Espécies-alvo: o que vos falta ver em Portugal?

Flávio Oliveira escreveu:
Não sei se há alguma coisa escandalosa, mas ter Sterna bengalensis na lista do que me falta ver causa-me uma dor profunda

Uii, ok, de acordo, mas olha que dor por dor, o Xenus cinereus...

Paulo Alves escreveu:
O ganso é um dos que tenho encalhado, falhei-o por três vezes por chegar tarde ao local...

O Ganso é algo cómico, tendo em conta os influxos dos últimos anos.

Bem ainda me falta muitas espécies que nem sequer são raras
mas o TOP 10 das que gostava de observar em Portugal assim num futuro próximo:

1 Grus grus
2 Remiz pendulinus
3 Phylloscopus bonelli
4 Sylvia borin
5 Sylvia conspicillata
6 Sylvia hortensis
7 Phoenicurus phoenicurus
8 Turdus torquatus
9 Glareola pratincola
10 Anas acuta

Umas falta-me sempre alguma disponiblidade para rumar a SUL a não ser nas férias de verão
As outras, bem ainda não calhou...

patriciaeluis escreveu:Bem ainda me falta muitas espécies que nem sequer são raras
mas o TOP 10 das que gostava de observar em Portugal assim num futuro próximo:

1 Grus grus
2 Remiz pendulinus
3 Phylloscopus bonelli
4 Sylvia borin
5 Sylvia conspicillata
6 Sylvia hortensis
7 Phoenicurus phoenicurus
8 Turdus torquatus
9 Glareola pratincola
10 Anas acuta

Humm, uma lista curiosa, as estivais podem eventualmente ser vistas todas num fim de semana em abril, com alguma sorte, ou sem forçar em dois fins de semana.

O resto é mais complicado, já que é mais difícil fazer percursos para ver/fotografar acuta, torquatus, pendulinus e grus.

Mas algumas combinações são possíveis.

Phylloscopus bonelli é talvez a mais estranha já que ela é relativamente fácil numa serie de locais no interior norte.

pedro121 escreveu:
Phylloscopus bonelli é talvez a mais estranha já que ela é relativamente fácil numa serie de locais no interior norte.

Sim esta tenho consciência que é mesmo uma falha escandalosa tendo em conta os locais por onde costumamos andar

Anas acuta creio que será relativamente fácil na pateira de São Jacinto em Dezembro ou Janeiro.

Gonçalo Elias escreveu:Anas acuta creio que será relativamente fácil na pateira de São Jacinto em Dezembro ou Janeiro.

Hum, sim, mas com cuidado, a amostragem do eBird é baixa, mas parece indicar baixos números.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Anas acuta creio que será relativamente fácil na pateira de São Jacinto em Dezembro ou Janeiro.

Hum, sim, mas com cuidado, a amostragem do eBird é baixa, mas parece indicar baixos números.

Sim é verdade, mas o histórico de ocorrência da espécie no local é longo.

Gonçalo Elias escreveu:Anas acuta creio que será relativamente fácil na pateira de São Jacinto em Dezembro ou Janeiro.

Já visitei uma única vez o lago que fica em São Jacinto, mas depois de ver os letreiros que tem na entrada da recepção do parque fiquei com estranha sensação que estava a passar no local sem autorização.

Enquanto não perceber de forma segura quais são as normas/moldes em que possa visitar o lugar de forma autónoma não pretendo voltar a visitar o lugar.

patriciaeluis escreveu:Já visitei uma única vez  o lago que fica em São Jacinto, mas depois de ver os letreiros que tem na entrada da recepção do parque fiquei com estranha sensação que estava a passar no local sem autorização.

Enquanto não perceber de forma segura quais são as normas/moldes em que possa visitar o lugar de forma autónoma  não pretendo voltar a visitar o lugar.

As normas já mudaram ao longo dos anos e provavelmente haverá aqui pessoas que saberão melhor que eu qual é o estado actual, de qualquer forma aqui ficam umas informações soltas:

- o local pode ser livremente visitado, não requer autorização especial, fiz o percurso pela última vez em Dezembro de 2012
- havia uma altura em que não era permitido fazer o percurso aos domingos e às quintas por causa da caça na ria, mas creio que já não é o caso
- a entrada deve ser feita pelo lado sul (junto à recepção / centro de interpretação), creio que do lado norte é proibido
- informação / descrição aqui: http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/rn/rndsj/azul

Saliento também que existe no Forum um tópico sobre essa reserva, por isso para não contaminarmos demasiadamente o presente tópico sugiro que dês uma olhadela e coloques lá eventuais questões:
https://aves.forumeiros.com/t3681-local-rerserva-natural-das-dunas-s-jacinto-aveiro

Paulo Alves escreveu:

O paínho é só uma questão de me meter num barquinho.

Ou esperares que caia outro nas mãos do Pedro...

Flávio Oliveira escreveu:
Falco eleonorae

Também me falta isto, é um bicho que nem sequer é raridade mas que em Portugal me foge há 30 anos.

A única vez que vi a espécie foi nas Baleares (mas convenhamos que aí são aos magotes).

pedro121 escreveu:

Flávio Oliveira escreveu:
Não sei se há alguma coisa escandalosa, mas ter Sterna bengalensis na lista do que me falta ver causa-me uma dor profunda

Uii, ok, de acordo, mas olha que dor por dor, o Xenus cinereus...

Percebo o que dizes... mas apesar de tudo o Xenus estava ali ao lado.
A bengalensis já me fez andar 1500km...

