200 será possivel

O problema, Helder, é este: para as espécies menos comuns e que ocorrem em densidades baixas, é preciso sorte. O mais provável é teres sorte numas e azar noutras. Não vais é ter sorte em todas.

E depois em todos estes eventos acontece este fenómeno estranho: aparecem montes de cenas improváveis e depois há três ou quatro "cenas" comuns que pura e simplesmente não aparecem... pode ser gaio, chapim-rabilongo, andorinha-dáurica ou tordoveia, mas três ou quatro ausências de bichos que eram dados como certos estragam logo o resultado...   

Epá, eu não estou a tentar desmotivar... a primeira vez que me meti numa cena destas também ia com expectativas altíssimas... depois percebi que os bichos não tinham sido informados do big day e alguns não responderam à chamada...   

Helder Vieira escreveu:agora quanto ao resto não estou a ver qual o problema (lá está, contando com a tal sorte   )

Para mim, tudo o que meta Ogea é um problema, e açor e gavião nunca se sabe, mesmo com sitios certos por vezes falha.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

Helder Vieira escreveu: Porque não, com alguma sorte, p.ex. conseguir as rapinas "todas"!?!...

Porque me parece para que ver subbuteo + pernis + m. milvus + neophron + negro + cyaneus + peregrino + + açor + bonelli + real + grifo + rueppellii + imperial + cobreira num único dia, sorte não é suficiente   

Bem, pelo contrario muita sorte seria mesmo necessaria.

Mas sem sorte mas com planeamento e muita informação talvez 10 seja alcançável.

Muita sorte, muitíssima... whatever!!!
Fal sub, Acc gen já observei em salreu. Mil mil, Hie fas, Aqu cry, Gyp ful, Neo per, Cir gal, entre outras, observei nas duas visitas que fiz à Faia Brava. Per api, Aeg mon já os observei lá perto, a cerca de 20 km em linha recta (penedo durão), portanto... e Fal per nunca observei por lá, mas tem bom habitat nas escarpas, e acho que nidifica lá.

Gonçalo Elias escreveu:
Epá, eu não estou a tentar desmotivar... a primeira vez que me meti numa cena destas também ia com expectativas altíssimas... depois percebi que os bichos não tinham sido informados do big day e alguns não responderam à chamada...   

Certo, certo, mas eu acho que agora há mais informação, e mais importante à mais observadores, é mais facil conseguir fazer um plano em que nos digam que, estão dauricas a nidificar naquela ponte em particular, naquele pequeno parque há um casal de gaios, ontem estavam duas negrinhas naquela barragem mesmo ao lado daquele sitio que vos disse para ir porque estão lá rolieiros... etc, e isso irá fazer a diferença, é a informação de ultima hora e actualizada que vai possibilitar uma boa marca, e para isso é necessário uma rede de contactos e a informação online sempre disponivel.

Ou seja, hoje em dia, com a maior informação que há, com a maior rede de contactos que existe, com melhores ferramentas para fazer o planeamento, é mais fácil do que há 15 anos atrás.

Helder Vieira escreveu:
Muita sorte, muitíssima... whatever!!!
Fal sub, Acc gen já observei em salreu. Mil mil, Hie fas, Aqu cry, Gyp ful, Neo per, Cir gal, entre outras, observei nas duas visitas que fiz à Faia Brava. Per api, Aeg mon já os observei lá perto, a cerca de 20 km em linha recta (penedo durão), portanto... e Fal per nunca observei por lá, mas tem bom habitat nas escarpas, e acho que nidifica lá.

Calma, calma, estamos só a falar, sabes que Ogea para mim é uma besta negra   , mas nada como se fazer a loucura, vamos a uma corrida?  

Já agora, as outras rapinas que se observariam: Hie pen, But but, Fal tin, Ela cae, Cir ae e Cir pyg.
Curiosamente, e por razões idênticas às do Pedro, também não contabilizei o Gavião.

certo, certo, mas essa questão da rede de contactos funciona sobretudo para coisas menos comuns... agora não me parece que nenhum contacto te vá dizer onde é que podes encontrar no próximo sábado um casal de gaios... até porque tu irás pensar que o gaio é daqueles que aparece de certeza e não te vais preocupar com isso... até ao momento em que sejam 19 horas e ainda não apareceu nenhum... quem diz gaio diz rola-brava diz cia diz chapim-de-poupa... é facílimo uma destas não aparecer e tu não podes investir as melhores horas do dia à procura de espécies que provavelmente vão aparecer durante o resto do dia.

Helder Vieira escreveu:Fal sub, Acc gen já observei em salreu.

Pois, mas oposto contigo que quando lá vais são mais as vezes que não vês que aquelas em que vês, certo?   

Gonçalo Elias escreveu:certo, certo, mas essa questão da rede de contactos funciona sobretudo para coisas menos comuns... agora não me parece que nenhum contacto te vá dizer onde é que podes encontrar no próximo sábado um casal de gaios... até porque tu irás pensar que o gaio é daqueles que aparece de certeza e não te vais preocupar com isso... até ao momento em que sejam 19 horas e ainda não apareceu nenhum... quem diz gaio diz rola-brava diz cia diz chapim-de-poupa... é facílimo uma destas não aparecer e tu não podes investir as melhores horas do dia à procura de espécies que provavelmente vão aparecer durante o resto do dia.

