Aves nos Açores
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Aves nos Açores
Viva,
Algumas aves que fotografei nas férias, pela ilha de S. Miguel:
Tentilhão (Fringilla coelebs moreletti)
Alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) com filhotes.
Canários selvagens (Serinus canaria)
São Miguel está cheio de canários nativos que, infelizmente, estão em declínio, em especial nas cidades, devido à introdução dos pardais, há 40 anos atrás.
Garajau (Sterna hirundo) com um peixinho acabado de capturar. A ave mergulhou, foi só o tempo de lhe apontar a camera e click.
Não conheço a identificação desta garça. Fotografei-a no Ilhéu de Vila Franca do Campo.
Penso que são Estorninhos Malhados (Sturnus vulgaris) ou então melros (Turdus merula azorensis). Quem me ajuda na identificação?
Este não é obvimente um pássaro mas sim o seu equivalente nos mamíferos: É o morcego diurno endémico dos açores, o Nyctalus azoreum.
Estes são gansos selvagens, apesar de terem coloração doméstica: branquinha.
Também encontrei estrelinhas de poupa mas estes minúsculos passarinhos são complicados de fotografar.
Embora tenha percorrido o Nordeste da Ilha e realizado até um passeio a pé no Centro Priolo, não consegui ver nenhum Priolo, com 100% de certeza
Por outro lado, minha Canon PowerShot SX200, com um Zoom de apenas 12x, não é propriamente indicada para fotos de pássaros, o que dava jeito era um zoom de pelo menos 40x...
Miguel
Algumas aves que fotografei nas férias, pela ilha de S. Miguel:
Tentilhão (Fringilla coelebs moreletti)
Alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) com filhotes.
Canários selvagens (Serinus canaria)
São Miguel está cheio de canários nativos que, infelizmente, estão em declínio, em especial nas cidades, devido à introdução dos pardais, há 40 anos atrás.
Garajau (Sterna hirundo) com um peixinho acabado de capturar. A ave mergulhou, foi só o tempo de lhe apontar a camera e click.
Não conheço a identificação desta garça. Fotografei-a no Ilhéu de Vila Franca do Campo.
Penso que são Estorninhos Malhados (Sturnus vulgaris) ou então melros (Turdus merula azorensis). Quem me ajuda na identificação?
Este não é obvimente um pássaro mas sim o seu equivalente nos mamíferos: É o morcego diurno endémico dos açores, o Nyctalus azoreum.
Estes são gansos selvagens, apesar de terem coloração doméstica: branquinha.
Também encontrei estrelinhas de poupa mas estes minúsculos passarinhos são complicados de fotografar.
Embora tenha percorrido o Nordeste da Ilha e realizado até um passeio a pé no Centro Priolo, não consegui ver nenhum Priolo, com 100% de certeza
Por outro lado, minha Canon PowerShot SX200, com um Zoom de apenas 12x, não é propriamente indicada para fotos de pássaros, o que dava jeito era um zoom de pelo menos 40x...
Miguel
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
São Sturnus Vulgaris, em relação à garça é uma Garça branca pequena Egretta garzetta. Distingue-se da grande por causa do tamanho e dos pés amarelos. E também por causa do bico.
João Dias- Número de Mensagens : 242
Idade : 30
Local : Lisboa
Data de inscrição : 20/10/2007
Re: Aves nos Açores
Olá Miguel,
Concordo com o João.
Quanto aos gansos, o que te levou a considerá-los selvagens?
1 abraço,
Gonçalo
Concordo com o João.
Quanto aos gansos, o que te levou a considerá-los selvagens?
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Aves nos Açores
Viva Gonçalo,
Gansos e diversas espécies de patos voam e reproduzem-se livremente em zonas como a Lagoa das Furnas ou a foz de algumas ribeiras. O "selvagem" é unicamente para os diferenciar de "animal doméstico".
Miguel
Gonçalo Elias escreveu:Quanto aos gansos, o que te levou a considerá-los selvagens?
Gansos e diversas espécies de patos voam e reproduzem-se livremente em zonas como a Lagoa das Furnas ou a foz de algumas ribeiras. O "selvagem" é unicamente para os diferenciar de "animal doméstico".
