Contabilização das raridades
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Re: Contabilização das raridades
tichodroma?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:tichodroma?
Não, é uma espécie rara mas à uma espécie muito parecida e que ocorre em Portugal mais frequentemente e em períodos não muito sobrepostos.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
PNicolau escreveu:
Para que queres dados se não tens ninguém a analisá-los?
Bem, ninguém é um exagero, tens poucas pessoas.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
pedro121 escreveu:Gonçalo Elias escreveu:tichodroma?
Não, é uma espécie rara mas à uma espécie muito parecida e que ocorre em Portugal mais frequentemente e em períodos não muito sobrepostos.
Com essas indicações só me ocorre o Phalaropus lobatus.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Foi o Gonçalo quem disse, eu sei que pelo menos tu fazes essa análise.pedro121 escreveu:PNicolau escreveu:
Para que queres dados se não tens ninguém a analisá-los?
Bem, ninguém é um exagero, tens poucas pessoas.
Mas penso que uma análise a sério como os britânicos fazem era muito bem vindo. Se tiver tempo e vontade, logo penso nisso.
PNicolau- Número de Mensagens : 7856
Idade : 29
Local : Lisboa
Data de inscrição : 28/12/2008
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:
Com essas indicações só me ocorre o Phalaropus lobatus.
Exacto.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
PNicolau escreveu:Foi o Gonçalo quem disse
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Voltando à questão da contabilização há um aspecto que não foi abordado no tópico mas que é relevante para a contabilização, que é o caso em que o número de indivíduos presente no local varia.
O tratamento é diferente consoante o número de indivíduos aumenta ou diminui. Vejamos:
- chegam duas aves juntas (dois cisnes, por exemplo), o registo é submetido e é considerado um único registo; a certa altura uma das aves desaparece a outra fica; continua a ser o mesmo registo, aliás creio que há vários casos destes
- chega uma ave e fica por lá, é um registo; passados alguns dias, chega outro indivíduo que se junta ao primeiro e ficam ambos por lá; neste caso é tratado obrigatoriamente como um novo registo, mesmo que desapareçam ambas na mesma altura
Ou seja, num caso temos
data de chegada igual, data de partida diferente ---> 1 registo
data de chegada diferente, data de partida igual ---> 2 registos
Este é mais um argumento a favor de contar indivíduos e não apenas "observações".
O tratamento é diferente consoante o número de indivíduos aumenta ou diminui. Vejamos:
- chegam duas aves juntas (dois cisnes, por exemplo), o registo é submetido e é considerado um único registo; a certa altura uma das aves desaparece a outra fica; continua a ser o mesmo registo, aliás creio que há vários casos destes
- chega uma ave e fica por lá, é um registo; passados alguns dias, chega outro indivíduo que se junta ao primeiro e ficam ambos por lá; neste caso é tratado obrigatoriamente como um novo registo, mesmo que desapareçam ambas na mesma altura
Ou seja, num caso temos
data de chegada igual, data de partida diferente ---> 1 registo
data de chegada diferente, data de partida igual ---> 2 registos
Este é mais um argumento a favor de contar indivíduos e não apenas "observações".
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:Voltando à questão da contabilização há um aspecto que não foi abordado no tópico mas que é relevante para a contabilização, que é o caso em que o número de indivíduos presente no local varia.
O numero de indivíduos variável é um problema muito grande em algumas espécies, já que para alem das situações discretas pelo Gonçalo, temos situações em que o numero aumenta, depois diminui, depois volta a aumentar em Larus sp e em Brantas bernicla.
Alias, a contabilização dos registos de Branta bernicla e de Larus argentatus é de uma complexidade que me faz desejar que o CPR remova essas espécies da lista das homologáveis o mais rápido possível.
Globalmente eu não estou contra contar os indivíduos, as diferenças só se fariam sentir num pequeno grupo de raridades, muitas das quais são administrativas e outras que tem registos em nº suficiente para deixarem de o ser.
O trabalho do CPR é para mim muito importante, mas com a cada vez maior utilização do eBird, o acompanhamento de espécies como Larus argentatus e Hyperboreus, Gavia immer, moleiro-rabilongo, gaivota-de-sabine, oce cas, Branta bernicla bernicla, Phy ino (choque) e mesmo Larus glaucoides e Felosa-aquatica devia deixar de ser feito pelo CPR
Só isso reduzia em muito os problemas de contabilização...
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
pedro121 escreveu:
O trabalho do CPR é para mim muito importante, mas com a cada vez maior utilização do eBird, o acompanhamento de espécies como Larus argentatus e Hyperboreus, Gavia immer, moleiro-rabilongo, gaivota-de-sabine, oce cas, Branta bernicla bernicla, Phy ino (choque) e mesmo Larus glaucoides e Felosa-aquatica devia deixar de ser feito pelo CPR
Concordo totalmente, aliás já anteriormente falámos sobre isto num outro tópico, os registos de espécies com mais de um X número de observações anteriores (5 ou 10 ou whatever) poderiam ser validados pela comunidade. O CPR concentrar-se-ia nos "firsts" e nas espécies com menos de 5 registos. Isto reduziria fortemente a carga de trabalho do CPR que claramente não tem capacidade para processar a informação que vai chegando (é uma pena, mas não podemos ficar sempre todos à espera anos e anos que o CPR arranje tempo para tratar destas coisas).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
pedro121 escreveu:
Globalmente eu não estou contra contar os indivíduos, as diferenças só se fariam sentir num pequeno grupo de raridades, muitas das quais são administrativas e outras que tem registos em nº suficiente para deixarem de o ser.
