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Número de visitantes nas áreas protegidas

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Número de visitantes nas áreas protegidas Empty Número de visitantes nas áreas protegidas

Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jan 28, 2009 11:37 am

Estive a consultar a informação do número de visitantes nas áreas protegidas (disponível em http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Turismo+de+Natureza/Visitantes+nas+Áreas+Protegidas) e fiquei espantado com a evolução dos números - basicamente temos uma queda continuada desde há 10 anos a esta parte.

Aqui fica uma pequena amostra:

Número de visitas guiadas:
1997 - 1719 visitas
1999 - 1421 visitas
2002 - 1420 visitas
2004 - 591 visitas
2005 - 393 visitas
2006 - 938 visitas
2007 - 1050 visitas
resultado: queda sustentada desde 1997, os valores desse ano nunca mais foram atingidos; ligeira recuperação em 2006 e 2007 no número de visitas.


NÚMERO DE VISITANTES QUE USUFRUÍRAM DE VISITAS GUIADAS em algumas áreas protegidas

Peneda-Gerês
1997 - 3139 visitantes
1999 - 2738 visitantes
2002 - 2855 visitantes
2004 - 2943 visitantes
2005 - 2319 visitantes
2006 - 2293 visitantes
2007 - 1523 visitantes
resultado: em 12 anos caiu para menos de metade, tendo-se verificado uma aceleração da queda a partir de 2004; os valores de 1997 nunca mais foram atingidos

Costa Sudoeste
1997 - (dados indisponíveis)
1999 - 1318 visitantes
2002 - 3821 visitantes
2004 - 2215 visitantes
2005 - 1650 visitantes
2006 - 800 visitantes
2007 - 660 visitantes
resultado: em 5 anos caiu 80%, os valores de 2004 não voltaram a ser atingidos

PN Serra de São Mamede
1997 - 46 visitantes
1999 - 1560 visitantes
2002 - 588 visitantes
2004 - 441 visitantes
2005 - 691 visitantes
2006 - 370 visitantes
2007 - 696 visitantes
resultado: em 10 anos caiu mais de 50%

Estuário do Tejo
1997 - 2149 visitantes
1999 - 2322 visitantes
2002 - (dados indisponíveis)
2004 - 1582 visitantes
2005 - 15 visitantes
2006 - 102 visitantes
2007 - 412 visitantes
resultado: em 10 anos caiu mais de 80%, os valores de 1997 e 1999 não voltaram a ser registados


P. N. Sintra-Cascais
1997 - 380 visitantes
1999 - 892 visitantes
2002 - 2417 visitantes
2004 - 2657 visitantes
2005 - 2910 visitantes
2006 - 990 visitantes
2007 - 701 visitantes
resultado: aqui a evolução deu-se um pouco a contra-ciclo com as restantes, com uma subida substancial até 2005, após o que entrou em queda livre e caiu mais de 75%


Castro Marim
1997 - 3520 visitantes
1999 - (dados indisponíveis)
2002 - 1485 visitantes
2004 - 1582 visitantes
2005 - 1013 visitantes
2006 - 530 visitantes
2007 - 755 visitantes
resultado: o panorama nesta reserva é desolador: de 1997 a 2002 os números caíram para menos de metade; de 2002 para 2007 caíram outra vez para metade, resultando numa queda global de 80%


Não faço ideia se esta redução do número de visitantes se deve a um menor investimento em visitas guiadas por parte do ICNB ou a uma redução da procura.

Mas não deixa de ser preocupante constatar que cada vez há menos pessoas a dispor de visitas guiadas nas áreas protegidas do nosso país.

Penso que seria bom que se reflectisse sobre esta realidade.

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Mensagem por Carlos Vilhena Qua Jan 28, 2009 1:14 pm

Olá,

Esses tipos são tão incompetentes que pode ser estatística mal feita. Devem ter preguiça de registar as entradas.

