ESPÉCIE: Perdiz-cinzenta (Perdix perdix)

Avistamento recente de perdiz-cinzenta em Trás-os-Montes relança debate sobre o estatuto actual da espécie no nosso país

http://www.wilder.pt/historias/ave-extinta-em-portugal-surpreende-e-aparece-em-camara-de-fotografo-de-natureza/

...bolas pensei que seria a tal prova de avistamento que nos estava prometida, faz já alguns aninhos, pelo Luís Henrique Pereira      

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/perdiz-dada-como-extinta-em-portugal-avistada-no-nordeste-transmontano_n657690

... é que esta notícia nunca foi desmentida!!!

Tissot escreveu:...bolas pensei que seria a tal prova de avistamento que nos estava prometida, faz já alguns aninhos, pelo Luís Henrique Pereira      

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/perdiz-dada-como-extinta-em-portugal-avistada-no-nordeste-transmontano_n657690

... é que esta notícia nunca foi desmentida!!!

Não estás a morder o esquema? a prova do avistamento está aqui!!! o LHP previu correctamente que elas iriam ser avistadas em Trás-os-Montes com prova de avistamento e tudo!!!

É o que se chama estar muito à frente no seu tempo!

Urso-pardo... sento-me agora e espero... ZZZZZZZZZZZZ

Gonçalo Rosa escreveu:Urso-pardo... sento-me agora e espero... ZZZZZZZZZZZZ

Desde que não faças figura de urso...

Gonçalo Elias escreveu:

Gonçalo Rosa escreveu:Urso-pardo... sento-me agora e espero... ZZZZZZZZZZZZ

Desde que não faças figura de urso...

... como em 2013???

Gonçalo Rosa escreveu:Urso-pardo... sento-me agora e espero... ZZZZZZZZZZZZ

Por acaso não queres inserir o teu registo no eBird, Gonçalo?
Era uma excelente adição.

Se precisares de indicações de como o fazer, nós ajudamos.

sim, posso fazer isso... ou se quiseres, podes fazer isso
que necessitas, Pedro?
Cumps

PNicolau escreveu:

Gonçalo Rosa escreveu:Urso-pardo... sento-me agora e espero... ZZZZZZZZZZZZ

Por acaso não queres inserir o teu registo no eBird, Gonçalo?
Era uma excelente adição.

Se precisares de indicações de como o fazer, nós ajudamos.

Acho o registo muito importante...mas é aceite pelo eBird?

Tissot escreveu:Acho o registo muito importante...mas é aceite pelo eBird?

porque é que não seria aceite?

Ver:

http://help.ebird.org/customer/en/portal/articles/973921-what-data-are-appropriate-?b_id=1928

Bem visto, nesse caso é melhor esperar que o PeF diga de sua justiça.

para mim o registo entrar ou não no ebird é-me indiferente... por isso, é como quiserem

Eu pessoalmente acho que isso só se aplicaria a um protocolo específico.
Introduzir como registo ocasional é inofensivo e providencia uma nova localização para a espécie, no espaço e tempo.

Não é uma lista completa, não é uma observação estacionária. É um registo ocasional e independentemente das guidelines no site, o registo enquadra-se numa das vertentes do eBird que é a distribuição das aves.

Por isso, se o Gonçalo tiver essa disponibilidade, só me parece benefíco que esta informação fique disponibilizada.

Não é muito diferente de alguém introduzid registos de gravadores e ficaram ligados durante a noite. E dessas listas há bastantes no eBird.

Em buscas na net, encontrei este antigo post publicado neste forum...  Afinal são as duas perdizes - a cinzenta e a comum - assim tão semelhantes... ??? Jornalismo de primeira água...

https://aves.forumeiros.com/t12862-perdiz-cinzenta-em-tras-os-montes

Se li e interpretei bem, não vejo ninguém ponderar a possibilidade de essa espécie nunca ter desaparecido do nosso pais. Exemplos parecidos (em aves) não faltam .

Aliás, ainda ninguém as viu nem documentou "em pessoa", foi sim uma câmara escondida, um método nunca antes usado. Como não foi observação directa, não é comparável a outras metodologias ou registos de qualquer tipo no passado e, especialmente agora, não há nada que possa dar a entender que a espécie enfrentou extinção no nosso país.

"Mas será que o aparecimento deste bando de charrelas na região de Bragança significa uma “não extinção”? Paulo Catry e Gonçalo Elias são cautelosos.

De acordo com Gonçalo Elias, o que este vídeo diz é que “a charrela pode aparecer em Portugal, pelo menos ocasionalmente”. Mas “não podemos dizer que exista um aumento da frequência da espécie no país.”

Este especialista admite que as charrelas possam ter vindo da região de Sanabria, em Espanha. “Naqueles dias caiu um grande nevão e as aves terão descido para fugir das condições mais adversas da Sanabria e chegado a Portugal para procurar alimento.”

Referia-me a mais do que a "visitantes possíveis e ocasionais". Parece a única hipótese sugerida, talvez como está exposto no artigo.

Paulo Lemos escreveu:Se li e interpretei bem, não vejo ninguém ponderar a possibilidade de essa espécie nunca ter desaparecido do nosso pais.

Depende do que entendes por "nunca ter desaparecido".

"Desaparecer" corresponde a uma ausência durante quanto tempo?