Miguel
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
Olá Miguel,
Eu diria que esses bichos são ferais - o termo "feral" (importado do inglês) é usado para designar bichos que estão em liberdade mas não são realmente selvagens. Um possível sinónimo será semi-selvagens.
1 abraço,
Gonçalo
Eu diria que esses bichos são ferais - o termo "feral" (importado do inglês) é usado para designar bichos que estão em liberdade mas não são realmente selvagens. Um possível sinónimo será semi-selvagens.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Aves nos Açores
E já agora, o Morcego dos Açores sai da toca mais cedo do que os morcegos continentais (frequentemente a meio da tarde) mas também é nocturno.
Abraço, Filipe
Abraço, Filipe
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: Aves nos Açores
Filipe,
Não sabia que também caçava de noite, o morcego entrou-me pela porta da cozinha por volta das 10 da manhã e fez um "show" de voo, de um lado para o outro. Depois tentou sair pela claraboia e foi nessa altura que o fotografei. Como fazia "clicks" penso que deve usar também ecolocalização, à semelhança dos outros morcegos, portanto deve também conseguir voar bem no escuro.
Na wikipedia encontrei isto:
"É a única espécie de morcegos que caça de dia, provavelmente devido à ausência de predadores."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morcego-dos-a%C3%A7ores
Já agora, o video do morcego a voar na cozinha...
Miguel
Filipe Canário escreveu:E já agora, o Morcego dos Açores sai da toca mais cedo do que os morcegos continentais (frequentemente a meio da tarde) mas também é nocturno.
Não sabia que também caçava de noite, o morcego entrou-me pela porta da cozinha por volta das 10 da manhã e fez um "show" de voo, de um lado para o outro. Depois tentou sair pela claraboia e foi nessa altura que o fotografei. Como fazia "clicks" penso que deve usar também ecolocalização, à semelhança dos outros morcegos, portanto deve também conseguir voar bem no escuro.
Na wikipedia encontrei isto:
"É a única espécie de morcegos que caça de dia, provavelmente devido à ausência de predadores."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morcego-dos-a%C3%A7ores
Já agora, o video do morcego a voar na cozinha...
Miguel
Última edição por Miguel Figueiredo em Qua Ago 18, 2010 4:43 am, editado 1 vez(es)
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
Viva,
Possivelmente os genes da coloração branca - que dá muito nas vistas - tenderão a desaparecer, embora lentamente, dado que não existem grandes predadores na região, só furões, doninhas ou milhafres ameaçarão as crias.
É possivel observar patos bravos (coloração selvagem) e patos brancos (coloração doméstica) juntos e mesmo com crias de diferentes colorações que talvez até sejam da mesma ninhada.
Dá uma vista de olhos a este video que fiz na Lagoa das Furnas:
Miguel
Ok, penso que também poderão ser chamados de espécies introduzidas ou exóticas, porque, a partir dos primeiros animais libertados, acabaram por colonizar tudo quanto é lagoa disponível em S. Miguel.Gonçalo Elias escreveu:Eu diria que esses bichos são ferais - o termo "feral" (importado do inglês) é usado para designar bichos que estão em liberdade mas não são realmente selvagens. Um possível sinónimo será semi-selvagens.
Possivelmente os genes da coloração branca - que dá muito nas vistas - tenderão a desaparecer, embora lentamente, dado que não existem grandes predadores na região, só furões, doninhas ou milhafres ameaçarão as crias.
É possivel observar patos bravos (coloração selvagem) e patos brancos (coloração doméstica) juntos e mesmo com crias de diferentes colorações que talvez até sejam da mesma ninhada.
