Alertas para Portugal continental

Uma ave sem anilhas deve ser imediatamente considerada foragida?

pedro121 escreveu:Sim, não era bem com uma cegonha foragida que queria começar a receber os emails mas pronto. Smile

Para mim o alerta também funciona.

Pedro Fernandes escreveu:Uma ave sem anilhas deve ser imediatamente considerada foragida?

Acho que é o facto de ser ao pé do zoo de Lagos, de ser um adulto e de ser muito confiante.

Pedro Fernandes escreveu:Uma ave sem anilhas deve ser imediatamente considerada foragida?

Uma ave cujas fotos das asas mostram sinais das penas terem sido cortadas, pratica comum em exposições ao ar livre para evitar fugas, mas que origina fugas quando as penas voltam a crescer e não são cortadas a tempo.

As anilhas não são significativas, hoje em dia é frequente as aves serem chipadas e não anilhadas, em algumas espécies é obrigatório serem chipadas mesmo que sejam anilhadas, mas o uso do chip é muito frequente e provavelmente em aves em zoos deve ser o método preferencial, as anilhas não são estéticas e são menos seguras.

pedro121 escreveu:As anilhas não são significativas, hoje em dia é frequente as aves serem chipadas e não anilhadas, em algumas espécies é obrigatório serem chipadas mesmo que sejam anilhadas, mas o uso do chip é muito frequente e provavelmente em aves em zoos deve ser o método preferencial, as anilhas não são estéticas e são menos seguras.

Em que espécies/conjunto de espécies é que é obrigatório as duas formas de identificação? Pensava que uma delas chegava.

João Tomás escreveu:

pedro121 escreveu:As anilhas não são significativas, hoje em dia é frequente as aves serem chipadas e não anilhadas, em algumas espécies é obrigatório serem chipadas mesmo que sejam anilhadas, mas o uso do chip é muito frequente e provavelmente em aves em zoos deve ser o método preferencial, as anilhas não são estéticas e são menos seguras.

Em que espécies/conjunto de espécies é que é obrigatório as duas formas de identificação? Pensava que uma delas chegava.

Nalgumas espécies de papagaios penso que legalmente é obrigatório o chip. não tenho a certeza absoluta.

Esse pormenor das penas, onde se vê? As fotografias no eBird e no mailing Raridades não deixam perceber isso. Não digo que não seja fuga, mas acho que não deve ser imediatamente descartado.
Sobre aves confiantes, por exemplo na Guiné os Necrosyrtes monachus andam quase ao alcance da mão, mas cá ter um abutre assim tão perto é impensável, de modo que isso é tudo muito relativo.

Pedro Fernandes escreveu:
Sobre aves confiantes, por exemplo na Guiné os Necrosyrtes monachus andam quase ao alcance da mão, mas cá ter um abutre assim tão perto é impensável, de modo que isso é tudo muito relativo.

As fotos estão no Facebook. as penas não estão cortadas, mas o padrão de penas novas/velhas é no mínimo peculiar.

Não tinha conhecimento essas fotografias. Mas, por curiosidade, alguém sabe qual é o padrão normal de muda de um Tântalo? E já alguém contactou o Zoo de Lagos para saber se era deles?

Eu por acaso andei a ver fotos de Mycteria no Google e não encontrei nada parecido.
A hipótese do Ramalho é que as primárias internas foram arrancadas, assim como algumas secundárias. Isto porque se reparares todas as primárias internas têm o mesmo tamanho e desgaste, o que é característico de penas que foram arrancadas e cresceram ao mesmo tempo. E depois, as secundárias são muito estranhas e eu nem consigo perceber o que aconteceu. Tens algumas novas intercaladas com velhas e depois novas outra vez.

Como disse, andei a fazer uma pesquisa e não vi nada remotamente semelhante. E visto que é prática comum cortar as primárias internas e secundárias a aves de cativeiro, a hipótese levantada pelo Ramalho parece-me a mais plausível: as penas foram mesmo arrancadas (ou cortadas muito rente) e cresceram demasiado depressa, levando a que a ave fugisse.

Tratando-se desta espécie que não tem quaisquer registos aceites em Espanha (e mesmo em Marrocos só tem um de uma ave imatura), ao pé do zoo de Lagos, altamente confiante e com um padrão de muda totalmente não natural, não creio que seja plausível não ser uma fuga.

PNicolau escreveu:Tratando-se desta espécie que não tem quaisquer registos  aceites em Espanha

Creio que há 3 registos mas se não estou em erro são da categoria D.

Pedro Fernandes escreveu:Não tinha conhecimento essas fotografias. Mas, por curiosidade, alguém sabe qual é o padrão normal de muda de um Tântalo? E já alguém contactou o Zoo de Lagos para saber se era deles?

