Phylloscopus collybita

Capturados ontem no caniçal de Lavariz - Carapinheira - Montemor-O-Velho, pode-se observar a diferença de plumagem entre estes dois individuos.

Este fim-de-semana vou tentar identificar a sub-espécie, se bem que costumo capturar nesta altura do ano a sub-espécie tristis

Abraço

Paulo

Também, desde 99, é comum capturar-se por aqui indivíduos com essas variantes de côr.
Era interessante haver uma "chave" de identificação disponível entre anilhadores, para se chegar à sub-espécie com relativa facilidade.

Eu acho que se trata de outra sub-especie , se for uma sub-especie.
Vejam este site, as fotografias mostram qual a diferenca de um tristis e um collybita normal.
Tambem ja apanhei varios collybitas com uma coloracao mais clara e pelo o que li e tenho ouvido tristis nao apresentam quaisquer penas amareladas no peito,flancos e barriga.

http://www.vogelringschier.nl/siberischetjiftjaf.html

http://www.club300.de/articles/005_tristis/index.html

Abracos

Thijs

scirpaceus escreveu:Este fim-de-semana vou tentar identificar a sub-espécie, se bem que costumo capturar nesta altura do ano a sub-espécie tristis

Paulo,

Segundo julgo saber, muitos dos indivíduos acinzentados que aparecem em lusas terras não serão tristis mas sim abietinus (originários da Finlândia). Também consideraste essa hipótese?

1 abraço,
Gonçalo

Este foi capturado em 2005 e foi registado como Phylloscopus collybita tristis.

Em relação à captura de ontem, não sei ainda a sub-espécie. Amanhã com a consulta de alguma bibliografia posso lá chegar

A minha dúvida reside em como separar correctamente os tristis de abietinus.

Gonçalo Elias escreveu:A minha dúvida reside em como separar correctamente os tristis de abietinus.

Eu tambem não sei separar as duas sub-espécies, talvez pelo facto de eu considerar que nenhum abietinus me passou pelas mãos. Tenho alguma curiosidade em tentar determinar a sub-espécie de algumas aves que capturo, muitas das vezes recorrendo a ajuda de outros anilhadores, particularmente do Julio Neto. E o caso destas duas aves é um desses, pelo facto de a plumagem ser diferente em relação aos Phylloscopus collybita que usualmente capturo.

No caso de capturar individuos que me merecem a pena essa identificação até à sub-espécie, costumo consultar, alem do Svensson, um guia de identificação de Phylloscopus publicado pelo BTO para auxiliar os anilhadores (livro bastante antigo), um artigo publicado por Clement, Helbig & Small intitulado Taxonomy and identification of chiffchaffs, o Warblers of Europe, Asia and North America de Kevin Baker (sem olhar para as ilustrações).

Se dentro das consultas bibliográficas e das opiniões de outros anilhadores, as indicações vão para considerar que a sub-espécie é tristis, como no segundo caso, assim classifico.

Agora separar as duas sub-espécies sem ter uma delas nas mãos (acho eu) tambem não sei. Limitaria-me a transcrever o guia e estou certo que não é isso que se pretende.

Abraço

Paulo

Uma das maneiras para determinar a idade de Phylloscopus collybita, é verificar se existe muda de coberturas de secundárias. Esta foto é uma das melhores que eu tenho e que exemplifica esta situação.

Reparem na diferença de textura das penas. Este é um dos motivos porque aconselho a todos que iniciam formação comigo: ler muito bem a introdução do Svensson.



Abraço

Paulo

Paulo,

Pela minha experiência este padrão é muito difícil de detectar na maioria dos indivíduos. Também tens essa percepção?

1 abraço,
Gonçalo

É de facto dificil de encontrar. Mas serve para mostrar a quem não possui essa experiencia, a diferença das penas de juvenil e de adulto, que pode ser util para outras espécies.