Espécies-alvo: o que vos falta ver em Portugal?

Pedro Maia escreveu:
Ir à Serra da Estrela, andar lá às voltas e voltar tudo no mesmo dia é um bocado puxado, não digo que não se faça mas há duas questões, por um lado sei que há lá umas quantas espécies que me faltam mas não sei quais são as probabilidades de as  ver, até porque são tudo aves pequenas, e por outro é preciso estar bom tempo e apesar de não ainda haver previsões minimamente fiáveis a tendência para já não é de bom tempo.

Se fores cedo, de forma a estar lá às 8:00, fazes tudo de manhã e ainda sobra tempo para ir à chanfana.

A Serra da Estrela pode ser difícil, mas pode ser muito boa também.
- Cruza-bico, tordos, estrelinha, ferreirinha-alpina, escrevedeira-das-neves, dom-fafe, tentilhão-montês são todos possíveis em bons anos num fim-de-semana.

lrodrigues escreveu:ainda sobra tempo para ir à chanfana.

Tens de me dizer onde é que é boa a chanfana porque eu comi uma no Sabugueiro e... Jurei para nunca mais.

Assim no “papel” até parece fácil...

Pedro Maia escreveu:Assim no “papel” até parece fácil...

Sim, na prática podes não ver nada. Porque tens de começar o mais cedo possível.

Basicamente o ideal é:
Chegas um dia de manhã cedo e vais directo às Penhas da Saúde para Tordo-ruivo, Tordo-zornal e Melro-de-peito-branco, mais potencialmente tentilhão e dom-fafe. Depois passas na Torre para ver se está lá qualquer coisa, dás a volta ao edifício. Se não estiver nada, largas sementes num sítio qualquer resguardado (ou na rotunda) e voltas no dia seguinte de manhã cedo. Depois segues directo ao Vale do Rossim, onde podes tocar chamamentos de Regulus regulus, prestar atenção aos tordos e aos cruzas-bicos, dom-fafe e tentilhão. Vais então ao miradouro nas Penhas Douradas e tentas ouvir cruza-bico e ver se os fotografas em voo ou no topo das coníferas. Não sei se te falta ferreirinhas-comuns mas podes tentar chamamentos em zonas arbustivas, assim como para cia. Cotovias-arbóreas, pica-pau-verde e outras espécies são possíveis ao longo do caminho, não sei se te faltam. Portanto, no fim do dia vês o que te falta, voltas à torre de manhã cedo antes de estar lá ninguém e encontras corvos à volta do edifício, e ferreirinhas-alpinas a comer sementes junto às escrevedeiras.

Depois, tens ainda tempo de passar na Pampilhosa da Serra onde esperas durante 2-3 horas para ver se consegues dar com uma trepadeira-dos-muros.

E pronto, tens um fim-de-semana bem passado.

PNicolau escreveu:Vais então ao miradouro nas Penhas da Saúde e tentas ouvir cruza-bico

Querias dizer Penhas Douradas? Se não era o caso, não estou a ver onde fica este miradouro.

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Vais então ao miradouro nas Penhas da Saúde e tentas ouvir cruza-bico

Querias dizer Penhas Douradas? Se não era o caso, não estou a ver onde fica este miradouro.

Certo! Já corrigi

PNicolau escreveu:

lrodrigues escreveu:ainda sobra tempo para ir à chanfana.

Tens de me dizer onde é que é boa a chanfana porque eu comi uma no Sabugueiro e... Jurei para nunca mais.

Eu costumo comer no restaurante do outro lado da estrada do Hotel Serra da Estrela nas Penhas Douradas.

Para a serra da estrela eu diria dois dias, ok, é verdade que se limpa tudo num dia teoricamente, mas a teoria...

E Pedro Maia peço desculpa, mas não tens ainda as capacidades para fazer rapidamente a serra da Estrela.

Mesmo porque algumas espécies são traiçoeiras, como o Melro-de-agua ou o Cruza-bico.

Sinceramente se o objectivo for só as 200, eu pensaria em vir a Peniche. Larus marinus, Larus canus, pato-preto, calidris-maritima, tarambola são muito prováveis neste momento. Mais mergulhão e estrelinha na lagoa, esses garantido. Mais tordo-comum. Portanto estamos a falar de 8 espécies quase garantidas.

