Novos hotspots

Esta discussão leva-nos novamente à questão das diversas interpretações da abrangência de cada hotspot, que já debati há algum tempo com o Gonçalo em privado.

Retomo aqui o que escrevi nessa altura:

Continuo a achar que o eBird peca por não definir de forma inequívoca o que deve ou não ser um hotspot e, principalmente, quais os limites geográficos abrangidos por cada um destes pontos (uma vez que, na verdade, cada hotspot diz respeito não a um ponto específico, mas a uma área maior ou menor que, na ausência de uma definição formal, pode ser interpretada de forma completamente diferente por diferentes observadores).

Penso que seria bastante útil se cada hotspot fosse acompanhado de uma breve descrição da área que abrange (a preencher pelo proponente do hotspot e validada pela coordenação, devendo ser disponibilizada através de link próprio associado ao hotspot) e/ou, melhor ainda, se ao passar o rato por cima do hotspot se tornassem visíveis no mapa os limites da área que esse abrange. Penso que assim se eliminariam muitas dúvidas e ambiguidades quanto à interpretação dos limites de cada hotspot (nomeadamente em situações em que os hotspots são muito próximos ou mesmo vizinhos), permitindo que todos os utilizadores percebessem melhor como usar cada um deste pontos.

E sobre a forma de delimitar/distinguir os hotspots:

Para mim, os limites de abrangência de cada hotspot devem estar associados, não só ao tipo de habitat em causa (que pode nem ser um critério), mas principalmente ao tipo de utilização mais habitual pelos observadores e à forma como é normalmente feita a visitação do local.

Estando cada ponto de hotspot associado a um polígono com os respectivos limites, devem ser identificado os principais pontos de acesso à área em questão (seja de carro, a pé ou através de portões no caso de se tratar de áreas vedadas).

Neste sentido, como critérios para a delimitação das áreas de abrangência dos hotspots julgo que seria útil utilizar as fronteiras "naturais" de cada área (vedações, muros, estradas, desníveis de terreno, etc.), que impedem a circulação além dessa área e limitam a visitação do observador ao interior do polígono indicado. Ou seja, acedendo à área através dos poucos pontos de acesso identificados, o observador deverá conseguir circular dentro do polígono e só conseguir voltar a abandoná-lo se usar um desses pontos de acesso. Para mim, isto é essencial na definição de um hotspot, uma vez que permite que numa área assim delimitada exista menos dúvidas na interpretação da sua abrangência, que o tipo de visitação seja semelhante independentemente do observador e, consequentemente, que os dados de observação sejam comparáveis.

Em resumo, enquanto o eBird não implementar um sistema de polígonos deste tipo, em que para cada hotspot é inequivocamente indicada a respectiva área de abrangência, vamos continuar a discutir onde começa e onde termina cada um dos hotspots.

Mário Estevens escreveu:Penso que seria bastante útil se cada hotspot fosse acompanhado de uma breve descrição da área que abrange (a preencher pelo proponente do hotspot e validada pela coordenação, devendo ser disponibilizada através de link próprio associado ao hotspot) e/ou, melhor ainda, se ao passar o rato por cima do hotspot se tornassem visíveis no mapa os limites da área que esse abrange. Penso que assim se eliminariam muitas dúvidas e ambiguidades quanto à interpretação dos limites de cada hotspot (nomeadamente em situações em que os hotspots são muito próximos ou mesmo vizinhos), permitindo que todos os utilizadores percebessem melhor como usar cada um deste pontos.

A ideia é interessante, infelizmente parece-me que o ebird não permite essa funcionalidade portanto na prática vamos ter de continuar a debater os limites dos hotspots

Já agora, e ainda sobre o hotspot (antigo) das praias do Sado: eu sugeri, por duas vezes, que o mesmo fosse relocalizado mais para leste, para a zona de salinas, porque me parece que ele não está correctamente situado. E digo isto porque a maioria das listas que lá está diz respeito a aves de salinas (e não ao açude). Nenhum de vocês se pronunciou relativamente a esta situação. Eu fico com a sensação de que se não tivesse aparecido o Xenus esta questão era muito mais pacífica

Eu acho que o hotspot da outra zona é uma área distinta. Não é só açude, tem sapal e tanques desactivados.
https://ebird.org/checklist/S17324036

Esta minha lista foi precisamente no local, que é um refúgio de maré importante (ou era, inclusivamente monitorizado pelo grupo de contagens do Sado). Portanto, não acho que as duas áreas devam ser juntas de todo. Acho sim que o nome do hotspot deve mudar.

PNicolau escreveu:Acho sim que o nome do hotspot deve mudar.

O que estás a sugerir, parece-me, é restringir o âmbito do hotspot de forma mais explícita. Eu não me oponho, mas que fique claro que a informação que lá vai ficar armazenada, nomeadamente as listas mais antigas, não corresponderá ao âmbito mais restrito. É que até aqui ele funcionava como uma espécie de "área geral" das Praias do Sado.

Sim mas também não termos forma de saber isso, e portanto o que está nesse hotspot neste momento é um misto dos dois de qualquer forma.eu não acho que as Praias do Sado precisem de um hotspot área geral. O complexo de salinas sim, e depois há está zona que está afastada, corresponde a um habitat distinto e é usada de forma distinta.

Certo, eu aceito essa lógica e pode ficar assim (embora deva dizer que quando visito este género de locais em que há vários hotspots muito próximos uns dos outros em geral faço uma lista única, não costumo segmentar por habitat).

Boa tarde, não seria benéfico criar um hotspot Doca de Faro para inserir os registos da Nyctanassa violacea?

Foi feito o mesmo para os eiders de Tróia mas nem toda a gente mudou para lá as listas

Sinceramente faz-me alguma confusão criar hotspots por causa de uma ave, mas se houver muitos votos a favor não serei força de bloqueiro

Gonçalo Elias escreveu:Foi feito o mesmo para os eiders de Tróia mas nem toda a gente mudou para lá as listas

Sinceramente faz-me alguma confusão criar hotspots por causa de uma ave, mas se houver muitos votos a favor não serei força de bloqueiro

Cria, esses pontos devem ser criados logo no momento se não irá sempre haver malta a não mudar as listas, mas amanha irá muita gente por isso cria agora.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Foi feito o mesmo para os eiders de Tróia mas nem toda a gente mudou para lá as listas

Sinceramente faz-me alguma confusão criar hotspots por causa de uma ave, mas se houver muitos votos a favor não serei força de bloqueiro

Cria, esses pontos devem ser criados logo no momento se não irá sempre haver malta a não mudar as listas, mas amanha irá muita gente por isso cria agora.

Eu posso propor o meu se for necessário

Ou senão pode-se aproveitar o hotspot Centro de Ciência Viva do Algarve, renomear-lho e mudar a posição do mesmo

https://ebird.org/portugal/hotspot/L4345878?yr=all&m=&rank=mrec&sortBy=spp

O hotspot está aprovado, quem quiser mudar para lá as listas já pode fazê-lo.

Não vou mudar o do Centro Ciência Viva porque já é um hotspot antigo e bastante utilizado e segundo julgo saber tem a ver com observações efectuadas a partir do próprio centro (terraço?)