LOCAL: Paul do Boquilobo

Paulfer escreveu:

Paulo Alves escreveu:quase 90 espécies observadas)!

Só? Então e o açor, laverca, pisco azul, maçarico das rochas...

Não se pode ter tudo Paulo...

O Pisco foi o único dos que apontas para o qual fiz algum esforço (e com isto não quero dizer que andei com play-backs)...mas sem resultado.

Paulo Alves escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Há três anos foi colocado aqui um link a explicar onde é a ponte dos Bunheiros, mas por alguma razão o link parece não funcionar.

Luis Gordinho escreveu:Oi Paulo.
Eras o destinatário principal do meu "post" inicial (sem desprimor para os demais participantes!). Gostei de ler os teus relatos anteriores.
Não, a Ponte dos Bunheiros é no limite ENE da reserva integral (literalmente). É esta aqui: http://goo.gl/maps/krNvJ
Eu ainda tenho uma cópia do mapa 1/10.000 da reserva (do ICNF, então SNPRCN!) que me deu o Fernando Pereira (aka Puças) em 1987 (!) e que tem esses topónimos todos!!
É só reumático!!!

Paulo, podes por favor referenciar o local?

Gonçalo aqui vai:

Mapa

Obrigado Paulo.

Manhã chuvosa no Boquilobo, pensei que iria estragar o dia.
No entanto estava enganado.
O Paul está vibrante de patos (principalmente na Ponte dos Bunheiros; o Braço do Cortiço é "terreno" dos Zarros.

Voltei a observar o Galeirão-de-crista com colar. Lembro que observei um (ou muito provavelmente o mesmo) também com colar em Abril de 2014.

A chuva não permitiu grandes observações de rapinas, um Peregrino e Tartaranhão-cinzento andavam a causar pânico nos bandos de fringilídeos.

Lista aqui.

Não pensem que ando a tentar bater recordes no Boquilobo, mas hoje foi dia para 90 espécies.
A Primavera tem destas coisas...

Os primeiros Rouxinóis (o comum e o pequeno) ainda envergonhados deram o ar da sua graça. Também os Abelharucos se fizeram ouvir.

As Pêrras mantêm-se no Braço do Cortiço.

Impressionante, ou talvez não, o número de Lugres ainda presente.

Lista aqui.

Definitivamente um bom sítio para bater recordes

Finalmente voltei ao Boquilobo no outro dia umas horas durante a manhã, mas fiquei-me pelas 48 espécies. O dia estava mau e não deu para muito mais.

Para a próxima tens de chegar às 100!

Carlos

Passagem de raspão pelo Paul com o Ricardo Salgueiro.
Registo de uma Gaivina-dos-pauis. Uma pequenina esperança que se reproduzam por lá este ano...

Não ouvimos Felosa-unicolor no Paul (no entanto ouvimo-la na ETAR dos Riachos).

Lista aqui.

Paulo Alves escreveu:Passagem de raspão pelo Paul com o Ricardo Salgueiro.
Registo de uma Gaivina-dos-pauis. Uma pequenina esperança que se reproduzam por lá este ano...

Bem bom, este ano está difícil para essas meninas, também com este tempo...

Paulo Alves escreveu:Lista aqui.

Reparei agora que houve vários registos em 2015 (depois de muitos anos de ausência).

Gonçalo Elias escreveu:

Paulo Alves escreveu:Lista aqui.

Reparei agora que houve vários registos em 2015 (depois de muitos anos de ausência).

Imagino que te estejas a referir à luscinioides. Sim, esse ano significou um regresso. Lembro-me que na altura falei com o Carlos Noivo (ou foi em 2014?) e ele referiu um retorno da espécie, dois machos ouvidos na reserva.

Paulo Alves escreveu:Imagino que te estejas a referir à luscinioides.

Exacto, por alguma razão a citação não saiu bem, mas era mesmo isso.

Paulo Alves escreveu:Não pensem que ando a tentar bater recordes no Boquilobo, mas hoje foi dia para 90 espécies.

Não, não foi!
Errei na ID de duas espécies: Tentilhão-montês e Frango-de-água (ambos apenas ouvidos).

Tentilhão: ouvi apenas o "jieee" que vinha de um bando de Lugres. Achei que seria uma ave isolada associada a estes.
Nos últimos dias tive oportunidade de ouvir Lugres a cantar com fartura e apercebi-me que este som integra o seu canto.

Frango: por alguma razão achei que uns gritos de alarme ouvidos no Braço do Cortiço seriam de Rallus (podem ouvir a gravação aqui), mas serão de Mergulhão-pequeno.

Leitura recomendada aqui.

Paulo Alves escreveu:

Frango: por alguma razão achei que uns gritos de alarme ouvidos no Braço do Cortiço seriam de Rallus (podem ouvir a gravação aqui), mas serão de Mergulhão-pequeno.

Eles são muito mais vocais do que se poderia pensar, o ano passado quando passei longas horas na Poça do Vau a tentar ver o Abetouro que lá andava, fiquei a conhecer melhor o reportório, tanto deles como os de Rallus, infelizmente sem pratica, parte do que aprendi já se foi...

Paulo Alves escreveu:
Frango: por alguma razão achei que uns gritos de alarme ouvidos no Braço do Cortiço seriam de Rallus (podem ouvir a gravação aqui), mas serão de Mergulhão-pequeno.

Tb iria para rallus.
Obrigado pela partilha do som e do texto. Está porreiro

Paulo Alves escreveu:Frango: por alguma razão achei que uns gritos de alarme ouvidos no Braço do Cortiço seriam de Rallus (podem ouvir a gravação aqui), mas serão de Mergulhão-pequeno.

Leitura recomendada aqui.

Muito bom texto obrigado pela partilha!

Nos finais da década de 1980 e início da de 1990 ia com alguma frequência ao paul do Boquilobo - o sítio era interessante (já tinha sido classificado como reserva natural), tinha uma boa diversidade de aves, ficava relativamente perto de Lisboa e era servido por comboio, o que era uma vantagem para quem, como eu, não dispunha de transporte próprio. Portanto durante alguns anos era um dos meus sítios favoritos para ir ver aves e era um sítio que eu visitava todos os anos, às vezes várias vezes por ano.

Entretanto os anos foram passando e quando passei a ter carro próprio comecei, obviamente, a visitar outras zonas do país, por isso as minhas visitas ao Boquilobo tornaram-se menos frequentes. Nunca deixei de gostar do paul (embora me desagradem as restrições de acesso que actualmente existem e que tornam um pouco mais difícil a observação de aves, pelo menos em comparação com a fase que conheci no final dos anos 80).

Na minha memória tinha a ideia de que nos últimos anos tinha ido ao paul "de vez em quando". Mas só recentemente, depois de ter carregado toda a minha informação histórica no eBird, é que cheguei à surpreendente constatação de que nos últimos 20 anos só fui ao paul do Boquilobo uma vez.

Fiquei em estado de choque.

Ainda procurei melhor no eBird, na esperança de que houvesse aqui algum engano, mas não há volta a dar, os registos não enganam: estive no Boquilobo em Novembro de 2008 e antes disso é preciso recuar a Agosto de 1994.

Já que estamos em maré de confidências e coma a devida vénia ao Gonçalo, lembrei-me agora de um caso que tem a ver com Boquilobo.
Em meados dos anos 60 do passado século é publicado no Boletim Cultural da Póvoa de Varzim, um artigo que se estende por 3 ou 4 números do dito Boletim. Intitulava-se "as aves e o pescador Poveiro" e era da autoria de um autodidata local que praticava taxidermia mas que com notável consciência estudava as aves e defendia contra ventos e marés a sua conservação.
Ora num destes boletins fala de uma caçada no Paul de Boquilobo, com uns proprietários locais em que ele participa para apanhar gaivinas dos pântanos para as embalsamar e adicionar ao museu que ele pretendia criar.
O artigo ilustrado com desenhos do autor fez-me durante anos ter vontade de ir a Boquilobo o que vim a conseguir muitos anos depois.
Se alguém tiver interesse posso colocar aqui as imagens e o texto do artigo

Gonçalo Elias escreveu:Nos finais da década de 1980 e início da de 1990 ia com alguma frequência ao paul do Boquilobo - o sítio era interessante (já tinha sido classificado como reserva natural), tinha uma boa diversidade de aves, ficava relativamente perto de Lisboa e era servido por comboio, o que era uma vantagem para quem, como eu, não dispunha de transporte próprio. Portanto durante alguns anos era um dos meus sítios favoritos para ir ver aves e era um sítio que eu visitava todos os anos, às vezes várias vezes por ano.

Entretanto os anos foram passando e quando passei a ter carro próprio comecei, obviamente, a visitar outras zonas do país, por isso as minhas visitas ao Boquilobo tornaram-se menos frequentes. Nunca deixei de gostar do paul (embora me desagradem as restrições de acesso que actualmente existem e que tornam um pouco mais difícil a observação de aves, pelo menos em comparação com a fase que conheci no final dos anos 80).

Na minha memória tinha a ideia de que nos últimos anos tinha ido ao paul "de vez em quando". Mas só recentemente, depois de ter carregado toda a minha informação histórica no eBird, é que cheguei à surpreendente constatação de que nos últimos 20 anos só fui ao paul do Boquilobo uma vez.

Fiquei em estado de choque.

Ainda procurei melhor no eBird, na esperança de que houvesse aqui algum engano, mas não há volta a dar, os registos não enganam: estive no Boquilobo em Novembro de 2008 e antes disso é preciso recuar a Agosto de 1994.    

Uau... isso é que é desprezo Gonçalo! quando deixares a Mourolândia

Criei este tópico logo depois da minha primeira visita ao local.
Lembro-me que foi algo decepcionante, claro está, pelas razões que apontas, tais como as restrições de acesso.

Mas isso mudou a partir do momento em que comecei a perceber o local e a distribuição das aves pela área.
A "descoberta" da Ponte dos Bunheiros foi crucial (obrigado ao Luís Gordinho pela partilha).

E nem vou chorar de novo por abrigos noutros locais

Paulo Alves escreveu:
Uau... isso é que é desprezo Gonçalo! quando deixares a Mourolândia

lol, Paulo, não foi desprezo, foi antes, como se costuma dizer, "outras prioridades".

Mas conto brevemente rectificar esta gravíssima falha.

Lista do dia 1 de Novembro aqui.

A maioria dos campos de milho ainda estão por apanhar e estamos a precisar de uma chuvada para alagar os campos.
No Braço do Cortiço abrigaram-se alguns patos e um bom número de Narcejas (dia de caça). 4 Flamingos continuam no local.
Impressionantes números de Fringilídeos e uma adição ao hotspot: 4 Columba oenas no montado do Cortiço.

Lista do dia 16 de Setembro, com o Paulo Marcos, aqui.

A área exterior à reserva integral está seca e com o milho e girassol por apanhar, daí a ausência de anatídeos, ralídeos e afins.
Nada de extraordinário registado, os migradores e residentes do costume.

Realço a manutenção dos caminhos existentes na reserva, principalmente os mais próximos do observatório do Braço do Cortiço.
Foram criados regos de escoação de água o que permitirá um melhor acesso à zona quando chover.

O local conta com 198 espécies no E-bird (ver aqui).

O Boquilobo dos anos 60 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-paul-do-boquilobo/#sthash.WwaGv25H.dpbs

Pareceu-me que o termo Abetouro foi mal utilizado várias vezes mas não confirmei...

David Rodrigues escreveu:O Boquilobo dos anos 60 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-paul-do-boquilobo/#sthash.WwaGv25H.dpbs

Pareceu-me que o termo Abetouro foi mal utilizado várias vezes mas não confirmei...

Que espectáculo  obrigado pela partilha. E sim, a palavra abetouro deveria ser substituída por goraz.

Lista de hoje aqui, com o Ricardo Salgueiro.

A Abetarda macho descoberta pelo Ricardo no dia 30 de Julho continua presente, juntando-se-lhe dois Sisões (espécie nova para o hotspot Ebird).
Foi observado um Falcão-da-rainha forma clara em voo junto à sede da reserva. Uma boa surpresa e também ele uma adição ao hotspot.

A migração está composta no Paul, com os migradores expectáveis. As Locustella deram grande show, ouvimos uma a cantar. Duas Phy bonelli contribuem também para o aumento de espécies no hotspot.

A reserva conta agora com um novo observatório (valeu a pena chorar?!   ) aqui.. De manhã o sol está mesmo em frente ao observatório, portanto os observadores que o usarem terão de fazer uma certa "ginástica". Acredito ainda assim que será uma mais valia para o local.  O observatório do Braço do Cortiço é também ele novo. É desta que voltas ao Paul, Gonçalo?  

Bem, admito que fico com mais vontade de lá voltar

Paulo Alves escreveu:Lista de hoje aqui, com o Ricardo Salgueiro.

A Abetarda macho descoberta pelo Ricardo no dia 30 de Julho continua presente, juntando-se-lhe dois Sisões (espécie nova para o hotspot Ebird).
Foi observado um Falcão-da-rainha forma clara em voo junto à sede da reserva. Uma boa surpresa e também ele uma adição ao hotspot.
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Fixe