Green Big Year – Local Patch

Já que estamos numa onda de listas e desafios, deixo-vos aqui outro repto para um Green Big Year na vossa área.

As regras são simples (foram adaptadas por mim, há mais variantes):
- A área deve ser definida previamente e o observador só se pode deslocar dentro dessa área.
- Contam todas as aves observadas/escutadas da lista da oficial para Portugal (BUBO taxonomia IOC) na área delimitada ou a partir de qualquer ponto dentro desta área.
- A deslocação dentro de área tem de ser feita a pé ou de bicicleta.
- A deslocação até à área deve ser feita em transporte “verde” (a pé, de bicicleta) ou em transporte colectivo (“car pooling” incluído).

Neste momento tenho um patch (com 2 sub-areas) definido para o concelho de Castro Verde. O meu objectivo é chegar às 160 durante o ano de 2020. E tentar encontrar algumas espécies ainda não registadas no Concelho. Vou tentar fazer um update semanal aqui no tópico.

Para quem não conhece o conceito de Green Birding fica aqui alguma info:

http://greenbirdingworld.blogspot.com/

HL escreveu:Já que estamos numa onda de listas e desafios, deixo-vos aqui outro repto para um Green Big Year na vossa área.

As regras são simples (foram adaptadas por mim, há mais variantes):
- A área deve ser definida previamente e o observador só se pode deslocar dentro dessa área.
- Contam todas as aves observadas/escutadas da lista da oficial para Portugal (BUBO taxonomia IOC) na área delimitada ou a partir de qualquer ponto dentro desta área.
- A deslocação dentro de área tem de ser feita a pé ou de bicicleta.
- A deslocação até à área deve ser feita em transporte “verde” (a pé, de bicicleta) ou em transporte colectivo (“car pooling” incluído).

Neste momento tenho um patch (com 2 sub-areas) definido para o concelho de Castro Verde. O meu objectivo é chegar às 160 durante o ano de 2020. E tentar encontrar algumas espécies ainda não registadas no Concelho. Vou tentar fazer um update semanal aqui no tópico.

Para quem não conhece o conceito de Green Birding fica aqui alguma info:

http://greenbirdingworld.blogspot.com/

Eu alinhava se não fosse a ultima regra, não posso realmente faze-lo, mas vou até à área a trabalho, por isso não faço nenhuma deslocação motorizada para ver aves...

pedro121 escreveu:Eu alinhava se não fosse a ultima regra, não posso realmente fazê-lo, mas vou até à área a trabalho, por isso não faço nenhuma deslocação motorizada para ver aves...

Essa regra é para impedir os participantes de estenderem muito o raio de acção, isto é, ter um patch gigante onde se deslocam entre vários pontos interessantes de modo não verde e depois fazem a observação em modo verde. Mas alterações às regras são bem-vindas desde que não deturpem o objectivo de promover o green birding.

- A deslocação de forma não verde só é permitida se for realizada para um patch nas imediações do local de trabalho fixo.

[quote="HL"]

e]- A deslocação de forma não verde só é permitida se for realizada para um patch nas imediações do local de trabalho fixo.

Pronto, a minha questão é basicamente essa, eu trabalho no cabo carvoeiro, e um dos meus patch é o cabo carvoeiro, mas obviamente vou trabalhar de carro e depois faço observação normalmente depois do trabalho.

HL escreveu:O meu objectivo é chegar às 160 durante o ano de 2020.

160 num só ano é muita fruta... ou esse é o total de vários anos acumulados?

pedro121 escreveu:
Pronto, a minha questão é basicamente essa, eu trabalho no cabo carvoeiro, e um dos meus patch é o cabo carvoeiro, mas obviamente vou trabalhar de carro e depois faço observação normalmente depois do trabalho.

Uma vez que é um único local, não vejo grande crise.

Gonçalo Elias escreveu:
160 num só ano é muita fruta... ou esse é o total de vários anos acumulados?

Posso estar a ser muito ambicioso de facto. Basicamente fui à lista de espécies do ebird para Castro Verde, e somei as espécies expectáveis de ver durante o ano na área que defini, e que ainda é considerável (2144 ha), mas está dentro das minha possibilidade de explorar a pé. Deixo aqui os limites a título de curiosidade:

Até ao momento a minha lista conta com 82 espécies:
https://bubo.org/view-list.html?list_id=36479

Vamos lá a ver se com a quarentena dá para manter o objectivo.

Contas as espécies vistas ou também as só escutadas?

Vistas ou escutadas, sendo que a maioria foram vistas. Escutadas apenas Foram Coturnix e Cettia.

Estou em falta com a actualização.
O desafio tem estado mais ou menos em parado, mas consegui adicionar mais algumas espécies, e tive tempo para actualizar a lista do Bubo.

https://bubo.org/view-list.html?list_id=36479

Neste momento conto com 100 espécies e até ao final do ano deve ser possível acrescentar umas 30. Ficará aquém das 160 que estipulei. Ainda faltam uns meses até Dezembro, e a migração está aí e pode ser que apareçam espécies menos regulares.