Um abraço,

Carlos
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Mensagem por scirpaceus Qua Jan 28, 2009 2:28 pm

judeu alentejano escreveu:Olá,

Esses tipos são tão incompetentes que pode ser estatística mal feita. Devem ter preguiça de registar as entradas.

Um abraço,

Carlos

A incompetência não se mede somente pela preguiça em registar ou não as entradas. Tambem se mede pela análise simplista desta questão.

Não estou certo dos numeros, mas num dos locais sob gestão do ICNb na área de Coimbra que organiza actividades de educação ambiental com escolas, no ano 2007 em que estas actividades foram gratuitas, teve envolvidos 7.600 alunos. No ano passado, a pagar mesmo uma quantia simbólica participaram 2.000 alunos

O ICNB passou a ser um instituto publico com obrigatoriedade de criar receitas à algum tempo e uma das maneiras foi começar a cobrar taxas sobre as visitas guiadas.

Estas visitas registadas são as visitas pagas, que são possíveis de ser objecto de análise estatistica. As outras visitas, ditas normais, são quase impossiveis de contabilizar.

Este declínio tambem aparece com o aparecimento de cada vez mais empresas e associações que se dedicam a este tipo de negócio.

Abraço

Paulo Tenreiro
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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jan 28, 2009 2:41 pm

Olá Paulo,

Obrigado pelo esclarecimento.

Tens ideia quando é que o ICN começou a cobrar as visitas?

1 abraço,
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Mensagem por Carlos Vilhena Qua Jan 28, 2009 3:31 pm

Boa noite,

Eu tenho a certeza que cada vez mais pessoas procuram a natureza, mesmo o cidadão vulgar e não apenas pessoas como nós mais ligadas a este meio.
Cobrar a organizações sem fins lucrativos como a SPEA ou a Quercus e exigir-lhes planos com detalhes para visitar áreas protegidas é contraproducente para a a educação ambiental.
Eu próprio desisti de fazer visitas guiadas a sócios de organizações ambientais e a professores primários por causa desta burocracia e do possível tempo de resposta que me iriam dar aos pedidos dessas mesmas visitas.
Com estas politicas e mentalidades afastam as pessoas em vez de as atrair. As nossas áreas protegidas não devem ser fechadas, mas sim como em Espanha onde se vêem com muitos visitantes.



Um abraço,

Carlos
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Mensagem por scirpaceus Qua Jan 28, 2009 3:41 pm

Nas áreas onde trabalho, foi após a reestruturação do ICNB, com a criação dos Departamentos. Mas sei que existem áreas onde as visitas acompanhadas por funcionários do ICNB são pagas à mais tempo, mas esta situação dependia da vontade dos Directores de cada área.

Existem no entanto algumas situações que ajudam igualmente a explicar este declínio.

Alguns exemplos:

Percursos pedestres e trilhos interpretativos virtuais:
http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007-AP-PaulArzila/Visitar+Area+Protegida/Sugestoes+Visita/Outros+Percursos/

Estes percursos não existem nem nunca existiram nestes locais. No entanto são divulgados em tudo quanto é sítio do ICNB dedicado a este assunto: folhetos, paineis informativos e site do ICNB. Ora se tu vais ao local e apanhas uma enorme "banhada" num percurso pedestre elaborado "virtualmente" mas que na realidade não está lá, voltas a acreditar nas informações divulgadas?

Falta de inovação:
Tomando o exemplo da RNPA, o trilho interpretativo tem diminuído na sua extensão ao longo dos anos à medida que aumenta a sua falta de manutenção e a degradação dos equipamentos que não são substituídos.

