Big day e novo recorde de Portugal?

Bem, a primeira actualização é que eu e o Manuel Ribeiro batemos o recorde de espécies distrital em Portugal, com 131 espécies no Sotavento Algarvio, do dia 23 de Março, nos concelhos de VRSA, Castro Marim, Tavira, Olhão, Faro, Loulé e São Brás de Alportel.

Lista:

Código:

1 Tadorna tadorna
2 Spatula clypeata
3 Mareca strepera
4 Anas platyrhynchos
5 Anas crecca
6 Netta rufina
7 Aythya ferina
8 Alectoris rufa
9 Phoenicopterus roseus
10 Tachybaptus ruficollis
11 Podiceps cristatus
12 Columba palumbus
13 Streptopelia decaocto
14 Apus pallidus
15 Rallus aquaticus
16 Gallinula chloropus
17 Fulica atra
18 Porphyrio porphyrio
19 Burhinus oedicnemus
20 Himantopus himantopus
21 Pluvialis squatarola
22 Charadrius alexandrinus
23 Charadrius hiaticula
24 Charadrius dubius
25 Numenius phaeopus
26 Numenius arquata
27 Limosa lapponica
28 Limosa limosa
29 Arenaria interpres
30 Calidris alba
31 Calidris alpina
32 Calidris minuta
33 Gallinago gallinago
34 Actitis hypoleucos
35 Tringa erythropus
36 Tringa nebularia
37 Tringa glareola
38 Tringa totanus
39 Chroicocephalus genei
40 Chroicocephalus ridibundus
41 Ichthyaetus audouinii
42 Larus michahellis
43 Larus fuscus
44 Hydroprogne caspia
45 Thalasseus sandvicensis
46 Ciconia ciconia
47 Morus bassanus
48 Phalacrocorax carbo
49 Ardea cinerea
50 Ardea purpurea
51 Ardea alba
52 Egretta garzetta
53 Bubulcus ibis
54 Plegadis falcinellus
55 Platalea leucorodia
56 Pandion haliaetus
57 Circaetus gallicus
58 Hieraaetus pennatus
59 Circus aeruginosus
60 Circus pygargus
61 Buteo buteo
62 Athene noctua
63 Upupa epops
64 Alcedo atthis
65 Dendrocopos major
66 Picus viridis
67 Falco tinnunculus
68 Lanius senator
69 Garrulus glandarius
70 Cyanopica cooki
71 Pica pica
72 Corvus corax
73 Calandrella brachydactyla
74 Alaudala rufescens
75 Galerida theklae
76 Galerida cristata
77 Riparia riparia
78 Ptyonoprogne rupestris
79 Hirundo rustica
80 Cecropis daurica
81 Delichon urbicum
82 Lophophanes cristatus
83 Cyanistes caeruleus
84 Parus major
85 Aegithalos caudatus
86 Sitta europaea
87 Certhia brachydactyla
88 Troglodytes troglodytes
89 Regulus ignicapilla
90 Cettia cetti
91 Phylloscopus bonelli
92 Phylloscopus trochilus
93 Phylloscopus collybita
94 Phylloscopus ibericus
95 Acrocephalus schoenobaenus
96 Acrocephalus scirpaceus
97 Cisticola juncidis
98 Sylvia atricapilla
99 Sylvia cantillans
100 Sylvia melanocephala
101 Sylvia conspicillata
102 Sylvia undata
103 Erithacus rubecula
104 Luscinia megarhynchos
105 Phoenicurus phoenicurus
106 Monticola solitarius
107 Saxicola rubicola
108 Oenanthe oenanthe
109 Oenanthe hispanica
110 Turdus philomelos
111 Turdus merula
112 Sturnus vulgaris
113 Sturnus unicolor
114 Motacilla flava
115 Motacilla alba
116 Anthus campestris
117 Anthus pratensis
118 Anthus trivialis
119 Anthus spinoletta
120 Fringilla coelebs
121 Chloris chloris
122 Linaria cannabina
123 Carduelis carduelis
124 Serinus serinus
125 Emberiza calandra
126 Emberiza cia
127 Emberiza cirlus
128 Passer domesticus
129 Passer hispaniolensis
130 Ploceus melanocephalus
131 Estrilda astrild

Bem, a segunda actualização, é que batemos o recorde nacional de Big Day (não planeado), ontem, dia 25 de Março, entre as 6h - 23h, nos distritos de Faro - Beja - Setúbal - Lisboa.

