Dendrocopos minor

boa noite
ontem, dia 23 por volta das 9.30 da manhã, estava a passear a minha cadela proximo da serra de ota,observei um dendrocopos minor, especie que vi pela primeira vez.
já agora gostava de saber a vossa opinião, se a especie é abundante noutros locais do nosso país.

neves escreveu:boa noite
ontem, dia 23 por volta das 9.30 da manhã, estava a passear a minha cadela proximo da serra de ota, observei um Dendrocopos minor, especie que vi pela primeira vez.
já agora gostava de saber a vossa opinião, se a especie é abundante noutros locais do nosso país.

Olá Jaime, Benvindo com a 1ª mensagem! (Porra que já era tempo... )

Durante os trabalhos de campo para o Novo Atlas observei D. minor não muito longe dessa zona em época de nidificação, concretamente na zona da Quinta do Pombal relativamente perto da Base Aérea nª 2 (Quadricula contígua a essa).
Já no antigo Atlas, alguém a detectou na carta desta zona, com nidificação confirmada.
No caso da minha observação, foi a 1ª em termos individuais para essa zona. Sendo uma zona que com alguma frequencia observo há vários anos, posso com alguma convicção afirmar que esta espécie é bastante rara nestas bandas.
No entanto, como estamos no Inverno (época propícia à dispersão), é muito provável que alguns indivíduos se afastem das suas zonas de ocorrencia mais comuns.

Em relação à abundancia no nosso país, ela é bastante comum nalgumas zonas a sul do tejo, nomeadamente em detrminadas zonas do Alentejo e Algarve. A norte do tejo, ocorre sobretudo no interior (Beira interior, Trás-os-Montes...).

Boa observação sim senhor!!

Pela minha experiência de campo, esta espécie é relativamente comum nas partes mais elevadas da Serra de Monchique, principalmente nos sobreirais dos Casais. Na Serra do Caldeirão é presença regular, nomeadamente no Barranco do Velho e serranias a norte de São Brás de Alportel. Também observei esta espécie regularmente da Serra do Cercal (Odemira). No Algarve litoral esta espécie ocorre de uma forma acidental, principalemente no mês de Agosto, coincidindo possivelmente com uma dispersão pós-nupcial localizada.

Viva,

o pica-pau galego é relativamente comum nalgumas zonas de montados de sobro e carvalhais no alentejo e no ribatejo. Destaco em particular a zona de Coruche, a Herdade do Pinheiro (estuário do Sado) e a região da Serra de São Mamede. Mais para o norte é menos comum.

De qualquer forma, é uma espécie pouco abundante (pelo menos quando comparado com os outros pica-paus) e que geralmente se ouve mais do que se vê. Porém, quando se mostra, é geralmente uma ave muito confiante que permite boas aproximações.

Espero que isto ajude.

1 abraço,
Gonçalo