Certo, diga-se que existem N espécies de baixa densidade em que isso pode acontecer, o percurso que eu pensei acaba no meu quintal precisamente porque havendo tempo aqui consigo quase de certeza tratar das florestais que faltem.

é fazer o dia e ver como corre!

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Muita sorte, muitíssima... whatever!!!
Fal sub, Acc gen já observei em salreu. Mil mil, Hie fas, Aqu cry, Gyp ful, Neo per, Cir gal, entre outras, observei nas duas visitas que fiz à Faia Brava. Per api, Aeg mon já os observei lá perto, a cerca de 20 km em linha recta (penedo durão), portanto... e Fal per nunca observei por lá, mas tem bom habitat nas escarpas, e acho que nidifica lá.

Calma, calma, estamos só a falar, sabes que Ogea para mim é uma besta negra   , mas nada como se fazer a loucura, vamos a uma corrida?  

Calma o quê?!? Ninguém se chateou... pelo menos deste lado  
A questão é que falar em algo tão subjectivo como "sorte" (pouca, alguma, muita) por vezes pode tornar-se irritante... no início já tinha referido, "contando com alguma sorte", deveria ter dito "com uma sorte brutal   "

Gonçalo Elias escreveu:

Helder Vieira escreveu:Fal sub, Acc gen já observei em salreu.

Pois, mas oposto contigo que quando lá vais são mais as vezes que não vês que aquelas em que vês, certo?   

Não desconverses     
(a Ógea vi só uma vez, o Açor algumas mais... em salreu)

Helder Vieira escreveu:
Calma o quê?!? Ninguém se chateou... pelo menos deste lado  
A questão é que falar em algo tão subjectivo como "sorte" (pouca, alguma, muita) por vezes pode tornar-se irritante... no início já tinha referido, "contando com alguma sorte", deveria ter dito "com uma sorte brutal   "

Como diria o outro mais conversa e mais acção, Big day ai vamos nos!

ps: a não ser que se faça uma bird race

O Açõr não é ssim tão dificil de ver em qualquer parte do Norte (no sul não sei)

patriciaeluis escreveu:O Açõr não é ssim tão dificil de ver em qualquer parte do Norte (no sul não sei)

Consegues sair de casa e garantir que indo ao sitio X vais ver um?

É que é esse o problema com espécies como o Açor, existem espécies garantidas, outras que são prováveis, e outras que são improváveis, e por fim existem espécies como o Açor e o Gavião que mesmo sendo regulares num sitio não se pode contar com eles

Boas

pedro121 escreveu:
... e por fim existem espécies como o Açor e o Gavião que mesmo sendo regulares num sitio não se pode contar com eles

Curiosamente relativamente ao gavião, no Porto temos um local insuspeito e acessível (escondido em frente de todos ...), sem garantias mas com grandes probabilidades de o encontrar no Parque da Cidade do Porto.
O açor penso ser mais escasso e mais difícil de encontrar e de identificar (pessoalmente tenho tido alguns desafios muitas vezes inconclusivos).

pedro121 escreveu:

patriciaeluis escreveu:O Açõr não é ssim tão dificil de ver em qualquer parte do Norte (no sul não sei)

Consegues sair de casa e garantir que indo ao sitio X vais ver um?

É que é esse o problema com espécies como o Açor, existem espécies garantidas, outras que são prováveis, e outras que são improváveis, e por fim existem espécies como o Açor e o Gavião que mesmo sendo regulares num sitio não se pode contar com eles

Bem não os vemos todos os dias em Salreu
Não os vimos todos os dias em Gaia (vale do febros)
Não o vimos todos os dias na Freita
Não o vimos todos os dias no Marão (incluindo campeã) neste sítio devemos ve-los 1/2 das vezes que passamos lá.
Em Miranda do Douro num só dia vimos 3 em localizações diferentes (mas este fica mais longe)

Ok não os vimos todos os dias em nenhum dos lugares, mas estamos a falar de um dia inteiro a passar por muitos lugares, a probabilidade no norte não será de 100% mas não deverá andar longe do 75% (contemos com a sorte também)

Este ano ainda só fomos uma vez para zona mais Interior Soajo Peneda e voilá lá estava ele...

Nota:
Como ainda não somos ainda muito especialistas nas IDs poderá ser um Gavião Fêmea

Patrícia e Luís

A questão num big day (ou numa bird race) é que os participantes não se podem dar ao luxo de investir uma hora num sítio qualquer a ver se o açor ou gavião aparece. Nem meia hora. Num big day não há tempo para esses "luxos".

O investimento máximo que se pode fazer para uma qualquer espécie em particular será de 10 ou 15 minutos e mesmo assim isso só pode ser feito duas ou três vezes, caso contrário o sucesso do dia já está comprometido.

