Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
+4
Filipe Canário
Filipe Martins
Gonçalo Elias
Pedro Fernandes
8 participantes
Fórum Aves :: Outros Temas :: Ambiente
Página 1 de 1
Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Que campanha mais abjecta e revoltante...
Para quem não conhece aqui fica:
https://www.youtube.com/watch?v=y9EwrVEkr3g
E uma tomada de posição decente:
http://www.birdlife.org/news/extra/europe/portugal_biodiversity.html
Para quem não conhece aqui fica:
https://www.youtube.com/watch?v=y9EwrVEkr3g
E uma tomada de posição decente:
http://www.birdlife.org/news/extra/europe/portugal_biodiversity.html
Portuguese NGOs boycott energy company’s biodiversity fund
13-07-2009
In May 2009 Energias de Portugal (EDP), the only Portuguese electricity producer and supplier, started a public campaign to present the dams they will build in the coming years in Portugal, only focusing on the positive outputs to people and nature, and voluntarily omitting the problems related to ecosystem disruption, species depletion and social disturbance.
SPEA (BirdLife in Portugal) and the major Portuguese environmental NGOs immediately reacted to the campaign, urging EDP to stop it. They also asked the Environment Ministry to take steps against this campaign and clearly separate the national strategy for nature conservation from compensation measures needed as a consequence of large dam constructions. Neither of these requests was satisfied.
In 2004 the Portuguese Government approved the first large dam in years, the Baixo Sabor, in Northern Portugal. Already under construction, this project raised huge polemics, because it is destroying one of the most beautiful and the last wild river in Portugal, which is also an Important Bird Area (IBA – identified by BirdLife International) and a Natura 2000 site protected under EU law. Threatened bird species such as Egyptian Vulture Neophron percnopterus, Bonelli’s Eagle Hieraaetus fasciatus, Golden Eagle Aquila chrysaetos, Red Kite Milvus milvus and other wildlife will be affected.
The European Commission had opened an infringement procedure against Portugal, but after several years closed it again due to political pressure, suspected to have been exerted by the Portuguese Government and the top level of the Commission itself."We must ensure citizens are fully aware of the massive natural destruction and social distress large dams will cause" —Dr. Domingos Leitão, Coordenador do Programa Terrestre at SPEA
In 2007 the Portuguese Government created the National Program for Large Hydropower Dams, including 10 new large dams which should have complied with renewable energy targets. A strategic environmental assessment was conducted, but failed on a number of subjects, not having analysed neither real alternatives nor their social, ecological and economic impacts on the environment.
The main message from EDP’s recent awareness campaign was that large dams would significantly contribute to the sustainable economy of local communities and to nature conservation. Incredibly, the Environment Minister also supported this view, publicly confirming the need of these large dams to secure enough funding for the protection of endangered species such as the Iberian Lynx and the Wolf, by means of compensation measures.
Therefore last week eight Environmental NGOs announced the boycott of the 2009 call related to the ‘Fundo EDP para a Biodiversidade’, EDP’s Biodiversity Fund. This 2,5M€ fund spread over 5 years, aims to support research and conservation work on biodiversity affected by electricity production and distribution. Domingos Leitão, Conservation Officer of SPEA, commented: “No thanks to the EDP Biodiversity Fund - if we have to accept EDP lying on the positive effects of dams on nature protection. We must ensure citizens are fully aware of the massive natural destruction and social distress large dams will cause”. The Portuguese NGOs are determined to keep on boycotting future EDP’s calls if the company persists its irresponsible and non-ethical communication strategy.
For more information please contact Dr. Domingos Leitão, Coordenador do Programa Terrestre at SPEA at domingos.leitao@spea.pt
If you want to be up-to-date with BirdLife International European stories, register to our electronic Newsletter "BirdLife Europe e-news" by clicking here. Or to hear about news from the global BirdLife network, please click here.
Credits: SPEA (BirdLife in Portugal)
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Sim, a campanha é abjecta e revoltante mas também é revoltante passar-se a mensagem de que as barragens são um destruidor de ambiente obliterando a informação sobre os benefícios que podem trazer para as comunidades de aves.
