com várias ferramentas, como o levels, curves, etc. As dominantes de cor são emendáveis porque se tratam de "erros" da máquina e podem ser corrigidos. No entanto, o quanto se pode emendar não é muito consensual, e o que para uns é aceitável, para outros não é. Não sou dos mais puristas, mas convém não exagerar.
Por acaso acho curioso ver algumas pessoas que usavam o velvia (com cores super garridas!) serem agora contra o uso das ferramentas digitais para acentuar um pouco as imagens...).
Compreendo o teu instinto "caçador", viste o passarinho e pimba! mas às vezes é melhor ficarmos a olhar e esperar que o animal pouse num sítio mais apetecível em termos visuais, ou temos de nos contentar com o que conseguimos.

Olá Eduardo,

Obrigado pelos comentários.

Eu nunca tive por hábito andar a apagar agulhas e riscos afins. Nota que eu não referi em concreto que pretendia apagar a agulha, apenas pretendia perceber em que medida é que isso constitui um problema.

Na verdade, as agulhas eram apenas um exemplo; para além da questão das agulhas, o que eu gostava também era de saber sob que outros aspectos é que a imagem poderia ser trabalhada para melhorar o seu aspecto (sem batotas!), nomeadamente em termos de sombras, contrastes, etc.

De resto, concordo com o que referes no final: se o bicho está muito escondido, o melhor é esperar por ele noutro local.

1 abraço,
Gonçalo

Olá Gonçalo,
Eu também não estava a dizer que eras um batoteiro hehehe, apenas aproveitei um caso particular para falar no geral.

Não sei a edição que fizeste, mas dadas as circunstâncias, a foto parece boa. Aqui no meu portátil, tenho definição nas zonas escuras e as zonas mais clara parecem ligeiramente sobre-expostas, mas já sei que este monitor costuma aclarar um bocado as coisas, por isso deve estar bem. Amanhã, se tiver tempo vejo no outro monitor.

A nível de sombra e etc: uma ave preta com bico claro, simultaneamente ao sol e à sobra não é pêra doce... especialmente quando a parte escura está na sombra e a clara ao sol. Não sei se fotografas em raw (mais do que recomendado!) e que máquina tens. O digital ainda não lida muito bem com situações de muito contraste (mas está cada vez melhor). Um pouco de edição pode melhorar as coisas, especialmente se usares o raw. Não me parece ter dominantes de cor. Quanto à exposição, talvez as zonas luminosas podessem ser um pouco menos claras, o que poderia ser feito com a ferramenta curves no Photoshop...

Um abraço
Eduardo

Aqui fica uma opinião meramente "impressionista": o facto de o Melro estar com uma relativa boa definição no meio da confusão das agulhas pode até ser valorizador, pelo efeito "esconderijo" e oportunidade desta foto. Tendo em conta que o bico está ao sol, bem como uma asa /dorso, por contraste com as restantes zonas de sombra, não deve ser fácil trabalhar a luminosidade num lado, sem prejudicar o outro, mas provavelmente já deste o toque possível. Eu, pessoalmente, acho que quanto menos se martelar, melhor, e tenho de concordar plenamente com o Barrento: quanto menos "batota" melhor. Qb, apenas para melhorar um pouco. Já agora, este é aquele pinheiro da zona de chegada do teleférico? Aquela barbilha deste Melro não engana, só pode ser ele

Obrigado a ambos pelos comentários.

O pinheiro fica junto a um parque de estacionamento na zona sul da "Eis-pó" mesmo em frente à Marina já quase junto ao acesso à Castelimo.

1 abraço,
Gonçalo

Olá a todos,

Morais, é possível fazer selecções e trabalhar individualmente cada zona, mas requer alguma prática e algum trabalho. Se for mal feita, os resultados são "pior a emenda que o soneto". Em laboratório (analógico) também se fazia (faz) isso com máscaras - aumentando ou diminuíndo o tempo em que o papel era (é) sensibilizado.

Informa-lo para não se colocar a frente de um caçador...