mortalidade de aves com o transito
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mortalidade de aves com o transito
conforme tinha dito fica aqui o apurado desde segunda até hoje nos 16 km que faço diariamente para trabalho ( visto que amanhã pouco devo estar no fórum) 2 aves de pequeno porte não parei para identificar um era pardal e um mocho no final da descida dos cabos avila.
jheitor- Número de Mensagens : 11723
Idade : 61
Local : cacem
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: mortalidade de aves com o transito
Li algures que censos deste tipo têm de ser feitos a velocidade reduzida (tipo 30 km/h) para conseguir ver as aves todas. Claro que em vias rápidas isto não é praticável...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
é certo e de manhã é provável que não veja alguma derivado a hora ( antes das 6 ) de qualquer modo em 4 dias 3 aves é muito...
_________________
cumprimentos José Heitor
minha galeria: http://500px.com/jheitor
no flikr : http://www.flickr.com/photos/75903801@N07/
project noah: http://www.projectnoah.org/users/jheitor
olhares : http://olhares.sapo.pt/jheitor1963/
National Geografic ; http://yourshot.nationalgeographic.com/profile/1032967/
jheitor- Número de Mensagens : 11723
Idade : 61
Local : cacem
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: mortalidade de aves com o transito
Nesta altura do ano com a dispersão de juvenis e a busca de novos territórios, bem como com as migrações é natural que o número de atropelamentos seja mais elevado. Acontece ainda que numa via rápida ou similar muitas das vezes os animais atropelados são atirados para a berma ou a valeta e não são vistos.
Penso no entanto que um registo dos atropelamentos de aves (salvaguardando a segurança de cada um e de terceiros) teria interesse para a compreensão do fenómeno a nível nacional. Os relatórios das estradas de Portugal são muito superficiais e parece-me que a amostragem é, salvo alguns casos onde parece apocalíptica, muito insuficiente.
Penso no entanto que um registo dos atropelamentos de aves (salvaguardando a segurança de cada um e de terceiros) teria interesse para a compreensão do fenómeno a nível nacional. Os relatórios das estradas de Portugal são muito superficiais e parece-me que a amostragem é, salvo alguns casos onde parece apocalíptica, muito insuficiente.
alcedo- Número de Mensagens : 2232
Idade : 63
Local : Póvoa de Varzim
Data de inscrição : 02/10/2011
Re: mortalidade de aves com o transito
também acho que o relatório das estradas e muito superficial de certeza que muitas centenas de km não foram monitorizados nem acredito que tenham despendido muitos recursos como evento ... mas meus amigos é o que temos ... da para fazer uma pequena ideia do que se passa e dá para ver que há muitos quadros não preenchidos o que significa que não houve monitorização e não que não houve mortes
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cumprimentos José Heitor
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jheitor- Número de Mensagens : 11723
Idade : 61
Local : cacem
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: mortalidade de aves com o transito
que relatórios são esses?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
Jheitor escreveu:Neste âmbito, e em paralelo com o protocolo estabelecido com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), relativo à monitorização da mortalidade dos animais nas estradas, pretende-se numa primeira fase proceder à identificação e análise de situações críticas de mortalidade da fauna, e consequente proposta de adoção de medidas de minimização, a partir de uma base de dados dos atropelamentos.
Assim, desde 2010 que as UMIA (Unidades Móveis de Inspeção e Apoio) afetas a cada Delegação Regional da EP, no decurso dos seus itinerários de inspeção regular das estradas, registam os avistamentos de cadáveres de animais numa plataforma web de gestão de dados georreferenciáveis a partir da qual migram para o SIG Empresarial.
A FCUL, ao abrigo do referido protocolo, analisa os dados fornecidos pela EP em termos de quantificação de taxas de mortalidade e padrões temporais e espaciais de atropelamento dos diversos grupos taxonómicos, emitindo os correspondentes Relatórios de Progresso.
Gonçalo, este é um excerto retirado de um outro tópico recente da galeria.
Não me parece haver uma metodologia concreta na deteção de animais mortos, mas sim um registo algo superficial de animais de médio porte visiveis e removidos, todas as pequenas aves, anfibios e répteis mortos em grande numero nas estradas de portugal, exigem uma metodologia diferente com transectos a pé em ambos os sentidos da via.