E podiamos estar aqui horas a desfiar o rosário de lamentações. Falta claramente investir em equipamentos que atraiam visitantes: bons observatórios, trilhos e percursos pedestres sinalizados e actuais e dar vida e dinámica aos centros de interpretação seria um bom ponto de partida para alterar esta situação

Dou como exemplo positivo a situação da Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor, graças ao empenho da bióloga Silvia Neves e dos restantes funcionários da área que colocaram em pé uma série de 6 percursos pedestres sinalizados, a manutenção de um trilho interpretativo dentro da área da Mata da Margaraça e respectiva manutenção das estruturas de apoio, a criação de um pequeno museu etnográfico, a criação de exposições anuais no centro de interpretação e ainda um conjunto de actividades de educação ambiental destinadas à população escolar, provocam que aqui seja possivel usufruir a totalidade desta área protegida em excelentes condições de visitação.

Os meios materiais são os mesmos das outras áreas ou menos, varia seguramente a dedicação e competência

Abraço

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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jan 28, 2009 5:46 pm

Caro Paulo,

Pois estamos peranto um contra-senso. Não se investe na manutenção dos equipamentos (vide post que coloquei há umas semanas sobre a sinaléctica do RNPB) e eles degradam-se e então começa-se a cobrar taxas... Acaba por ser a machadada final numa serviço que já tem pouca procura.

Quanto aos licenciamentos das actividades:

Há dois meses estive em Tróia num encontro promovido pelo Turismo de Portugal sobre as "potencialidades turísticas do birdwatching", na ocasião o Secretário de Estado do Turismo falou que iriam aligeirar o processo de licenciamento das actividades das empresas e das associações e que em vez de uma licença para cada área protegida passaria a haver uma licença global para o país todo. Resta saber quanto irá custar... estou expectante!

1 abraço,
Gonçalo
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui Jan 29, 2009 8:06 am

Andei a ver um pouco melhor a informação ao visitante que se encontra disponível no site do ICNB. Rapidamente constatei que o grau de desactualização é de bradar aos céus.

Assim ao acaso escolhi o PN Serra de S. Mamede, secção "como chegar" que está em
http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007-AP-SerraSMamede/Visitar+Area+Protegida/Como+Chegar/

Diz assim:

Vias de Acesso

De Lisboa - A2 (ou A12) A6 até Estremoz e IP2 até Portalegre ou A1 ligação A23 até saída Portalegre IP2 até Alpalhão EN: Castelo de Vide - EN: até Marvão / S. Salvador da Aramenha-Olhos D'Água.

Do Porto - A1 (até Torres Novas), A23 até saída Portalegre IP2 até Alpalhão EN: Castelo de Vide - EN: até Marvão / S. Salvador da Aramenha-Olhos D'Água.

De Faro - IP1 (até Ourique) e IP2 até Portalegre ou A2 (até Évora) A6 (até Estremoz), IP2 (até Portalegre), EN: (até Marvão / S. Salvador da Aramenha-Olhos D'Água).

De Espanha:

Fronteira de Galegos IC13 (até Portagem) e EN 359 (até S. Salvador da Aramenha-Olhos D'Água.

Fronteira de Caia (Elvas) A6 (até saída Sta. Eulália) EN: (até Portalegre) e EN: 359 (até Marvão / S. Salvador da Aramenha-Olhos D'Água).


Reparem que há uma data de espaços em branco a seguir às indicações "EN" (Estrada Nacional) - marquei-os a vermelho para destacar. Fica a sensação de que quem escreveu aquilo, na altura não tinha um mapa à mão e depois nunca mais ninguém verificou e aquilo seguiu assim para publicação e tá a andar de mota.

Mas há mais.

Ainda na mesma página diz:


Transportes Públicos

Rede de Expressos

Caminhos de Ferro


Clicando no rede expressos vai dar a uma janela onde aparece aquela mensagem simpática
The page cannot be found
The page you are looking for might have been removed, had its name changed, or is temporarily unavailable.


A segunda vai dar ao site da CP com uma mensagem igualmente simpática

Não foi possível processar a sua pesquisa devido a dificuldades técnicas.
Por favor volte a tentar mais tarde.


(não porque o site da CP esteja em baixo mas porque a entrada não pode ser feita pelo link indicado).

