fotografar aves marinhas

Boas,

Alguém sabe se existem passeios de barco no Cabo Raso ou através de Cascais para fotografar aves marinhas

ou tem que ser na travessia de Peniche-Berlengas?

Cumprimentos

Pedro Noronha

PedroN escreveu:Boas,

Alguém sabe se existem passeios de barco no Cabo Raso ou através de Cascais para fotografar aves marinhas

ou tem que ser na travessia de Peniche-Berlengas?

As fotografias de marítimas são normalmente feitas em pelagicas realizadas para o efeito, existem varias hipóteses, mas normalmente são feitas ou no Algarve ou na zona da Berlenga, e normalmente são realizadas em Outubro-Novembro mas no algarve como o objectivo principal é normalmente o Painho-casquilho Oceanites oceanicus são realizadas saídas em Agosto.

Não é viável fotografar aves nas ligações regulares entre Peniche-Berlengas.

por vezes após temporal é possível fotografar marítimas dentro de portos de abrigo, normalmente patos-pretos, alcideos e por vezes mobelhas.

Em condições de tempo adequadas é também possível fazer fotografia a partir de terra, especialmente em Peniche na Papoa em condições de vento forte de Oeste.

Nesta altura do ano o mar permite saídas pelágicas? Ou está sempre demasiado cavado?

Gonçalo Elias escreveu:Nesta altura do ano o mar permite saídas pelágicas? Ou está sempre demasiado cavado?

Não, é de facto possível fazer pelagicas nesta altura, o mar pode estar perfeitamente chão em pleno inverno, é possivel, no inverno passado por exemplo houve muitos dias assim, mas para que efeito? o numero de espécies é diminuto, e as que interessavam ou estão demasiado longe para uma pelagica normal, ou não vem ao chum ou as duas coisas...

Ou seja nos bons dias não teríamos nada para ver, e se o tempo estivesse "bom" não daria para sair para o mar. Teoricamente poderíamos tentar logo a seguir a uma tempestade, mas a nível organizacional é impraticável.

No entanto pode ser interessante fazer saídas de barco em estuário para mobelhas e mergansos por exemplo, alias já á empresas a oferecer esse pacote.

Pedro, estou a pensar organizar para o próximo ano uma “micropelágica” pelos vários baixios que se distribuem ao largo da foz do Cávado dentro das 3 milhas.

O objetivo não é arrolar nada de novo mas antes conseguir observar aves marinhas mais comuns e que raramente se vêm a partir da costa, tipo cagarras, pardelas-das-baleares, quiçá o alma-de-mestre, até uns gansos-patolas a caçar e os moleiros a chatear o gaivotame… nada de especial.

Para esta brincadeira, setembro parece-te bem, ou é melhor um pouco mais tarde?

Abraço

Jorge

(fiz uma organizada em Peniche há uns anos e aquilo é que foi ver os fotógrafos a mandar chum para a água )

Araújo da Silva escreveu:O objetivo não é arrolar nada de novo

Com sorte ainda arrolas alguma coisa de novo para a lista distrital

Araújo da Silva escreveu:Pedro, estou a pensar organizar para o próximo ano uma “micropelágica” pelos vários baixios que se distribuem ao largo da foz do Cávado dentro das 3 milhas.
O objetivo não é arrolar nada de novo mas antes conseguir observar aves marinhas mais comuns e que raramente se vêm a partir da costa, tipo cagarras, pardelas-das-baleares, quiçá o alma-de-mestre, até uns gansos-patolas a caçar e os moleiros a chatear o gaivotame… nada de especial.
Para esta brincadeira, setembro parece-te bem, ou é melhor um pouco mais tarde?

E porque não mais cedo? Maio por exemplo, tens menos especies de pardelas é um facto, mas tens as cagarras e as pardelas-das-baleares, gansos-patolas, moleiros a subir, mais sternas, digo isto porque toda a gente pensa na descida, mas as aves na subida são uma hipótese e o tempo talvez seja melhor.

Fora isso eu faria na ultima de Agosto, 2 primeiras de Setembro, mesmo considerando que 3 milhas é curto deve dar para alguma coisa com um bom chum.

Gonçalo Elias escreveu:
Com sorte ainda arrolas alguma coisa de novo para a lista distrital

Sim, mesmo a essa distancia deve ser possível ver 4-5 novas espécies para a distrital

O único problema que vejo nas 3 milhas é que no norte a plataforma continental estende-se para muito mais longe da costa do que no sul e isso pode fazer afastar mais as aves, que vão em busca do upwelling.

Gonçalo Elias escreveu:O único problema que vejo nas 3 milhas é que no norte a plataforma continental estende-se para muito mais longe da costa do que no sul e isso pode fazer afastar mais as aves, que vão em busca do upwelling.

Sim, quanto a isso nada a fazer, é demasiado curta, por isso as espécies garantidas são as costeiras, pardelas-baleares, pardelas-pretas, cagarras, pardelas-sombrias, gansos-patolas, garajaus, moleiros, painhos-casquilhos e talvez almas-de-mestre.

Bem... confesso que os P. puffinus e os Hydrobates pelagicus ainda me estão atravessados, o 1ª na lista distrital e o 2º na minha lista pessoal para Esposende (fartei-me de os ver em Peniche )

É sempre bom aprender!!! Fala um Pelagicoignorante nascido e criado na montanha, mas com vontade de um dia destes enjoar no mar
Abraço
JP

Depois de 12 horas no mar, vou a todas agora...

Araújo da Silva escreveu:Pedro, estou a pensar organizar para o próximo ano uma “micropelágica” pelos vários baixios que se distribuem ao largo da foz do Cávado dentro das 3 milhas.

Conta comigo Jorge.

lrodrigues escreveu:

Araújo da Silva escreveu:Pedro, estou a pensar organizar para o próximo ano uma “micropelágica” pelos vários baixios que se distribuem ao largo da foz do Cávado dentro das 3 milhas.

Conta comigo Jorge.

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