Duas notas sobre este assunto:
- a albufeira do Caia, uma das maiores do Alentejo, é um local de nidificação de diversas espécies de aves aquáticas e está classificada pela SPEA como sendo uma IBA;
- a albufeira do Alqueva é a maior do país; sempre fui contra a construção de Alqueva e ainda hoje acho que foi um disparate; conheço mal o local e praticamente nunca fui lá ver aves; a barragem também foi construída numa zona onde nidificavam cegonhas-pretas e bufos-reais (entre outras espécies), tendo estas aves provavelmente desaparecido da zona; mas o habitat que agora foi criado foi rapidamente colonizado por espécies autóctones; segundo sei esta albufeira já foi ocupada por diversas espécies de aves aquáticas (nomeadamente mergulhões-de-crista, perdizes-do-mar e gaivinas-de-bico-preto), havendo dezenas ou mesmo centenas de casais destas espécies, que nidificam sobretudo nas ilhas que se formaram surgiram durante o processo de enchimento. Se esta albufeira ainda não é IBA, provavelmente não tardará a sê-lo.
As gaivinas-de-bico-preto que nidificam no Caia e no Alqueva são praticamente as únicas populações em Portugal e por esse motivo têm sido objecto de acompanhamento e programas de anilhagem; se não houvesse as albufeiras estas aves provavelmente não nidificavam de todo no nosso país.
Não estou a sair em defesa da EDP, mas apenas a dar um contributo para que os factos possam ser analisados objectivamente.
Duas notas sobre este assunto:
- a albufeira do Caia, uma das maiores do Alentejo, é um local de nidificação de diversas espécies de aves aquáticas e está classificada pela SPEA como sendo uma IBA;
- a albufeira do Alqueva é a maior do país; sempre fui contra a construção de Alqueva e ainda hoje acho que foi um disparate; conheço mal o local e praticamente nunca fui lá ver aves; a barragem também foi construída numa zona onde nidificavam cegonhas-pretas e bufos-reais (entre outras espécies), tendo estas aves provavelmente desaparecido da zona; mas o habitat que agora foi criado foi rapidamente colonizado por espécies autóctones; segundo sei esta albufeira já foi ocupada por diversas espécies de aves aquáticas (nomeadamente mergulhões-de-crista, perdizes-do-mar e gaivinas-de-bico-preto), havendo dezenas ou mesmo centenas de casais destas espécies, que nidificam sobretudo nas ilhas que se formaram surgiram durante o processo de enchimento. Se esta albufeira ainda não é IBA, provavelmente não tardará a sê-lo.
As gaivinas-de-bico-preto que nidificam no Caia e no Alqueva são praticamente as únicas populações em Portugal e por esse motivo têm sido objecto de acompanhamento e programas de anilhagem; se não houvesse as albufeiras estas aves provavelmente não nidificavam de todo no nosso país.
Não estou a sair em defesa da EDP, mas apenas a dar um contributo para que os factos possam ser analisados objectivamente.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25658
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Sim, a campanha é abjecta e revoltante mas também é revoltante passar-se a mensagem de que as barragens são um destruidor de ambiente obliterando a informação sobre os benefícios que podem trazer para as comunidades de aves.
Não podia estar mais de acordo Gonçalo.
Nos ultimos anos (desde que o Alqueva arrancou) é frequente encontrarem-se artigos de opinião a criticar a construção das barragens e o posterior acompanhamento das mesmas. É sabido que devido à frequente variação da cota de água na barragem o re-estabelecimento de um novo equilibrio ecológico é bastante dificil. é uma situação de potencial desastre ambiental... Potencial mas não efectivo....
Uma barragem bem gerida, que respeite, por exemplo, limitações nas variações de cota durante a época de nidificação, poderá ser uma mais valia para a avifauna do local.
E não apenas para um conjunto de aves aquáticas que se possam instalar em novo território. Estou a falar também em melhores condições ecológicas para a grande maioria das espécies (de aves e não só) que ocorram nesse local, desde logo pelo mais facil acesso a água (e por arrastamento a recursos alimentares).
Claro que essa gestão, no caso da EDP, tem sido algo desastrosa para os nossos valores naturais daí que também concorde que essa campanha é descabida, oportunista e cínica. Mas perder os (raros) fundos que permitem a muitos investigadores produzir anualmente novos conhecimentos em diferentes áreas ambientais é, na minha opinião, um erro. Deve-se sim (mais uma vez, na minha opinião) tentar implementar novos planos para minimizar os impactes destas barragens e permitir um melhor gestão das mesmas, integrando elementos da comunidade dita "verde" no planeamento e gestão destes equipamentos. No sentido de permitir, em simultâneo, a salvaguarda dos valores naturais mas também o desenvolvimento económico das populações locais.