Deixo aqui a crónica, seguida da lista de espécies ordenada por ordem de observação (separadas por local).

[Contexto]
Muitos aqui devem saber que me mudei para o norte da Noruega, no ano passado, para fazer o meu doutoramento, e tenho apenas voltado periodicamente a terras lusas. Apesar de lá bem no norte, na terra das auroras, haver aves espetaculares, elas escasseiam no Inverno. Então, quando consegui marcar uns dias agora em fim de Março para cá voltar, estava sequioso por ver aves. Sabendo eu que tinham andado uns certos bichos de bigodes pelo Algarve, decidi passar lá o fim-de-semana, não só para aproveitar o sol, ir um bocadinho à praia, mas também tentar sacar estas felosas e ver umas aves fixes. Convidei então o meu amigo Manuel Ribeiro para esta Aventura, que lá aceitou vir. Acontece que estavam ventos de leste no Algarve, algo que (deve) deixa(r) logo qualquer observador de aves com ganas de ir para o campo.

[Prelúdio]
Bom, na sexta à noite vamos até Tavira e, no sábado, de madrugada, eu e o Manel lá nos levantamos e deslocamo-nos até ao sapal da Aldeia Nova na Reserva de VRSA e Castro Marim, para tentar as famosas felosas. O resto desta história eu conto depois, mas digamos que a felosa não apareceu propriamente, mas por outro lado fomos brindados com perto de 70 espécies, em cerca de duas horas, o que me levou a pensar que deveríamos tentar um big day, especialmente por várias destas serem migradoras imprevisíveis. Estava um excelente dia com montes de migradoras, e no fim conseguimos 131 espécies, um novo recorde distrital (diga-se, com a preciosa ajuda do Gonçalo Elias, que nos recomendou vários spots muito bons para uma série de espécies localizadas).
Bom, este foi só o primeiro dia, e tínhamos mais dois onde decidimos tentar a felosa de madrugada. Domingo foi um dia giro, com mais de 100 espécies também, e na segunda o plano era o mesmo. Ir ao sapal, tentar a felosa bem cedo de madrugada e depois seguir viagem pelo Alentejo acima.

[O grande dia]
5h15 da manhã, toca o alarme, e o cansaço já começa a acumular mas por volta das 6h00 chegamos ao local do crime e vamos directos aos caniços.
Desde logo as felosas-dos-juncos cantavam, um scirpaceus ao longe... Mas o melanopogon... Bem, na realidade não sabemos, houve um Acrocephalus que esteve sempre a cantar lá ao longe, na direção de umas tamargueiras, mas nunca fez as notas do rouxinol e, com o vento, era um caso perdido. Ao terceiro dia, já estávamos fartos da questão, então decidimos ir andando ao longo da linha do comboio, seguindo juntos ao caniçal. O mindset de big day estava ainda activo desde sábado, portanto estávamos sempre naquela de tentar dar com todas as espécies possíveis. Neste dia, havia consideravelmente menos migradores do que nos anteriores, mas outras espécies estavam mais visíveis. Pica-pau-verde a cantar ao longe, e pica-pau-malhado a chamar desenfreadamente, era um bom sinal. Outras espécies úteis como petinha-ribeirinha, garça-vermelha, andorinhão-pálido, frando-d’água, caimão, águia-pesqueira, bico-de-lacre e garajau-grande andavam na zona. Continuamos a andar ao longo da linha do comboio até que damos com um brinde que passa a voar, um bique-bique, e logo a seguir aterra no fim do caniçal uma escrevedeira-dos-caniços! Uma espécie nova para mim em Faro. O entusiasmo por ver essa espécie muda quando me apercebo de que este ponto parecia absolutamente perfeito para Porzana pusilla (a última Porzana que me falta). Fico um pouco frustrado por não termos ido ali em dias anteriores e experimentado chamar a espécie, mas podíamos tentar remediar. Então ligamos o telemóvel à coluna e chamamos a fêmea da espécie. De repente, vejo um vulto numa ilha de vegetação, aponto os binóculos e.... “Pusilla pusilla pusilla!!!” Digo eu ao Manel, que levanta os binóculos e dá também com o macho, exposto, lindo, a olhar para nós. Ele enfia-se na vegetação e começa a cantar, com o seu canto de anfíbio, que curiosamente acorda uma rã-verde que decide juntar-se à festa dos coaxos. Tentamos chamar mais um pouco mas com o nascer do dia a ave vai tornando-se menos responsiva, e apesar de se ter aproximado um pouco não permitiu melhores observações do que milésimos de segundo a passar entre ilhas de vegetação. Neste momento já passam das 7h e temos uma longa viagem pela frente. Antes de nos metermos no carro, aproveitamos para registar mais uns patos (zarros, trombeteiros, Netta).