Enfim, isto foi apenas um exemplo tirado quase ao acaso, certamente há muitos outros links quebrados e páginas desactualizadas.

É triste ver as coisas ao abandono (site institucional incluído) Mad
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Mensagem por barrento Qui Jan 29, 2009 9:01 am

Na minha actividade como fotógrafo da natureza tenho encontrado as maiores dificuldades por parte das entidades, vigilantes, etc, mesmo quando ando a fazer um artigo para publicação e que leve certificação, as respostas são, invariavelmente negativas ou, no mínimo, a dificultarem grandemente a divulgação das áreas protegidas... Já ouvi coisas como: "não queremos aqui visitantes", "a divulgação atrai para aqui gente a mais", etc...
Sempre quis fazer as coisas com a colaboração das entidades, mas, pelos vistos, o melhor é fazer como a maioria dos fotógrafos faz: ir lá, fotografar, publicar e não dar conhecimento prévio...
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui Jan 29, 2009 9:30 am

barrento escreveu:"a divulgação atrai para aqui gente a mais", etc...

Tradução: "nós queremos que este espaço seja só para nós"

Este tipo de respostas reflecte uma mentalidade que é frequente entre muitos estudiosos das aves, natureza, áreas protegidas (não necessariamente em todas) que é: "nós gostamos muito disto, curtimos andar aqui e isto é muito giro, mas não queremos que venha para cá gente, porque nos estragam o sossego e isto passa a parecer uma feira."

Este raciocínio é perverso. O problema não está na perturbação que é exercida sobre as aves / os valores naturais mas sim na perturbação sobre as pessoas que, por inerência das suas funções usufruem dessas áreas e não vêem com bons olhos que outros possam querer usufruir delas, nem que seja para tirar umas fotos ou dar uns passeios

Há também outra abordagem um pouco diferente mas que se baseia numa linha de raciocínio semelhante. Conheço vários casos de pessoas que estudam ou estudaram ninhos ou colónias de determinadas espécies e que, com as suas acções de "estudo" provocaram o abandono das aves. Entre essas pessoas, há muito quem acredite que toda a perturbação é nociva e que se deve afastar o mais possível a presença humana, excepto se for para "fins científicos" - aí mesmo que haja perturbação, ela passa a ser totalmente justificada.

Pessoalmente acho que ambas as abordagens são erradas.

1 abraço,
Gonçalo
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Mensagem por Simon Wates Qui Jan 29, 2009 11:20 am

Concordo totalmente com o Gonçalo!

Experiências a primeira mão de cada um de multidão são, na minha opinião, a passaporte para uma conservação de natureza abrangente e com êxito.

A conservação se faz com as pessoas - não sem elas! Outro caminho será perigoso para a integridade natural do Portugal.

Com uma boa gestão das áreas protegidas as possíveis efeitos negativos são reduzidos ou mesmo eliminados - só precisa ver alguns reservas naturais de RSPB no UK que recebem próximo de 1 milhão de visitantes por ano ..........

Um abraço

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Mensagem por scirpaceus Sex Jan 30, 2009 12:50 am

barrento escreveu:Na minha actividade como fotógrafo da natureza tenho encontrado as maiores dificuldades por parte das entidades, vigilantes, etc, mesmo quando ando a fazer um artigo para publicação e que leve certificação, as respostas são, invariavelmente negativas ou, no mínimo, a dificultarem grandemente a divulgação das áreas protegidas... Já ouvi coisas como: "não queremos aqui visitantes", "a divulgação atrai para aqui gente a mais", etc...
Sempre quis fazer as coisas com a colaboração das entidades, mas, pelos vistos, o melhor é fazer como a maioria dos fotógrafos faz: ir lá, fotografar, publicar e não dar conhecimento prévio...