Cumprimentos
Filipe Martins- Número de Mensagens : 162
Idade : 41
Local : Seia
Data de inscrição : 26/05/2008
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
É verdade que as barragens podem ter, e muitas vezes têm, impactes positivos para algumas espécie de fauna, sobretudo para as aves aquáticas. Porém, o anúncio demagogo da EDP, tanto quanto me lembro mostrava Lobos, Abutres do Egipto e Águias-reais (?), não mostrava gaivinas nem colhereiros. Quantas gaivinas e colhereiros, que poderão colonizar a barragem do Sabor, chegarão para compensar todos os impactes negativos nas restantes espécies, muitas das quais já quase sem habitat de jeito em Portugal?
Acredito que Alqueva tenha contribuido para aumentar os efectivos de algumas espécies. Mas Alqueva ocupa 25.000 hectares (!!!) do que antes era habitat de excelente qualidade para imensas espécies (escarpas ripícolas, montados, estepe cerealífera) muitas com estatuto desfavorável de conservação (cegonha-preta, águia-real, águia de Bonelli, bufo-real, abetarda, sisão..., já para não falar de Lince-ibérico).
Esta zona não era IBA, porque as IBAS ainda não existiam quando a barragem começou a ser concretizada. Seria certamente IBA, e provavelmente teria valores mais que suficientes para ser classificada como ZPE.
Falta ainda falar de mais de 100.000 (!!!!!!!!!!!) hectares, muitos dos quais de culturas de cereal em regime extensivo (habitat para aves estepárias) que estão a ser convertidos em culturas intensivas de regadio, com impactes desastrosos para inúmeras espécies.
E aqui só estamos a falar de aves. Para avaliarmos a extensão dos impactes ter-se-ia que falar em impactes na qualidade da água, na flora, nos invertebrados aquáticos, nos peixes, nos répteis e anfíbios, nos mamíferos... Nos problemas a jusante, de assoreamento dos rios, de alterações na dinâmica da deposição de sedimentos... Nos transvases...
Será que os impactes positivos chegam aos calcanhares dos impactes negativos? Não me parece.
Abraços,
Filipe
Acredito que Alqueva tenha contribuido para aumentar os efectivos de algumas espécies. Mas Alqueva ocupa 25.000 hectares (!!!) do que antes era habitat de excelente qualidade para imensas espécies (escarpas ripícolas, montados, estepe cerealífera) muitas com estatuto desfavorável de conservação (cegonha-preta, águia-real, águia de Bonelli, bufo-real, abetarda, sisão..., já para não falar de Lince-ibérico).
Esta zona não era IBA, porque as IBAS ainda não existiam quando a barragem começou a ser concretizada. Seria certamente IBA, e provavelmente teria valores mais que suficientes para ser classificada como ZPE.
Falta ainda falar de mais de 100.000 (!!!!!!!!!!!) hectares, muitos dos quais de culturas de cereal em regime extensivo (habitat para aves estepárias) que estão a ser convertidos em culturas intensivas de regadio, com impactes desastrosos para inúmeras espécies.
E aqui só estamos a falar de aves. Para avaliarmos a extensão dos impactes ter-se-ia que falar em impactes na qualidade da água, na flora, nos invertebrados aquáticos, nos peixes, nos répteis e anfíbios, nos mamíferos... Nos problemas a jusante, de assoreamento dos rios, de alterações na dinâmica da deposição de sedimentos... Nos transvases...
Será que os impactes positivos chegam aos calcanhares dos impactes negativos? Não me parece.
Abraços,
Filipe
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Absolutamente de acordo com o Filipe. A nidificação de tagazes, interessante a nível nacional, não tem a mesma relevancia a nível de conservação que a de sisões. Não tem o mesmo peso. Levando isto ao absurdo - apenas para ilustrar - era ficar super contente com milhares de pombos ou bicos-de-lacre, porque eram aves e está tudo bem (aliás, isso faz lembrar a criptomerização de São Miguel, é verde, é árvore, está bem!). E depois há todos os organismos que não são tão mediáticos, comunidades vegetais...
Mas querem-me fazer crer que uma medida compensatória é melhor que a original? Uma compensatória é isso mesmo, uma compensação - que por melhor que seja, não fará jus ao habitat original nem à comunidade biótica que lá evoluiu.
E há ainda a problemática os peixes exóticos que pululam neste habitats alterados escondidos abaixo do espelho de água. E a retenção de sedimentos que ficam açoreados e alteram a dinamica dos rios - e depois espantam-se as almas que as praias não tem areia, de onde acham que ela vem? Cai do céu?
Esta campanha é um atentado à nossa inteligencia. Não passa pela cabeça de ninguém que consigamos viver sem energia, mas não façam de nós parvos. Uma barragem não é uma maravilha, tenho dúvidas que traga assim fartura às populações - tirando na construção - e a EDP está-se marimbando para a preservação das espécies em extinção.