Neste momento, temos pouco mais de 50 espécies, mas temos um conjunto invejável. Como vamos pelo interior, decidimos passar pelo Sapal de Castro Marim, não fosse o diabo tecê-las e ficássemos à porta de uma marca interessante. A maré está vazia, portanto muito poucas limícolas, mas alguns migradores andam por ali: duas felosas-musicais, um papa-amoras, uma toutinegra-carrasqueira e uma toutinegra-tomilheira a chamar. Vamos à zona das calhandrinhas-das-marismas, que se ouvem facilmente a cantar, e passa um falcão-peregrino que levanta uma série de limícolas (tarambola-cinzenta, Pilrito-comum e -de-bico-comprido), e levanta ainda um alcaravão que nos passa a voar. Neste momento, vamos com um elenco já bastante interessante, 78 espécies, mas neste momento lembro-me de que vamos sair do Algarve e não temos gaivotas sem ser fuscus e guincho. Com o telescópio, tento sacar ao longe uma micha mas só vultos de gaivotas... E uns garajaus-comuns a caçar no Guadiana, vá lá. Seguimos então para o IC27 onde conseguimos sacar chasco-ruivo em cima de um sinal da caça e vemos as primeiras andorinhas-das-rochas da viagem.

Passamos na Ribeira do Vascão, fronteira com o Alentejo, e decidimos fazer uma (acertada) paragem. Este ponto revela ser muito bom com algumas espécies que só vimos aqui: cia, melro-azul a cantar, um guarda-rios, chapins-rabilongos e alvéola-cinzenta, assim como os primeiros de muitos pardais-espanhóis e a última das andorinhas: dáurica.

Seguimos directos a Mértola, e inflectimos para dentro na direcção de João Serra. Logo nos Namorados, damos com algumas rapinas em voo. Uma coluna térmica tem 2 grifos, 1 águia-imperial imatura e 1 abutre-preto. Ao fundo, mais duas imperiais em mergulhos nupciais. Seguimos em frente, na direcção de Álvares, e no caminho vamos sacando mais umas interessantes, como tordo-comum, chapim-de-poupa, felosa-do-mato, rabirruivo-preto, codorniz. Chegando a Álvares, vamos na direção do reservatório de água que está com excelente aspecto. Vários dubius e, melhor, duas perdizes-do-mar chegam em voo. No caminho para o carro passam duas calhandrinhas-comuns por cima, e mesmo à saída do reservatório somos presenteados com dois cucos-rabilongos a fazer coisas com bolinha vermelha, com calhandra-real a cantar ao lado! Seguimos em frente, e damos com mais umas interessantes como bútio, corvo, os primeiros bandos de naumanni e as primeiras gralhas.