É um bocado estranho, proveniente de um organismo que está a tentar colocar em prática um projecto como a "Escola na Natureza" que pretende que visitem as áreas protegidas 80.000 alunos por ano, ou que está a tentar criar receitas através da visitação. E o aumento das visitas está dentro dos objectivos SIADAP de muitos funcionários, mas acredito que de facto tenha sentido algumas dificuldades em passar a mensagem da importância do seu trabalho.

É certo que coloco algumas reticências nestas acções. Primeiro tem de criar as condições e elas ainda não existem em parte das áreas protegidas.

Mas tambem tem de olhar para o outro lado. Sabe, eu como funcionário à 20 anos no ICNB e em áreas protegidas, pode ter a certeza que já apanhei pela frente muitos fotógrafos esclarecidos, biólogos, observadores de aves, ambientalistas, publico comum, que se consideram especiais, unicos e que acham que devem ser alvo da maior atenção e admiração. Que face à importancia do seu trabalho insistem em percorrer todo o espaço de protecção integral existente na área protegida ou actuar directamente na área protegida sem medir as reais consequências dos seus actos em relação ao próprio espaço natural.

Convem salientar que as áreas protegidas têm uma área destinada ao publico e que, nos casos que conheço, as restrições de entrada e usufruição não quase nulas ou mesmo nulas.O problema passa quando se pretende ultrapassar esses limites e aí acho muito bem, que "simpaticamente" coloquem-se restrições à entrada, mesmo perante trabalhos tão importantes que nos aparecem pela frente quase diariamente.


Abraço

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Mensagem por scirpaceus Sex Jan 30, 2009 3:36 am

Em acrescento ao post anterior, as áreas protegidas estão divididas em áreas com diferentes estatutos de protecção e dando o exemplo da RN Paul de Arzila

Área de protecção total:
As áreas de protecção total correspondem a espaços ondeos valores naturais assumem um carácter de excepcionalidade do pontode vista da conservação da natureza e que se caracterizam por elevada sensibilidade ambiental.
Na área de intervenção do PORNPA, a área de protecção total integra os biótopos «Formações aluvionares e ripícolas», «Carvalhal», «Folhosas autóctones», «Caniçal/bunhal» e «Valas, lagos e charcos».
Estas áreas destinam-se a garantir a manutenção dos processos naturais em estado de perturbação mínima.
Nestas áreas, consideradas espaços non aedificandi, a intervenção humana é fortemente condicionada, devendo subordinar-se aos valores naturais em presença.

Área de protecção parcial:
As áreas de protecção parcial correspondem a espaços onde
os valores naturais e paisagísticos assumem um significado e importância relevantes do ponto de vista da conservação da natureza e que se caracterizam por um grau moderado de sensibilidade ecológica.
Na área de intervenção do PORNPA, a área de protecção parcial integra os biótopos «Terrenos agrícolas designados ‘O campo’ e ‘Arrozais’».
Estas áreas, consideradas espaços non aedificandi, destinam-se a contribuir para a manutenção e valorização dos valores naturais e paisagísticos.



Área de protecção complementar
As áreas de protecção complementar correspondem a espaços
de transição ou amortecimento de impactes, necessários à salvaguarda das áreas com nível de protecção mais elevado, bem como das áreas rurais onde são praticadas as actividades agrícola e silvícola, constituindo habitats importantes para a conservação da natureza, e onde a estrutura e componentes da paisagem devem ser mantidas ou valorizadas.
Na área de intervenção do PORNPA, a área de protecção complementar integra os biótopos «Floresta/matos» e «Terrenos agrícolas» designados ‘O monte’.
Constituem objectivos prioritários de ordenamento desta área:
a) A manutenção e compatibilização das actividades culturais
e tradicionais que constituamo suporte ou sejamcompatíveis com os valores naturais a preservar, nomeadamente as de natureza agro-florestal ou de exploração de outros recursos naturais;
b) O desenvolvimento sócio-económico local e a melhoria da qualidade de vida das populações, assente no uso sustentado de recursos.