Reafirmo, esta campanha é um asco.
Mas querem-me fazer crer que uma medida compensatória é melhor que a original? Uma compensatória é isso mesmo, uma compensação - que por melhor que seja, não fará jus ao habitat original nem à comunidade biótica que lá evoluiu.
E há ainda a problemática os peixes exóticos que pululam neste habitats alterados escondidos abaixo do espelho de água. E a retenção de sedimentos que ficam açoreados e alteram a dinamica dos rios - e depois espantam-se as almas que as praias não tem areia, de onde acham que ela vem? Cai do céu?
Esta campanha é um atentado à nossa inteligencia. Não passa pela cabeça de ninguém que consigamos viver sem energia, mas não façam de nós parvos. Uma barragem não é uma maravilha, tenho dúvidas que traga assim fartura às populações - tirando na construção - e a EDP está-se marimbando para a preservação das espécies em extinção.
Reafirmo, esta campanha é um asco.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Caros,
Uma pergunta de resposta simples: quem aprovou o plano nacional de barragens: foi a EDP ou foi o governo da república?
Não seria mais consistente boycotar a única entidade responsável pela construção de novas barragens em Portugal, em vez da entidade que executa uma estratégia decidida politicamente? Não seria mais consequente por parte dos ONGA que apelam ao boycot de, em forma de protesto, recusarem a receber subsídios da mesmíssima entidade que aprovou o plano nacional de barragens?
Entendem bem a minha mensagem: não venho em defesa da campanha publicitária da EDP, que acho uma afronta. Mas estratégias nacionais relacionadas com a gestão do território nao são decididas nem deliniadas por empresas privadas, mas sim por políticos, políticos esses que o povo, que somos nós, mandatou para as delinear e decidir (menos eu, porque não posso votar ).
Bem haja,
Henk Feith
Uma pergunta de resposta simples: quem aprovou o plano nacional de barragens: foi a EDP ou foi o governo da república?
Não seria mais consistente boycotar a única entidade responsável pela construção de novas barragens em Portugal, em vez da entidade que executa uma estratégia decidida politicamente? Não seria mais consequente por parte dos ONGA que apelam ao boycot de, em forma de protesto, recusarem a receber subsídios da mesmíssima entidade que aprovou o plano nacional de barragens?
Entendem bem a minha mensagem: não venho em defesa da campanha publicitária da EDP, que acho uma afronta. Mas estratégias nacionais relacionadas com a gestão do território nao são decididas nem deliniadas por empresas privadas, mas sim por políticos, políticos esses que o povo, que somos nós, mandatou para as delinear e decidir (menos eu, porque não posso votar ).
Bem haja,
Henk Feith
Henk Feith- Número de Mensagens : 484
Data de inscrição : 19/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Henk,
Sem querer fazer de advogado das ONGA, cargo para o qual não fui mandatado, julgo que a decisão de boicotar o fundo EDP biodiversidade (com a qual concordo) não se prende com o facto de a EDP querer fazer e explorar barragens, o que é legitímo (porque é uma empresa com fins lucrativos e assim pode ter mais lucros), mas sim com a sua campanha enganosa.
As ONGA não se querem associar ao que entendem ser "green-washing" da empresa, e uma postura pouco honesta para com a opinião pública, face aos verdadeiros impactes das barragens.
Estou plenamente de acordo que a decisão de aprovar ou não a construção de barragens é puramente política, tal como seria política a decisão de agarrar no dinheiro que se vai gastar em barragens e investir no apoio à microgeração ou em medidas de eficiência energética, por exemplo.
E já agora, no comunicado de imprensa das ONGA são reconhecidos alguns impactes positivos das barragens, nomeadamente na produção de energia eléctrica de uma forma alternativa aos combustíveis fósseis.
Abraços,
Filipe
Sem querer fazer de advogado das ONGA, cargo para o qual não fui mandatado, julgo que a decisão de boicotar o fundo EDP biodiversidade (com a qual concordo) não se prende com o facto de a EDP querer fazer e explorar barragens, o que é legitímo (porque é uma empresa com fins lucrativos e assim pode ter mais lucros), mas sim com a sua campanha enganosa.
As ONGA não se querem associar ao que entendem ser "green-washing" da empresa, e uma postura pouco honesta para com a opinião pública, face aos verdadeiros impactes das barragens.