À chegada da EN123 vemos um bando de abetardas em voo e um Circus pygargus. Entramos então numa das minhas estradas preferidas do Alentejo, a que liga São Marcos da Ataboeira a Entrada. Ainda perto do início, vemos umas rapinas ao longe. Uns grifos e uma águia com eles, ao mesmo tempo que uma Cotovia-arbórea nos passa a voar por cima a cantar. Monto o telescópio e lá está uma águia escura, com cauda branca e flashes brancos nas asas. Grito ”Real!”.  O Manel apressa-se a correr e fica desiludido quando olha para o telescópio e vê que era “só” uma águia-real, já que ele esperava que fosse um milhafre-real que nunca tinha visto em Portugal... Sem comentários. Mas, para felicidade do Manel, dois milhafres-reais passam pouco depois no caminho, assim como dois pretos. Prosseguimos pela estrada e na ribeira que a atravessa está um Rouxinol-comum a cantar. Muito bom.

Chegamos então ao reservatório de entradas onde um chasco-cinzento está pousado num dos postes, e dentro do reservatório estão dois mergulhões-de-poupa. Prosseguindo na direcção do Carregueiro, chegamos ao açude que contém algumas marrequinhas e os primeiros colhereiros. Bom, neste momento estamos com fome e eu sugiro ao Manel que almocemos em Aljustrel e lá logo tomamos uma decisão sobre o que fazer no resto do dia. A caminho ainda vemos uma calçada escura, ouvimos a primeira Certhia e tentilhão.

No restaurante de Aljustrel, começamos a refeição relativamente calmos. Contudo, eu aproveito para submeter as listas todas no eBird até essa hora e uso a ferramenta “Sumariar as observações” para perceber que já tínhamos 119 espécies! Com montes de limícolas a faltar e florestais também, e eram duas da tarde. O número correcto eram na realidade 124 espécies, mas algumas eu tinha-me esquecido de introduzir e só agora, ao escrever esta crónica, consigo saber. Acabamos de almoçar depressa e decidimos ir directos ao estuário do Tejo, onde tínhamos hipótese de aumentar o nosso total em várias espécies fáceis. Infelizmente, como não houve planeamento prévio, como no big day anterior que havia feito com o Ramalho e o grande planeador Flávio Oliveira, não tínhamos forma directa de saber as target species e isso ter-nos-á custado algumas.

Às 15h37, chegámos à Ribeira das Enguias que estava vazia de aves com a maré muito baixa, mas tinha uma Ardea alba a descansar por entre os tanques. Vamos directos ao Sítio das Hortas onde esperávamos ver limícolas de lodo... Mas estava tudo muito longe mesmo. No entanto, damos com os primeiros alexandrinus e lá ao longe, a dormir na margem com as marrequinhas, estão dois Anas acuta! Vamos directos à Barroca, já que a Quinta da Atalaya infelizmente está fechada (adeus pardal-montês), e lá conseguimos sacar Limosa limosa e muitos combatentes, um papa-ratos no sítio do costume e ainda um Elanus à saída (mas falhámos Euplectes, Ploceus e Goraz).

Seguimos para Pancas, onde conseguimos ouvir e ver várias Emberiza cirlus e trepadeira-azul. Passado já o Monte de Pancas, fazemos uma paragem para olhar para o estuário que estava pejado de limícolas, quase todas em contraluz. Dar com maçaricos-reais foi muito fácil, estavam muitas dezenas, maçaricos-galegos também... Mas tudo o resto de limícolas mais pequenas era quase impossível de identificar, portanto decidimos fazer antes um scan nos campos, onde está a caçar um macho de tartaranhão-azulado, que bate oficialmente o recorde! Muito fixe, mas não temos tempo a perder. Continuamos em frente e ainda sacamos felosa-ibérica a cantar, um mocho-galego e à saída de Pancas vemos uma águia-cobreira a peneirar.

