Webgis - Atlas das Aves Invernantes e Migradoras

Olá,

deixo aqui o link para o webgis do atlas das aves Inverantes e Migradoras que está em desenvolvimento. Em breve terá mais funcionalidades, mas dá por exemplo, para ter uma ideia da cobertura conseguida em cada época:

http://webgis.spea.pt/AtlasAvesInvernantesMigradoras/

Abraços e boas observações
Carlos Godinho

Sabes se está previsto prolongar o projecto mais um ano? Pergunto isto porque vejo grandes lacunas em determinadas regiões...

Sabes se está previsto prolongar o projecto mais um ano? Pergunto isto porque vejo grandes lacunas em determinadas regiões...

Era Boa ideia 2 aos para um Atlas parece curto!!! Digo eu sem base cientifica nenhuma!!
Abraço
João

Olá,

realmente 3 anos parece-me ser o ideal, mas quando concorremos ao fundo EDP já sabíamos que o projecto era para 2, estas eram as regras. Uma alteração terá de passar sempre pela equipa do projecto e pela concordância do fundo EDP.

Não sei se existe abertura para prolongar mais uma época, em todo o caso é importante salientar que a cobertura que está no mapa é provisória. Por exemplo na zona 5 praticamente todas as quadrículas foram visitadas mas essa informação não estava disponível na altura da elaboração do mapa. Ainda falta também receber informação de alguns voluntários.

Aproveito para dizer que este ano a cobertura aumentou bastante (no ano passado rondava os 19% e actualmente devemos estar nos 60-65%), graças a um grande contributo dos voluntários!

E claro, estamos em pleno período de inverno, por isso é aproveitar para dar um passeio pelo campo e fazer uma quadrícula

Abraços
Carlos

conspicillata escreveu:realmente 3 anos parece-me ser o ideal, mas quando concorremos ao fundo EDP já sabíamos que o projecto era para 2, estas eram as regras. Uma alteração terá de passar sempre pela equipa do projecto e pela concordância do fundo EDP.

Eu sei disso Carlos, mas pela experiência de projectos anteriores parece-me que fazer o país todo em 2 anos é uma meta muito difícil de alcançar. O atlas de nidificantes tinha um prazo previsto de 5 e no entanto foram precisos 7 (e mesmo assim a cobertura não ficou completa).

conspicillata escreveu:Não sei se existe abertura para prolongar mais uma época

Dependerá dos objectivos, parece-me. Quero dizer, depende se o mais importante é o prazo de execução ou o grau de cobertura pretendido. Pessoalmente considero que um bom grau de cobertura (digamos, acima de 90%) é importante, caso contrário a utilidade do atlas fica limitada. Mas tenho consciência que este aspecto poderá não ser relevante para todos da mesma forma.

1 abraço,
Gonçalo

Olá,

realmente amostrar o país todo em 2 anos é extremamente ambicioso, mas ainda assim julgo que todo o trabalho e amostragem que se conseguiu e espero que se consiga no inverno é importante. Quando mais não seja para que quem venha a fazer o segundo atlas das invernantes já tenha uma base e que esta sirva para que consigam melhorar. É apenas a minha opinião, mas mesmo a duração não sendo a ideal julgo preferível fazer (e assumir o que potencialmente pode não corrido como se desejava) do que não fazer.

Na relação prazo de execução - % de cobertura, há um aspecto a adicionar e que passa pelo que foi assinado com a entidade financiadora. Na prática que compromissos foram assumidos pelas partes e que graus de liberdade para alterar existem.

Caso a cobertura não chegue aos valores que referes, tentou-se dar prioridade à realização de um xadrez de quadrículas o que permite maximizar a abrangência do território coberto. Aproveito para reforçar que, mesmo numa altura em que os combustíveis estão a preços proibitivos e o país vive a crise conhecida, muitos foram os voluntários que contribuíram (e contribuem) para o projecto.

Abraço
Carlos

Olá de novo,

Sim, a ideia do xadrez é boa, porque ajuda a "distribuir os buracos"

Apenas queria referir mais um aspecto: um dos problemas potenciais do Inverno são as condições adversas - o período de amostragem é mais curto que na Primavera e se o Inverno for chuvoso pode ser complicado encontrar dias favoráveis. Aí o projecto fica um pouco dependente dos caprichos do tempo.

Estou a lembrar-me do atlas das aves invernantes do Baixo Alentejo, que decorreu nos três Invernos de 1992 a 1995, e que por mera sorte coincidiu com um período de seca prolongada em Portugal, esses invernos foram todos bastante secos o que ajudou a uma boa taxa de execução. Se tivesse sido no ano seguinte era o desastre, porque 1995-96 foi muito húmido.

Assim, face aos prazos apertados, o ideal será um Inverno soalheiro

1 abraço,
Gonçalo

Boas,

de acordo, o inverno tem as condicionantes do tempo. Por isso é esperar que seja mesmo soalheiro e que S. Pedro tenha uma costela de ornitólogo

Abraço
Carlos

Olá,

Obrigado aos três pela discussão deste tema.

De todos os temas discutidos, antes e durante a execução deste atlas, este é sem dúvida muito importante e um dos que suscitou mais argumentação. Todos estamos conscientes que nem com 7 anos se consegue a cobertura total, como lembrou o Gonçalo. Só nos resta esperar para ver como estamos de cobertura e de qualidade dos dados no final da época.

Estou convencido que vamos conseguir. Porque contamos com o empenho extraordinário de um batalhão de colaboradores. A maioria voluntários (observadores e coordenadores regionais), mas também funcionários da SPEA, LabOr e ICNF. Oxalá o inverno não seja muito invernoso. Se o inverno não ajudar, cá estamos para encontrar a melhor solução.

Abraço.

DL