Estou plenamente de acordo que a decisão de aprovar ou não a construção de barragens é puramente política, tal como seria política a decisão de agarrar no dinheiro que se vai gastar em barragens e investir no apoio à microgeração ou em medidas de eficiência energética, por exemplo.
E já agora, no comunicado de imprensa das ONGA são reconhecidos alguns impactes positivos das barragens, nomeadamente na produção de energia eléctrica de uma forma alternativa aos combustíveis fósseis.
Abraços,
Filipe
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Filipe,
[quote="Filipe Canário"]Será que os impactes positivos chegam aos calcanhares dos impactes negativos? Não me parece.
Como é que quantificas uns e outros para chegares a esta conclusão?
1 abraço,
Gonçalo
[quote="Filipe Canário"]Será que os impactes positivos chegam aos calcanhares dos impactes negativos? Não me parece.
Como é que quantificas uns e outros para chegares a esta conclusão?
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25658
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Não quantifico. Para isso estão os estudos de impactes ambientais.
E não faço ideia de quantos tagazes valem uma águia de bonelli, nem quantos campos de golfe valem um lameiro.
Limito-me a dar a minha opinião de que a criação de habitat para meia dúzia de espécies, não compensa todo o habitat que se perde para muitas outras, boa parte das quais com estatuto de ameaça. Não compensa também o que se perde com a ruptura da continuidade de um rio, e muito menos a destruição de locais únicos e insubstituíveis. Não sei quantificar...
(o que não quer dizer que abdique de lhes comparar os calcanhares )
E não faço ideia de quantos tagazes valem uma águia de bonelli, nem quantos campos de golfe valem um lameiro.
Limito-me a dar a minha opinião de que a criação de habitat para meia dúzia de espécies, não compensa todo o habitat que se perde para muitas outras, boa parte das quais com estatuto de ameaça. Não compensa também o que se perde com a ruptura da continuidade de um rio, e muito menos a destruição de locais únicos e insubstituíveis. Não sei quantificar...
(o que não quer dizer que abdique de lhes comparar os calcanhares )
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Filipe,
Também concordo que é difícil de quantificar. Se calhar é mesmo impossível.
Mas não seria desejável encontrar algum tipo de critério quantitativo que eliminasse o factor arbitrariedade neste tipo de comparações, tornando a questão menos subjectiva?
1 abraço,
Gonçalo
Também concordo que é difícil de quantificar. Se calhar é mesmo impossível.
Mas não seria desejável encontrar algum tipo de critério quantitativo que eliminasse o factor arbitrariedade neste tipo de comparações, tornando a questão menos subjectiva?
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25658
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Eu por mim também acho que a campanha publicitária da EDP é enganadora e indecente, mas não sou totalmente contra as barragens. É claro que acho que barragens como a do Baixo Sabor, do Baixo Tua, e outras quantas de grandes dimensões que se pretende construir, são uma completa asneira, pois danificam gravemente ecossistemas de grande importância, paisagens fantásticas, obras admiráveis como a Linha do Tua, e o ganho feito com a recolonização por aves aquáticas, geração de energia e turismo é pouco relevante comparando com a totalidade dos impactos negativos.
Se estes argumentos custam a compreender a quem teve a ideia de construir estas barragens, porque não pensar em outras opções em que os impactos negativos são muito menores e continuam a haver impactos positivos relevantes: barragens de pequena dimensão, que pouco afectem as linhas de água, aposta na energia solar, geotérmica, das ondas, eficiência energética, desenvolvimento do turismo de natureza, etc...
Além disso com o desenvolvimento do turismo de natureza diminuiriam os problemas como aquele da aldeia no Douro Internacional que quis ser excluída do Parque Natural, porque os habitantes locais, para continuarem a obter turistas e rendimentos, teriam de conservar a natureza e manter os locais atractivos para este tipo de turismo.
Em zonas como o Alentejo, a existência de barragens de média dimensão seria mais tolerável, pela maior falta de água, pelo terreno mais plano (em vales como o do Guadiana, no Alqueva, isto já não se aplica, por isso seria melhor conservá-lo, como no norte do país) e pela possibilidade de existir algum enriquecimento natural da zona onde é implantada a barragem. Contudo não se deve esquecer (aí sim) as medidas de compensação por se ter retirado aquele território a outras espécies. Assim, usava-se dinheiro para estas barragens de tamanho médio e medidas de compensação, em vez de aplicar esse dinheiro na expansão da área de regadio.
E ainda bem que se recusaram os fundos da EDP, pois mostra muita dignidade das ONGA e contribuiu para espalhar a mensagem de a campanha da EDP ser enganadora.