Seguimos direcção às Salinas do Samouco, onde finalmente eu consigo ver um gaio ao lado da estrada, que o Manel já tinha visto antes. Nas salinas, estão muitas espécies de limícolas incluindo Calidris alba, minuta, Charadrius hiaticula e Tringa erythropus. Aqui, temos de tomar decisões e pensamos espécies fazíveis na última meia-hora do dia: alfaiate, rola-do-mar(!), ostraceiro, chapim-carvoeiro, gaivota-de-patas-amarelas(!!!!), periquitos-de-colar... Bem, havia várias possibilidades, mas decidimos ir directos ao Parque do Tejo (em plena maré cheia), onde algumas destas espécies seriam possíveis. Chegamos lá a 10 minutos do pôr-do-sol, onde felizmente vemos algumas Larus michahellis a passar em voo. Mas nada de limícolas, nem na vegetação. Apressamo-nos para chegar à ETAR onde canta uma carriça!!! Tínhamo-nos esquecido dessa pequenina. Nos pinheiros, ainda tentámos ouvir chapim-carvoeiro mas era tarde.

Eram agora 19h e tínhamos mais decisões para tomar. Pensámos em planos alternativos (tipo ir ao dormitório de krameri no Campo Grande, ou ir de lanterna para os molhes de Peniche), mas a realidade é que estávamos cansados. Antes de chegar a casa, tentámos ainda alguns pontos para Tyto e Strix, mas nada respondeu. Depois de jantar, mais uma vez, mas às 23h fechámos a loja.

Estava feito. 146 espécies. Não chegámos às 150, por falta de planeamento, mas não podíamos pedir mais. Em 3 dias vimos 176 espécies, batemos o recorde de Big Day distrital e nacional, e demos com uma dream lifer, que se mostrou muito bem e ainda se fartou de cantar. Até à próxima.

Código:

1 Tadorna tadorna
2 Spatula clypeata
3 Mareca strepera
4 Anas platyrhynchos
5 Netta rufina
6 Aythya ferina
7 Alectoris rufa
8 Phoenicopterus roseus
9 Tachybaptus ruficollis
10 Columba palumbus
11 Apus pallidus
12 Rallus aquaticus
13 Gallinula chloropus
14 Fulica atra
15 Porphyrio porphyrio
16 Zapornia pusilla
17 Gallinago gallinago
18 Actitis hypoleucos
19 Tringa ochropus
20 Larus fuscus
21 Hydroprogne caspia
22 Phalacrocorax carbo
23 Ardea cinerea
24 Ardea purpurea
25 Egretta garzetta
26 Bubulcus ibis
27 Plegadis falcinellus
28 Pandion haliaetus
29 Circus aeruginosus
30 Upupa epops
31 Dendrocopos major (O)
32 Picus viridis (O)
33 Galerida cristata
34 Hirundo rustica
35 Delichon urbicum
36 Cettia cetti (O)
37 Acrocephalus schoenobaenus (O)
38 Acrocephalus scirpaceus (O)
39 Cisticola juncidis
40 Sylvia melanocephala
41 Saxicola rubicola
42 Turdus merula
43 Sturnus unicolor
44 Motacilla flava
45 Motacilla alba
46 Anthus pratensis
47 Anthus spinoletta
48 Chloris chloris
49 Carduelis carduelis
50 Serinus serinus
51 Emberiza calandra
52 Emberiza schoeniclus
53 Passer domesticus
54 Estrilda astrild (O)
---
55 Burhinus oedicnemus
56 Himantopus himantopus
57 Pluvialis squatarola
58 Calidris ferruginea
59 Calidris alpina
60 Tringa nebularia
61 Tringa totanus
62 Chroicocephalus ridibundus
63 Thalasseus sandvicensis
64 Ciconia ciconia
65 Falco peregrinus
66 Lanius meridionalis
67 Lanius senator
68 Cyanopica cooki
69 Pica pica
70 Alaudala rufescens (O)
71 Riparia riparia
72 Phylloscopus trochilus
73 Sylvia atricapilla
74 Sylvia cantillans
75 Sylvia communis
76 Sylvia conspicillata (O)
77 Erithacus rubecula
78 Linaria cannabina
---
79 Ptyonoprogne rupestris
80 Oenanthe hispanica
---
81 Alcedo atthis
82 Parus major
83 Aegithalos caudatus
84 Phylloscopus collybita
85 Monticola solitarius (O)
86 Motacilla cinerea
87 Emberiza cia
88 Passer hispaniolensis
---
89 Aegypius monachus
90 Gyps fulvus
91 Aquila adalberti
92 Galerida theklae
93 Turdus philomelos
---
94 Lophophanes cristatus (O)
---
95 Streptopelia decaocto
96 Cecropis daurica
97 Sylvia undata (O)
98 Phoenicurus ochruros
99 Coturnix coturnix (O)
---
100 Clamator glandarius
101 Charadrius dubius
102 Glareola pratincola
103 Calandrella brachydactyla
104 Melanocorypha calandra
---
105 Circus pygargus
106 Buteo buteo
107 Corvus corax
108 Otis tarda
109 Falco naumanni
110 Corvus corone
---
111 Aquila chrysaetos
112 Milvus milvus
113 Milvus migrans
114 Falco tinnunculus
115 Lullula arborea
116 Cyanistes caeruleus
117 Luscinia megarhynchos (O)
---
118 Podiceps cristatus
119 Oenanthe oenanthe
---
120 Anas crecca
121 Platalea leucorodia
---
122 Hieraaetus pennatus
123 Certhia brachydactyla (O)
124 Fringilla coelebs
---
125 Ardea alba
---
126 Anas acuta
127 Charadrius alexandrinus
---
128 Limosa limosa
129 Calidris pugnax
130 Ardeola ralloides
131 Elanus caeruleus
---
132 Numenius phaeopus
133 Numenius arquata
134 Circaetus gallicus
135 Circus cyaneus
136 Athene noctua (O)
137 Sitta europaea (O)
138 Phylloscopus ibericus (O)
139 Emberiza cirlus
---
140 Garrulus glandarius
---
141 Charadrius hiaticula
142 Calidris alba
143 Calidris minuta
144 Tringa erythropus
---
145 Larus michahellis
146 Troglodytes troglodytes (O)