Áreas de intervenção específica.
Às áreas que, pela sua singularidade, requerem a tomada de
acções especiais é aplicado um regime de intervenção específica, segundo as condições expressas nesta subsecção.
As áreas de intervenção específica consistem em áreas com valor patrimonial, natural ou cultural que carecem de salvaguarda, recuperação, reabilitação ou valorização, com especificidade própria, ou onde se verifique a necessidade de implantar infra-estruturas de utilidade pública.
As áreas de intervenção específica estão abrangidas pela aplicação dos regimes de protecção, que se mantêm, apesar da intervenção.
Constituem objectivos prioritários destas áreas a realização de acções para a recuperação dos habitats, a manutenção das utilizações necessárias à conservação dos recursos naturais, a promoção de acções de investigação científica e de sensibilização ou a eventual implantação de infra-estruturas de utilidade pública.




Abraço

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Mensagem por barrento Sex Jan 30, 2009 10:08 am

Um fotojornalista, quando prepara um artigo, deveria ter as restrições que tem um qualquer biólogo; não é um visitante qualquer: a fotografia já desvendou muita coisa para a ciência, nomeadamente para a biologia e, sobretudo, não se ama o que se não conhece...
Dar a conhecer o que temos de bom devia ser uma prioridade. Sei bem do que falo, não só pelos artigos que fiz, mas principalmente porque faço educação ambiental com crianças do 1º ciclo há mais de cinco anos e vejo a falta de informação que alunos e professores têm da nossa natureza. Até podem conhecer os animais de África, América ou dos pólos (os mais interessados) mas quando lhes mostro a Doninha, levam logo os dedos ao nariz, pensando que estou a falar da Doninha-fedorenta que conhecem da TV. É esta geração que, em poucos anos, irá para os lugares de decisão sem ter a mínima noção daquilo que temos e que devemos preservar... mas os decisores, mesmo aqueles que não estão num longínquo gabinete, continuam a achar que as áreas protegidas são uma coutada sua...
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Mensagem por scirpaceus Sex Jan 30, 2009 11:00 am

Caro Barrento, tens razão naquilo que escreves e daí que

www.ornitologia.no.sapo.pt

todos vamos fazendo algo para alterar essa situação.

Abraço

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Mensagem por barrento Sex Jan 30, 2009 11:44 am

Excelente, Paulo, é assim mesmo!
Nós aqui em Alcobaça, através da ADEPA, vamos tentando também mudar as coisas. (embora o nosso projecto seja mais abrangente, incluindo biologia em geral, espeleologia, geologia, história, etc...e também património cultural): o problema é sempre o mesmo - falta de apoios, nomeadamente aqueles de que já falámos acima...
Abraço
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom Fev 01, 2009 12:38 pm

barrento escreveu:Um fotojornalista, quando prepara um artigo, deveria ter as restrições que tem um qualquer biólogo; não é um visitante qualquer: a fotografia já desvendou muita coisa para a ciência, nomeadamente para a biologia e, sobretudo, não se ama o que se não conhece...
Dar a conhecer o que temos de bom devia ser uma prioridade. Sei bem do que falo, não só pelos artigos que fiz, mas principalmente porque faço educação ambiental com crianças do 1º ciclo há mais de cinco anos e vejo a falta de informação que alunos e professores têm da nossa natureza.

barrento, aqui já tenho algumas dúvidas.

Acho muito meritório o trabalho de um fotojornalista que se preocupe em divulgar os nossos valores naturais através de acções de educação ambiental. Mas imagina que eu quero ir lá apenas para "observar passarinhos". Não compreendo e terei bastante dificuldade em aceitar porque é que o fotojornalista há-de ter mais "direitos" de acesso do que eu.