Pena que até agora, já há muitas pessoas que pensam, por causa da publicidade, que as barragens são realmente boas e "projectam um futuro melhor"
Se estes argumentos custam a compreender a quem teve a ideia de construir estas barragens, porque não pensar em outras opções em que os impactos negativos são muito menores e continuam a haver impactos positivos relevantes: barragens de pequena dimensão, que pouco afectem as linhas de água, aposta na energia solar, geotérmica, das ondas, eficiência energética, desenvolvimento do turismo de natureza, etc...
Além disso com o desenvolvimento do turismo de natureza diminuiriam os problemas como aquele da aldeia no Douro Internacional que quis ser excluída do Parque Natural, porque os habitantes locais, para continuarem a obter turistas e rendimentos, teriam de conservar a natureza e manter os locais atractivos para este tipo de turismo.
Em zonas como o Alentejo, a existência de barragens de média dimensão seria mais tolerável, pela maior falta de água, pelo terreno mais plano (em vales como o do Guadiana, no Alqueva, isto já não se aplica, por isso seria melhor conservá-lo, como no norte do país) e pela possibilidade de existir algum enriquecimento natural da zona onde é implantada a barragem. Contudo não se deve esquecer (aí sim) as medidas de compensação por se ter retirado aquele território a outras espécies. Assim, usava-se dinheiro para estas barragens de tamanho médio e medidas de compensação, em vez de aplicar esse dinheiro na expansão da área de regadio.
E ainda bem que se recusaram os fundos da EDP, pois mostra muita dignidade das ONGA e contribuiu para espalhar a mensagem de a campanha da EDP ser enganadora.
Pena que até agora, já há muitas pessoas que pensam, por causa da publicidade, que as barragens são realmente boas e "projectam um futuro melhor"
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Gonçalo,
Existe uma tentativa de quantificar. Um estudo de impactes ambientais prevê e quantifica (ou tenta quantificar) os impactes ambientais, positivos e negativos. Um estudo de viabilidade económica de um projecto quantifica os ganhos e os custos a ele associados.
Cabe ao decisor político optar, e a nós opinar, depois de atribuirmos um peso relativo a cada componente, de olharmos para os dois pratos da balança dos prós e contras, de comparamos com opções alternativas e de olharmos para a lei.
Agora, a opção é sempre subjectiva, porque depende do tal peso relativo que damos a cada componente, mesmo que esteja tudo bem quantificado. Que valor damos, na decisão de construir uma barragem, ao impacto negativo/positivo nas populações de aves? e ao impacto positivo nas actividades turísticas? e ao impacto na paisagem? e aos lucros dos accionistas da EDP? e às emissões de CO2?
Se existisse o tal critério quantitativo super-objectivo não precisavamos de políticos e de democracia, bastava termos um computador e construíamos um algorítmo que tomasse a decisão por nós.
Abraços,
Filipe
Existe uma tentativa de quantificar. Um estudo de impactes ambientais prevê e quantifica (ou tenta quantificar) os impactes ambientais, positivos e negativos. Um estudo de viabilidade económica de um projecto quantifica os ganhos e os custos a ele associados.
Cabe ao decisor político optar, e a nós opinar, depois de atribuirmos um peso relativo a cada componente, de olharmos para os dois pratos da balança dos prós e contras, de comparamos com opções alternativas e de olharmos para a lei.
Agora, a opção é sempre subjectiva, porque depende do tal peso relativo que damos a cada componente, mesmo que esteja tudo bem quantificado. Que valor damos, na decisão de construir uma barragem, ao impacto negativo/positivo nas populações de aves? e ao impacto positivo nas actividades turísticas? e ao impacto na paisagem? e aos lucros dos accionistas da EDP? e às emissões de CO2?
Se existisse o tal critério quantitativo super-objectivo não precisavamos de políticos e de democracia, bastava termos um computador e construíamos um algorítmo que tomasse a decisão por nós.
Abraços,
Filipe
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Filipe Canário escreveu:julgo que a decisão de boicotar o fundo EDP biodiversidade (com a qual concordo) não se prende com o facto de a EDP querer fazer e explorar barragens, o que é legitímo (porque é uma empresa com fins lucrativos e assim pode ter mais lucros), mas sim com a sua campanha enganosa.
Caro Filipe,
Então todo este manifesto é afinal somente por causa de uma campanha publicitária?
Pensava eu que as ONGA estavam preocupadas com a perde de habitats e biodiversidade, mas afinal são os guardiões morais de marketing da EDP. Sinceramente, como se não houvesse objectivos mais valiosos para mobilizar sócios, simpatizantes e comunicação social!