Muito fixe, e levas-te a marca nacional a um nível minimamente serio, pessoalmente acho giro teres esmagado a marca para Faro, mas claro que o melhor do dia foi a franga.

Muito fixe mesmo. Depois vou ver com tempo as espécies que detetaram

Muito porreiro Pedro. Grande dia!

Brutal! Muito fixe, e boa crónica... dá para sentir o frenesim

Magnífico!

De facto um big day com percurso linear (Algarve - Alentejo - Lisboa) dá mais hipóteses do que se for circular.

Altamente Pedro! Junto-me ao coro de felicitações.
Vai ser difícil de bater

Paulo Alves escreveu:
Vai ser difícil de bater

Mas não impossível.

Gonçalo Elias escreveu:Magnífico!

De facto um big day com percurso linear (Algarve - Alentejo - Lisboa) dá mais hipóteses do que se for circular.

A propósito, não era má ideia começar a agregar as varias marcas, caso contrario perde-se tudo.

Grande marca e grande história, que será uma daquelas para se contar aos netos Parabéns aos dois pelo grande feito.
Não foi um big day nacional mas apenas no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. A motivação que me fez sair de casa ontem foram as porzanas mas como a coisa começou bem e melhorou ao longo da manhã, nomeadamente em migradoras, decidi dar uma volta ao concelho e tentar um big day concelhio. No final do dia rendeu 105 espécies

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Magnífico!

De facto um big day com percurso linear (Algarve - Alentejo - Lisboa) dá mais hipóteses do que se for circular. [smiley]https://2img.net/i/fa/i/smiles/icon_smile.gif[/smiley]

A propósito, não era má ideia começar a agregar as varias marcas, caso contrario perde-se tudo.

