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Uma espécie sul-americana em Almada.

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Uma espécie sul-americana em Almada. Empty Uma espécie sul-americana em Almada.

Mensagem por Tiago_Nevez Dom maio 12, 2013 9:45 am

Boa tarde,

Na semana passada, mais precisamente na quarta-feira fotografei este ganso de magalhães em Almada no Parque da Paz, não sei se já por cá anda há muito tempo ou não, visto ter sido a 1ª vez que fui até aquele sítio observar as aves que andam por lá.

Suponho que seja resultado de uma fuga de cativeiro.

So apanhei o macho em fotografia mas no dia antes vi a fêmea e as crias.

[img]Uma espécie sul-americana em Almada. Gansomagalhaes.th[/img]
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Mensagem por trataruga Dom maio 12, 2013 12:20 pm

Eu diria que não se trata de uma fuga de cativeiro, mas que foste tirar fotos directamente à capoeira! Wink

Abraço

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Mensagem por Tiago_Nevez Dom maio 12, 2013 1:11 pm

Achas que foi a CMALmada que deliberadamente o pos ali?
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom maio 12, 2013 1:46 pm

Tanto quanto sei esta espécie tem vindo a reproduzir-se em liberdade no parque da Paz desde há 5 anos.
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Mensagem por RuiCaratao Dom maio 12, 2013 4:09 pm

Eu peço desculpa, mas desde quando é que espécies exóticas a reproduzirem-se e observadas em parques urbanos se considera liberdade...nesta condição seriam inúmeras as espécies a reportar, e hoje em dia menos, pois cada vez é menor a fatia monetária dada à manutenção destes jardins pelas autarquias....lembro-me por exemplo do P. Eduardo VII ter inúmeras espécies de patos e cisnes.

No entanto anda um cisne mudo adulto no sapal de Corroios, a este convinha tentar reconstruir o historial a saber a proveniência.

cumps,
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Mensagem por RuiCaratao Dom maio 12, 2013 4:13 pm

Talvez não me tenha feito entender: apenas queria dizer que apesar de ser fora de uma gaiola continuo achar que é uma reprodução em cativeiro, por as aves serem alimentadas artificialmente.

cumps,
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Mensagem por Gonçalo Elias Seg maio 13, 2013 7:41 am

Olá Rui,

Entendo o teu ponto, mas a questão não me parece assim tão simples.

Cativeiro é cativeiro: é uma ave que não pode fugir, seja porque lhe cortaram as asas, seja porque está enagiolada, ou porque tem a pata presa por um cordel.

Uma ave que anda à solta, mesmo que seja alimentada artificialmente, não está em cativeiro. No entanto, poderemos dizer que é doméstica, ou feral, ou whatever. Smile

Nota que os pombos do Rossio são alimentados artificialmente e não é por isso que são consideradas aves em cativeiro. Wink

1 abraço,
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Mensagem por pedro121 Seg maio 13, 2013 8:08 am

Gonçalo Elias escreveu:
Uma ave que anda à solta, mesmo que seja alimentada artificialmente, não está em cativeiro. No entanto, poderemos dizer que é doméstica, ou feral, ou whatever. Smile

Pois, não concordo de todo, as grades das gaiolas são uma questão de ordem pratica, não de necessidade absoluta, é perfeitamente possível manter aves em cativeiro sem restrições físicas aos seus movimentos, não todas as espécies de facto, mas é possível.

Os pombos correios por exemplo andam á "solta", aves de falcoaria também, pavões é normal andarem á solta em espaços grandes mas são na mesma aves domesticadas, podes ter psitacideos em regime de voo livre mas são na mesma aves domesticas.

Os anatídeos são mantidos em cativeiro frequentemente em condições que permitem a sua fuga, dai o problema, porque muitas vezes são mantidos em lagos em que podem se o desejarem pirarem-se... mas mesmo assim estão em cativeiro no sentido que estão dependentes do dono para a alimentação, manutenção, reprodução etc...
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Mensagem por Gonçalo Elias Seg maio 13, 2013 8:22 am

Sim eu sei, mas como sabes por vezes estas aves são vistas longe do seu local de "origem" (i.e. onde eram mantidas).

Onde traças a fronteira entre cativeiro e liberdade?