O trabalho do CPR é para mim muito importante, mas com a cada vez maior utilização do eBird, o acompanhamento de espécies como Larus argentatus e Hyperboreus, Gavia immer, moleiro-rabilongo, gaivota-de-sabine, oce cas, Branta bernicla bernicla, Phy ino (choque) e mesmo Larus glaucoides e Felosa-aquatica devia deixar de ser feito pelo CPR
Só isso reduzia em muito os problemas de contabilização...
Isto seria verdade para PTc porque no caso dos Açores o problema é muito pior.
Agora que no último Anuário ficaram patentes os critérios de contabilização, era preciso "varrer a casa" e rever tudo para trás no caso das espécies problemáticas.
A título de exemplo, há casos em que duas aves da mesma espécie com chegada em datas diferentes foram contadas como um único registo e, noutros casos, foram contados (correctamente) como 2 registos.
Flávio Oliveira- Número de Mensagens : 605
Idade : 44
Local : Maia
Data de inscrição : 11/09/2011
Re: Contabilização das raridades
Considerando as recentes novidades no CPR, é altura de recuperar este tópico.
Tomo a liberdade de sugerir aos membros do CPR que frequentam este forum que considerem a possibilidade de encetar uma revisão dos critérios de contabilização de indivíduos / registos, de modo a pôr alguma ordem nisto.
Tomo a liberdade de sugerir aos membros do CPR que frequentam este forum que considerem a possibilidade de encetar uma revisão dos critérios de contabilização de indivíduos / registos, de modo a pôr alguma ordem nisto.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:
Tomo a liberdade de sugerir aos membros do CPR que frequentam este forum que considerem a possibilidade de encetar uma revisão dos critérios de contabilização de indivíduos / registos, de modo a pôr alguma ordem nisto.
De facto, e está nos planos, isso e mais algumas coisinhas, infelizmente o problema é que os critérios tem que ser algo flexíveis. E para já há algumas tarefas previas antes de poder estabelecer critérios numéricos definitivos.
Mas falando unicamente por mim e não pelo CPR, o que penso ter lógica é um sistema adaptado à realidade nacional, em que os observadores são poucos e muito registos não são submetidos ao CPR.
Assim eu apontaria para um numero x de registos/ano durante um x numero de anos, mas sem contar com influxos.
Exemplo, se uma espécie tiver 6 ou mais registos por ano durante 10 anos, eu acho que já seria possível estabelecer o padrão de ocorrência e remover a espécie.
Mas é um exemplo, o que para mim é claro é:
1º tem que haver critérios numéricos,
2º Os influxos devem ser excluídos da analise
3º O numero de anos a considerar deve ser longo, 10 anos parece-me o mínimo.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
Eu concordo com o que escreveste, mas a minha questão não tinha a ver com isso
Tinha a ver com o aspecto mencionado na página 1 do tópico onde se abordava o problema de contar registos ou contar indivíduos. Isto é, quando vêm dois gansos juntos, conta 1 ou contam 2?
Tinha a ver com o aspecto mencionado na página 1 do tópico onde se abordava o problema de contar registos ou contar indivíduos. Isto é, quando vêm dois gansos juntos, conta 1 ou contam 2?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:Eu concordo com o que escreveste, mas a minha questão não tinha a ver com isso
Tinha a ver com o aspecto mencionado na página 1 do tópico onde se abordava o problema de contar registos ou contar indivíduos. Isto é, quando vêm dois gansos juntos, conta 1 ou contam 2?
isso está explicado no ultimo anuario
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Contabilização das raridades
qual é o último? o 9?
diz lá que a possibilidade de contabilizar indivíduos está a ser estudada
aguardo com expectativa o resultado desses estudos
diz lá que a possibilidade de contabilizar indivíduos está a ser estudada
aguardo com expectativa o resultado desses estudos
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25583
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Contabilização das raridades
Gonçalo Elias escreveu:qual é o último? o 9?
diz lá que a possibilidade de contabilizar indivíduos está a ser estudada
aguardo com expectativa o resultado desses estudos
Pessoalmente acho que faz sentido contar os 2.
No entanto volto a dizer que para a maioria dos casos não há diferença. Na maioria das espécies o numero de registos é igual ao numero de indivíduos, nos casos em que não é, a diferença é mínima e se for aplicada a regra de que se for uma situação de 1+1 são registos separados a diferença é menor ainda.
Na realidade só num caso é que temos uma espécie que é de facto muito rara e que tem uma divergência monstruosa entre o numero de indivíduos e o numero de registos.
Mesmo nos patos, que são a fonte das maiores divergências a situação não é assim tão grave como nessa especie.
Portanto, o que temos?
1º Na maioria das espécies a regra é 1 registo= 1 individuo
2º Temos uma serie de espécies em que há uma pequena divergência entre o numero de registos e o numero de indivíduos
3º Temos os patos, em que temos algumas espécies em que a divergência é grande, e temos também espécies como a hyper em que a divergência é grande, mas o numero dessas espécies é muito pequeno
4ª temos 1 espécie em que a divergência é de tal modo grande que está fora da escala.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
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