Uma questão, os big days distritais são comparáveis entre si? Ou seja, o record de Faro é comparável com o de outro distrito ou será comparável apenas com outro realizado em Faro?

Enviado pelo Topic'it

João Tomás escreveu:Grande marca e grande história, que será uma daquelas para se contar aos netos Parabéns aos dois pelo grande feito.
Não foi um big day nacional mas apenas no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. A motivação que me fez sair de casa ontem foram as porzanas mas como a coisa começou bem e melhorou ao longo da manhã, nomeadamente em migradoras, decidi dar uma volta ao concelho e tentar um big day concelhio. No final do dia rendeu 105 espécies

Muito bom João!

Paulo Alves escreveu:Uma questão, os big days distritais são comparáveis entre si? Ou seja, o record de Faro é comparável com o de outro distrito ou será comparável apenas com outro realizado em Faro?

Comparáveis são sempre, mas com a devidas precauções. Por exemplo, os distritos do interior (ex.: Viseu) ficam sempre desfalcados a nível de marítimas (ex.: Aveiro).
Para mim faz todo o sentido que as marcas sejam comparadas a nível do mesmo distrito.

Já agora, por curiosidade, deixo a lista de espécies observadas :

Spatula querquedula
Anas platyrhynchos
Anas crecca
Coturnix coturnix
Alectoris rufa
Tachybaptus ruficollis
Podiceps cristatus
Columba livia
Columba palumbus
Streptopelia decaocto
Clamator glandarius
Cuculus canorus
Apus pallidus
Rallus aquaticus
Gallinula chloropus
Himantopus himantopus
Charadrius dubius
Actitis hypoleucos
Tringa ochropus
Tringa totanus
Ciconia ciconia
Phalacrocorax carbo
Ardea cinerea
Ardea purpurea
Plegadis falcinellus
Platalea leucorodia
Elanus caeruleus
Neophron percnopterus
Gyps fulvus
Circaetus gallicus
Hieraaetus pennatus
Aquila chrysaetos
Aquila fasciata
Circus aeruginosus
Circus cyaneus
Accipiter nisus
Milvus milvus
Milvus migrans
Buteo buteo
Otus scops
Upupa epops
Alcedo atthis
Dendrocopos major
Falco tinnunculus
Lanius meridionalis
Lanius senator
Garrulus glandarius
Cyanopica cooki
Pica pica
Corvus corone
Corvus corax
Calandrella brachydactyla
Melanocorypha calandra
Lullula arborea
Galerida theklae
Galerida cristata
Riparia riparia
Ptyonoprogne rupestris
Hirundo rustica
Cecropis daurica
Delichon urbicum
Periparus ater
Lophophanes cristatus
Cyanistes caeruleus
Parus major
Aegithalos caudatus
Certhia brachydactyla
Troglodytes troglodytes
Cettia cetti
Phylloscopus bonelli
Phylloscopus trochilus
Phylloscopus collybita
Phylloscopus ibericus
Acrocephalus schoenobaenus
Cisticola juncidis
Sylvia atricapilla
Sylvia cantillans
Sylvia melanocephala
Sylvia undata
Erithacus rubecula
Luscinia svecica
Phoenicurus ochruros
Monticola solitarius
Saxicola rubicola
Oenanthe oenanthe
Turdus viscivorus
Turdus philomelos
Turdus merula
Sturnus unicolor
Motacilla flava
Motacilla alba
Anthus pratensis
Anthus trivialis
Fringilla coelebs
Coccothraustes coccothraustes
Chloris chloris
Linaria cannabina
Carduelis carduelis
Serinus serinus
Emberiza calandra
Emberiza cia
Emberiza cirlus
Passer domesticus
Passer hispaniolensis
Petronia petronia

Paulo Alves escreveu:
Uma questão, os big days distritais são comparáveis entre si? Ou seja, o record de Faro é comparável com o de outro distrito ou será comparável apenas com outro realizado em Faro?