Posso assegurar que os numeros são bem maiores do que se possa pensar, e a taxa de detectabilidade não é 100%, há que juntar factores como remoção de cadáveres por necrofagos, etc etc.
cumps,
Rui
RuiCaratao- Número de Mensagens : 1283
Data de inscrição : 11/02/2008
Re: mortalidade de aves com o transito
Obrigado Rui.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
aqui fica o link o relatorio esta em PDF no final do artigo.
http://www.estradasdeportugal.pt/index.php/pt/areas-de-atuacao/gabinete-de-ambiente/709-monitorizacao-da-mortalidade-de-fauna-nas-estradas-
http://www.estradasdeportugal.pt/index.php/pt/areas-de-atuacao/gabinete-de-ambiente/709-monitorizacao-da-mortalidade-de-fauna-nas-estradas-
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cumprimentos José Heitor
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project noah: http://www.projectnoah.org/users/jheitor
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jheitor- Número de Mensagens : 11723
Idade : 61
Local : cacem
Data de inscrição : 25/12/2010
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
Boa tarde,
só para completar um pouco o post do Rui, existe na Universidade de Évora uma equipa que trabalha com a mortalidade rodoviária. É o projecto MOVE coordenado pelo Prof António Mira, podem ver os detalhes aqui:
http://www.ubc.uevora.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=41&Itemid=65
Este projecto já existe há vários anos e, se a memória não me falha, nos últimos 5 é feito diariamente! São removidos todos os animais encontrados mortos e, no que toca às aves, estas são trazidas para o laboratório de ornitologia para identificação (pelo Pedro Pereira e por mim). Muitas aparecem inteiras, mas não é raro aparecerem apenas penas, asas, e por vezes não dá para identificar com certeza.
A estrada é feita a baixa velocidade e já foram feitos diversos ensaios de detectabilidade para tentar melhorar a metodologia e para aferir o que se perde.
Para terem uma ideia morrem muitas aves, mesmo muitas, e nesta altura aparecem coisas como: Syl com, Fic hyp, Phy tro, Phy ibe, Mus str, Syl can, Hip pol. Ao longo do ano chapins, trigueirões, corujas-das-torres, coruja-do-mato, ... a lista é interminável.
Existem alguns artigos publicados por esta equipa, a maioria com mamíferos, mas se quiserem dar uma olhadela posso enviar-vos.
Cumprimentos
Carlos
só para completar um pouco o post do Rui, existe na Universidade de Évora uma equipa que trabalha com a mortalidade rodoviária. É o projecto MOVE coordenado pelo Prof António Mira, podem ver os detalhes aqui:
http://www.ubc.uevora.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=41&Itemid=65
Este projecto já existe há vários anos e, se a memória não me falha, nos últimos 5 é feito diariamente! São removidos todos os animais encontrados mortos e, no que toca às aves, estas são trazidas para o laboratório de ornitologia para identificação (pelo Pedro Pereira e por mim). Muitas aparecem inteiras, mas não é raro aparecerem apenas penas, asas, e por vezes não dá para identificar com certeza.
A estrada é feita a baixa velocidade e já foram feitos diversos ensaios de detectabilidade para tentar melhorar a metodologia e para aferir o que se perde.
Para terem uma ideia morrem muitas aves, mesmo muitas, e nesta altura aparecem coisas como: Syl com, Fic hyp, Phy tro, Phy ibe, Mus str, Syl can, Hip pol. Ao longo do ano chapins, trigueirões, corujas-das-torres, coruja-do-mato, ... a lista é interminável.
Existem alguns artigos publicados por esta equipa, a maioria com mamíferos, mas se quiserem dar uma olhadela posso enviar-vos.
Cumprimentos
Carlos
conspicillata- Número de Mensagens : 266
Idade : 48
Local : Évora
Data de inscrição : 02/07/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
Tenho um artigo publicado na Ardeola sobre um estudo que foi feito há uns anos em Espanha, tenho ideia que o que aparecia mais eram pardais (Pas dom + Pas his), cartaxos, trigueirões e quejandos. Vou ver se encontro o artigo.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
Boas,
realmente aparecem muitos pardais (dom + hisp + spp), trigueirões e cartaxos, mas quando digo que aparece de tudo é realmente assim (claro que os números diferem muito, mas aparecem) luscinia, hirundo rustica, motacilla cinerea, troglodytes, lanius senator,....
se achares esse artigo podes enviar-me sff
realmente aparecem muitos pardais (dom + hisp + spp), trigueirões e cartaxos, mas quando digo que aparece de tudo é realmente assim (claro que os números diferem muito, mas aparecem) luscinia, hirundo rustica, motacilla cinerea, troglodytes, lanius senator,....
se achares esse artigo podes enviar-me sff
conspicillata- Número de Mensagens : 266
Idade : 48
Local : Évora
Data de inscrição : 02/07/2007
Re: mortalidade de aves com o transito
Sim, creio que o tenho em papel, mas se encontrar a referência é natural que dê para localizar online, pois parece-me que as Ardeola estão todas na net.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
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