Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
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Fórum Aves :: eBird
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Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Segundo o ebird, os pombos-fatelas devem ser registados, ou então a lista está incompleta!
https://support.ebird.org/en/support/solutions/articles/48000967748Every Rock Pigeon counts! Include them on your list when you see or hear them. If you see feral pigeons (or European Starlings, or House Sparrows, etc.) while eBirding and don't report them on your checklist, that list is incomplete!
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Mas isso é claro, não faria sentido não o fazer, evidentemente.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
pedro121 escreveu:Mas isso é claro, não faria sentido não o fazer, evidentemente.
Não é muito claro na medida em que o estatuto selvagem desses pombos nem sempre é claro. Por exemplo, se passares ao pé de uma quinta e houver pombos e galinhas a passear livremente, onde está a fronteira entre o que é digno de registo e o que não é?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Gonçalo Elias escreveu:pedro121 escreveu:Mas isso é claro, não faria sentido não o fazer, evidentemente.
Não é muito claro na medida em que o estatuto selvagem desses pombos nem sempre é claro. Por exemplo, se passares ao pé de uma quinta e houver pombos e galinhas a passear livremente, onde está a fronteira entre o que é digno de registo e o que não é?
eu não passeio em quintas, seria uma invasão de propriedades privada.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
pedro121 escreveu:eu não passeio em quintas, seria uma invasão de propriedades privada.
Então experimenta ir ao Parque Marechal Carmona em Cascais
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Sempre, registar tudo mas fico com uma dúvida: faz uns dias apareceu-me um canário 'doméstico' junto à `N13 em Fão - tentei apanhá-lo com a minha mulher, mas pisgou-se. Confesso que neste caso e, como não estava a observar naquele preciso momento, não registei. Que acham devo meter? Não é assim tão diferente de um pavão ou mesmo de uma galinha...
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Luis Reino escreveu:Sempre, registar tudo mas fico com uma dúvida: faz uns dias apareceu-me um canário 'doméstico' junto à `N13 em Fão - tentei apanhá-lo com a minha mulher, mas pisgou-se. Confesso que neste caso e, como não estava a observar naquele preciso momento, não registei. Que acham devo meter? Não é assim tão diferente de um pavão ou mesmo de uma galinha...
É diferente no sentido que estará morto 24-48 horas depois do avistamento.
Os pavões em alguns locais criam, até com pouca assistência humana. Não é inconcebível que uma população se pudesse estabelecer. Colocar galinhas é simplesmente parvo. Mas mesmo gallus gallus pode não ser absurdo, há zonas em Portugal onde teoricamente uma população de Gallus poderia reverter e estabelecer-se, há variedades domesticas que se fossem libertadas em habitat adequado não teriam problemas de maior em estabelecer-se, o maior obstáculo seriam os javalis. Mas de modo geral colocar qualquer fuga de cativeiro (aves isoladas) é simplesmente por questões de listas, ou porque tem piada, etc.
Ps: Em relação aos Pavões, era interessante estudar até que ponto se pode considerar uma população autosustentavel numa espécie adaptada para viver em parques, eu estive o ano passado no jardim zoologico e saí de lá a pensar que eram candidatos à categoria C.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Pedro,
Em Fão oiço frequentemente um Pavão 'a cantar' na margem norte do Cávado, mas não meto, pois não consigo ver onde está o bicho e, nem sequer posso considerar uma fuga de cativeiro. Os meus pais tiveram muitos pavões em Caminha e andavam por todo o lado, mas não se estabeleceram e por vezes eram predados. Nos parques urbanos pode de facto ser diferente. A questão é mesmo essa, meter uma coisa que não se vai estabelecer servirá para alguma coisa? Acho que o Manuel Ribeiro observa um canário (ou observava) num bando de chamarizes perto da sua casa em Lisboa. Portanto, não padeceu em dois ou três dias se não estou em erro.
Em Fão oiço frequentemente um Pavão 'a cantar' na margem norte do Cávado, mas não meto, pois não consigo ver onde está o bicho e, nem sequer posso considerar uma fuga de cativeiro. Os meus pais tiveram muitos pavões em Caminha e andavam por todo o lado, mas não se estabeleceram e por vezes eram predados. Nos parques urbanos pode de facto ser diferente. A questão é mesmo essa, meter uma coisa que não se vai estabelecer servirá para alguma coisa? Acho que o Manuel Ribeiro observa um canário (ou observava) num bando de chamarizes perto da sua casa em Lisboa. Portanto, não padeceu em dois ou três dias se não estou em erro.
Re: Registar os pombos-fatelas: sim ou não?
Luis Reino escreveu: A questão é mesmo essa, meter uma coisa que não se vai estabelecer servirá para alguma coisa? Acho que o Manuel Ribeiro observa um canário (ou observava) num bando de chamarizes perto da sua casa em Lisboa. Portanto, não padeceu em dois ou três dias se não estou em erro.
Os canários podem sobreviver se num tiverem sorte e colarem-se a uma espécie que os ensine a encontrar comida, mas é preciso sorte e estarem bem fisicamente para conseguirem acompanhar os serinus, e há raças em que isso é de todo impossível, um frisado parisiense não foi feito para voar, e um gibber italicus tecnicamente nem voa.
Há uma razão para que as especies altamente domesticadas (e modificadas) não se estabeleçam em estado selvagem, é porque as mudanças requeridas para maximizar a sua adaptação ao meio ambiente "gaiola" as deixou incapazes de se adaptarem à "selva".
Mesmo um canário que não seja de uma raça de forma, que tem uma estrutura corporal semelhante aos selvagens, não faz a menor ideia de como sobreviver em estado selvagem e se fugir no inverno tem umas 24 horas para encontrar comida, mais do que isso e terá que metabolizar massa muscular e o processo será muito rápido e terminal.
Há centenas de milhares de canários domésticos em Portugal, todos os anos fogem (o termo fogem é muito errado, eles não querem fugir) quantos? milhares certamente. Nunca conseguiram aguentar-se.
Mas espécies que são mais adaptáveis podem não ter problemas de maior, os pavões em regime de semiliberdade ou em parques tem dietas "naturais" com suplementação, ou seja em caso de necessidade sabem encontrar comida e agua, e o mesmo é valido para espécies de patos, em que o comportamento natural de alimentação se adapta instantaneamente se fugirem, mas se calhar só com patos de superfície?
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Data de inscrição : 14/02/2008
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