Se te faltar Clangula hyemalis anda um em Almada, e parece que se vai manter, pelo comportamento do bicho

PNicolau escreveu:

Pedro Maia escreveu:Assim no “papel” até parece fácil...

Sim, na prática podes não ver nada. Porque tens de começar o mais cedo possível.

Basicamente o ideal é:
Chegas um dia de manhã cedo e vais directo às Penhas da Saúde para Tordo-ruivo, Tordo-zornal e Melro-de-peito-branco, mais potencialmente tentilhão e dom-fafe. Depois passas na Torre para ver se está lá qualquer coisa, dás a volta ao edifício. Se não estiver nada, largas sementes num sítio qualquer resguardado (ou na rotunda) e voltas no dia seguinte de manhã cedo. Depois segues directo ao Vale do Rossim, onde podes tocar chamamentos de Regulus regulus, prestar atenção aos tordos e aos cruzas-bicos, dom-fafe e tentilhão. Vais então ao miradouro nas Penhas Douradas e tentas ouvir cruza-bico e ver se os fotografas em voo ou no topo das coníferas. Não sei se te falta ferreirinhas-comuns mas podes tentar chamamentos em zonas arbustivas, assim como para cia. Cotovias-arbóreas, pica-pau-verde e outras espécies são possíveis ao longo do caminho, não sei se te faltam. Portanto, no fim do dia vês o que te falta, voltas à torre de manhã cedo antes de estar lá ninguém e encontras corvos à volta do edifício, e ferreirinhas-alpinas a comer sementes junto às escrevedeiras.

Depois, tens ainda tempo de passar na Pampilhosa da Serra onde esperas durante 2-3 horas para ver se consegues dar com uma trepadeira-dos-muros.

E pronto, tens um fim-de-semana bem passado.

Isto é que é preparação, estratégia e tática, só há dois problemas, o primeiro é que não posso ficar de um dia para o outro e o segundo é que, como bem diz o Pedro Ramalho e eu tenho perfeita consciência, eu não tenho nível para conseguir nada que se pareça com isto mesmo com estas dicas, o mais provável seria ir lá e voltar talvez com um par de espécies novas, de qualquer maneira para o ano há mais e fica aqui o registo que me pode vir a ser muito útil.

Já agora, a ferreirinha-comum e a Cia já tenho.

pedro121 escreveu:Para a serra da estrela eu diria dois dias, ok, é verdade que se limpa tudo num dia teoricamente, mas a teoria...

E Pedro Maia peço desculpa, mas não tens ainda as capacidades para fazer rapidamente a serra da Estrela.

Mesmo porque algumas espécies são traiçoeiras, como o Melro-de-agua ou o Cruza-bico.

Sinceramente se o objectivo for só as 200, eu pensaria em vir a Peniche. Larus marinus, Larus canus, pato-preto, calidris-maritima, tarambola são muito prováveis neste momento. Mais mergulhão e estrelinha na lagoa, esses garantido. Mais tordo-comum. Portanto estamos a falar de 8 espécies quase garantidas.

Pedro, o objectivo é mesmo chegar às 200, se no sábado tiveres disponibilidade seria perfeito.

GAlmeida escreveu:Se te faltar Clangula hyemalis anda um em Almada, e parece que se vai manter, pelo comportamento do bicho

Não tenho mas ir à procura duma única ave pode não ser fácil, onde é que ele anda?

Ela está num dos lagos da Herdade (38.576655, -9.161113) deixo aí as coordenadas.
Podes aproveitar a zona florestal toda daquela área, para sacares espécies florestais (Turdus iliacus, Spinus spinus...)

Pode-se entrar na herdade sem problemas?

Pedro Maia escreveu:

Pedro, o objectivo é mesmo chegar às 200, se no sábado tiveres disponibilidade seria perfeito.

Pois, não sei, tenho que ver ainda, fala comigo na sexta

pedro121 escreveu:

Pedro Maia escreveu:

Pedro, o objectivo é mesmo chegar às 200, se no sábado tiveres disponibilidade seria perfeito.

Pois, não sei, tenho que ver ainda, fala comigo na sexta

Ok, de qualquer maneira domingo de manhã também posso.

Pedro Maia escreveu:Pode-se entrar na herdade sem problemas?

Sim entrar é na boa, mas tem só atenção não vá estar malta a jogar golf nos campos que circundam o lago, é só teres atenção.
Mas de qualquer maneira é na boa. Ele hoje foi novamente observado lá.