Aliás, até me parecerá um pouco paradoxal que sejam dadas facilidades para fazer trabalhos de divulgação de valores naturais com os quais as pessoas depois não poderão contactar, devido à existência de restrições de visitação, que só permitem o acesso a determinados "grupos funcionais" (sejam eles biólogos, vigilantes ou fotojornalistas) mas impedem o acesso ao público em geral.

Em minha opinião, e de modo a salvaguardar o estado de conservação e os valores naturais de cada local, nomeadamente dos locais mais sensíveis, a solução passará por determinar a capacidade de carga de cada local. Esta capacidade de carga diz respeito ao número de visitantes que o local pode suportar em simultâneo ou numa unidade de tempo (por exemplo, 10 visitantes em simultâneo ou um máximo de 50 visitantes por dia) e é o indicador que permite conciliar a presença humana no local com a sua sustentabilidade.

Deste modo, todos os interessados em visitar um determinado local terão oportunidade de o fazer, tendo apenas de se identificar / inscrever e sujeitando-se a ficar em fila de espera, nos casos em que a procura seja excessiva face à capacidade de carga estabelecida para esse local. O importante aqui é que ninguém ficaria privado da oportunidade de conhecer os locais e os seus valores (obviamente respeitando-se as condicionantes impostas pelo plano de ordenamento relativamente às actividades que não são permitidas na zona).

No caso dos locais muito sensíveis ou onde exista risco elevado de destruição dos valores objecto de classificação ou protecção, poderá exigir-se que, para além das restrições quanto ao número de visitantes, todos os visitantes sejam acompanhados de um guia.

1 abraço,
Gonçalo
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Mensagem por Carlos Vilhena Dom Fev 01, 2009 2:28 pm

Boa noite,

Se estamos a falar de áreas muito sensíveis tudo bem que as regras sejam apertadas, mas essas são apenas uma pequena parte dos parques e reservas naturais.
Para mim compensa sempre entrar sem participar a ninguém, a minha consciência individual sabe onde estão os limites do que pode prejudicar o que quero que seja preservado.
A atitude de quem tem autoridade nesses locais tem que ser educativa e não repressiva para evitar ter mais gente com razão contra as áreas protegidas, nomeadamente os habitantes ou proprietários locais que se queixam de regras a mais no que é deles e dizem que se a natureza está bem preservada é graças a eles. O que é verdade.

Um abraço,

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Mensagem por barrento Dom Fev 01, 2009 3:51 pm

Gonçalo,
de facto tens razão, o meu post anterior peca por ser incompleto, e concordo contigo em absoluto quanto ao que chamas "capacidade de carga"...
Abraço
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Mensagem por scirpaceus Seg Fev 02, 2009 3:45 am

judeu alentejano escreveu:Boa noite,

Se estamos a falar de áreas muito sensíveis tudo bem que as regras sejam apertadas, mas essas são apenas uma pequena parte dos parques e reservas naturais.
Para mim compensa sempre entrar sem participar a ninguém, a minha consciência individual sabe onde estão os limites do que pode prejudicar o que quero que seja preservado.
A atitude de quem tem autoridade nesses locais tem que ser educativa e não repressiva para evitar ter mais gente com razão contra as áreas protegidas, nomeadamente os habitantes ou proprietários locais que se queixam de regras a mais no que é deles e dizem que se a natureza está bem preservada é graças a eles. O que é verdade.

Um abraço,

Carlos

Ainda ontem apanhei um Presidente de Junta a despejar lamas provenientes de ETAR em cincos pontos diferentes de área de Rede Natura 2000. Como é um digno representante dos habitantes locais, deixo-te essa parte de os proprietários se queixarem das regras a mais, da atitude pedagógica e de dizerem que se a natureza está bem preservada é graças a eles. Eu por mim, de uma forma mais pragmática apliquei a parte repressiva, levantei dois autos ao presidente e tesoureiro e espero ter contribuído assim para a conservação da natureza.