Convém ter presente que aqui um açor conta tanto como um pintassilgo - não há prémios pela qualidade, apenas pela quantidade.

No entanto, pode fazer sentido investir, digamos, duas horas a percorrer a serra da estrela (ou do gerês), porque aí se conseguem facilmente ver 10 ou 12 espécies que noutras zonas são muito difíceis. Tal como pode fazer sentido investir uma hora num caniçal para ver 5 ou 6 espécies exclusivas de caniçal.

O segredo aqui é gerir bem o tempo para obter o maior número possível de espécies.

Um exemplo prático (dirigido a todos vocês): imaginemos que o dia está quase a chegar ao fim, são 19h45m e já só tens uma hora de luz. A tua equipa já viu 100 ou 120 ou até 140 espécies. Tudo o que vais ver no tempo que resta (excluindo nocturnas) é repetido, mas ainda tens hipótese de ver uma ou outra espécie nova para a lista do dia.
No entanto já só tens uma hora (meia hora até ao por-do-sol, mais meia-hora de lusco-fusco). Durante o dia não viste açor, não viste gaio, não viste pardal-montês, não viste galeirão, não viste peneireiro-cinzento. É preciso tomar decisões quanto à utilização do tempo restante (sendo que os quatro membros da equipa têm de chegar a consenso rapidamente). A pergunta, cuja resposta variará naturalmente com a região, é: numa situação destas, o que fazias?  

Nestas coisas de "observação" de aves também vale ouvir?
ou seja se ouvir uma coruja-do-mato já conta?

patriciaeluis escreveu:Nestas coisas de "observação" de aves também vale ouvir?
ou seja se ouvir uma coruja-do-mato já conta?

Sim, normalmente sim, nota que isso depende das regras, nas bird race existem regras definidas, já que todas as equipas tem que competir seguindo as mesmas regras.

Mas em outros tipos de "competições" pode não ser valido o só ouvir, depende também do observador em causa, originalmente não era possível incluir espécies só ouvidas em listas competitivas (Life, year, big day etc...) no entanto nos USA existem espécies de ralideos que são extremamente complicadas de ver, mas fáceis de ouvir, alem de que os seus chamentos são inconfundíveis, devido a isso fez-se uma alteração nas regras americanas para permitir aves só ouvidas, no entanto actualmente parece existir uma impressão de que um registo auditivo é questionável, em 2013 a polémica surgiu nos USA devido a 1 dos observadores que estava a fazer big year não incluir heard only na sua lista e questionar a validade dos registos dos outros observadores que incluíam.

A questão é portanto algo complexa.

As regras básicas para definir o que é contável são basicamente as mesmas em todo o lado, mas depois temos algumas que são adaptadas á cultura local, e os registos auditivos são um deles.

Se eu fizer um big day irei contar os registos auditivos.

OK
assim facilita "alguma coisa" mesmo nós que não temos grande experiencia na audição existem sempre meia duzia que achamos inconfundiveis...
E com o bocado de treino pode ser uma boa forma de identificar noturnas.

Já agora mesmo os registos visuais podem ser questionáveis, algumas espécies a diferença é tão curta que mesmo com fotos faz com que exista muito debate

Será que alguém já observou alguma "Certhia familiaris" em Portugal e assumiu logo que seria "Certhia brachydactyla".

Quem diz Trepadeira diz Gaivotão que afinal andavam aí uns do hemisfério sul a passear

Há já me esquecia, um dia destes também vamos ver se chegamos às 100 espécies num só dia

200 para nós falta-nos muita muita tarimba...

patriciaeluis escreveu:Será que alguém já observou alguma "Certhia familiaris" em Portugal e assumiu logo que seria "Certhia brachydactyla".

Pela minha parte, como localizo os passeriformes maioritariamente pelo ouvido, posso dizer que até hoje nunca ouvi Certhia familiaris em Portugal   

patriciaeluis escreveu:
Será que alguém já observou alguma "Certhia familiaris" em Portugal e assumiu logo que seria "Certhia brachydactyla".

Quem diz Trepadeira diz Gaivotão que afinal andavam aí uns do hemisfério sul a passear

Sim, nota no entanto que ai entra a probabilidade da observação, mas de facto a trepadeira é de facto um grande exemplo, já que provavelmente até pode ocorrer e passa despercebida.

Mas ai estamos a falar de raridades, e para raridades contarem numa birdrace/bigday etc..., tem que ser aceites pelo comité nacional.

Gonçalo Elias escreveu:
Pela minha parte, como localizo os passeriformes maioritariamente pelo ouvido, posso dizer que até hoje nunca ouvi Certhia familiaris em Portugal   

Ahhh, mas e se ela ocorrer no inverno, não cantar e só chamar, consegue-se só pelo chamamento distinguir?

pedro121 escreveu:Mas ai estamos a falar de raridades, e para raridades contarem numa birdrace/bigday etc..., tem que ser aceites pelo comité nacional.

É caso para dizer: bem podes esperar sentado.