Chlidonias niger

Nos últimos dias têm passado umas quantas pelo sotavento algarvio

Nunca as consegui observar com a plumagem nupcial , está mesmo muito bonita.

Obrigado.

Nos últimos dias têm aparecido umas quantas aqui na zona, hoje de manhã estavam 7 nas salinas.

Já agora aproveito o tópico para um pedido: aqui perto de Lisboa onde é mais fácil/provável dar com elas?
Ribeira das Enguias? outras sugestões?

Obrigado

Rui Figueiredo escreveu:Já agora aproveito o tópico para um pedido: aqui perto de Lisboa onde é mais fácil/provável dar com elas?
Ribeira das Enguias? outras sugestões?

Obrigado

Sei que esta semana foi vista pelo menos uma na costa do Estoril (perto de Oeiras, creio). Já as vi nessa mesma zona em anos anteriores.

Mas também aparecem em salinas, em Abril de 1990 vi uma data delas nas salinas de Vasa-Sacos, juntamente com uma C. leucopterus.

Depende acima de tudo de haver entrada de bichos em migração.

O fim de Abril e início de Maio é tipicamente uma altura boa para encontrar estas aves em passagem no nosso país.

Obrigado Gonçalo.

Rui Figueiredo escreveu:Já agora aproveito o tópico para um pedido: aqui perto de Lisboa onde é mais fácil/provável dar com elas?
Ribeira das Enguias? outras sugestões?

Obrigado

Ribeira das Enguias é um clássico. Mas a espécie é muito mais frequente na passagem pós-nupcial do que na pré.

De qualquer modo as 3 espécies de gaivinas aparecem nos mesmos locais, etares, ex salinas, lagos e barragens. Tambem arrozais, mas nesta altura estão secos.

pedro121 escreveu:Mas a espécie é muito mais frequente na passagem pós-nupcial do que na pré.

Sim, é mais frequente na pós, mas os bandos mais numerosos aparecem geralmente na pré (as contagens médias são mais altas na passagem pré-nupcial)

Humm, isso não faz nenhum sentido. E não podes usar as contagens médias para isso. Tem que ser as contagens altas e não as médias

Enviado pelo Topic'it

Hum, que engraçado, ao contrario do que pensava o maior bando foi na pré e não na pós. giro.

excelente eu ainda nao as vi por aqui este ano

pedro121 escreveu:Humm, isso não faz nenhum sentido. E não podes usar as contagens médias para isso.  Tem que ser as contagens altas e não as médias

pedro121 escreveu:Hum, que engraçado, ao contrario do que pensava o maior bando foi na pré e não na pós. giro.

Exacto, aliás se fizeres esse exercício para diferentes distritos vais chegar à mesma conclusão.

Gonçalo Elias escreveu:

Exacto, aliás se fizeres esse exercício para diferentes distritos vais chegar à mesma conclusão.

pois, não vou não.

Distritos em que a contagem mais alta foi na pré
Faro
Lisboa (mas relativamente baixa) *
Beja*
Santarém*
Evora
Portalegre (contagem mais alta)
Guarda (n=1)
Castelo Branco
Bragança (n=1)




Distritos em que a contagem mais alta foi na pós
Setúbal
Leiria
Aveiro
Coimbra
Porto
Braga
Viana do Castelo
Vila Real

Portanto o quadro é este, a especie é tem contagens maiores na passagem pré nupcial apenas nos distritos a sul do Tejo

Depois há 3 distritos do interior em que tem contagens mínimas que são Guarda, Castelo Branco e Bragança, como as contagens são muito pequenas e pouco frequentes, acho melhor não tecer considerações para esses distritos. O mesmo é verdade para Viseu que não tem registos.

Para os restantes distritos as maiores contagens são pós nupciais. O que bate mais ou menos certo com a minha ideia. A espécie na migração pós nupcial passa mais a oeste e sobre o mar, e na pré passa mais a leste e sobre terra.

pedro121 escreveu:A espécie na migração pós nupcial passa mais a oeste e sobre o mar, e na pré passa mais a leste e sobre terra.

De acordo quanto a esta parte.

Relativamente ao distrito da Guarda, gostaria de citar um outro registo que não vem no ebird mas vem no "big book":

70 indivíduos vistos em 04.05.1990, na Barragem de Santa Maria de Aguiar, Figueira de Castelo Rodrigo

E já agora cito do mesmo livro esta parte (que faz referência a outras concentrações notáveis que não vêm no ebird).

"A gaivina-preta geralmente aparece em pequenos grupos, que frequentemente congregam de meia dúzia a algumas dezenas de aves. Em geral, é bastante mais abundante durante a migração outonal do que durante a migração primaveril, pois nesta última estação as rotas migratórias seguem um percurso mais a leste (BWP). No entanto, no Algarve parece verificar-se com alguma frequência a situação inversa, particularmente quando ocorrem ventos de leste, sendo de referir, como concentrações mais notáveis, as 275 aves presentes no estuário do Alvor, Portimão, em 04.05.1995 (Bolton & Wallis 1996a), e as 380 registadas na Ria Formosa, em Maio de 1993 (Encarnação s/ data). Por vezes, após ventos de leste primaveris mais persistentes, podem encontrar-se gaivinas-pretas em bom número também na costa ocidental; registem-se, por exemplo, as mais de 100 aves observadas na foz do Tejo, entre Santo Amaro de Oeiras e Belém, em 25.04.1993 (P. Catry)."