Este tópico está a afastar-se do seu propósito. O tema deste tópico é o de cada qual partilhar quais são as espécies "mais comuns" que lhe faltam, não é para debater estratégias sobre como apanhar determinada raridade.

@Pedro Maia, penso que neste caso faz mais sentido usares o "teu" tópico do BY

Tens razão, uma coisa pixou a outra e foi ao correr da pena mas volto para o “meu” post.

Peço desculpa, pensei que o topico era para a malta saber como angariar mais espécies.
Tenho de ver o que me falta de mais comum para ver.
Alguém sabe como ver no ebird o que nos falta de mais comum?

GAlmeida escreveu:Alguém sabe como ver no ebird o que nos falta de mais comum?

Está explicado na mensagem inicial do tópico.

Gonçalo Elias escreveu: O tema deste tópico é o de cada qual partilhar quais são as espécies "mais comuns" que lhe faltam, não é para debater estratégias sobre como apanhar determinada raridade.
)

Embora concorde contigo, acho que é de frisar que para alguns intervenientes, só lhes faltam raridades, e nalguns casos nem raridades comuns faltam.

Felizmente que no meu caso ainda me falta o lonchura e o ganso-do-egipto.

Pardal-montês Passer montanus
Mergulhão-de-crista Podiceps cristatus
Fuselo Limosa lapponica
Tarambola-dourada Pluvialis apricaria
Gralha-de-nuca-cinzenta Corvus monedula
Pica-pau-galego Dryobates minor
Garajau-grande Hydroprogne caspia
Perna-vermelha-bastardo Tringa erythropus
Andorinhão-real Apus melba
Dom-fafe Pyrrhula pyrrhula
Abutre-preto Aegypius monachus
Chasco-ruivo Oenanthe hispanica
Abetarda Otis tarda
Famego Larus canus
Torda-mergulheira Alca torda
Tagaz Gelochelidon nilotica
Cuco-rabilongo Clamator glandarius
Cigarrinha-ruiva Locustella luscinioides
Esmerilhão Falco columbarius
Felosa-dos-juncos Acrocephalus schoenobaenus
Toutinegra-tomilheira Sylvia conspicillata
Águia-real Aquila chrysaetos
Sombria Emberiza hortulana
Melro-d'água Cinclus cinclus
Gaivota-de-bico-fino Chroicocephalus genei
Grou-comum Grus grus
Chapim-de-mascarilha Remiz pendulinus
Seixa Columba oenas
Caturro Aythya collaris
Petinha-de-richard Anthus richardi
Picanço-de-dorso-ruivo Lanius collurio
Marreco Spatula querquedula
Mobelha-grande Gavia immer

Aqui deixo a lista das minhas "mais teimosas"
Toda a ajuda é bem vinda

Ponta da Erva - Inverno e Primavera: Cigarrinha-ruiva, Esmerilhão, Felosa-dos-juncos, Pardal-montês, Tagaz, Toutinegra-tomilheira, Tarambola-dourada, Chapim-de-mascarilha
Baixo Alentejo - Inverno e Primavera: Mergulhão-de-crista, Gralha-de-nuca-cinzenta, Abutre-preto, Chasco-ruivo, Abetarda, Cuco-rabilongo, Águia-real, Seixa, Grou-comum (melhor no Alto Alentejo)
Estuário do Tejo - Inverno: Fuselo, Perna-vermelha-bastardo, Famego (Algés)
Serra da Arrábida/Alambre/Lagoa de Albufeira - Inverno e Primavera: Pica-pau-galego, Andorinhão-real, Dom-fafe
Cabo Espichel - Outono: Petinha-de-richard, Seixa
Estuário do Sado - Inverno: Garajau-grande, Mobelha-grande
Serra da Estrela/Montalegre - Primavera: Sombria, Melro-d'água, Picanço-de-dorso-ruivo (mais para Montalegre), Escrevedeira-amarela (Montalegre), Dom-Fafe
Twitch: Caturro (ETAR de Vilamoura), Marreco (Lagoa de Albufeira, EVOA), Gaivota-de-bico-fino (Salinas do Samouco, ou então Castro Marim)
Uma praia qualquer no Inverno: Torda-mergulheira

Mas metade disto é uma ida ao Alentejo e começares a ir à Ponta da Erva