José Frade escreveu:

Paulo Alves escreveu:

O paínho é só uma questão de me meter num barquinho.

Ou esperares que caia outro nas mãos do Pedro...

Mas isso depende do que contas para a tua lista.

Uma ave que é "metida num saco" até que outros observadores cheguem, não entra na minha lista.

PNicolau escreveu:

José Frade escreveu:

Paulo Alves escreveu:

O paínho é só uma questão de me meter num barquinho.

Ou esperares que caia outro nas mãos do Pedro...

Mas isso depende do que contas para a tua lista.

Uma ave que é "metida num saco" até que outros observadores cheguem, não entra na minha lista.

Eu vi a ave a voar e até a ser atacada por um peregrino, não a vi em saco nenhum...

O meu primeiro bico-grossudo bateu contra um vidro e ficou a repousar, tendo depois sido libertado. Não entrou na minha lista, eu não vi a ave bater no vidro, e se ele não tivesse sido fisicamente preso, provavelmente teria fugido. Também assisti à libertação de um bufo-pequeno antes de ter visto um. Não entrou na minha lista.

No caso do Painho, eu conheço a história por alto e eu não me metia no carro para ir ver a libertação de uma ave que foi apanhada e esteve num estado cativo.

PNicolau escreveu:O meu primeiro bico-grossudo bateu contra um vidro e ficou a repousar, tendo depois sido libertado. Não entrou na minha lista, eu não vi a ave bater no vidro, e se ele não tivesse sido fisicamente preso, provavelmente teria fugido. Também assisti à libertação de um bufo-pequeno antes de ter visto um. Não entrou na minha lista.

No caso do Painho, eu conheço a história por alto e eu não me metia no carro para ir ver a libertação de uma ave que foi apanhada e esteve num estado cativo.

Pois, nem eu me meti, já lá estava desde de manhã e fiquei para o outro dia, de qualquer modo já o tinha ma minha lista da pelágica de 2012 e fotografado, portanto eu não preciso de me por num carro para ir ver uma ave que já a tinha visto antes...

PNicolau escreveu:
No caso do Painho, eu conheço a história por alto e eu não me metia no carro para ir ver a libertação de uma ave que foi apanhada e esteve num estado cativo.

Geothlypis trichas, retirado das redes ao fim do dia, libertado na madrugada seguinte, ir ou não ir? É que seria quase certamente a única hipótese de ver a espécie no continente. E se não a contares no momento da solta, contas ao fim de quanto tempo? Nunca? abordagem holandesa? abordagem inglesa? ou algo mais equilibrado como a abordagem americana?

PNicolau escreveu:
Mas isso depende do que contas para a tua lista.

Uma ave que é "metida num saco" até que outros observadores cheguem, não entra na minha lista.

Bem, a ave não foi metida num saco, e não se esperou por ninguém, esperou-se para ser escuro antes de soltar a ave, e devia ter esperado mais uns minutos, escusava de ter apanhado o susto com o peregrino...

"Metida num saco" está entre aspas e usei como uma generalização dos casos de anilhagem.
Frade, eu não estou a falar de ti, eu sei que já viste Painho e tu nem fazes listagem competitiva, por isso o meu comentário não foi para o teu caso, ssimplesmente o usei para generalizar.

Quanto ao Pedro, a abordagem de deixar passar umas horas parece-me bem.

Mas lá está, cada um usa o seu critério. E esse é o problema de Portugal: comparam-se listas não uniformes.

pedro121 escreveu:abordagem holandesa? abordagem inglesa? ou algo mais equilibrado como a abordagem americana?

podes elaborar? quais são as diferenças?

PNicolau escreveu:Mas lá está, cada um usa o seu critério. E esse é o problema de Portugal: comparam-se listas não uniformes.

Se calhar isso é uma consequência do facto de cá não haver um conjunto de "regras"...

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:abordagem holandesa? abordagem inglesa? ou algo mais equilibrado como a abordagem americana?

podes elaborar? quais são as diferenças?

Os Holandeses não contam aves capturadas, nem diga-se contam a Cat. C, no UK contam, mesmo na mão quando ela está a ser solta, sendo normal uma raridade ser mostrada antes de ser solta, na abordagem americana a ave só é contável depois de estar a comportar-se normalmente, ou seja depois de ser solta e voltar a ter um comportamento normal.

Note-se que o mariquita ficou no mesmo local 2 dias tendo sido recapturado ...

Pronto, agora estou aziado...

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Mas lá está, cada um usa o seu critério. E esse é o problema de Portugal: comparam-se listas não uniformes.

Se calhar isso é uma consequência do facto de cá não haver um conjunto de "regras"...

O que é uma consequência de ser uma actividade muito recente, fazer listas já era feito há bastante tempo em Portugal, mas compara-las e ir ver raridades de forma sistemática, é muito recente, especialmente comparando com outros países que já o fazem há décadas.

Voltando aos Anas acuta, será que este é um ano bom para eles?

Na semana passada dois na albufeira da Póvoa (descobertos pelo Barroqueiro), onda a espécie não é nada frequente, hoje 17 na albufeira da Idanha, sendo este apenas o segundo registo para o distrito de Castelo Branco e uma das maiores concentrações registadas até hoje na metade interior do país (segundo o ebird).

Gonçalo Elias escreveu:

Flávio Oliveira escreveu:
Falco eleonorae

é um bicho que nem sequer é raridade mas que em Portugal me foge há 30 anos.

Tiraste-me um peso da consciência