Abraço
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Mensagem por Carlos Vilhena Seg Fev 02, 2009 1:14 pm

Boa noite,

Durante décadas fomentou-se num pais de analfabetos a destruição dos predadores, não é em uma geração que se vai absorver o que está certo e o que está errado.Temos que ser compreensivos com estes casos para os ter do nosso lado.
No caso que acabaste de referir não há perdão e ainda por cima gente com a responsabilidade que representam. Foi muito bem aplicada a coima e só lamento que as coimas ambientas neste Portugal sejam tão baixas.


Um abraço,

Carlos
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Mensagem por barrento Seg Fev 02, 2009 1:47 pm

bem, se isto é verdade... Sad está tudo louco?!?!
http://www.joseantunes.com/index.php?option=com_content&view=article&id=82:a-visitacao-do-icnb&catid=17:blog&Itemid=79
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Mensagem por scirpaceus Ter Fev 03, 2009 6:19 am

Do que é do meu conhecimento trata-se de um documento que ainda está a ser trabalhado em termos da sua aplicabilidade ou não nas áreas protegidas. Pelo menos tenho até quinta para dar a minha opinião.

O segundo reparo é que continua a haver confusão entre o que são terrenos de propriedade do ICNB e áreas protegidas sob gestão do ICNB. E os terrenos de propriedade do ICNB são uma minoritária parte da área das áreas protegidas.

Existe a necessidade de criar receitas para o ICNB. Trata-se de uma obrigatoriedade face ao facto de ser um instituto publico que obriga que uma determinada percentagem do seu orçamento seja proveniente dessas receitas. Se elas não são criadas, o orçamento diminui como tem vindo a acontecer, porque os falados aumentos servem acima de tudo para tapar os buracos dos anos anteriores. Como não se podem vender grifos, calçadas ou outros, das várias alternativas, uma é esta.

Se o ICNB rebentar, uma opção é entregar a gestão aos locais, que pelo que li ainda à pouco tempo, parece que sabem o que fazem. Ora reparem nos preços de uma área protegida deste país sob gestão local

http://www.lagoas.cm-pontedelima.pt/ depois escolher INFORMAÇÕES GERAIS e seguir para TARIFAS. E tentem entrar à socapa como propagandeiam aqui Laughing

Se os preços ou os visados por estas regras acham que está errado que se manifestem, mas neste país absolutamente ingovernável, cheio de chicos-espertos, chegou a hora de pagar o que se andou a mamar durante os anteriores anos. Se vai custar? Ai vai, vai. E isto é o início.

Bem me podem acenar com tabelas de preços do Parque de Yellowstone. Quando chegava a casa com um 9 a matemática e dizia à minha mãe que tinha havido 18 negativas ainda mais baixas que a minha, ela dava-me um estaladão para me lembrar que o que se passava na casa dos outros nada tinha a haver com o que se passava na minha.

E mesmo essas tabelas será que estão actualizadas? Ainda à pouco tempo recebia revistas ornitológicas gratuitamente provenientes de instituições do governo federal americano. Agora?? Chuta para cá 40 dólares se as queres continuar a receber.

E até o boletim informativo sobre a Rede Natura 2000 editado pela União Europeia e distribuído gratuitamente já deixou de ser traduzido para português para poupar custos e o seu envio vai passar a ser em .pdf na distinta lingua do vizinho do lado.

Abraço

Paulo
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Mensagem por Gonçalo Elias Ter Fev 03, 2009 6:39 am

scirpaceus escreveu:Se o ICNB rebentar, uma opção é entregar a gestão aos locais, que pelo que li ainda à pouco tempo, parece que sabem o que fazem. Ora reparem nos preços de uma área protegida deste país sob gestão local

Quando escreves "locais" referes-te unicamente às câmaras municipais ou estás também a falar de privados?

1 abraço,
Gonçalo
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Mensagem por scirpaceus Ter Fev 03, 2009 6:56 am

Estou a falar do poder local, que é o unico termo de comparação em gestão de áreas constantes da lista nacional de áreas protegidas

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