Birding on Borrowed Time

Um livro interessante, que li há uns anos.

Trata-se de uma autobiografia escrita por Phoebe Snetsinger, uma observadora norte-americana que viu mais de 8 mil espécies de aves e que até há pouco tempo era detentora do recorde mundial.

Aos 51 anos, esta senhora teve um diagnóstico terrível: devido a um problema de saúde grave (melanoma), o tempo de vida que lhe restava era de seis meses, dos quais três com uma saúde razoável e os restantes três com a saúde em declínio acentuado.

Perante este panorama sombrio, a senhora, que já observava aves com alguma regularidade desde os 34 anos decidiu passar os três meses que supostamente lhe restavam a fazer uma das coisas de que mais gostava: ver aves.

No entanto, passados os tais três meses, e ao contrário do que tinha sido prognosticado, a sua saúde não se agravou, e então ela pensou "não vou ficar aqui sentada à espera que a morte chegue, vou continuar a ver aves". E assim foi: vivendo e observando. E correndo mundo.

Em vez dos seis meses anunciados, viveu mais 17 anos. Morreu em 1999, mas não por causa da doença: em vez disso, um acidente de autocarro em Madagáscar ceifou-lhe a vida, quando tinha 68 anos e se encontrava em mais uma "birding trip".

No decurso do livro ela relata as suas peripécias um pouco por todo o mundo. O capitulo final, em jeito de epílogo, foi escrito pelo seu filho.