Madeira: Projeto de 1,6 ME visa proteger população de fura-bardos
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Madeira: Projeto de 1,6 ME visa proteger população de fura-bardos
Madeira: Projeto de 1,6 ME visa proteger população de fura-bardos
Data: 12 de Agosto de 2013
Fonte: Lusa / tsf.pt
Um projeto de 1,6 milhões de euros, em curso até 2017, visa proteger a população das aves fura-bardos na Madeira através da conservação do seu habitat principal, a floresta Laurissilva, classificada como património natural mundial da UNESCO.
À agência Lusa, a coordenadora na Madeira da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), entidade que lidera o projeto, explicou que este pretende recuperar uma área de floresta Laurissilva que ardeu em 2012 e outra ocupada por plantas exóticas, mas também obter «mais informação» sobre esta ave que, «ainda, é muito desconhecida».
Ana Isabel Fagundes adiantou que o fura-bardos é uma subespécie que só existe na Madeira e em cinco ilhas do arquipélago das Canárias, Espanha.
«Tem uma variação em relação à ave que existe no continente europeu, é muito fugidia, difícil de observar, porque não é como as outras aves que pousam em postes, à beira da estrada ou em vedações, o que obriga a maior atenção por parte dos observadores para a detetar», afirmou Ana Isabel Fagundes, destacando que tem um «voo muito rápido».
Esclarecendo que o fura-bardos se alimenta, «essencialmente, de aves mais pequenas», a coordenadora da SPEA disse que a ave «pode ser observada noutros locais para caçar as suas presas», mas é na floresta Laurissilva que «constrói os seus ninhos».
«A informação de há dez anos é que população parecia abundante e, atualmente, os dados indicam que a presença tem sido detetada em menos locais», esclareceu a bióloga, salientando a importância de se conhecer melhor o fura-bardos, a sua tendência populacional e recuperar o seu habitat: «É benéfico, não só para a espécie, mas para toda a ilha».
Ana Isabel Fagundes alertou que a intervenção humana, os incêndios e a invasão de espécies exóticas são das principais ameaças ao fura-bardos e que a iniciativa quer, além de sensibilizar a população, analisar, também, os eventuais efeitos do turismo.
«Uma das medidas que vamos tentar avaliar é se poderá haver algum efeito da perturbação dos turistas, como temos muitos percursos pedestres e com muita procura, vamos tentar ver se os locais onde existem os ninhos são muito próximos desses locais de passagem», acrescentou.
O projeto, iniciado em julho, é financiado em 75 por cento pelo programa comunitário Life + que apoia, pela primeira vez, esta espécie prioritária. Envolve cerca de 50 pessoas, entre elementos da SPEA e os parceiros da Direção Regional das Florestas, do Parque Natural da Madeira e da delegação de Canárias da Sociedade Espanhola de Ornitologia, parceiro espanhol da Birdlife Internacional, organização ambiental.
Os trabalhos vão decorrer em três concelhos. Em Santana e São Vicente, o projeto vai «salvar» uma área de 36,20 hectares de plantas exóticas, enquanto em Porto Moniz a reflorestação é numa área de 40 hectares, mas o estudo da espécie desenvolve-se por toda a ilha.
Em 2017, a SPEA espera ter conseguido recuperar as duas áreas da floresta, conhecer melhor o fura-bardos e ter delineado, em conjunto com a equipa de Canárias, «o plano de ação para tomar medidas para a sua conservação futura», concluiu Ana Isabel Fagundes.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3368063&page=-1
Data: 12 de Agosto de 2013
Fonte: Lusa / tsf.pt
Um projeto de 1,6 milhões de euros, em curso até 2017, visa proteger a população das aves fura-bardos na Madeira através da conservação do seu habitat principal, a floresta Laurissilva, classificada como património natural mundial da UNESCO.
À agência Lusa, a coordenadora na Madeira da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), entidade que lidera o projeto, explicou que este pretende recuperar uma área de floresta Laurissilva que ardeu em 2012 e outra ocupada por plantas exóticas, mas também obter «mais informação» sobre esta ave que, «ainda, é muito desconhecida».
Ana Isabel Fagundes adiantou que o fura-bardos é uma subespécie que só existe na Madeira e em cinco ilhas do arquipélago das Canárias, Espanha.
«Tem uma variação em relação à ave que existe no continente europeu, é muito fugidia, difícil de observar, porque não é como as outras aves que pousam em postes, à beira da estrada ou em vedações, o que obriga a maior atenção por parte dos observadores para a detetar», afirmou Ana Isabel Fagundes, destacando que tem um «voo muito rápido».
Esclarecendo que o fura-bardos se alimenta, «essencialmente, de aves mais pequenas», a coordenadora da SPEA disse que a ave «pode ser observada noutros locais para caçar as suas presas», mas é na floresta Laurissilva que «constrói os seus ninhos».
«A informação de há dez anos é que população parecia abundante e, atualmente, os dados indicam que a presença tem sido detetada em menos locais», esclareceu a bióloga, salientando a importância de se conhecer melhor o fura-bardos, a sua tendência populacional e recuperar o seu habitat: «É benéfico, não só para a espécie, mas para toda a ilha».
Ana Isabel Fagundes alertou que a intervenção humana, os incêndios e a invasão de espécies exóticas são das principais ameaças ao fura-bardos e que a iniciativa quer, além de sensibilizar a população, analisar, também, os eventuais efeitos do turismo.
«Uma das medidas que vamos tentar avaliar é se poderá haver algum efeito da perturbação dos turistas, como temos muitos percursos pedestres e com muita procura, vamos tentar ver se os locais onde existem os ninhos são muito próximos desses locais de passagem», acrescentou.
O projeto, iniciado em julho, é financiado em 75 por cento pelo programa comunitário Life + que apoia, pela primeira vez, esta espécie prioritária. Envolve cerca de 50 pessoas, entre elementos da SPEA e os parceiros da Direção Regional das Florestas, do Parque Natural da Madeira e da delegação de Canárias da Sociedade Espanhola de Ornitologia, parceiro espanhol da Birdlife Internacional, organização ambiental.
Os trabalhos vão decorrer em três concelhos. Em Santana e São Vicente, o projeto vai «salvar» uma área de 36,20 hectares de plantas exóticas, enquanto em Porto Moniz a reflorestação é numa área de 40 hectares, mas o estudo da espécie desenvolve-se por toda a ilha.
Em 2017, a SPEA espera ter conseguido recuperar as duas áreas da floresta, conhecer melhor o fura-bardos e ter delineado, em conjunto com a equipa de Canárias, «o plano de ação para tomar medidas para a sua conservação futura», concluiu Ana Isabel Fagundes.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3368063&page=-1
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