Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
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Gonçalo Elias
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Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
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Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Entretanto também já obtive o artigo.
De facto não tem nenhuma descrição, mas tem uma informação interessante: em Fevereiro de1982 terá sido encontrado um exemplar morto na praia de Cangas, ria de Vigo. Esta informação sugere que a observação de 1985 não terá sido o primeiro contacto com a espécie.
E diz outra coisa: cita Bernis (1972), que refere que esta a espécie de cisne mais provável de ocorrer no Inverno.
Bernis, para quem não sabe, foi um dos mais eminentes ornotólogos espanhóis do séc. XX.
https://es.wikipedia.org/wiki/Francisco_Bernis_Madrazo
De facto não tem nenhuma descrição, mas tem uma informação interessante: em Fevereiro de1982 terá sido encontrado um exemplar morto na praia de Cangas, ria de Vigo. Esta informação sugere que a observação de 1985 não terá sido o primeiro contacto com a espécie.
E diz outra coisa: cita Bernis (1972), que refere que esta a espécie de cisne mais provável de ocorrer no Inverno.
Bernis, para quem não sabe, foi um dos mais eminentes ornotólogos espanhóis do séc. XX.
https://es.wikipedia.org/wiki/Francisco_Bernis_Madrazo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Gonçalo Elias escreveu:
E diz outra coisa: cita Bernis (1972), que refere que esta a espécie de cisne mais provável de ocorrer no Inverno.
Bernis, para quem não sabe, foi um dos mais eminentes ornotólogos espanhóis do séc. XX.
https://es.wikipedia.org/wiki/Francisco_Bernis_Madrazo
O problema é que Cygnus cygnus ocorre em muito maior numero que Cygnus columbianus na Galiza e em Espanha, ou seja a citação levanta uma questão, será que havia uma confusão geral entre as duas espécies, antes da generalização de ópticas modernas e de melhor bibliografia? portanto continuamos com varias questões para resolver.
Quanto ao juvenil já muito decomposto... não é particularmente relevante dada as diferenças na observação.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
É possível que houvesse alguma confusão, mas também é possível que o Cygnus cygnus fosse muito menos regular no passado do que é agora.
Repara que há vários casos de espécies que tiveram enormes expansões populacionais e que são hoje muito mais frequentes que no passado. Um dos exemplos mais evidentes é o de Larus melanocephalus, mas também de Larus audouinii.
E também tens casos de espécies (tanto invernantes como residentes) que eram mais comuns e que hoje escasseiam. Exemplos: Aythya fuligula, Corvus monedula, Streptopelia turtur.
As populações de aves são dinâmicas e não me parece que possamos presumir que a probabilidade de ocorrência há 30 anos era igual à de hoje. No caso concreto de Cygnus cygnus, convirá lembrar que esta espécie esteve seriamente ameaçada de exitnção no século passado e só em décadas recentes é que recuperou. Concretamente, nos últimos 20 anos a população mais que duplicou, pelo que a probabilidade de observação desta espécie é hoje consideravalmente maior do que o era há 20 ou 30 anos (isto ajudará também a explicar o aumento de registos na Península Ibérica em anos recentes). Mais detalhes sobre a evolução populacional estão na página 170 e seguintes deste documento.
Repara que há vários casos de espécies que tiveram enormes expansões populacionais e que são hoje muito mais frequentes que no passado. Um dos exemplos mais evidentes é o de Larus melanocephalus, mas também de Larus audouinii.
E também tens casos de espécies (tanto invernantes como residentes) que eram mais comuns e que hoje escasseiam. Exemplos: Aythya fuligula, Corvus monedula, Streptopelia turtur.
As populações de aves são dinâmicas e não me parece que possamos presumir que a probabilidade de ocorrência há 30 anos era igual à de hoje. No caso concreto de Cygnus cygnus, convirá lembrar que esta espécie esteve seriamente ameaçada de exitnção no século passado e só em décadas recentes é que recuperou. Concretamente, nos últimos 20 anos a população mais que duplicou, pelo que a probabilidade de observação desta espécie é hoje consideravalmente maior do que o era há 20 ou 30 anos (isto ajudará também a explicar o aumento de registos na Península Ibérica em anos recentes). Mais detalhes sobre a evolução populacional estão na página 170 e seguintes deste documento.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Já agora em complemento à mensagem anterior, fica esta informação: a população invernante de Cygnus columbianus parece estar em declínio acentuado, quer no Reino Unido, quer na Irlanda, quer ainda nos Países Baixos.
