Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
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João Tomás
Gonçalo Elias
Carlos Vilhena
7 participantes
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Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
Bom, infelizmente este Atlas perde-se essencialmente pelos recursos gastos na época da migração, que não têm sentido. Fazer 4 visitas de inverno ou espalhar o pessoal para fazer mais quadrículas teria sido muito mais produtivo.
Fiquei bastante entusiasmado quando participei neste atlas, o meu primeiro, e foi uma oportunidade muito boa para melhorar as minhas capacidades auditivas. Infelizmente, os resultados ficam muito aquém.
Também tenho pena da metodologia estatística não ser descrita neste atlas. Fico surpreendido de não ver as espécies aquáticas associadas, por exemplo, às bacias hidrográficas ou principais reservatórios hídricos. Alguns dos mapas de ocupação não correspondem às conhecidas áreas reais de ocorrência, por isso pergunto-me para que servem afinal.
Fiquei bastante entusiasmado quando participei neste atlas, o meu primeiro, e foi uma oportunidade muito boa para melhorar as minhas capacidades auditivas. Infelizmente, os resultados ficam muito aquém.
Também tenho pena da metodologia estatística não ser descrita neste atlas. Fico surpreendido de não ver as espécies aquáticas associadas, por exemplo, às bacias hidrográficas ou principais reservatórios hídricos. Alguns dos mapas de ocupação não correspondem às conhecidas áreas reais de ocorrência, por isso pergunto-me para que servem afinal.
PNicolau- Número de Mensagens : 7856
Idade : 29
Local : Lisboa
Data de inscrição : 28/12/2008
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
Há coisas que não se percebem, Regulus madeirensis é residente e é endémica, ser englobada neste atlas faz sentido? para ver se há movimentos dentro da Madeira??
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
pedro121 escreveu:Há coisas que não se percebem, Regulus madeirensis é residente e é endémica, ser englobada neste atlas faz sentido? para ver se há movimentos dentro da Madeira??
O mesmo para o pombo-da-madeira!
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 34
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
PNicolau escreveu:Alguns dos mapas de ocupação não correspondem às conhecidas áreas reais de ocorrência, por isso pergunto-me para que servem afinal.
Começa logo com um mapa muito muito infeliz para a perdiz.. e continua ao longo do altas para outras espécies. Mais um exemplo de que a prioridade e a importância que este país dá a trabalhos como este é nula
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 34
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
João Tomás escreveu:PNicolau escreveu:Alguns dos mapas de ocupação não correspondem às conhecidas áreas reais de ocorrência, por isso pergunto-me para que servem afinal.
Começa logo com um mapa muito muito infeliz para a perdiz.. e continua ao longo do altas para outras espécies. Mais um exemplo de que a prioridade e a importância que este país dá a trabalhos como este é nula
E depois tens cenas bizarras como a do Puffinus lherminieri que nidifica no Inverno mas que não tem um único registo. Ou seja, o mapa está em branco mas nós sabemos que as aves estão lá. A mesma coisa para o Hydrobates castro. Isto faz algum sentido? Tipo... não.
Outro exemplo: no texto de Nycticorax refere-se isto: "No Algarve, para além do caniçal de Vilamoura, o goraz foi observado em vários pontos do sotavento. No entanto, durante a migração pós-nupcial, o goraz deverá ocorrer em várias zonas húmidas ao longo de toda a costa algarvia, como por exemplo, na lagoa dos Salgados, Ludo, rio Séqua (NO 2003, 2005) e sapal de Castro Marim (3 indivíduos em 16 Julho de 2007, NO 2007). - contudo nos locais referidos na segunda parte do texto não houve qualquer observação. Mais uma vez não há uma correspondência entre os resultados do levantamento e a suposta distribuição real. Mas então se a distribuiçaõ já é conhecida, qual é o objectivo dos trabalhos de campo?
O mapa de Picus viridis é um caso que põe em evidência as limitações da amostra efectuada - o mapa apresentado sugere que existem grandes descontinuidades no litoral centro, na Beira Alta, no nordeste, no Ribatejo e na maior parte do Alentejo, quando a distribuição real é bastante diferente, conforme se pode verificar olhando para o atlas de nidificantes.
O mapa de modelação do Alcedo atthis é absurdo pois sugere que uma das zonas onde a espécie é mais abundante é o distrito de Bragança???
E por fim são de referir os casos das aves nocturnas. Como é referido em diversos textos deste grupo de aves, não houve uma metodologia dirigida às aves nocturnas. Assim, os mapas apresentados têm pouco a ver com a distribuição real. Não se percebe muito bem para que servem...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
Gonçalo Elias escreveu:E depois tens cenas bizarras como a do Puffinus lherminieri que nidifica no Inverno mas que não tem um único registo. Ou seja, o mapa está em branco mas nós sabemos que as aves estão lá. A mesma coisa para o Hydrobates castro. Isto faz algum sentido? Tipo... não.
Outro exemplo: no texto de Nycticorax refere-se isto: "No Algarve, para além do caniçal de Vilamoura, o goraz foi observado em vários pontos do sotavento. No entanto, durante a migração pós-nupcial, o goraz deverá ocorrer em várias zonas húmidas ao longo de toda a costa algarvia, como por exemplo, na lagoa dos Salgados, Ludo, rio Séqua (NO 2003, 2005) e sapal de Castro Marim (3 indivíduos em 16 Julho de 2007, NO 2007). - contudo nos locais referidos na segunda parte do texto não houve qualquer observação. Mais uma vez não há uma correspondência entre os resultados do levantamento e a suposta distribuição real. Mas então se a distribuiçaõ já é conhecida, qual é o objectivo dos trabalhos de campo?
O mapa de Picus viridis é um caso que põe em evidência as limitações da amostra efectuada - o mapa apresentado sugere que existem grandes descontinuidades no litoral centro, na Beira Alta, no nordeste, no Ribatejo e na maior parte do Alentejo, quando a distribuição real é bastante diferente, conforme se pode verificar olhando para o atlas de nidificantes.
O mapa de modelação do Alcedo atthis é absurdo pois sugere que uma das zonas onde a espécie é mais abundante é o distrito de Bragança???
E por fim são de referir os casos das aves nocturnas. Como é referido em diversos textos deste grupo de aves, não houve uma metodologia dirigida às aves nocturnas. Assim, os mapas apresentados têm pouco a ver com a distribuição real. Não se percebe muito bem para que servem...
Sim, a questão é que agora esta obra vai ser a referência para qualquer trabalho futuro.
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 34
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
João Tomás escreveu:Sim, a questão é que agora esta obra vai ser a referência para qualquer trabalho futuro.
Creio que isso diz muito sobre o grau de exigência que é colocado neste tipo de projectos...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
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