E já agora, como traduzes o termo "feral" e em que casos achas que se aplica?
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Mensagem por João Ferreira Seg maio 13, 2013 10:05 am

Além disso existe o hábito em algumas aves de cativeiro, como por exemplo o Bico de Lacre de Faces Amarelas (Estrilda Melpoda), abrir as portas da gaiola quando tem crias pequenas no ninho para desta forma "apanharem" insetos e com estes alimentar as crias. E um processo curto de apenas alguns dias mas que pode levar a algumas observações "estranhas".
É só mais uma achega ao debate.
Abraço
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Mensagem por jheitor Seg maio 13, 2013 11:37 am

lembro-me no alentejo os bico de lacre apareceram ha cerca de 35 anos que nem sabia-mos que passaros eram ... até algem ja os ter visto em gaiolas... raramente se viam... agora são comuns ... tudo indica que hove fuga de cativeiro mas não é por isso que os considero domesticos
no que diz respeito ao ganço e bem provavél que tenha sido introduzido no parque agora as crias ... e bem provavel que começem a expandir-se par outros locais....e ai em que ficamos...

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Mensagem por jheitor Seg maio 13, 2013 11:43 am

temos aqui um bom exemplo o ganço do Egito foi introduzido na Grã Bretanha no seculo XVIII e dai colonizou praticamente o resto da eurapo .... é domestico ???
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ganso-do-egipto

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Mensagem por RuiCaratao Seg maio 13, 2013 3:57 pm

Bem no caso dos anatídeos concordo com o Pedro, sobretudo em Parques urbanos que não comunicam com zonas húmidas naturais os patos foram mantidos durente séculos em regime de liberdade aparente, o betão envolvente acaba por actuar como uma gaiola.
Para mim a fronteira entre o cativeiro e a liberdade começa no momento que a ave/animal decide viver por sua conta e risco na natureza e consegue sobreviver....
Talvez para mim as exóticas sejam ferais, em estado selvagem mas descendentes de cativeiro, claro que os bicos de lacre vivem no estado selvagem e não são aves domésticas mas descendendo de introduções a partir destas formaram populações ferais.

O que eu queria dizer é que há inúmeras espécies nos lagos dos parques das cidades, mas não vamos começar a considera-los a todos aves ferais....embora o cisne mudo e o ganso do Egipto possam estar pontualmente a criar populações ferais em Portugal, e aqui refiro-me apenas às observações de aves a sul da bacia do Tejo.
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Mensagem por Gonçalo Elias Seg maio 13, 2013 4:43 pm

Rui, e o caso dos Tadorna ferruginea? Deve ser uma das espécies que mais aparece "por aí", muitas vezes fora dos ambientes urbanos, mas com origem altamente suspeita... Não parecem confinados nos seus movimentos embora dificilmente possam ser considerados "em estado selvagem".

E nota que nem sempre existe betão envolvente, podem ser aves de quintas ou indivíduos semidomésticos que se afastaram da sua morada habitual.

Por outro lado referes que as exóticas introduzidas são ferais, eu creio que o significado do termo feral (que na verdade é inglês e não português) é um pouco diferente - dá uma vista de olhos aqui.
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Mensagem por RuiCaratao Seg maio 13, 2013 5:19 pm

Tens razão Gonçalo, esqueci-me dos Tadorna e o termo feral é apenas empregue a variedades domesticas, e nesse caso o meu ponto de vista distingue apenas quando pode uma ave ser considerada selvagem mesmo que proveniente de aves em cativeiro como o exemplo do Bico-de-lacre.

Essas aves criadas em regime de semi-liberdade que referes e afastadas de zonas urbanas, são as que acho que potencialmente poderão estabelecer populações selvagens nos dias de hoje, onde talvez uma diferente consciencialização do caçador aliado à manutenção de aves ornamentais sem um propósito de uso final, como é o caso da alimentação poderão ser variáveis importantes.
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Mensagem por Gonçalo Elias Ter maio 14, 2013 1:42 am

Rui o caso que referes do bico-de-lacre integra a chamada categoria C - espécies não autóctones que estabeleceram populações auto-sustentáveis em liberdade.

Já as aves exóticas que andam por aí à solta mas não criam (ou só o fazem ocasionalmente) pertencem à chamada categoria E.

E mesmo com as categorias, a distinção entre os dois casos nem sempre é evidente. O caso mais óbvio será porventura o dos Lonchura malacca, que se pensava terem formado populações auto-sustentáveis mas que neste momento deixaram de ser vistos, por aquilo que sei... aliás o próprio conceito de auto-sustentável é subjectivo...
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Mensagem por João Ferreira Ter maio 14, 2013 2:21 am

Os Bicos de lacre que eu falo não são os Estrilda astrild, acho que dos Estrilda Melpoda ainda não há registos de observações!!!
Abraço
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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 2:33 am

Gonçalo Elias escreveu:
Onde traças a fronteira entre cativeiro e liberdade?

Simples, as aves em cativeiro tem dono, as em liberdade não... Smile Smile



Gonçalo Elias escreveu:E já agora, como traduzes o termo "feral" e em que casos achas que se aplica?