Mais informações nestes links:
http://www.bbc.com/news/uk-england-gloucestershire-29785087
http://www.birdlife.org/datazone/userfiles/file/Species/BirdsInEuropeII/BiE2004Sp371.pdf
Em suma, temos uma espécie (C. cygnus) cuja população está a aumentar e outra (C. columbianus) cuja população está em declínio. Com o passar dos anos, as probabilidades de observação aumentam para o primeiro e diminuem para o segundo e parece-me que essas probabilidades são hoje bastante diferentes daquelas que se verificavam na década de 1980.
Mais informações nestes links:
http://www.bbc.com/news/uk-england-gloucestershire-29785087
http://www.birdlife.org/datazone/userfiles/file/Species/BirdsInEuropeII/BiE2004Sp371.pdf
Em suma, temos uma espécie (C. cygnus) cuja população está a aumentar e outra (C. columbianus) cuja população está em declínio. Com o passar dos anos, as probabilidades de observação aumentam para o primeiro e diminuem para o segundo e parece-me que essas probabilidades são hoje bastante diferentes daquelas que se verificavam na década de 1980.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Gonçalo Elias escreveu:
Em suma, temos uma espécie (C. cygnus) cuja população está a aumentar e outra (C. columbianus) cuja população está em declínio. Com o passar dos anos, as probabilidades de observação aumentam para o primeiro e diminuem para o segundo e parece-me que essas probabilidades são hoje bastante diferentes daquelas que se verificavam na década de 1980.
Perfeitamente possível, mas teríamos que ver o tamanho real das populações nos períodos referidos.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Nos links que enviei tens dados quantitativos.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Gonçalo Elias escreveu:É possível que houvesse alguma confusão, mas também é possível que o Cygnus cygnus fosse muito menos regular no passado do que é agora.
.
Já agora, não há nenhuma referencia a mais nenhum observador ter visto as aves, ou há?
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
pedro121 escreveu:Gonçalo Elias escreveu:É possível que houvesse alguma confusão, mas também é possível que o Cygnus cygnus fosse muito menos regular no passado do que é agora.
.
Já agora, não há nenhuma referencia a mais nenhum observador ter visto as aves, ou há?
Na nota não, mas constou-me que na altura as aves foram vistas por vários observadores galegos.
De qualquer forma tenho uns contactos na Galiza, vou ver se consigo saber mais alguma coisa sobre essa observação.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Boa tarde a todos,
Depois de tirar o pó aos meus arquivos vou tentar relatar o ocorrido no estuário do Minho nesse inverno de 85/86.
Em primeiro lugar quero recordar que nesse ano ainda era permitido caçar todas as quintas e domingos práticamente por todo o lado nomeadamente nas areas estuarinas pelo que para os ornitologos amadores residentes no norte de Portugal a escolha lógica para visitar era o Estuário do Minho já que os outros por serem mais pequenos eram muito pobres em aves invernantes depois da passagem bi-semanal dos caçadores.
Assim sendo no dia 30 de Novembro de manhã lá me dirigi a Caminha com o meu pai e a minha esposa para um dia de birdwatching.
Era sábado e o tempo estava péssimo para a actividade pois chovia com alguma intensidade e estava bastante frio. Ao chegarmos ao fim da marginal, justamente onde anos depois construiram o cais do Ferry que ligava Caminha a La Guardia, ao varrer os bancos de areia com os binóculos (é verdade. nesse tempo já tinhamos binóculos), vimos duas "bolas brancas" encolhidas, em repouso, sendo que a cabeça não se via em nenhuma delas. Tratámos de estacionar o carro de frente para as ditas com o limpa-parabrisas a ser ligado de vez em quando na espetativa de que a maré, a subir, acabasse por fazer com que elas se movessem.
Esperámos cerca de duas horas durante as quais nos fartámos de especular se aquilo seriam cisnes e se fossem de que cor seria o bico ( a esperança era que fosse amarelo e não laranja).
