Comité Português de Raridades (CPR)

Feitas as actualizações da TRNP e das listas das homologáveis, vou fazer um resumo das restantes decisões da ultima reunião do CPR, a categoria C já foi abordada.

Os principais tópicos de discussão geral foram os Thalasseus de bico laranja, o par Anser fabalis/serrirostris, as Larus michahellis cf. atlantis e Saxicola cf. maurus.
Todos eles têm registos em analise e em que há varias questões sobre os critérios identificativos, no entanto foi possível resolver varias questões.

Dado serem casos muito particulares foram discutidos os critérios para a avaliação dos registos de Iduna opaca e Apus unicolor

Foram aceites varias espécies novas para PT:
Carduelis citrinela
Dumetella carolinensis
Emberiza spodocephala
Thalassarche chlororhynchos

Foram aceites duas novas espécies para PTc
Curruca nisoria
Circus hudsonius

O registo de Anser caerulescens de VFX foi colocado na categoria D já que há uma população de categoria C na Escócia, sendo necessário mais trabalho para determinar se é mais provável ser uma ave originaria da Escócia, e, portanto, C5 ou da população neártica e, portanto A.

Gallinago delicata deixa de requerer homologação nos Açores.

Foram ainda tomadas varias decisões sobre casos individuais e registos que seriam/são os primeiros para as RA.

Foi também decidido remover Asio otus da lista de espécies sujeitas a homologação no Arquipélago da Madeira.

pedro121 escreveu:Larus michahellis cf. atlantis e Saxicola cf. maurus.

O que significa cf.?

Pedro o registo de Curruca nisoria foi efectuado quando ?

Rogerio escreveu:Pedro o registo de Curruca nisoria foi efectuado quando ?

Out. de 97

pedro121 escreveu:

Rogerio escreveu:Pedro o registo de Curruca nisoria foi efectuado quando ?

Out. de 97

Este registo é do do CC Moore?

pedro121 escreveu:
Eu tenho a listagem das que deixaram de ser homologáveis.

https://drive.google.com/file/d/1qUIS7bju9mLPckdXBrOTOp4pbK7zaxSm/view?usp=sharing

A info é publica já que pode ser obtida consultando a bibliografia existente.

Alguns Calidris estão com ? nos Açores. Há dúvidas sobre a data de exclusão?

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:
Eu tenho a listagem das que deixaram de ser homologáveis.

https://drive.google.com/file/d/1qUIS7bju9mLPckdXBrOTOp4pbK7zaxSm/view?usp=sharing

A info é publica já que pode ser obtida consultando a bibliografia existente.

Alguns Calidris estão com ? nos Açores. Há dúvidas sobre a data de exclusão?

É uma questão processual, nos Açores há uma questão de fundo para algumas espécies, por exemplo  Plegadis falcinellus era muito raro e foi aumentando até deixar de ser raridade, mas Calidris fuscicollis provavelmente sempre foi comum, ninguém sabia porque não havia dados, mas nunca terá sido raro e nunca deveria ter sido incluindo.

Agora que os anuários já estão em dia, podia pensar-se em fazer este tipo de boletins:

https://seo.org/wp-content/uploads/2022/08/Informe-CR-Mayo-Junio-2022-FINAL-2.pdf

(sim, sim, eu sei, "tudo eu" )

Gonçalo Elias escreveu:Agora que os anuários já estão em dia, podia pensar-se em fazer este tipo de boletins:

https://seo.org/wp-content/uploads/2022/08/Informe-CR-Mayo-Junio-2022-FINAL-2.pdf

(sim, sim, eu sei, "tudo eu" )

Os espanhóis adoptaram um formato bimensal e estão a conseguir manter, mas para o fazerem deixaram de lado dois anos inteiros de registos que não foram inda publicados pelo que sei, mas o Flávio pode esclarecer essa questão. Eles basicamente quando mudaram de formato fizeram um ano zero e não pegaram no que tinham mas ainda não estava publicado.

Segundo informação do Flávio, o CRE publicou recentemente os registos atrasados. estão portanto super em dia.

O Anuário Ornitológico 15 já se encontra disponível para consulta.
Este é o décimo oitavo relatório do Comité Português de Raridades da Sociedade Portuguesa para o Estudo das
Aves.
Poderá ser feito o download a partir do seguinte link:
https://spea.pt/wp-content/uploads/2020/03/Anua%CC%81rio-15-2022.pdf

Paulo Alves escreveu:O Anuário Ornitológico 15 já se encontra disponível para consulta.
Este é o décimo oitavo relatório do Comité Português de Raridades da Sociedade Portuguesa para o Estudo das
Aves.
Poderá ser feito o download a partir do seguinte link:
https://spea.pt/.../upl.../2020/03/Anua%CC%81rio-15-2022.pdf

Oi Paulo o link dá erro, podes verificar por favor?

