Farol do Cabo de São Vicente será visitável em 2008

Farol do Cabo de São Vicente será visitável em 2008


Criação de um núcleo museológico na «casa da muralha» é um dos projectos para o farol.

Plantado no extremo sudoeste da Europa, e inserido na fortaleza do Cabo de São Vicente, uma construção do século XVI, com reedificações nos séculos XVII e XVIII, o farol é hoje uma «figura» incontornável da história da navegação portuguesa.

O farol, como é conhecido hoje, foi mandado construir D. Maria II, tal como está inscrito na lápide colocada na fachada: «Este farol foi mandado construir por ordem da Snra. D. Maria II sendo Dir. dos faróis do Reino o Brigadeiro Gen. A.C.C.P. Furtado em Outubro de 1846».

Está encerrado a visitas desde 2005, altura em que se iniciou a «grande obra do farol», que consiste em obras profundas de beneficiação, manutenção e conservação, no âmbito do plano de manutenção do farol e suas infra-estruturas anexas.

No entanto, é objectivo da Marinha abrir as portas do farol e dá-lo a conhecer. Está prevista a criação de «um pólo museológico nas instalações do farol, como extensão do Museu de Marinha, com o objectivo de poder vir a dar a conhecer ao visitante, o riquíssimo património histórico-cultural e a evolução tecnológica dos dispositivos de assinalamento marítimo, para além de outras vertentes histórico-culturais navais», explicou ao «barlavento» uma fonte da Direcção de Faróis.

Este pequeno museu será implantado na chamada «casa da muralha». O projecto está concluído e, segundo a Direcção de Faróis, «o respectivo concurso vai ser lançado a curto prazo, esperando-se que as obras tenham início durante o segundo semestre do corrente ano».

No entanto, devido a atrasos na «grande obra do farol», somente em 2008, o público poderá visitar todo o espaço, conhecer o núcleo museológico e usufruir ainda de uma serviço de cafetaria.

É um projecto há muito desejado, sobretudo pelos milhares de visitantes, que o faroleiro Idálio Rosário vê com bons olhos.

«Abrir o farol ao público é das melhores ideias que poderiam ter tido e já deveria ter sido feito há mais tempo, porque é uma mais valia e uma fonte de receitas».

20 de Maio de 2007 | 10:05
mara dionísio

Fonte: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=14953