Quando a maré finalmente acordou os bichos estes levantaram a cabeça e em menos de um minuto levantaram voo e atravessaram o rio em direcção à margem espanhola onde os perdemos de vista.
Com o ritmo cardíaco lá por cima fomos almoçar ao restaurante Remo que fica no primeiro andar do edifício onde está sediado o clube de remo "Caminhense" . Durante o almoço planeavamos uma ida ao "outro lado" para conseguir uma identificação positiva já que observação anterior só deu para ter a certeza de que não era cygnus olor. Lembro que nesse tempo para ir a La Guardia era preciso atravessar a fronteira em Tui.
Afinal não foi necessário pois os dois cisnes estavam no sapal do Coura justamente em frente ao parque de estacionamento do restaurante. Pensámos então que dificilmente os veríamos mais próximo pelo que nos apressámos a empunhar os binóculos para a almejada identificação. Infelizmente não fomos os únicos que vimos os cisnes pois avistámos um tipo que vinha pelo sapal trazendo aquilo que parecia ser uma espingarda. E nem era dia de caça...
Berrámos a plenos pulmões na tentativa de por os cisnes em fuga mas os bichos deviam estar a visitar Portugal pela primeira vez e não se perturbaram nem um pouco. Assistimos indignados à aproximação final do delinquente e vímo-lo desferir 2 tiros na direcção das aves. Felizmente não pareceu ter acertado mas os cisnes voaram para longe e por mim achei que não os veríamos mais.
Durante a semana contactei os meus companheiros habituais João Lourenço e Francisco Campinho, e á luz destes eventos decidimos contactar uma organização ecológica que estava a dar os primeiros passos no sentido de fazer alguma coisa para protecção daquela zona. Foi assim que eu e o João Lourenço nos apresentámos no escritório do Dr. Serafim Riem na praça da batalha - Porto, que funcionava como sede provisória da QUERCUS da qual ele era o primeiro presidente. Foi assim que me tornei o sócio nº 145 daquela associação.
No fim de semana seguinte fomos ao estuário de novo agora já com a equipa completa (eu próprio, o João Lourenço e o Francisco Campinho) e apesar do meu pessimismo lá estavam os cisnes agora positivamente identificados como Cygnus columbianus.
Durante os restantes meses e até fevereiro visitámos o estuário com alguma regularidade e numa das vezes um grupo do Porto capitaneado pelo Serafim Riem veio connosco tendo também partilhado essa observação. Que me desculpem as pessoas que lá estiveram pois além do Serafim não me recordo do nome dos outros.
Numa outra visita encontrámos um grupo de ornitólogos de La Guardia que nos disseram várias coisas interessantes. A primeira é que desde que foi detectada a presença dos cisnes de bewick no estuário do lado galego foi atribuido à zona um guarda de caça para dissuadir os caçadores de os tentarem abater e que estavam a trabalhar na criação de uma reserva ornitológica na margem espanhola.
No inverno do ano seguinte lá estava a reserva, equipada com dois observatórios. Pena que essa espécie não tenha voltado.
Para terminar só queria explicar que já que os galegos tinham visto os cisnes primeiro do que nós e como tinham feito muito melhor do que nós na sua protecção pareceu-nos justo que fossem eles a publicar a notícia.
P.S.- A observação de C.cygnus de 1990 relatada nas Raridades deste site foi feita pelas mesmas pessoas que mencionei neste já longo relato. E dessa vez foram feitas fotos...
Depois de tirar o pó aos meus arquivos vou tentar relatar o ocorrido no estuário do Minho nesse inverno de 85/86.
Em primeiro lugar quero recordar que nesse ano ainda era permitido caçar todas as quintas e domingos práticamente por todo o lado nomeadamente nas areas estuarinas pelo que para os ornitologos amadores residentes no norte de Portugal a escolha lógica para visitar era o Estuário do Minho já que os outros por serem mais pequenos eram muito pobres em aves invernantes depois da passagem bi-semanal dos caçadores.
Assim sendo no dia 30 de Novembro de manhã lá me dirigi a Caminha com o meu pai e a minha esposa para um dia de birdwatching.
