Hotspot Escaroupim - erro de localização de concelho

Reparei, por mero acaso, que o hotspot "Escaroupim", que presumo seja a ilha das garças, está localizado no concelho Cartaxo. Não deveria ser em Salvaterra de Magos, pois a margem mais próxima da ilha é a margem esquerda?

Olá André,

A questão é pertinente, acontece que a ilha em questão pertence ao concelho do Cartaxo.

Deixo imagem retirada do site do Centro de Informação Geoespacial do Exército, a linha +-+-+-+ assinala o limite de concelho.

Pois temos aqui outra situação de fronteira, em que possivelmente as observações realizadas na margem (Salvaterra) são adicionadas às observações na ilha (Cartaxo).

É provável que tenhas razão, mas a partir do momento em que a totalidade da ilha está no Cartaxo, não me parece muito razoável empurrá-la para outro concelho.

Quando muito o que se pode fazer é dividir isto em dois hotspots: um para a ilha propriamente dita e outro para os campos do Escaroupim.

@PeF: o que dizes a isto?

Olá,

Não me choca que tenhamos dois pontos, um em cada concelho— se os mesmos forem utilizados (ao estilo do ponto 3. É um problema semelhante ao do Marão (e outros), mas de bem mais simples solução. Sendo que numa lista do eBird se pode registar tudo o que está ao alcance da vista, se estiver no porto do Escaroupim a listar tudo o que vejo é natural que algumas da margem do Cartaxo sejam registadas. E vice-versa.

Mas é possível ver a colónia de garças a partir da margem do Cartaxo?

Abraço,
Pedro

Recupero este tópico do ano passado, pois estive a rever a minha posição relativamente à recolocação do hotspot. É certo que a ilha do Escaroupim está no concelho do Cartaxo, mas o ebird recomenda que as observações sejam colocadas no ponto onde se encontra o observador.

A questão aqui é saber onde é que as observações foram efectuadas. Será legítimo presumir que foi do lado de Salvaterra?

Hoje estive em Valada, que fica na margem direita do Tejo e pertence ao concelho do Cartaxo, concelho a que pertence também a ilha do Escaroupim; em Valada verifiquei que a distância à ilha das garças a partir da margem direita é enorme (800 a 1000 metros), tornando quase impossível identificar o que quer que seja a essa distância - dá para perceber que há lá aves, talvez se possa identificar uma ou outra espécie de maiores dimensões, mas pouco mais que isso. Aliás, o mapa que coloquei acima põe bem em evidência as diferenças de distância a partir de ambas as margens.

Portanto, é quase certo que a maioria das visitas teve a sua base a partir da margem esquerda, no concelho de Salvaterra.

Ainda assim, e para tirar as dúvidas, estive a analisar o tipo de visitas efectuadas ao local e pude concluir o seguinte:

- muitas visitas são do tipo "contagem estacionária", tendo por base as espécies observadas e, nalguns casos, fotos das aves, é legítimo presumir que a observação foi feita na aldeia de Escaroupim junto ao cais que permite ver a ilha; neste caso o observador está em Salvaterra de Magos; vai registar muitas aves que estão em terra, neste concelho, nomeadamente passeriformes, e que nada têm a ver com a ilha das garças; mesmo as aves que nidificam na ilha (ardeídeos, etc.) podem voar para terra, na margem esquerda, portanto não estão necessariamente no Cartaxo

- há visitas com contagem de percurso; se se tratar de um percurso de carro, poderá incluir (em geral isso não é referido), um percurso nos campos adjacentes à estrada que conduz à aldeia - está tudo em Salvaterra

- por fim, algumas visitas de percurso mencionam explicitamente que houve um percurso de barco, havendo fotos que sugerem uma aproximação à ilha; isto não significa, porém, que todas as aves listadas tenham sido observadas na ilha, se o percurso tiver sido efectuado ao longo de um troço de rio poderão ser observadas aves presentes em ambas as margens

Em suma, este hotspot agrega observações efectuadas em ambos os concelhos, mas pelo tipo de protocolos usados e considerando os acessos viários existentes na zona, parece-me seguro afirmar que a grande maioria das observações foi efectuada em Salvaterra e não no Cartaxo. Claro que haverá sempre alguma imprecisão de localização em espécies que estão mesmo sobre a linha de concelho, este é um problema que acontece noutros locais que são cruzados por linhas divisórias de concelho, como por exemplo a lagoa de Óbidos, o paul do Boquilobo ou as Portas de Ródão, mas como a maioria das espécies acaba por aparecer dos dois lados, devido à sua mobilidade, considero que esta questão não é muito grave.

Deste modo, e caso não haja oposição durante os próximos dias, a localização deste hotspot será ajustada de modo a fazê-lo corresponder ao concelho de Salvaterra de Magos.

O hotspot foi reposicionado e está agora afecto ao concelho de Salvaterra de Magos.