Douro: Empresa de Foz Côa com plano de conservação do "pássaro do vinho do Porto"
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Douro: Empresa de Foz Côa com plano de conservação do "pássaro do vinho do Porto"
Douro: Empresa de Foz Côa com plano de conservação do "pássaro do vinho do Porto"
Data: 15-02-2012
Fonte: confagri.pt / Lusa
A Duorum Vinhos SA, empresa do grupo João Portugal Ramos, está a promover um plano de monitorização e conservação do “pássaro do vinho do Porto», o chasco-preto, uma espécie rara detectada na Quinta de Castelo Melhor, Foz Côa.
A empresa, sediada em Vila Nova de Foz Côa, é a primeira da Região Demarcada do Douro a aderir à iniciativa Business & Biodiversity, promovida pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Com terrenos inseridos em áreas de grande importância ecológica, a Duorum teve que conciliar a preservação da natureza e biodiversidade com a exploração agrícola.
Um dos responsáveis pela empresa, José Maria Soares Franco, disse à Agência Lusa que foi necessário cumprir medidas minimizadoras e compensatórias, entre as quais a monitorização da avifauna local, na qual se destaca a águia de Bonelli e o chasco-preto.
Nesse sentido, a Duorum está a promover um Plano de Conservação para o chasco-preto, Oenanthe leucura. Este pássaro reconhecido pelo contraste entre a cauda branca, com um T preto na extremidade, e o resto da plumagem de tom escuro era observado com frequência nas vinhas do Douro e por isso passou a ser chamado como o “pássaro do vinho do Porto”, hoje, é uma espécie rara.
José Maria Soares Franco referiu que «há pelo menos um casal activo na exploração». O plano prevê a identificação e caracterização de áreas de nidificação e alimentação, a contagem dos indivíduos, bem como a avaliação do sucesso reprodutor nas condições actuais e a monitorização do período de invernada.
Serão também conservadas as escarpas, ruínas, penedos ou grutas, áreas favoráveis à nidificação e alimentação, e foi reduzido o uso de pesticidas ao mínimo. Estas medidas visam evitar o desaparecimento do chasco-preto e até, se possível, aumentar a sua presença no local.
Entre outras medidas minimizadoras, a Duorum não pode ainda fazer trabalhos com máquinas entre 15 de Janeiro e 15 de Junho, que é a época de nidificação. Além disso, não pode fazer intervenções nas zonas das linhas de água ou recorrer a dinamite.
Entre cada dez hectares, a empresa deixou uma faixa de protecção de dez metros para garantir zonas de refúgio da caça da águia de Bonelli, por exemplo. Foram espalhados comedouros e bebedouros por toda a quinta.
Apesar de todos estes constrangimentos, José Maria Soares Franco referiu que a aposta estratégica naquela área está agora a ser comprovada, com os vários reconhecimentos já atribuídos aos vinhos e à empresa.
Para o presidente do grupo, João Portugal Ramos, a adesão à iniciativa da União Europeia Business and Biodiversity «é um balão de ensaio para as empresas do grupo e também para outros operadores do Douro».
Já aderiram a esta rede 63 empresas e organizações portuguesas. O principal objectivo é incrementar o relacionamento entre as empresas e a biodiversidade, para que esta seja preservada.
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43392.aspx
Data: 15-02-2012
Fonte: confagri.pt / Lusa
A Duorum Vinhos SA, empresa do grupo João Portugal Ramos, está a promover um plano de monitorização e conservação do “pássaro do vinho do Porto», o chasco-preto, uma espécie rara detectada na Quinta de Castelo Melhor, Foz Côa.
A empresa, sediada em Vila Nova de Foz Côa, é a primeira da Região Demarcada do Douro a aderir à iniciativa Business & Biodiversity, promovida pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Com terrenos inseridos em áreas de grande importância ecológica, a Duorum teve que conciliar a preservação da natureza e biodiversidade com a exploração agrícola.
Um dos responsáveis pela empresa, José Maria Soares Franco, disse à Agência Lusa que foi necessário cumprir medidas minimizadoras e compensatórias, entre as quais a monitorização da avifauna local, na qual se destaca a águia de Bonelli e o chasco-preto.
Nesse sentido, a Duorum está a promover um Plano de Conservação para o chasco-preto, Oenanthe leucura. Este pássaro reconhecido pelo contraste entre a cauda branca, com um T preto na extremidade, e o resto da plumagem de tom escuro era observado com frequência nas vinhas do Douro e por isso passou a ser chamado como o “pássaro do vinho do Porto”, hoje, é uma espécie rara.
José Maria Soares Franco referiu que «há pelo menos um casal activo na exploração». O plano prevê a identificação e caracterização de áreas de nidificação e alimentação, a contagem dos indivíduos, bem como a avaliação do sucesso reprodutor nas condições actuais e a monitorização do período de invernada.
Serão também conservadas as escarpas, ruínas, penedos ou grutas, áreas favoráveis à nidificação e alimentação, e foi reduzido o uso de pesticidas ao mínimo. Estas medidas visam evitar o desaparecimento do chasco-preto e até, se possível, aumentar a sua presença no local.
Entre outras medidas minimizadoras, a Duorum não pode ainda fazer trabalhos com máquinas entre 15 de Janeiro e 15 de Junho, que é a época de nidificação. Além disso, não pode fazer intervenções nas zonas das linhas de água ou recorrer a dinamite.
Entre cada dez hectares, a empresa deixou uma faixa de protecção de dez metros para garantir zonas de refúgio da caça da águia de Bonelli, por exemplo. Foram espalhados comedouros e bebedouros por toda a quinta.
Apesar de todos estes constrangimentos, José Maria Soares Franco referiu que a aposta estratégica naquela área está agora a ser comprovada, com os vários reconhecimentos já atribuídos aos vinhos e à empresa.
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http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43392.aspx
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