Dá uma vista de olhos a este video que fiz na Lagoa das Furnas:
Miguel
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
Sim, em relação às exóticas existem algumas subcategorias, por exemplo:
Categoria C - espécie introduzida que estabeleceu uma população viável
Categoria D - espécie não autóctone que não se sabe se foi introduzida ou se chegou de modo natural
Categoria E - espécie introduzida ou fugida de cativeiro mas que não se reproduz em liberdade ou só o faz ocasionalmente
Categoria C - espécie introduzida que estabeleceu uma população viável
Categoria D - espécie não autóctone que não se sabe se foi introduzida ou se chegou de modo natural
Categoria E - espécie introduzida ou fugida de cativeiro mas que não se reproduz em liberdade ou só o faz ocasionalmente
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Aves nos Açores
Olá a todos:
Acho interessante essa designação de feral, sabia o termo em inglês mas não sabia que se utilizava em português também. Pelo menos prefiro esse ao termo semi-selvagem. Neste caso acho que nem se pode aplicar aqui pois tanto os gansos como a maior parte dos patos que aparecem no video não são selvagens mas sim raças domésticas, no caso dos patos até poderão ser raças domésticas que cruzaram com individuos da espécie Pato Real.
Se for este caso, não se aplica nenhuma das categorias das exóticas, certo? Pois não são espécies mas raças, digo eu...
Pedro Seixas
Viseu
P.S.- Isto das espécies,sub-espécies,raças e mutações dá sempre pano para mangas...
Acho interessante essa designação de feral, sabia o termo em inglês mas não sabia que se utilizava em português também. Pelo menos prefiro esse ao termo semi-selvagem. Neste caso acho que nem se pode aplicar aqui pois tanto os gansos como a maior parte dos patos que aparecem no video não são selvagens mas sim raças domésticas, no caso dos patos até poderão ser raças domésticas que cruzaram com individuos da espécie Pato Real.
Se for este caso, não se aplica nenhuma das categorias das exóticas, certo? Pois não são espécies mas raças, digo eu...
Pedro Seixas
Viseu
P.S.- Isto das espécies,sub-espécies,raças e mutações dá sempre pano para mangas...
Re: Aves nos Açores
Viva,
Parece-me existir confusão relativamente duas áreas bem distintas:
1- Grau de selecção ou domesticação
2- Enquadramento histórico numa região biológica
1- Grau de selecção e domesticação
Uma raça doméstica pertence normalmente uma espécie: Um cão (Canis familiaris), uma vaca (Bos taurus), um gato (Felis catus), um pombo (Columba livia) ou um pato (geralmente o Anas platyrhynchos).
Frequentemente, uma espécie doméstica tem uma congénere selvagem: Cão versus Lobo (Canis familiaris / Canis lupus) ou Gato versus Gato Selvagem (Felis catus / Felis silvestris).
Noutros casos, não existe uma diferenciação suficiente para que sejam consideradas espécies distintas. É o caso do pombo ou o pato: são a mesma espécie, com variedades domésticas e variedades naturais.
O termo "feral" do inglês, descreve uma variedade doméstica que voltou a viver num meio selvagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Feral
O "feral" não significa que estas populações não sejam "selvagens", em português ou "wild" em inglês. Existem, por exemplo, cães que se tornam selvagens e gatos que se tornam selvagens, porém, além de estes serem animais selvagens, quando os designamos de "ferais" estamos a distingui-los de outros canideos e gatos que sempre o foram.
Existirão, é claro, zonas cinzentas e curiosidades: um dingo é feral?
2- Enquadramento histórico numa região biológica
Isto indica se uma espécie é nativa (sempre existiu nessa região), endémica (espécie nativa que não existe em mais região nenhuma) ou introduzida/exótica (proveniente de outra região). Mais detalhes em http://en.wikipedia.org/wiki/Invasion_biology_terminology
É claro, neste caso, é preciso estabelecer sempre horizontes temporais. Por exemplo, o camaleão do sul de Portugal foi muito provavelmente trazido pelos fenícios: é nativo ou exótico?
Também nem sempre é óbvio que, quando um Columba livia deixa o pombal para ir viver nas rochas, à semelhança do que os seus antepassados faziam, nessa mesma região, há poucos milhares de anos, se torne uma espécie introduzida.
Fora todas estas zonas cinzentas, uma espécie feral será certamente também sempre considerada como uma espécie (ou raça) introduzida, dado que veio de um habitat distinto: o cativeiro.