Não, não são comparáveis enttre distritos, pelo menos de maneira a que faça sentido, a minha questão é fazer tipo uma tabela para podermos saber qual o maximo para uma zona, e com que regras foi feito, e para podermos comparar com outras tentativas para a mesma área.

Já agora, há algum "protocolo ético" relativamente ao uso de chamamentos durante um Big-day? Ou fica ao critério de cada um?

E parabéns ao João Tomás, bela lista

Já agora parabéns ao Nicolau e ao Manuel, e para o João. Muito fixe em ambos os casos!

Helder Vieira escreveu:Já agora, há algum "protocolo ético" relativamente ao uso de chamamentos durante um Big-day? Ou fica ao critério de cada um?

Acho que deve ser evitado ao máximo durante o período reprodutor. E deve-se ter atenção ameaças na envolvente (estradas, predadores).
Para não entrar em fundamentalismos, diria que é boa prática reproduzir o som meia dúzia de segundos (aprox. 30 seg) e e aguardar alguns minutos por feedback (aprox. 5min).

HL escreveu: diria que é boa prática reproduzir o som meia dúzia de segundos (aprox. 30 seg) e e aguardar alguns minutos por feedback (aprox. 5min).

Sim, concordo. Só uso em casos pontuais e, seja em que época for, tento não alongar muito.
A questão ética era mais na perspectiva de valorizar, ou não, certos registos. Chamar uma franga na migração "compreende-se" já uma espécie comum na nidificação já é "um pouco escusado".
No que toca ao uso de chamamentos é a velha questão, como diria o Gonçalo, haja bom senso

Helder Vieira escreveu:Já agora, há algum "protocolo ético" relativamente ao uso de chamamentos durante um Big-day? Ou fica ao critério de cada um?

Bom, a questão é chamamentos para que? num big day pode-se não usar chamamentos e mesmo assim bater o recorde.

Dou um exemplo, vais à zona A e sacas 90% das espécies vendo/ouvindo, ficam 10% mas sabes que podes ainda conseguir no resto do percurso.

Chegas à zona B, sacas quase tudo, mas fica a faltar felosa-de-bonelli e é a ultima hipótese, usas chamamentos?

ou seja, no decorrer de um dia, terás algumas situações em que poderás pensar nisso, mas no global do dia, tu queres ouvir o que está a cantar, por isso é ficar calado e ouvir.

Helder Vieira escreveu:A questão ética era mais na perspectiva de valorizar, ou não, certos registos. Chamar uma franga na migração "compreende-se" já uma espécie comum na nidificação já é "um pouco escusado".
No que toca ao uso de chamamentos é a velha questão, como diria o Gonçalo, haja bom senso

O uso de chamamentos para mim faz sentido em censos para detecção de espécies secretivas. Para fins de recreio já acho que não se justifica. Contudo como, para algumas destas espécies secretivas, a maioria da informação de ocorrência e fenologia é obtido durante eventos recreacionais, desde que não se abuse (a tal boa prática que referi acima) não vejo mal.

Depois dos relatos, fiquei com vontade de planear um para Beja...

HL escreveu:O uso de chamamentos para mim faz sentido em censos para detecção de espécies secretivas. Para fins de recreio já acho que não se justifica. Contudo como, para algumas destas espécies secretivas, a maioria da informação de ocorrência e fenologia é obtido durante eventos recreacionais, desde que não se abuse (a tal boa prática que referi acima) não vejo mal.

Concordo com o Hugo em parte. Pessoalmente não uso chamamentos para a observação de aves simplesmente porque tira a piada à coisa. Mas respeito quem o use de forma moderada, claro.

Obrigado Helder e Luís

Basicamente o Ramalho respondeu com exemplos à minha dúvida.
Claro está que é muito mais interessante, e válido, não usar chamamentos. Nas minhas saídas raramente uso. Tenho algumas coisas gravadas mais para relembrar calls/flight calls. No entanto pode surgir sempre a questão (a tentação!), por exemplo, acabar num pinhal, ou passar rapidamente por um, e ainda não ter chapim-preto ou de poupa, ou a estrelinha