Era sábado e o tempo estava péssimo para a actividade pois chovia com alguma intensidade e estava bastante frio. Ao chegarmos ao fim da marginal, justamente onde anos depois construiram o cais do Ferry que ligava Caminha a La Guardia, ao varrer os bancos de areia com os binóculos (é verdade. nesse tempo já tinhamos binóculos), vimos duas "bolas brancas" encolhidas, em repouso, sendo que a cabeça não se via em nenhuma delas. Tratámos de estacionar o carro de frente para as ditas com o limpa-parabrisas a ser ligado de vez em quando na espetativa de que a maré, a subir, acabasse por fazer com que elas se movessem.
Esperámos cerca de duas horas durante as quais nos fartámos de especular se aquilo seriam cisnes e se fossem de que cor seria o bico ( a esperança era que fosse amarelo e não laranja).
Quando a maré finalmente acordou os bichos estes levantaram a cabeça e em menos de um minuto levantaram voo e atravessaram o rio em direcção à margem espanhola onde os perdemos de vista.
Com o ritmo cardíaco lá por cima fomos almoçar ao restaurante Remo que fica no primeiro andar do edifício onde está sediado o clube de remo "Caminhense" . Durante o almoço planeavamos uma ida ao "outro lado" para conseguir uma identificação positiva já que observação anterior só deu para ter a certeza de que não era cygnus olor. Lembro que nesse tempo para ir a La Guardia era preciso atravessar a fronteira em Tui.
Afinal não foi necessário pois os dois cisnes estavam no sapal do Coura justamente em frente ao parque de estacionamento do restaurante. Pensámos então que dificilmente os veríamos mais próximo pelo que nos apressámos a empunhar os binóculos para a almejada identificação. Infelizmente não fomos os únicos que vimos os cisnes pois avistámos um tipo que vinha pelo sapal trazendo aquilo que parecia ser uma espingarda. E nem era dia de caça...
Berrámos a plenos pulmões na tentativa de por os cisnes em fuga mas os bichos deviam estar a visitar Portugal pela primeira vez e não se perturbaram nem um pouco. Assistimos indignados à aproximação final do delinquente e vímo-lo desferir 2 tiros na direcção das aves. Felizmente não pareceu ter acertado mas os cisnes voaram para longe e por mim achei que não os veríamos mais.
Durante a semana contactei os meus companheiros habituais João Lourenço e Francisco Campinho, e á luz destes eventos decidimos contactar uma organização ecológica que estava a dar os primeiros passos no sentido de fazer alguma coisa para protecção daquela zona. Foi assim que eu e o João Lourenço nos apresentámos no escritório do Dr. Serafim Riem na praça da batalha - Porto, que funcionava como sede provisória da QUERCUS da qual ele era o primeiro presidente. Foi assim que me tornei o sócio nº 145 daquela associação.
No fim de semana seguinte fomos ao estuário de novo agora já com a equipa completa (eu próprio, o João Lourenço e o Francisco Campinho) e apesar do meu pessimismo lá estavam os cisnes agora positivamente identificados como Cygnus columbianus.
Durante os restantes meses e até fevereiro visitámos o estuário com alguma regularidade e numa das vezes um grupo do Porto capitaneado pelo Serafim Riem veio connosco tendo também partilhado essa observação. Que me desculpem as pessoas que lá estiveram pois além do Serafim não me recordo do nome dos outros.
Numa outra visita encontrámos um grupo de ornitólogos de La Guardia que nos disseram várias coisas interessantes. A primeira é que desde que foi detectada a presença dos cisnes de bewick no estuário do lado galego foi atribuido à zona um guarda de caça para dissuadir os caçadores de os tentarem abater e que estavam a trabalhar na criação de uma reserva ornitológica na margem espanhola.
No inverno do ano seguinte lá estava a reserva, equipada com dois observatórios. Pena que essa espécie não tenha voltado.
Para terminar só queria explicar que já que os galegos tinham visto os cisnes primeiro do que nós e como tinham feito muito melhor do que nós na sua protecção pareceu-nos justo que fossem eles a publicar a notícia.
P.S.- A observação de C.cygnus de 1990 relatada nas Raridades deste site foi feita pelas mesmas pessoas que mencionei neste já longo relato. E dessa vez foram feitas fotos...
