Ajuda na ID de som - Lonchura punctulata?

Gonçalo Elias escreveu:Esta troca de ideias vem pôr a nu um dos problemas existentes com o tratamento de registos em Portugal: a total ausência de regras. É tudo a olhómetro

Não sejas assim, o CPR no ultimo anuário publicou algumas regras, não relacionadas com a barreira de ser ou não raro, mas sobre a contabilização dos mesmos, o que já é um inicio.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Esta troca de ideias vem pôr a nu um dos problemas existentes com o tratamento de registos em Portugal: a total ausência de regras. É tudo a olhómetro

Não sejas assim, o CPR no ultimo anuário publicou algumas regras, não relacionadas com a barreira de ser ou não raro, mas sobre a contabilização dos mesmos, o que já é um inicio.

Pronto, eu retiro o "total", mas mantenho o resto da frase

É verdade que foi definida a forma de contabilizar múltiplas chegadas, mas continua a não haver regras para definir a forma de contabilizar as permanências prolongadas.

Para além de não haver critérios para o que é ou não raro e de não se saber o que é necessário para passar à categoria C.

Gonçalo Elias escreveu: e de não se saber o que é necessário para passar à categoria C.

Essa questão na minha opinião nada tem a ver com o CPR, porque é que seria da responsabilidade do Comité Português de Raridades decidir quais são as espécies exóticas que estão estabelecidas em Portugal? Não faz sentido.

Então qual será a alternativa? A SPEA como instituição? Havia um grupo de trabalho de exóticas (na SPEA), mas creio que já não existe há vários anos, pelo que não deverá ser por aí. O ICNF não se preocupa com este tipo de questões a não ser quando há reavaliações do Livro Vermelho (que por acaso até deveria estar para acontecer) e de qualquer forma pouco aprofundamento tem, dado que as espécies exóticas não são avaliadas. Até diria que os foruns como este começam a ter alguma voz na matéria, pois pelo menos aqui os assuntos são discutidos publicamente no seio da comunidade e são apresentadas e discutidas várias opiniões, tendo como base os dados que se vão conhecendo.

pedro121 escreveu:Essa questão na minha opinião nada tem a ver com o CPR, porque é que seria da responsabilidade do Comité Português de Raridades decidir quais são as espécies exóticas que estão estabelecidas em Portugal? Não faz sentido.

o CPR chamou a si essa função e que eu saiba até hoje não apareceu mais ninguém a disponibilizar-se para tal.

Obrigado a todos!
Bem, voltei lá ao local no dia seguinte de madrugada e infelizmente nada vi ou ouvi a não ser os scirpaceus que por lá continuavam. No resto dos dias até hoje não estive por cá, de modo que não foi mesmo possível voltar ao local nem responder a isto. As pequenas aves castanhas que eu vi em voo não sei se vocalizaram, é que eu nem consegui ter a certeza de onde vinha o som embora me tenha parecido bastante vir do meio das canas. Mas quanto às aves propriamente ditas eu vi mesmo muito mal, não eram os scirpaceus obviamente mas diria que eram como Estrilda, foi uma das razões que me fez pensar em Lonchura (embora nunca tenha visto um anteriormente) e o som no xenocanto ajudou a reforçar a ideia. Galinha-de-água acho mesmo muito pouco provável tendo em conta isto e também o facto de o som não vir da água, mas na verdade não posso garantir nada, ainda por cima àquela hora. Passo ali pelo menos de 2 em 2 dias e até agora desde 2014 só tenho para aí 2 registos de Gallinula naquela vala mas claro que isso não quer dizer nada, de Lonchura tenho zero até ao momento.
Epá, hei-de lá voltar em breve embora já tenha passado uma eternidade...
O Rui Caratão disse-me para ficar só com os ficheiros áudio e através de um programa qualquer ver o sonograma e comparar com os do xenocanto. Conhecem algum programa? E alguma forma de reduzir o ruído de fundo?

A cria podia estar na água ou mais provavelmente na margem entre caniços entre túneis de vegetação e quando isso acontece a localização exacta é difícil.
Conforme idade do juvenil, predisposição, individuo, etc, são bastante vocais e as variações nesses vídeos são muito típicas da espécie ("o prato do dia" onde a espécie cria, gritos e assobios que parecem de 2 espécies diferentes ou parecem 2 aves e não uma devido à diversidade de gritos quase como que sobrepostos). A percepção também varia conforme distancia, chegando a nós os sons mais audíveis.
É muito pouco provável que não seja uma Galinha-d'água e muito mal me parece outra coisa.
Esta espécie pode criar menos social em valas ou poças isoladas e com menos água, e nesse caso são bastante silenciosas (mas já as confirmaste, portanto é mais do que possível que lá criem).
O ninho (já abandonado) não deve estar longe... mas vê lá não caias na vala .

Está bem, obrigado pela informação!