Noticia: corvos matam borregos em Salamanca

O El Mundo dá-nos conta de ataques de corvos esfomeados que matam borregos recém-nascidos em Salamanca.

LINK: http://www.elmundo.es/elmundo/2008/12/03/castillayleon/1228329461.html

Este tipo de notícias (mais até com abutres) tem saltado no nosso país vizinho com alguma regularidade para a impressa. Acompanhando o fórum da SEO (que eu vou vendo, e digo “vou vendo” pois as mensagens às vezes enchem-me a caixa e ai é descarregar), mas dizia, que nesse fórum têm aparecido para comentar notícias do género e verificando-se que algumas estão mal contadas.
Contudo, estes comportamentos estão mais sujeitos a ocorrer há tempos para cá devido à escassez de alimento (nomeadamente cadáveres) reflexo da aplicação nos países da EU de uma normativa que obriga os criadores de gado quando detectarem a morte de um animal contactar imediatamente o veterinário e remover os animais (por questões sanitárias). Ora como é óbvio, as espécies necrófagas têm mais dificuldades em encontrar alimento podendo mesmo começar a ocorrer algumas situações mais insólitas.
Pelo que tenho ideia, acho que a SEO e outra associação francesa já fizeram uma exposição à EU a fim de alterar a legislação, não tenho conhecimento se alguma associação portuguesa o tenha feito, ou tenha verificado esta situação.
Eu, na minha modesta opinião, tenho observado uma maior dispersão de abutres nos últimos 2 anos (poderá ser apenas coincidência), nomeadamente mais observações e mais indivíduos nos concelhos de Alter do Chão, Ponte de Sor e Abrantes.
Só espero que estas situações não influenciem negativamente a imagem destas aves na opinião pública em geral, pois para os observadores de aves são das mais espectaculares (digo eu).

Saudações
A. Tomás

Agostinho Tomás escreveu:Este tipo de notícias (mais até com abutres) tem saltado no nosso país vizinho com alguma regularidade para a impressa. Acompanhando o fórum da SEO (que eu vou vendo, e digo “vou vendo” pois as mensagens às vezes enchem-me a caixa e ai é descarregar), mas dizia, que nesse fórum têm aparecido para comentar notícias do género e verificando-se que algumas estão mal contadas.
Contudo, estes comportamentos estão mais sujeitos a ocorrer há tempos para cá devido à escassez de alimento (nomeadamente cadáveres) reflexo da aplicação nos países da EU de uma normativa que obriga os criadores de gado quando detectarem a morte de um animal contactar imediatamente o veterinário e remover os animais (por questões sanitárias). Ora como é óbvio, as espécies necrófagas têm mais dificuldades em encontrar alimento podendo mesmo começar a ocorrer algumas situações mais insólitas.
Pelo que tenho ideia, acho que a SEO e outra associação francesa já fizeram uma exposição à EU a fim de alterar a legislação, não tenho conhecimento se alguma associação portuguesa o tenha feito, ou tenha verificado esta situação.
Eu, na minha modesta opinião, tenho observado uma maior dispersão de abutres nos últimos 2 anos (poderá ser apenas coincidência), nomeadamente mais observações e mais indivíduos nos concelhos de Alter do Chão, Ponte de Sor e Abrantes.
Só espero que estas situações não influenciem negativamente a imagem destas aves na opinião pública em geral, pois para os observadores de aves são das mais espectaculares (digo eu).

Saudações
A. Tomás

Eu também confirmo essa maior dispersão de abutres a que o Agostinho se refere no Concelhos de Fronteira e Alter do Chão, região que visito desde sempre. São raras as vezes que não faço observações destas aves nos últimos anos, sempre que me desloco até lá.
A explicação só pode ser mesmo a escassez de alimento, por via dessas normativas e talvez alguma desistência da actividade pecuária em Portugal e Espanha.

Abraços
Paulo Pereira

Também pode ter a ver com a expansão populacional dos grifos...?

Tambem nos conçelhos de Elvas e Monforte de há cerca de dois anos para ca sempre que la vou tambem vejo sempre Grifos e por duas vezes os abutres negros.

Cumprimentos

Antonio Ribeiro

Também pode ter a ver com a expansão populacional dos grifos...?

Talvez Gonçalo, o grifo tem realmente expandido, parece-me correcto ver as coisas enquadradas na conjuntura actual e não isoladamente. Mas uma situação (expansão populacional) só agrava a outra (falta de alimento).
Em tempos em Alter do Chão observei grifos e um negro de volta de um cadáver de vaca. E ainda sem máquina fotográfica aproximei-me bastante dos bichos (20-25m), recuavam um pouco mas depois voltavam atirando-se à vaca. Nunca tinha observado, mas é realmente impressionante.

Abraços
A. Tomás