Miguel
Parece-me existir confusão relativamente duas áreas bem distintas:
1- Grau de selecção ou domesticação
2- Enquadramento histórico numa região biológica
1- Grau de selecção e domesticação
Uma raça doméstica pertence normalmente uma espécie: Um cão (Canis familiaris), uma vaca (Bos taurus), um gato (Felis catus), um pombo (Columba livia) ou um pato (geralmente o Anas platyrhynchos).
Frequentemente, uma espécie doméstica tem uma congénere selvagem: Cão versus Lobo (Canis familiaris / Canis lupus) ou Gato versus Gato Selvagem (Felis catus / Felis silvestris).
Noutros casos, não existe uma diferenciação suficiente para que sejam consideradas espécies distintas. É o caso do pombo ou o pato: são a mesma espécie, com variedades domésticas e variedades naturais.
O termo "feral" do inglês, descreve uma variedade doméstica que voltou a viver num meio selvagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Feral
O "feral" não significa que estas populações não sejam "selvagens", em português ou "wild" em inglês. Existem, por exemplo, cães que se tornam selvagens e gatos que se tornam selvagens, porém, além de estes serem animais selvagens, quando os designamos de "ferais" estamos a distingui-los de outros canideos e gatos que sempre o foram.
Existirão, é claro, zonas cinzentas e curiosidades: um dingo é feral?
2- Enquadramento histórico numa região biológica
Isto indica se uma espécie é nativa (sempre existiu nessa região), endémica (espécie nativa que não existe em mais região nenhuma) ou introduzida/exótica (proveniente de outra região). Mais detalhes em http://en.wikipedia.org/wiki/Invasion_biology_terminology
É claro, neste caso, é preciso estabelecer sempre horizontes temporais. Por exemplo, o camaleão do sul de Portugal foi muito provavelmente trazido pelos fenícios: é nativo ou exótico?
Também nem sempre é óbvio que, quando um Columba livia deixa o pombal para ir viver nas rochas, à semelhança do que os seus antepassados faziam, nessa mesma região, há poucos milhares de anos, se torne uma espécie introduzida.
Fora todas estas zonas cinzentas, uma espécie feral será certamente também sempre considerada como uma espécie (ou raça) introduzida, dado que veio de um habitat distinto: o cativeiro.
Miguel
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
Boa tarde Miguel ,
Durante vários anos procurei a definição e diferença entre espécie, subespécie, raça e mutação, chateando incessantemente os meus professores desde o secundário até à universidade e com direito a pesquisa entre livros, internet (que como sempre tem sites com informações correctas e menos correctas), etc. Por ironia do destino acabei por fazer o trabalho final de curso sobre avaliação da biodiversidade de umas espécies de Anas através de análise do dna e por curioso que seja envolvia individuos de uma espécie no estado selvagem e em cativeiro e também envolvia o famoso Anas platyrhynchos. Não me considero nem de longe nem de perto especialista nesta área, embora goste muito da mesma.
Este paleio todo para dizer que creio que não há confusão nenhuma, os patos e gansos presentes nas imagens e videos são de raças domésticas (não me interpretem mal, gosto de animais domésticos), nunca serão contabilizados para censos/contagens/avistamentos...
Como humano que sou posso estar completamente errado, mas este forúm existe também para isto, para tirar dúvidas.
Pedro Seixas
Viseu
Durante vários anos procurei a definição e diferença entre espécie, subespécie, raça e mutação, chateando incessantemente os meus professores desde o secundário até à universidade e com direito a pesquisa entre livros, internet (que como sempre tem sites com informações correctas e menos correctas), etc. Por ironia do destino acabei por fazer o trabalho final de curso sobre avaliação da biodiversidade de umas espécies de Anas através de análise do dna e por curioso que seja envolvia individuos de uma espécie no estado selvagem e em cativeiro e também envolvia o famoso Anas platyrhynchos. Não me considero nem de longe nem de perto especialista nesta área, embora goste muito da mesma.
Este paleio todo para dizer que creio que não há confusão nenhuma, os patos e gansos presentes nas imagens e videos são de raças domésticas (não me interpretem mal, gosto de animais domésticos), nunca serão contabilizados para censos/contagens/avistamentos...