Mas eu acho que tudo isto não tem a ver com a campanha publicitária, que nem sequer é enganosa (mostra-me quais as mentiras que são afirmadas no spot) mas sim omissa sobre alguns impactes das barragens, mas sobre a batalha da barragem de Baixo Sabor,que as ONGA (infelizmente porque também sou contra a sua construção) estão a perder.
E agora já, as campanhas publicitárias das ONGA (pois também as fazem), essas são sempre tão objectivas e isentas de demogagia? Poupa-me.
Penso que vai haver gente contente com o boycot, vai sobrar mais para quem quer utilizar o fundo para contribuir para a conservação da biodiversidade.
Pois lamento, mas não reconheço superioridade moral às ONGA Portuguesas para se armar em padre com o dedo em riste.
Um abraço,
Henk
PS, peço desculpas por ser um pouco corrosivo, mas há coisas que me põe os nervos à flor da pele, e moralidades falsas é uma delas.
Henk Feith- Número de Mensagens : 484
Data de inscrição : 19/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Henk,
Uma vez mais, não represento nenhuma ONGA. Nem estou aqui a discutir os seus méritos e deméritos passados ou presentes.
Sim, parece-me que pelo menos algumas estão preocupadas, daí terem constituido a plataforma Sabor Livre que combate a construção da barragem do Sabor, como referes. As ONGA que acompanho mais de perto também se oposeram à construção de Alqueva e Odelouca, por exemplo. Uma coisa não invalida a outra.
Se a sua acção neste sentido tem sido eficaz? Isso pode-se discutir, mas é outro tema.
Se fizer uma campanha a dizer que o tabaco é bom para a saúde porque serve de repelente para insectos, estou só a ser omisso, ao "esquecer-me" de referir todos os seus malefícios, ou estou a ser enganoso?
Lutar contra a construção da barragem do Sabor e aceitar colaborar no "green-washing" da EDP é que me parece de moral duvidosa.
Não vejo que criticar este anúncio seja falso moralismo. E se esta crítica das ONGA suscitar, na opinião púlica, dúvidas sobre este tema, para mim já terá valido a pena. Aliás, só por suscitar esta discussão já quase que está a valer a pena
Abraços,
Filipe
PS: Venha a corrosão, a debater é que se aprende
Uma vez mais, não represento nenhuma ONGA. Nem estou aqui a discutir os seus méritos e deméritos passados ou presentes.
Pensava eu que as ONGA estavam preocupadas com a perde de habitats e biodiversidade, mas afinal são os guardiões morais de marketing da EDP.
Sim, parece-me que pelo menos algumas estão preocupadas, daí terem constituido a plataforma Sabor Livre que combate a construção da barragem do Sabor, como referes. As ONGA que acompanho mais de perto também se oposeram à construção de Alqueva e Odelouca, por exemplo. Uma coisa não invalida a outra.
Se a sua acção neste sentido tem sido eficaz? Isso pode-se discutir, mas é outro tema.
a campanha publicitária, que nem sequer é enganosa (mostra-me quais as mentiras que são afirmadas no spot) mas sim omissa sobre alguns impactes das barragens
Se fizer uma campanha a dizer que o tabaco é bom para a saúde porque serve de repelente para insectos, estou só a ser omisso, ao "esquecer-me" de referir todos os seus malefícios, ou estou a ser enganoso?
Lutar contra a construção da barragem do Sabor e aceitar colaborar no "green-washing" da EDP é que me parece de moral duvidosa.
Não vejo que criticar este anúncio seja falso moralismo. E se esta crítica das ONGA suscitar, na opinião púlica, dúvidas sobre este tema, para mim já terá valido a pena. Aliás, só por suscitar esta discussão já quase que está a valer a pena
Abraços,
Filipe
PS: Venha a corrosão, a debater é que se aprende
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Pedro Fernandes escreveu:Absolutamente de acordo com o Filipe. A nidificação de tagazes, interessante a nível nacional, não tem a mesma relevancia a nível de conservação que a de sisões.
Pedro,
Não sei exactamente em que te baseias para referir que a nidificação de tagazes [gaivinas-de-bico-preto] é menos relevante que a de sisões. Em minha opinião essa afirmação é, no mínimo, discutível, isto porque, segundo o Livro Vermelho, publicado em 2005, a gaivina tem a classificação EM PERIGO, enquanto que o SISÃO tem a classificação de VULNERÁVEL. Significa isto que, em matéria de conservação, a gaivina é uma espécie mais prioritária que o Sisão.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25658
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Gonçalo,
baseio-me na Birdlife e no estatuto mundial de ambas as espécies, Least Concern para o tagaz e Near Threatened para o sisão. Como escrevi, no contexto nacional é interessante, no mundial nem tanto.