As populações ferais são populações que escaparam de cativeiro e que se estabeleceram na nova area, a questão é que para mim isso só é valido para especies domesticadas, os bicos de lacre por exemplo não são em portugal para mim uma espécie feral.



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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 2:59 am

jheitor escreveu:temos aqui um bom exemplo o ganço do Egito foi introduzido na Grã Bretanha no seculo XVIII e dai colonizou praticamente o resto da eurapo .... é domestico ???

Bom, antes de mais não colonizou para já o resto da Europa, mas sim, está em expansão em ambientes muito humanizados. O ganso do egipto em cativeiro pode ou não ser considerado uma espécie domesticada, é algo questionável, mas pode, mas as populações em liberdade na Europa não são obviamente domesticas, ou são ferais ou introduzidas.
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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 3:00 am

Gonçalo Elias escreveu:Rui, e o caso dos Tadorna ferruginea? Deve ser uma das espécies que mais aparece "por aí", muitas vezes fora dos ambientes urbanos, mas com origem altamente suspeita... Não parecem confinados nos seus movimentos embora dificilmente possam ser considerados "em estado selvagem".
.

Sim, mas ai estamos a falar de indivíduos, se um individuo fugir de cativeiro é uma fuga, não é uma população feral...
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Mensagem por RuiCaratao Ter maio 14, 2013 3:04 am

Gonçalo Elias escreveu:Rui o caso que referes do bico-de-lacre integra a chamada categoria C - espécies não autóctones que estabeleceram populações auto-sustentáveis em liberdade.
Já as aves exóticas que andam por aí à solta mas não criam (ou só o fazem ocasionalmente) pertencem à chamada categoria E.

E as observadas (Anatideos) em parques em jardins são da categoria "em cativeiro", ou senão vou já um colocar uns Aix sponsa, uns Anas cyanoptera na minha lista do paleártico....e por enquanto é o que me lembro.
Não me vou alargar aos passeriformes como os Lonchura, porque não é possível mantê-los em cativeiro sem gaiola e assim fogem ao âmbito da minha questão inicial. Porque observações da categoria E, é possível practicamente tudo.

Pedro121 escreveu:Simples, as aves em cativeiro tem dono, as em liberdade não... Smile Smile
No outro dia vi um ring-neck de mutação azul junto dos verdes...achas que tem dono Very Happy

Nesse caso o ganso do Egipto teria de ser considerado como estando a estabelecer pop. selvagens auto-sustentáveis, não havendo na espécie uma mutação ou variedade que se diga de cativeiro/domestica....quer dizer acho que não há!!!

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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 3:05 am

RuiCaratao escreveu:Essas aves criadas em regime de semi-liberdade que referes e afastadas de zonas urbanas, são as que acho que potencialmente poderão estabelecer populações selvagens nos dias de hoje, onde talvez uma diferente consciencialização do caçador aliado à manutenção de aves ornamentais sem um propósito de uso final, como é o caso da alimentação poderão ser variáveis importantes.

É verdade, faço novamente notar que as espécies exóticas que se estabeleceram em portugal não são aves domesticadas que fugiram, foram em todos os casos fugas de aves selvagens em cativeiro que deram origem as populações actualmente existentes em portugal, nenhuma espécie domesticada estabeleceu para já populações em estado selvagem em Portugal, Mesmo no caso do Periquito-de-colar que das exoticas é a única que se pode considerar como tendo populações domesticadas, as aves que originaram as populações introduzidas eram selvagens, não eram domesticas.
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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 3:08 am

RuiCaratao escreveu:
Nesse caso o ganso do Egipto teria de ser considerado como estando a estabelecer pop. selvagens auto-sustentáveis, não havendo na espécie uma mutação ou variedade que se diga de cativeiro/domestica....quer dizer acho que não há!!!

Por acaso até há... assim que me lembre tens em branco, "azul" e canela.
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Mensagem por pedro121 Ter maio 14, 2013 3:09 am

João Ferreira escreveu:Os Bicos de lacre que eu falo não são os Estrilda astrild, acho que dos Estrilda Melpoda ainda não há registos de observações!!!
Abraço
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Haver há, e com indícios de criação em estado selvagem, algures na década de 90 salvo erro quando ainda era possível importar de africa.
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Mensagem por RuiCaratao Ter maio 14, 2013 3:13 am

Pedro121 escreveu:Por acaso até há... assim que me lembre tens em branco, "azul" e canela.

já me lixaste!!! Very Happy mas não foram esses que estabeleceram as pop. selvagens?

Pedro121 escreveu:Haver há, e com indícios de criação em estado selvagem, algures na década de 90 salvo erro quando ainda era possível importar de africa.


Exacto...se bem me lembro na zona de Torres Vedras, com crias recém voadoras...
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