Disputas ambientais matam uma pessoa por semana no mundo, diz ONG
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Disputas ambientais matam uma pessoa por semana no mundo, diz ONG
Disputas ambientais matam uma pessoa por semana no mundo, diz ONG
19-06-2012
diariodigital.sapo.pt
Pelo menos uma pessoa é morta por semana no mundo em alguma disputa ambiental envolvendo terras, recursos naturais e florestas, segundo um relatório divulgado esta terça-feira.
A organização de direitos humanos Global Witness avaliou a disputa por recursos naturais e disse que pelo menos 106 pessoas foram mortas só em 2011, quase o dobro da estimativa de 2009, em atentados e confrontos em países ricos em recursos, como Brasil, Indonésia e Peru.
Ao todo, 711 pessoas foram mortas entre 2002 e 2011 nesse tipo de disputa, ou mais de uma por semana, afirmou o grupo, acrescentando que raramente há punições por esses crimes.
«É um paradoxo bem conhecido que muitos dos países mais pobres do mundo abrigam os recursos que movimentam a economia global», refere o relatório. «Agora, com a intensificação da corrida para garantir o acesso a tais recursos, são os pobres e os activistas que cada vez mais se encontram na linha de fogo», acrescenta o texto.
Acordos para a exploração dos recursos naturais costumam ser decididos em segredo entre autoridades, elites políticas e empresas, disse o relatório, deixando sem direitos ou palavra as pessoas que viviam das terras ou florestas afectadas.
«Assassínios ocorreram de várias formas - inclusive nos confrontos entre comunidades e forças de segurança dos Estados, desaparecimentos seguidos por mortes confirmadas, mortes em custódia, ou assassínios dirigidos individuais ou múltiplos», refere ainda o documento.
Os países com maior número de assassínios relacionados com a disputa por recursos são o Brasil, Peru, Colômbia e Filipinas, onde ocorreu mais de um homicídio por semana, segundo a ONG.
«A Global Witness acredita que essas tendências sejam sintomáticas da competição cada vez mais acirrada por recursos, e da brutalidade e injustiça decorrentes.»
«As terras e florestas são usadas para diversos propósitos, incluindo a agricultura intensiva, minas, plantações, operações madeireiras, expansão urbana e projectos hidreléctricos», acrescentou o texto.
«Se esse problema não for tratado urgentemente, deve piorar, particularmente porque podemos esperar mais investimentos em países com Estado de direito e direitos fundiários fracos», afirmou a Global Witness. «Isso irá significar mais conflitos violentos por causa de projectos de investimentos e disputas pela posse fundiária, com consequências potencialmente trágicas.»
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=578379
19-06-2012
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Pelo menos uma pessoa é morta por semana no mundo em alguma disputa ambiental envolvendo terras, recursos naturais e florestas, segundo um relatório divulgado esta terça-feira.
A organização de direitos humanos Global Witness avaliou a disputa por recursos naturais e disse que pelo menos 106 pessoas foram mortas só em 2011, quase o dobro da estimativa de 2009, em atentados e confrontos em países ricos em recursos, como Brasil, Indonésia e Peru.
Ao todo, 711 pessoas foram mortas entre 2002 e 2011 nesse tipo de disputa, ou mais de uma por semana, afirmou o grupo, acrescentando que raramente há punições por esses crimes.
«É um paradoxo bem conhecido que muitos dos países mais pobres do mundo abrigam os recursos que movimentam a economia global», refere o relatório. «Agora, com a intensificação da corrida para garantir o acesso a tais recursos, são os pobres e os activistas que cada vez mais se encontram na linha de fogo», acrescenta o texto.
Acordos para a exploração dos recursos naturais costumam ser decididos em segredo entre autoridades, elites políticas e empresas, disse o relatório, deixando sem direitos ou palavra as pessoas que viviam das terras ou florestas afectadas.
«Assassínios ocorreram de várias formas - inclusive nos confrontos entre comunidades e forças de segurança dos Estados, desaparecimentos seguidos por mortes confirmadas, mortes em custódia, ou assassínios dirigidos individuais ou múltiplos», refere ainda o documento.
Os países com maior número de assassínios relacionados com a disputa por recursos são o Brasil, Peru, Colômbia e Filipinas, onde ocorreu mais de um homicídio por semana, segundo a ONG.
«A Global Witness acredita que essas tendências sejam sintomáticas da competição cada vez mais acirrada por recursos, e da brutalidade e injustiça decorrentes.»
«As terras e florestas são usadas para diversos propósitos, incluindo a agricultura intensiva, minas, plantações, operações madeireiras, expansão urbana e projectos hidreléctricos», acrescentou o texto.
«Se esse problema não for tratado urgentemente, deve piorar, particularmente porque podemos esperar mais investimentos em países com Estado de direito e direitos fundiários fracos», afirmou a Global Witness. «Isso irá significar mais conflitos violentos por causa de projectos de investimentos e disputas pela posse fundiária, com consequências potencialmente trágicas.»
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