Gonçalo Elias escreveu:Oi Paulo o link dá erro, podes verificar por favor?

Resolvido, obrigado pelo alerta.

Foi feito um grande esforço para publicar este relatório, já que entre 2021 e 2022 foram publicados 3 relatórios que num espaço de 2 anos possibilitou a publicação de quase 2000 registos, no entanto para o conseguir tiveram que ser feitas escolhas, nomeadamente ficaram de fora do AO15 uma fatia importante dos registos feitos em 2021. Essas observações serão publicadas no AO16.

O caminho para manter os relatórios sem atrasos implica que não é possível publicar todos os registos feitos no ano N no anuário referente a esse ano que deverá ser publicado no ano N+1.

Tomando por exemplo este ano, 2022, os registos feitos em Novembro-Dezembro na melhor das hipóteses só estariam votados depois do 1º trimestre de 2023. Só que nessa altura já o relatório referente a 2022 tem que estar a ser montado.

Na realidade, actualmente o ciclo da actividade anual do CPR está mais próximo do que acontece num ano escolar do que o de um ano civil, e tendencialmente os relatórios vão reflectir essa realidade.

pedro121 escreveu:Foi feito um grande esforço para publicar este relatório, já que entre 2021 e 2022 foram publicados 3 relatórios que num espaço de 2 anos possibilitou a publicação de quase 2000 registos, no entanto para o conseguir tiveram que ser feitas escolhas, nomeadamente ficaram de fora do AO15 uma fatia importante dos registos feitos em 2021. Essas observações serão publicadas no AO16.

O caminho para manter os relatórios sem atrasos implica que não é possível publicar todos os registos feitos no ano N no anuário referente a esse ano que deverá ser publicado no ano N+1.

Tomando por exemplo este ano, 2022, os registos feitos em Novembro-Dezembro na melhor das hipóteses só estariam votados  depois do 1º trimestre de 2023. Só que nessa altura já o relatório referente a 2022 tem que estar a ser montado.

Na realidade, actualmente o ciclo da actividade anual do CPR está mais próximo do que acontece num ano escolar do que o de um ano civil, e tendencialmente os relatórios vão reflectir essa realidade.

 

O calendário que agora estás a implementar é semelhante ao que propus quando entrei para o CPR em 2002 (e já os relatórios iam com três anos de atraso). A coisa correu bem durante três anos. Depois em 2006, e contra a minha vontade, esse calendário foi abandonado. O resultado foi desastroso e foram precisos 16 anos para recuperar completamente os danos causados por essa decisão. Parabéns mais que merecidos pelo trabalho que fizeste.

Gonçalo Elias escreveu:
O calendário que agora estás a implementar é semelhante ao que propus quando entrei para o CPR em 2002 (e já os relatórios iam com três anos de atraso). A coisa correu bem durante três anos.

Teoricamente é possível encurtar os prazos e fazer tudo num relatório, mas não com 400 registos para avaliar por ano. Mas pronto fazemos o que podemos.

Parabens Pedro Ramalho e equipa , é de facto um trabalho de recuperação notável.

A reunião anual do Comité Português de Raridades teve lugar hoje na sede da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, em Lisboa.

Magnus Robb foi eleito Coordenador do Comité após ter assumido esse cargo de forma interina temporariamente; Pedro Ramalho e Matthias Tissot mantêm as suas posições como Secretários.

Foram eleitos três novos membros votantes, Pedro Nicolau, Pedro Fernandes e Vilhelm Fagerström.
Damos-lhes as boas vindas, acreditamos que a sua presença será uma mais valia e um reforço na vontade que temos em manter a cadência de trabalho que temos vindo a mostrar.

Foi ainda decidido que o CPR deixará de validar as raridades regionais da Madeira. O mesmo é válido para os Açores desde 2017.

Vários registos difíceis estiveram em cima da mesa e foram discutidos.

Paulo Alves escreveu:Foi ainda decidido que o CPR deixará de validar as raridades regionais da Madeira. O mesmo é válido para os Açores desde 2017.

Dezassete anos depois, a minha proposta foi finalmente aceite. Fico feliz.

Gonçalo Elias escreveu:
Dezassete anos depois, a minha proposta foi finalmente aceite. Fico feliz.

Era uma anomalia, não cabe aos comités nacionais validarem raridades regionais, que eu saiba eramos o único a fazer isso.

pedro121 escreveu:Era uma anomalia, não cabe aos comités nacionais validarem raridades regionais, que eu saiba eramos o único a fazer isso.

Exacto, mas quando eu propus isso em 2006 não houve qualquer abertura.

Quando escrevi "fico feliz" refiro-me ao facto de, mesmo passados tantos anos, ter a confirmação de que a minha proposta ia na direcção certa.