HL escreveu:Ainda faltam uns meses até Dezembro, e a migração está aí e pode ser que apareçam espécies menos regulares.

E não é que apareceu! Esta espécie teve um sabor especial porque já estava na minha wishlist para Castro Verde há alguns anos, e por incrível que possa parecer, era uma falta também na minha lista vitalícia - já o tinha procurado no Vale Santo algumas vezes, sem sucesso.
Fica aqui a lista do ebird:
https://ebird.org/checklist/S74873708
E uma foto de uma das aves:


Tenho um total de 127 espécies até ao momento.

Entretanto corrigi a lista no Bubo e total está em 128 espécies (faltava-me adicionar Anthus campestris).
Fica aqui a lista de espécies-alvo, sendo que várias espécies não tem registos no eBird para a área em questão, e portanto serão muito improváveis de observar:
Anas crecca
Columba oenas
Rallus aquaticus
Grus grus
Phoenicopterus roseus
Calidris temminckii
Scolopax rusticola
Lymnocryptes minimus
Aquila chrysaetos
Aquila fasciata
Accipiter nisus
Accipiter gentilis
Bubo bubo
Strix aluco
Asio flammeus
Jynx torquilla
Dryobates minor
Picus sharpei
Garrulus glandarius
Remiz pendulinus
Galerida theklae
Ptyonoprogne rupestris
Aegithalos caudatus
Curruca undata
Sitta europaea
Turdus viscivorus
Petronia petronia
Prunella modularis
Motacilla cinerea
Anthus richardi
Anthus spinoletta
Fringilla montifringilla
Spinus spinus

Gru gru, Gal the, Pty rup, Mot cin e Spi spi serão prováveis, não?

Gonçalo Elias escreveu:Gru gru, Gal the, Pty rup, Mot cin e Spi spi serão prováveis, não?

Para a área que defini Grugru não é nada fácil. Spi spi e Ga lthe vai exigir "corta-mato". Pty rup e Mot cin é uma questão de insistir.

Mot cin vês quase de certeza na ponte sobre a ribeira da Maria Delgada e Pty rup se calhar também.

Gru gru aparece nas Fontes Bárbaras por isso não me parece descabido aparecerem no terreno mais pequeno que marcaste.

Spi spi depende um bocado de ser um ano deles ou não, se for até dentro da vila podem aparecer.

HL escreveu:Entretanto corrigi a lista no Bubo e total está em 128 espécies (faltava-me adicionar Anthus campestris).
Fica aqui a lista de espécies-alvo, sendo que várias espécies não tem registos no eBird para a área em questão, e portanto serão muito improváveis de observar:

Fiquei algo surpreendido com algumas das rapinas

É exactamente esse o sítio em que aposto para Pty rup.
Gru gru só se for vôo mas é complicado pq a rota que costumam fazer não se presta a voos altos nessa zona.
Se for um bom ano para Spi spi há aqui na vila casuarinas, plátanos e alguns liquidâmbares onde procurar.

Pois...as rapinas diurnas...
pode ser que o verão de São Martinho seja produtivo.

Actualização: 133 espécies.
A última adição foi Columba oenas.



Parece-me pouco provável conseguir riscar mais algumas espécie até ao final do ano na área definida.

Anas crecca
Columba oenas
Rallus aquaticus
Grus grus
Phoenicopterus roseus
Calidris temminckii
Scolopax rusticola
Lymnocryptes minimus
Aquila chrysaetos
Aquila fasciata
Accipiter nisus
Accipiter gentilis
Bubo bubo
Strix aluco
Asio flammeus
Jynx torquilla
Dryobates minor
Picus sharpei
Garrulus glandarius
Remiz pendulinus
Galerida theklae
Ptyonoprogne rupestris
Aegithalos caudatus
Curruca undata
Sitta europaea
Turdus viscivorus
Petronia petronia
Prunella modularis
Motacilla cinerea
Anthus richardi
Anthus spinoletta
Fringilla montifringilla
Spinus spinus

Bom ano novo!

Fechei o ano com 134 espécies.
A última adição foi Marrequinha, Anas crecca.
Fiquei aquém do objectivo proposto, 160 espécies. Mas parece-me que o resultado final para a área definida e esforço feito a pé não foi mau!

As maiores surpresas foram:
Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina)
Borrelho-ruivo (Charadrius morinellus)
Toutinegra-real (Sylvia hortensis)

As maiores falhas foram:
Noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis)
Andorinhão-real (Tachymarptis melba/Apus melba)
Cuco-rabilongo (Clamator glandarius)
Cuco-canoro (Cuculus canorus)
Grou-comum (Grus grus)
Pica-pau-galego (Dryobates minor)
Cotovia-escura (Galerida theklae)
Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)
Toutinegra-do-mato (Sylvia undata)
Chasco-ruivo (Oenanthe hispanica)

Gonçalo Elias escreveu:160 num só ano é muita fruta... ou esse é o total de vários anos acumulados?

Foi fruta a mais. Mas parece-me ser possível caso recorra a boleias ou à bicicleta. O meu total para o concelho de Castro Verde, em 2020, foi 161 (+ Cygnus olor).