Águia Imperial?

Luís Silva, não podias ter falado melhor.

sera que não é uma reserva de caça ????
é que estas aves alimentam-se de varias especies de caça e os caçadores não gostam nada disso........

José Frade escreveu:E ainda por cima reincidente

Reincidente pq?
Reincidente o acontecimento ou o autor?

HL escreveu:

José Frade escreveu:E ainda por cima reincidente

Reincidente pq?
Reincidente o acontecimento ou o autor?

O que acha? 
Qual é a parte do "Aconteceu outra vez, exactamente no mesmo sitio." que não entende?
Se sabem quem é e no mesmo sitio... Acho que é óbvio.

Do comentário do jguilherme depreendo o seguinte:
- no acontecimento de 2009 sabe-se quem foi o autor
- em 2013 sabe-se que que voltaram a matar no mesmo local (não se sabe quem/fica a dúvida se será a mesma pessoa).
Sublinho que é o que eu compreendo com base no comentário anterior.

Bom dia,

Esta ultima informação de que uma segunda águia teria sido abatida é demasiado importante para passar despercebida.

Alguém pode confirmar a informação prestada por Jguilherme? E se possivel divulgar mais info sobre este novo crime?


Obrigado

Para alem de uma excelente página, uma noticia de como correm as coisas do lado de lá da fronteira
http://aves-extremadura.blogspot.com.es/search/label/aguila%20real

Esta notícia vem mesmo a propósito. Este ano de 2013 foi detectada uma situação identica em Portugal, mais concretamente na zona de Mértola, em que foi visto um guarda de uma zona de caça, com um veículo devidamente identificado, a colocar cepos em poisos especialmente preparados para aves de rapina (por coincidencia ou talvez não estavam junto de poisos habituais e de local de dormida de um casal de águias imperiais). A diferença é que não foi apanhado em flagrante, mas foi sim feita uma denuncia e os cepos foram apreendidos pelo SEPNA, Os denunciante (eu sou um deles) prestaram declarações e foram arrolados como testemunhas. O processo seguiu (penso eu) para tribunal.
Interessante vai ser conhecer o desfecho destes dois casos, quer no que respeita às consequências pessoais para os directamente envolvidos, quer para as zonas de caça em questão, bem como a morosidade dos processos. Vamos estar atentos aos desfechos.

P.S. - este tema tinha-me escapado, mas voltarei a ele pois posso esclarecer algumas das questões levantadas

Talvez por isso, é que só a Região autónoma de Madrid, que tem 10% da área de Portugal continental e mais de metade dos nossos habitantes, tinha 37 casais de águias imperiais, no ano de 2010 contra 3 para Portugal continental. Agora em 2013 não acredito que a situação tenha melhorado

Sem quere entrar em grandes discussões e sendo novo neste assunto diria o seguinte:

1 - O que não se vê é como se não existisse, isto é se as pessoas não tiverem oportunidade de observar estas espécies então elas não existem para eles mas sómente para um grupo restrito.

2 - Tenho contacto com muitos caçadores e agentes da caça e verifico que o interesse deles se tem alterado profundamente nos ultimos anos, devido à evolução cultural do grupo, devido à acção conjunta de muitos de nós e naturalmente também da pressão das leis e das autoridades. Por isso é importante que a acção das organizações e pessoas envolvidas seja cada vez mais vasta em termos de area e abrangente em termos de grupos sociais e etarios.

3 - Por ultimo diria que um conhecimento mais generalizado de que determinada espécie existe e que é protegida, com conhecimento de que a sua ofensa está sujeita a penalizações graves, é provávelmente a melhor maneira de a proteger ao invés de ser conhecida por um grupo restrito que nem sempre tem oportunidade de fazer um acompanhamento próximo e regular e que muitas vezes tem dificuldades no terreno para saber o que se passa ou passou..

Isto é só uma opinião....

Jaime Pires escreveu:3 - Por ultimo diria que um conhecimento mais generalizado de que determinada espécie existe e que é protegida, com conhecimento de que a sua ofensa está sujeita a penalizações graves

Aqui é que a porca torce o rabo... a legislação está incompleta nesta matéria.

Por exemplo, pegando no caso da imperial: há uns anos houve um caso de uma imperial abatida em Castro Verde, as autoridades invocaram que se tratava de uma contra-ordenação ambiental muito grave. Mas a realidade é que não existe suporte legal para tipificar o abate de uma águia-imperial como uma contra-ordenação ambiental muito grave. E porquê? Porque supostamente a classificação de "muito grave" corresponde ao facto de ser uma espécie "em perigo crítico", no entanto este estatuto é atribuído pelo Livro Vermelho, que é um documento técnico sem força legal - esta força legal seria dada por um documento que, segundo, sei, nunca foi publicado, que é o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados. Ou seja, mesmo a nível legal as coisas não são tão lineares como se poderia pensar.

Mais detalhes sobre este caso neste tópico.