Não, o Zoo de Lagos tem a espécie mas as deles estão ainda lá.

Não sei se o Zoomarine tem.

O Badoca tem, e pode ser uma hipótese dado o tipo de exposição, e há mais locais com a espécie tanto em Portugal como em Espanha, em zoo's e parques "naturais" tipo badoca.

Criadores descobri 1 no Ribatejo com 2 ou 3 casais da espécie, mas não me responde, pelo que sei as aves dele estão chipadas e anilhadas com anilhas de marcação.

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Tratando-se desta espécie que não tem quaisquer registos  aceites em Espanha

Creio que há 3 registos mas se não estou em erro são da categoria D.

Há mais de 3, o numero de registos passa da dezena, mas alguns envolvem as mesmas aves, sempre envolvendo adultos, e a maioria envolvendo fugas conhecidas.

Os que não envolvem fugas conhecidas são considerados fugas de local incerto.

Note-se que com o fim da importação legal de aves africanas o numero de registos desta espécie, e de outras similares caiu a pique! nalguns casos nunca mais houve registos desde o fim das importações. Platalea alba é um bom exemplo, tem mais de 11 registos em Espanha, e depois as importações acabaram e puff...

Curiosamente tem havido alguma importação nos últimos tempos de espécies africanas, não sei por que via, e pimba, eis que aparece Euplectes orix no Carvoeiro, bem, parece que podemos ter mais agradáveis surpresas a caminho.

Em relação à Cegonha-de-bico-amarelo, eu considero perfeitamente possível que uma chegue cá, tanto acho isso que a espécie está na lista do alarme para PTc, mas um adulto de uma espécie dispersiva, mas que faz movimentos relativamente curtos e que está muito ligada a zonas húmidas, não vai fazer uma viagem de milhares de quilómetros, atravessando o Saara, Marrocos, e depois acampar no Algarve. Um imaturo pode eventualmente ser arrastado com uma espécie como a cegonha-branca na migração para norte (datas) mas um adulto não o seria. Notem o que acontece com os abutres-de-rupell, as aves que atravesam o estreito são sempre imaturas.

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Tratando-se desta espécie que não tem quaisquer registos  aceites em Espanha

Creio que há 3 registos mas se não estou em erro são da categoria D.

Eu refiro-me a registos aceites na Categoria A.

PNicolau escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Tratando-se desta espécie que não tem quaisquer registos  aceites em Espanha

Creio que há 3 registos mas se não estou em erro são da categoria D.

Eu refiro-me a registos aceites na Categoria A.

Ahh, sim, não há nenhum registo aceite na Europa.

As do Badoca Park nao estao anilhadas, por exemplo.

pedro121 escreveu:
Note-se que com o fim da importação legal de aves africanas o numero de registos desta espécie, e de outras similares caiu a pique! nalguns casos nunca mais houve registos desde o fim das importações. Platalea alba é um bom exemplo, tem mais de 11 registos em Espanha, e depois as importações acabaram e puff...

Marabu idem.

E fazer split destes últimos comentários já que nada tem a ver com o tópico?

Aqui ficam as fotos da ave em voo:

E alguns exemplos africanos:

Quénia: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/yellowbilled-stork-mycteria-ibis-flying-kenya-233435389?src=v2Wkzqd53LzXlEgKvzX1JQ-1-37

África do Sul: http://www.alamy.com/stock-photo-yellow-billed-stork-in-flight-in-south-africa-77336146.html

PNicolau escreveu:
A hipótese do Ramalho é que as primárias internas foram arrancadas, assim como algumas secundárias. Isto porque se reparares todas as primárias internas têm o mesmo tamanho e desgaste, o que é característico de penas que foram arrancadas e cresceram ao mesmo tempo.

bem, eu coloquei essa hipótese, mas apesar de explicar varias coisas, nomeadamente o que se passa com as secundarias, tem um problema, não é usual serem arrancadas penas a aves, para alem de causar dor e desconforto, é uma péssima solução, já que as penas voltam rapidamente a crescer e fica tudo na mesma, a solução usual é cortar as penas, nomeadamente as primarias internas e parte das secundarias, as penas só voltam a crescer com a muda, mas é um processo lento, e as aves entretanto podem ser apanhadas e volta-se a cortar as penas. Claro que no meio tempo acontecem descuidos e puff, lá vai uma ave a voar.

pedro121 escreveu:E fazer split destes últimos comentários já que nada tem a ver com o tópico?

quem é que meteu esta espécie ao barulho, quem foi?

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:E fazer split destes últimos comentários já que nada tem a ver com o tópico?

quem é que meteu esta espécie ao barulho, quem foi?

Pronto, mea culpa, mas quem é que fez o comentário seguinte? que já não tinha a ver com os alertas? à pois é.