Confirmação de juvenil de Falco peregrinus

Olá, ontem tirei umas fotos a uma ave que me parece um Falco peregrinus juvenil. Gostaria de ter a certeza na identificação. As fotos não estão grande coisa porque a ave estava muito longe, mas acho que dá para identificar.
Abraços e obrigado

Marco Mirinha

https://i.servimg.com/u/f58/19/71/82/36/dscn7512.jpg

Não vejo as fotos...

Eu também não!

O falcão estava mesmo longe .

Não sei se já conseguem ver a foto? Não li como inserir!
A foto foi tirada perto de Cuba no dia 17.06.2017

Obrigado

Sim, um juvenil

Estava ferido, voava mal? Uma asa parece pendente e não vejo a presa.
Nesta idade por vezes magoam-se durante caçadas, partem a "clavícula" e mal conseguem voar (não é esse o termo, mas não me recordo do nome exacto do osso, perto do ombro).

Marco, podes encontrar aqui as instruções para inserção de fotos directamente no Forum:
https://aves.forumeiros.com/f9-area-de-testes

Paulo Lemos escreveu:Estava ferido, voava mal? Uma asa parece pendente e não vejo a presa.
Nesta idade por vezes magoam-se durante caçadas, partem a "clavícula" e mal conseguem voar (não é esse o termo, mas não me recordo do nome exacto do osso, perto do ombro).

Por acaso não me parece mas com outras fotos será mais fácil de perceber.

Não sei se estava ferido, apareceu depois um Milvus migrans e depois um Buteo buteo e quando reparei já estava a voar. Não me pareceu estar a voar de forma estranha, mas foi tudo rápido.
Anexo outra foto.

https://i.servimg.com/u/f58/19/71/82/36/310.jpg


Obrigado

Há "aí" qualquer coisa. Ave no chão, erva seca de tamanho médio e algo tombada (chão quente), bico aberto, "tibias" em aparentemente actividade...
Uma asa aparentemente mais baixa ou ilusão.

Não vejo presa. Deixou alguma no local ou não confirmou?

Paulo Lemos escreveu:Há "aí" qualquer coisa. Ave no chão, erva seca de tamanho médio e algo tombada (chão quente), bico aberto, "tibias" em aparentemente actividade...
Uma asa aparentemente mais baixa ou ilusão.

Não vejo presa. Deixou alguma no local ou não confirmou?

Eu nesta foto não consigo mesmo ver qualquer uma das asas descaída. E parece-me complicado avaliar apenas com esta! Se o Marco disse que a ave voou sem qualquer problema estaria tudo bem, pelo menos em termos ortopédicos. Quanto ao resto não posso afirmar.

Com apenas a lesão que referi, seria uma asa só ligeiramente descaída. Tipo ombro descaído. E claro que a foto não será conclusiva, daí ter pedido descrição.
Pode ser uma lesão mortal, pois a caça fica comprometida, mas não o vôo de fuga obrigatoriamente! Já tive de montar uma estratégia para capturar aves com essa lesão 2x, aproveitando momentos sem vento quando a ave estava no chão (e correr muito).

Paulo Lemos escreveu:Com apenas a lesão que referi, seria uma asa só ligeiramente descaída. Tipo ombro descaído. E claro que a foto não será conclusiva, daí ter pedido descrição.
Pode ser uma lesão mortal, pois a caça fica comprometida, mas não o vôo de fuga obrigatoriamente! Já tive de montar uma estratégia para capturar aves com essa lesão 2x, aproveitando momentos sem vento quando a ave estava no chão (e correr muito).

Se a ave possuir alguma lesão a nível do ombro (osso) é muito pouco provável que consiga voar para fugir ou caçar (pelo menos um voo de qualidade). Pode esvoaçar a baixa altitude apenas. Isto é válido para qualquer um dos outros ossos que estão envolvidos directamente no voo. De qualquer das maneiras se voou é o que importa. Não invalida a possibilidade de estar caquética, que é bastante comum nas aves jovens e inexperientes na caça, que poderá dar um ar de fraqueza generalizada.

É uma espécie muito forte e determinada, certas lesões por fractura não impedem completamente o voo. Julgo que é a clavícula ou o coracóide.
Se a ave apanha um pouco de vento ou de velocidade consegue elevar-se para fugir e depois no ar será mais complicado detectar algo estranho. Sei que a lesão se cura sem recurso a imobilidade e a ave nunca deixa de "treinar" os músculos até à cura (mas ouve-se uns estalidos).
Já vi acontecer uma vez. Resulta de um embate na asa aberta, por baixo (força a asa, não parte nenhum dos grandes ossos, e pode deixar feridas na pele que são típicas aparentemente).

E o açor tem ainda maior capacidade para voar (para fugir), mesmo com lesões mais graves.
Esse com maior possibilidade de sobreviver do que o peregrino, obviamente.

Paulo Lemos escreveu: Julgo que é a clavícula ou o coracóide.

É muito pouco provável, se não impossível, uma ave conseguir voar com fractura na clavícula ou coracóide. Falo numa fractura que não ossificou completamente.

Paulo Lemos escreveu:Sei que a lesão se cura sem recurso a imobilidade e a ave nunca deixa de "treinar" os músculos até à cura (mas ouve-se uns estalidos).

Resolver-se resolve-se demora é mais tempo face a uma imobilização

Garanto que não! No caso de um açor adulto, pode até escapar em vôo com uma fractura num dos ossos do antebraço.

Paulo Lemos escreveu:Garanto que não! No caso de um açor adulto, pode até escapar em vôo com uma fractura num dos ossos do antebraço.

Então tem de ser um super açor porque os que vi até hoje não voavam.

Viste-os no mato ou numa caixa .
Essa espécie praticamente só precisa de uma asa e da cauda, sem quase mexer a outra asa (nem necessita de a abrir toda )...

Algumas aves feridas nas estruturas ósseas da asa podem decolar, se bem assustadas no campo... basta ver as manobras elusivas de certas espécies contra predadores (asa arrastada, voo rente ao chão e lento), portanto não é raro pois até se inclui em mimetismo.