Projecto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal já libertou as primeiras aves
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Projecto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal já libertou as primeiras aves
Projecto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal já libertou as primeiras aves
Data: 23.09.2011
Fonte: publico.pt
Já foram libertadas as dez águias-pesqueiras que chegaram ao Alentejo em Julho, vindas do Norte da Europa, para dar início ao projecto de reintrodução da espécie em Portugal. Seis delas já poderão estar a caminho de África, nas migrações.
A águia-pesqueira (Pandion haliaetus) extinguiu-se enquanto espécie que nidifica em Portugal em 1997, ano em que morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana. Desde então, a ave pode ser avistada durante as migrações.
No início de Julho deste ano, dez jovens águias, com cerca de quatro semanas de idade, foram trazidas da Suécia e da Finlândia, onde a espécie é abundante, para começar um projecto de reintrodução desta ave de rapina numa propriedade perto de Reguengos de Monsaraz. O objectivo é criar um núcleo reprodutor na zona de Alqueva.
As aves foram libertadas no final de Julho e início de Agosto, depois de passarem algumas semanas em grandes gaiolas junto à albufeira de Alqueva, até que lhe crescessem as penas das asas.
A primeira fase do projecto, que terá uma duração mínima de cinco anos, “correu dentro daquilo que estava previsto”, disse hoje ao PÚBLICO Pedro Beja, biólogo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada, ligada à Universidade do Porto, que tomou a iniciativa do projecto.
Nos primeiros dias de liberdade, as águias não se afastaram da zona onde foram colocadas, sendo alimentadas pela equipa do projecto até que aprendessem a pescar, especialmente carpas e barbos. “A pouco e pouco aumentaram a área de exploração e deixaram de aparecer todos os dias. Até que foram e já não voltaram”, contou.
Mas houve alguns “percalços”. “Um dos animais teve uma luxação na pata e está em tratamento num hospital veterinário em Madrid, um outro foi libertado e, pouco depois, deixou de se ver. Além disso, duas aves foram predadas pouco após terem sido libertadas. Eram juvenis inexperientes”, disse Pedro Beja, salientando que esta é uma situação normal em natureza. “Estamos a tentar perceber o que aconteceu com as duas águias predadas e a tomar medidas para evitar que volte a acontecer”, acrescentou o biólogo, que desconfia das raposas.
As restantes seis águias foram “fazendo movimentos cada vez mais largos até que dispersaram”, talvez a caminho de África, nas migrações. Uma delas continua na região de Alqueva. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, regressem para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem.
Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.
“Esta não é uma espécie prioritária, é catalisadora de sensibilização ambiental, para criar um estado mental diferente, em que nos damos conta de que é possível fazer coisas”, comentou Pedro Beja.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1513359
Data: 23.09.2011
Fonte: publico.pt
Já foram libertadas as dez águias-pesqueiras que chegaram ao Alentejo em Julho, vindas do Norte da Europa, para dar início ao projecto de reintrodução da espécie em Portugal. Seis delas já poderão estar a caminho de África, nas migrações.
A águia-pesqueira (Pandion haliaetus) extinguiu-se enquanto espécie que nidifica em Portugal em 1997, ano em que morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana. Desde então, a ave pode ser avistada durante as migrações.
No início de Julho deste ano, dez jovens águias, com cerca de quatro semanas de idade, foram trazidas da Suécia e da Finlândia, onde a espécie é abundante, para começar um projecto de reintrodução desta ave de rapina numa propriedade perto de Reguengos de Monsaraz. O objectivo é criar um núcleo reprodutor na zona de Alqueva.
As aves foram libertadas no final de Julho e início de Agosto, depois de passarem algumas semanas em grandes gaiolas junto à albufeira de Alqueva, até que lhe crescessem as penas das asas.
A primeira fase do projecto, que terá uma duração mínima de cinco anos, “correu dentro daquilo que estava previsto”, disse hoje ao PÚBLICO Pedro Beja, biólogo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada, ligada à Universidade do Porto, que tomou a iniciativa do projecto.
Nos primeiros dias de liberdade, as águias não se afastaram da zona onde foram colocadas, sendo alimentadas pela equipa do projecto até que aprendessem a pescar, especialmente carpas e barbos. “A pouco e pouco aumentaram a área de exploração e deixaram de aparecer todos os dias. Até que foram e já não voltaram”, contou.
Mas houve alguns “percalços”. “Um dos animais teve uma luxação na pata e está em tratamento num hospital veterinário em Madrid, um outro foi libertado e, pouco depois, deixou de se ver. Além disso, duas aves foram predadas pouco após terem sido libertadas. Eram juvenis inexperientes”, disse Pedro Beja, salientando que esta é uma situação normal em natureza. “Estamos a tentar perceber o que aconteceu com as duas águias predadas e a tomar medidas para evitar que volte a acontecer”, acrescentou o biólogo, que desconfia das raposas.
As restantes seis águias foram “fazendo movimentos cada vez mais largos até que dispersaram”, talvez a caminho de África, nas migrações. Uma delas continua na região de Alqueva. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, regressem para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem.
Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.
“Esta não é uma espécie prioritária, é catalisadora de sensibilização ambiental, para criar um estado mental diferente, em que nos damos conta de que é possível fazer coisas”, comentou Pedro Beja.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1513359
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