Como humano que sou posso estar completamente errado, mas este forúm existe também para isto, para tirar dúvidas.
Pedro Seixas
Viseu
Re: Aves nos Açores
Olá Pedro,
Não considerar a observação de uma ave só porque teve origem doméstica?
Então para que servem avistamentos e censos? Entre outras coisas, é precisamente para haver uma noção sobre as espécies que povoam uma dada região, incluido o número, a distribuição e qual a evolução populacional.
Frequentemente, as espécies introduzidas podem ter um enorme impacto, sobretudo negativo, num dado ecossistema, conhecer a sua presença e saber de que modo a população está a evoluir são dados fundamentais.
O que fazes quando avistas um bico-de-lacre? Ignoras-o?
Ou talvez o consideres como introduzido mas como não "doméstico"?
Então o que fazes quando avistas um ring-neck? Se for verde (coloração natural) contabilizas-o mas se for azul (coloração doméstica) já não?
E se for um canário ou um periquito?
Eu diria que é útil conhecer que aves povoam uma dada região, a que nicho se adaptaram e de que forma interagem com o ecossistema, sejam elas endémicas, nativas, introduzidas, de origem doméstica ou selvagem.
Miguel
Não considerar a observação de uma ave só porque teve origem doméstica?
Então para que servem avistamentos e censos? Entre outras coisas, é precisamente para haver uma noção sobre as espécies que povoam uma dada região, incluido o número, a distribuição e qual a evolução populacional.
Frequentemente, as espécies introduzidas podem ter um enorme impacto, sobretudo negativo, num dado ecossistema, conhecer a sua presença e saber de que modo a população está a evoluir são dados fundamentais.
O que fazes quando avistas um bico-de-lacre? Ignoras-o?
Ou talvez o consideres como introduzido mas como não "doméstico"?
Então o que fazes quando avistas um ring-neck? Se for verde (coloração natural) contabilizas-o mas se for azul (coloração doméstica) já não?
E se for um canário ou um periquito?
Eu diria que é útil conhecer que aves povoam uma dada região, a que nicho se adaptaram e de que forma interagem com o ecossistema, sejam elas endémicas, nativas, introduzidas, de origem doméstica ou selvagem.
Miguel
Miguel Figueiredo- Número de Mensagens : 13
Data de inscrição : 16/08/2010
Re: Aves nos Açores
Miguel Figueiredo escreveu:
Então para que servem avistamentos e censos? Entre outras coisas, é precisamente para haver uma noção sobre as espécies que povoam uma dada região, incluido o número, a distribuição e qual a evolução populacional.
Olá Miguel,
Em geral (mas nem sempre) os censos são dirigidos às espécies nativas e têm por objectivo monitorizar a sua evolução populacional dessas espécies de modo a assegurar a sua conservação.
No caso das espécies exóticas / introduzidas, a questão da sua conservação não se coloca, contudo um censo dirigido poderá justificar-se em determinados casos, por exemplo se uma dada espécie começar a ser um problema para outras espécies.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Aves nos Açores
Olá Miguel:
Concordo plenamente quando dizes que se deve considerar a observação de individuos de espécies exóticas / introduzidas, acho que estes dados poderão ser muito importantes no futuro.
No entanto neste caso especifico, não estamos a falar de espécies mas sim de raças , por exemplo não vou considerar a observação de um Pato de Rouen ou de uma Galinha Pedrês (ou em mamiferos ex: Vaca Mirandesa/Cão da Serra da Estrela) por mais liberdade que estes tenham.
Um abraço,
Pedro Seixas
Viseu
Concordo plenamente quando dizes que se deve considerar a observação de individuos de espécies exóticas / introduzidas, acho que estes dados poderão ser muito importantes no futuro.
No entanto neste caso especifico, não estamos a falar de espécies mas sim de raças , por exemplo não vou considerar a observação de um Pato de Rouen ou de uma Galinha Pedrês (ou em mamiferos ex: Vaca Mirandesa/Cão da Serra da Estrela) por mais liberdade que estes tenham.
Um abraço,
Pedro Seixas
Viseu
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