Abraço
Pedro
baseio-me na Birdlife e no estatuto mundial de ambas as espécies, Least Concern para o tagaz e Near Threatened para o sisão. Como escrevi, no contexto nacional é interessante, no mundial nem tanto.
Abraço
Pedro
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Pois, o problema é que temos "instrumentos de gestão" que se contradizem entre si.
Qual dos caminhos deve ser seguido? Zelar pela biodiversidade nacional ou pensar e agir a nível mundial? Eis a questão...
1 abraço,
Gonçalo
Qual dos caminhos deve ser seguido? Zelar pela biodiversidade nacional ou pensar e agir a nível mundial? Eis a questão...
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25658
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Gonçalo Elias escreveu:Pois, o problema é que temos "instrumentos de gestão" que se contradizem entre si.
Qual dos caminhos deve ser seguido? Zelar pela biodiversidade nacional ou pensar e agir a nível mundial? Eis a questão...
Boas
Para mim é claro que a mundial é mais relevante, e isto por varias razões, uma espécie que tem o extremo do seu limite de distribuição em Portugal e que por isso é rara cá, tem menos valor do que uma espécie cujo ultimo reduto seja Portugal mesmo que cá seja normal e abundante, em termos de conservação só faz sentido analisar a situação global da espécie e faz para mim sentido favorecer ambientalmente as espécies raras a nível mundial e não as raras a nível local (isto se tiver que se escolher entre ambas), para alem disso em termos de turismo ornitológico quantos Observadores vem a Portugal para verem os Tagazes?
De qualquer modo a campanha publicitaria da EDP é mesmo isso uma mera campanha publicitaria, transmite a ideia errada? Transmite! Mas é uma campanha publicitaria!!! O que é que esperavam que fizesse? Que focasse os pontos bons e maus das barragens????
Última edição por pedro121 em Qui Jul 16, 2009 3:52 am, editado 1 vez(es)
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
pedro121 escreveu:De qualquer modo a campanha publicitaria da EDP é mesmo isso uma mera campanha publicitaria, transmite a ideia errada? Transmite! Mas é uma campanha publicitaria!!! O que é que esperavam que fizesse? Que focasse os pontos bons e maus das barragens????
Parece-me que o objectivo da campanha é levar o pessoal a investir em acções da EDP... e da EDP-R também.
C. M. Elias- Admin
- Número de Mensagens : 321
Data de inscrição : 16/06/2007
Re: Tomada de posição de algumas ONGs face à campanha hipócrita da EDP
Gonçalo Elias escreveu:
Qual dos caminhos deve ser seguido? Zelar pela biodiversidade nacional ou pensar e agir a nível mundial? Eis a questão...
A nacional, sem dúvida.
Nas aves e exceptuando o caso das ilhas, não existem espécies "exclusivamente" portuguesas. No entanto, em outros grupos de menor mobilidade registamos no nosso pequeno país um número elevado de endemismos que são, quase sempre ignorados face ás espécie ameaçadas globalmente.
Olhando para os diferentes livros vermelhos, para os anexos da directiva habitat, etc., encontramos várias contradições.
Faz sentido haver um dispositivo legal a proteger espécies muito comuns no nosso país, como a borboleta Euphydrias aurinia (Anexo II DH), e esquecer as centenas de endemismos nacionais e ibéricos? Não terão estas espécies distribuições e populações muito mais limitadas? Não necessitarão de ser acompanhadas?
A verdade é que esses fundos da EDP, fazendo "green-washing" ou não, são importantes na realização de programas conservacionistas dirigidos para estas espécies mais "esquecidas".
Um abraço
Filipe Martins- Número de Mensagens : 162
Idade : 41
Local : Seia
Data de inscrição : 26/05/2008
Tópicos semelhantes
» Posição 29
» Quercus indignada com passividade face a depósito de óleos
» Garças azuis Outra posição????? mais proximo
» Associações exigem que Governo tome posição relativamente à suspensão das obras da Barragem do Tua
» Corvos marinhos de face branca.
» Quercus indignada com passividade face a depósito de óleos
» Garças azuis Outra posição????? mais proximo
» Associações exigem que Governo tome posição relativamente à suspensão das obras da Barragem do Tua
» Corvos marinhos de face branca.
Fórum Aves :: Outros Temas :: Ambiente
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos