Pintassilgo

Boas, esta é a minha primeira contribuição como utilizador do fórum aves!

E, para começar, trago-vos um Pintassilgo macho (Carduelis carduelis parva L.), de longe a minha ave favorita! Espero sinceramente que gostem, estou realmente muito feliz por poder partilhá-la convosco!

Fotografei este Pintassilgo no Parque Verde do Mondego, em Coimbra. Aqui no jardim é de longe a ave mais comum, estão constantemente a chegar bandos de dezenas! Para a fotografia utilizei uma Nikon D90 e a lente AF NIKKOR 70-300 mm 1:4-5.6 G

Então e o pintassilgo, não apreciaram malta? Não está com a melhor qualidade do mundo mas acreditem, não foi fácil conseguir esta imagem com uma lente de 300 mm! Foi preciso ter muita paciência e muita calma. Muita tolerância por parte do pintassilgo também!

Olá Lemuel,

Tá fixe, sim senhor!

Mas já agora... como sabes que era um parva? Podia ser um britannica

1 abraço,
Gonçalo

Ui, podia ser um britannica?! Mas há mais que uma subespécie de pintassilgo presente em Portugal?! Não fazia ideia e os pintassilgos são as minhas aves favoritas! Eu parti do principio que fosse um espécime da subespécie parva porque sabia ser esta a subespécie que ocupa a nossa península. Mas não pensei que houvesse mais subespécies por cá! Como é que é possível o britannica andar por cá? Pensava que ficasse pelas ilhas britânicas e Europa central

O parva é a subespécie que nidifica em Portugal, o britannica é migrador e aparece no Inverno

De qualquer forma Gonçalo, deve ser a parva. Digo isto porque tirei a fotografia há não mais que uma semana, já em plena época de nidificação. E acredita, digo isto porque era notório o alvoroço acasalatório nos bandos de pintassilgos. Pude observar bem de perto os machos a dançar para as fêmeas, a perseguição entre os concorrentes, uma festa. Este cantava na catucha de um jovem Choupo-branco, com pouco mais de dois, três metros de altura, sendo óbvias as suas intenções reprodutivas. Portanto, se o parva é a única espécie que nidifica cá e a mais abundante, só pode ser mesmo um espécime parva. É concerteza

Lemuel,

Tu descreves a observação de bandos. Se eram bandos, não eram casais e podem ser aves em vias de partir para o norte (muitas espécies juntam-se em bandos antes de migrarem). Repara que os lugres, que também são invernantes, por vezes vêem-se por cá até meados de Abril, por isso a data da observação não é conclusiva.

Por outro lado, escreves que o parva é mais abundante, mas na verdade creio que não há quaisquer dados quantitativos sobre isso.

1 abraço,
Gonçalo

Boas Gonçalo, realmente tens uma certa razão naquilo que dizes, podiam ser bandos a reunir-se para a partida, mas também é verdade que as aves estavam todas excitadas, em danças de acasalamento e cantares ruidosos, não me pareceu nada que a primeira preocupação daquelas aves fosse migrar, via-se que andavam com as hormonas aos saltos!

Em relação à subespécie parva ser mais abundante no nosso território, realmente pode ter sido uma constatação errada devido à altura em que estamos. Parti do principio que as aves invernantes já tinham abandonado o país há mais tempo, mas realmente a primavera só começou há pouco tempo, é possível que ainda existam muitos por cá. Mas estou certo que no avançar do mês de Abril a probabilidade dos pintassilgos que vemos não serem britannica é muito grande

Lemuel,

Como muito bem referes é uma questão de probabilidades. O problema é que nenhum de nós consegue quantificar essas probabilidades.

Estive a consultar o Birds of Western Palearctic e nesse livro refere que no estreito de Gibraltar a migração dos pintassilgos se prolonga por Março e pela primeira quinzena de Abril, por isso ainda estamos em plena época de migração.

Por outro lado, posso referir que já observei lugres em Março e Abril a cantar intensamente, ou seja, há muito bicho que já anda com as hormonas aos saltos ainda antes de migrar