P.Rodrigues- Número de Mensagens : 23
Idade : 66
Local : Braga
Data de inscrição : 10/01/2012
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Obrigado pela detalhada descrição P. Rodrigues. Creio que assim fica clara a observação de um dos registos que levantavam dúvidas a alguns observadores. Pela descrição, devem ter sido ao todo mais de uma dezena de ornitólogos que viram as aves, que é algo muito significativo para uma raridade observada naquela altura.
Carlos Pacheco- Número de Mensagens : 1297
Idade : 51
Local : Odemira
Data de inscrição : 27/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Carlos Pacheco escreveu:Obrigado pela detalhada descrição P. Rodrigues. Creio que assim fica clara a observação de um dos registos que levantavam dúvidas a alguns observadores. Pela descrição, devem ter sido ao todo mais de uma dezena de ornitólogos que viram as aves, que é algo muito significativo para uma raridade observada naquela altura.
De facto, muito bom, espero agora que a espécie seja por fim admitida na lista Portuguesa.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Olá, Paulo!
De facto, uma narração muito exata, convincente e oportuna (e além do mais de grande elegância... ) que não deixará dúvidas, pelo menos aos muitos frequentadores deste forum.
Que inolvidáveis dias foram aqueles, em que acrescentávamos ao gosto pela natureza, em particular pelas aves, e ao prazer da descoberta, sobretudo de uma raridade como a do cisne-pequeno, à verdadeira militância em favor da preservação do meio ambiente, a qual nos levou a tornarmo-nos sócios da Quercus.
Obrigado pelas tão gratas recordações que me trouxeste.
Um grande abraço.
João Lourenço
De facto, uma narração muito exata, convincente e oportuna (e além do mais de grande elegância... ) que não deixará dúvidas, pelo menos aos muitos frequentadores deste forum.
Que inolvidáveis dias foram aqueles, em que acrescentávamos ao gosto pela natureza, em particular pelas aves, e ao prazer da descoberta, sobretudo de uma raridade como a do cisne-pequeno, à verdadeira militância em favor da preservação do meio ambiente, a qual nos levou a tornarmo-nos sócios da Quercus.
Obrigado pelas tão gratas recordações que me trouxeste.
Um grande abraço.
João Lourenço
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
P. Rodrigues,
Agradeço também o teu testemunho. Ajudou a esclarecer uma situação que estava mal documentada.
1 abraço,
Gonçalo
Agradeço também o teu testemunho. Ajudou a esclarecer uma situação que estava mal documentada.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Gonçalo Elias escreveu:Lista de espécies que não são vistas há mais de 20 anos em Portugal Continental:
- Cygnus columbianus- Bucephala albeola
- Thalassarche melanophris
- Gypaetus barbatus *
- Haliaeetus albicilla
- Turnix sylvatica
- Porphyrio alleni
- Fulica americana
- Numenius tenuirostris
- Tringa solitaria- Onychoprion fuscatus
- Asio capensis
- Chersophilus duponti
- Bombycilla garrulus
- Turdus obscurus
- Nucifraga caryocatactes
- Corvus frugilegus
- Serinus citrinella
- Carduelis flavirostris
* - em 2011 duas aves libertadas em Espanha no âmbito de um programa de reintrodução da espécie apareceram no interior norte e centro de Portugal
A esta lista agora reduzida, tem que se juntar as novas, sim porque foram passando uns anos
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
pedro121 escreveu:
- Bombycilla garrulus
Este de relance ontem até me parecia...
https://aves.forumeiros.com/t25577-pedido-de-id-passeriforme
Paulo Lemos- Número de Mensagens : 1656
Local : Caldas da Rainha
Data de inscrição : 29/01/2012
Re: Espécies que não são vistas há mais de 20 anos
Acresce há lista estas espécies.
Borrelho-de-dupla-coleira
Escrevedeira-de-pallas
Escrevedeira-aureolada
E o painho tambem j+a não era visto há 20 anos quando foi visto o ano passado.
Painho-de-swinhoe
Borrelho-de-dupla-coleira
Escrevedeira-de-pallas
Escrevedeira-aureolada
E o painho tambem j+a não era visto há 20 anos quando foi visto o ano passado.
Painho-de-swinhoe
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
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