Oito águias-pesqueiras já foram libertadas junto à albufeira de Alqueva
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Oito águias-pesqueiras já foram libertadas junto à albufeira de Alqueva
Oito águias-pesqueiras já foram libertadas junto à albufeira de Alqueva
06.08.2012
publico.pt
Na madrugada de segunda-feira foram libertadas, com sucesso, oito águias-pesqueiras junto à albufeira de Alqueva, dizem os responsáveis por este projecto de reintrodução no país de uma espécie que deixou de nidificar em Portugal há 15 anos.
Esta manhã, as águias “estão tranquilas, ainda aqui nas proximidades, pousadas em azinheiras e em postes de alimentação”, disse Andreia Dias, coordenadora operacional do projecto.
As aves, com oito e nove semanas de idade, chegaram há cerca de um mês a uma propriedade perto de Reguengos de Monsaraz, junto à albufeira de Alqueva, vindas da Finlândia e Suécia, onde a espécie é abundante. Os animais vieram ao abrigo de um projecto de reintrodução da águia-pesqueira (Pandion haliaetus) que começou no ano passado por iniciativa do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada ligada à Universidade do Porto, e cujo objectivo é criar um núcleo reprodutor no Alentejo. Desde que, em 1997, morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana, a ave só pode ser avistada em Portugal durante as migrações e no Inverno, especialmente em zonas húmidas, como o Paul do Boquilobo e estuários do Tejo e do Sado.
O processo de libertação começou ontem à noite. “Ao escurecer, rebatemos um pouquinho os painéis frontais amovíveis (das jaulas), para que a operação não fosse muito abrupta”, explicou Andreia Dinis. “Cerca das 5h30 retirámos os painéis. A primeira águia-pesqueira saiu às 5h45 e as outras foram saindo de forma gradual. A última deixou a jaula às 8h05”, acrescentou.
“Agora estão todas bem, estamos a observá-las aqui nas imediações. Ainda não se alimentaram mas algumas já estão em cima dos postes onde iremos colocar peixe duas vezes por dia.” A carpa será a presa mais comum das águias-pesqueiras mas não a única. Estes animais alimentam-se também de várias espécies de tainhas, robalo ou sargo, presas que podem pesar até 1,5 quilos.
Agora, a equipa de técnicos vai acompanhar as jovens aves para “actuar em caso de necessidade”, graças a aparelhos de radio-telemetria – que foram colocados nas águias a 1 de Agosto – e a visualizações directas com deslocações de carro ou barco.
Dentro das jaulas ainda estão três águias. “Continuamos a alimentá-las e a seguir o seu comportamento, para saber quando estarão prontas para voar”, acrescentou Andreia Dias.
Daqui a mês e meio, as aves deverão partir para as zonas de invernada em África, especialmente Senegal e Gâmbia. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, dentro de dois a três anos, regressem a Portugal para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem. No ano passado foram libertadas dez águias mas, pelo menos, três acabaram por morrer.
Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1557947
06.08.2012
publico.pt
Na madrugada de segunda-feira foram libertadas, com sucesso, oito águias-pesqueiras junto à albufeira de Alqueva, dizem os responsáveis por este projecto de reintrodução no país de uma espécie que deixou de nidificar em Portugal há 15 anos.
Esta manhã, as águias “estão tranquilas, ainda aqui nas proximidades, pousadas em azinheiras e em postes de alimentação”, disse Andreia Dias, coordenadora operacional do projecto.
As aves, com oito e nove semanas de idade, chegaram há cerca de um mês a uma propriedade perto de Reguengos de Monsaraz, junto à albufeira de Alqueva, vindas da Finlândia e Suécia, onde a espécie é abundante. Os animais vieram ao abrigo de um projecto de reintrodução da águia-pesqueira (Pandion haliaetus) que começou no ano passado por iniciativa do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada ligada à Universidade do Porto, e cujo objectivo é criar um núcleo reprodutor no Alentejo. Desde que, em 1997, morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana, a ave só pode ser avistada em Portugal durante as migrações e no Inverno, especialmente em zonas húmidas, como o Paul do Boquilobo e estuários do Tejo e do Sado.
O processo de libertação começou ontem à noite. “Ao escurecer, rebatemos um pouquinho os painéis frontais amovíveis (das jaulas), para que a operação não fosse muito abrupta”, explicou Andreia Dinis. “Cerca das 5h30 retirámos os painéis. A primeira águia-pesqueira saiu às 5h45 e as outras foram saindo de forma gradual. A última deixou a jaula às 8h05”, acrescentou.
“Agora estão todas bem, estamos a observá-las aqui nas imediações. Ainda não se alimentaram mas algumas já estão em cima dos postes onde iremos colocar peixe duas vezes por dia.” A carpa será a presa mais comum das águias-pesqueiras mas não a única. Estes animais alimentam-se também de várias espécies de tainhas, robalo ou sargo, presas que podem pesar até 1,5 quilos.
Agora, a equipa de técnicos vai acompanhar as jovens aves para “actuar em caso de necessidade”, graças a aparelhos de radio-telemetria – que foram colocados nas águias a 1 de Agosto – e a visualizações directas com deslocações de carro ou barco.
Dentro das jaulas ainda estão três águias. “Continuamos a alimentá-las e a seguir o seu comportamento, para saber quando estarão prontas para voar”, acrescentou Andreia Dias.
Daqui a mês e meio, as aves deverão partir para as zonas de invernada em África, especialmente Senegal e Gâmbia. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, dentro de dois a três anos, regressem a Portugal para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem. No ano passado foram libertadas dez águias mas, pelo menos, três acabaram por morrer.
Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.
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