Mais importante que inserir o registo no eBird, seria enviar o registo para o CPR, digo isto porque este registo permite tirar a espécie da categoria B e coloca-lo na A, o que me parece mais importante do que ter mais uma espécie no eBird Portugal.

E parabéns Gonçalo, mesmo que remotamente foi um grande achado.

pedro121 escreveu:este registo permite tirar a espécie da categoria B e coloca-lo na A

A perdiz-cinzenta não está na categoria B mas sim na A.

Olha aqui: http://www.spea.pt/fotos/editor2/lista_avesptc_anuario5.pdf

Gonçalo Elias escreveu:

Paulo Lemos escreveu:Se li e interpretei bem, não vejo ninguém ponderar a possibilidade de essa espécie nunca ter desaparecido do nosso pais.

Depende do que entendes por "nunca ter desaparecido".

"Desaparecer" corresponde a uma ausência durante quanto tempo?

Já estive em "Montesinho" e aquilo não é pequeno, já para não falar que nas regiões "fora do que se considera Montesinho", e há continuidade de habitat.
O que quis dizer, é que este novo registo documentado, pela forma como foi documentado, sugere-nos mais uma vez que muito pode escapar à vista de observadores directos.
Também há espécies mais furtivas, ou que a sua condição de raridade ou perseguição as tornou furtivas. Se algumas populações acabam desaparecer quando os seus números baixam, por vezes conseguem manter-se resilientes, graças a alterações no comportamento (devido à baixa densidade) ou graças a diversidade fenotipica.

Em suma: se nada nos "mostrou" antes que a espécie esteve presente, foi agora um método nunca antes usado (e sem presença humana directa) que deu resultados. Nada diz que esses indivíduos são visitantes e o vídeo pode até ajudar (por várias razões) a ponderar a possibilidade de a espécie nunca ter desaparecido como nidificante.
Essa possibilidade não foi apresentada no artigo, é este o meu ponto de vista.

Paulo Lemos escreveu:ponderar a possibilidade de a espécie nunca ter desaparecido como nidificante.

Sim claro, assim como ainda poderá haver populações nidificantes de toirão-do-mato nalgum recanto escondido do Alentejo. Vamos a eles

Acho que a discussão está demasiada centrada na "extinção", em parte pelo uso de estatutos de conservação que usam esta (e outras) expressão. Extinção para o cidadão comum quer dizer que havia e deixou de haver. Aplicar a uma área restrita (como, neste caso,  a um país), pode dar origem a questões como "se está extinta, como é que agora apareceu?", de difícil explicação... isto, para o cidadão comum, que não é evidentemente o nosso caso no que ao birdwarching ou ornitologia diz respeito.

Se a charrela ocorre em Trás-os-Montes todos os anos ou não e se existe um aumento ou decréscimo da frequência com que o faz, não vos sei dizer. Sei que ando na região há cerca de 3 anos e olho sempre para as perdizes com o cuidado para ver se descubro charrelas. Esta busca de confirmação de cada perdiz intensificou-se ainda mais, depois de uma conversa com o Gonçalo Elias. Nunca consegui um contacto visual (directo) e não tenho observações que me fizessem vacilar entre perdiz-comum e charrela.

Também é verdade que muitos caçadores mais velhos (mas não necessariamente velhos... falo de pessoas com mais de 60 anos), em especial os que caçam ou caçavam em zonas de maior altitude, conhecem a charrela. E o que referem é que havia e não tanto que há. Referem ainda que quando eram miúdos, era comum aparecerem pequenos bandos especialmente após grandes nevões, nos lameiros mais altos que não estavam cobertos de neve. Eram caçadas e especialmente apreciadas porque, ao contrário das outras (as comuns), fugiam pouco. "Levantavam voo e pousavam todas um pouco mais à frente".

Conversa de café? Tenho para mim, que passo muitos dias do ano e durante todo o ano (mesmo quando caiem fortes nevões) e que falo com muitas gentes antigas, por gosto, que nas últimas décadas houve realmente algumas (muito poucas) observações pontuais de charrelas. Não me parece que invernem nem sequer de forma irregular. Apenas que visitem a área após grandes nevões nas áreas espanholas próximas onde habitam. Mas como digo desde o início... a notícia não é sobre o "regresso da charrela", mas acerca da obtenção de um registo fotográfico/video que confirmam a ocorrência da espécie em Portugal.

Gonçalo Elias escreveu:

Paulo Lemos escreveu:ponderar a possibilidade de a espécie nunca ter desaparecido como nidificante.

Sim claro, assim como ainda poderá haver populações nidificantes de toirão-do-mato nalgum recanto escondido do Alentejo. Vamos a eles

Não é uma questão de "irmos às espécies", é uma questão de acompanhar e actualizar o panorama que estuda aves comuns (que parecem raras mas não são nem nunca o foram), ou cujas populações residuais não são detectadas facilmente, e estudar o interesse de cada caso.
Se aliarmos isto a uma visão de conservação, podemos até usar "uma ave já não vista há muitos anos" como mais uma valor ainda a preservar determinada área, habitat, aspecto ecológico.

Gonçalo Elias escreveu:
A perdiz-cinzenta não está na categoria B mas sim na A.

Olha aqui: http://www.spea.pt/fotos/editor2/lista_avesptc_anuario5.pdf

Upsss, que falha da minha parte, lol, estava mesmo convicto que era B. que giro, tenho que ir mudar a minha base de dados, bem teria que mudar de qualquer modo devido a este registo.