ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
+25
aegypius
Pedro Pereira
João Tomás
Tissot
Luis Silva
Paulfer
PNicolau
Ricardo Melo
Morais
tmgamito
Jorge Saraiva
Flávio Oliveira
Paulo Alves
Carlos Pacheco
Júlio Reis
Rafael Matias
MMachado
João Ferreira
António Beira Alta
RuiCaratao
Henk Feith
Luis Gordinho
Gonçalo Elias
pedro121
pedrocardia
29 participantes
Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
Página 1 de 8
Página 1 de 8 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Olá Gonçalo,
julgo que não incluis espécies classificadas na categoria E nas listas distritais? Repara que todos os 3 indivíduos de Gypaetus referidos acima resultam de programas de reprodução em cativeiro, para posterior reintrodução, com aves incapacitadas provenientes de locais diversos como progenitores. Tanto cópula, como postura e eclosão ocorreram em cativeiro, com a posterior libertação das aves. Desta forma, estes indivíduos incluem-se na categoria E3, tal e qual uma espécie exótica, por mais estranho que possa parecer. O facto de pertencer à fauna ibérica não é relevante para a sua classificação e de facto, infelizmente não serão incluidos da categoria A da lista das aves de Portugal (permanecerá na categoria B). Esta é a uma situação semelhante à dos Geronticus eremita registados no Algarve.
O caso do Falco cherrug registado no ano passado faz lembrar esta situação, pela falta de observador no terreno e pelo uso de emissor GPS, mas esta ave tinha eclodido em liberdade (era fruto de "reprodução normal") e por isso inclui-se na categoria A da lista das aves de Portugal.
Abraço,
Rafael
julgo que não incluis espécies classificadas na categoria E nas listas distritais? Repara que todos os 3 indivíduos de Gypaetus referidos acima resultam de programas de reprodução em cativeiro, para posterior reintrodução, com aves incapacitadas provenientes de locais diversos como progenitores. Tanto cópula, como postura e eclosão ocorreram em cativeiro, com a posterior libertação das aves. Desta forma, estes indivíduos incluem-se na categoria E3, tal e qual uma espécie exótica, por mais estranho que possa parecer. O facto de pertencer à fauna ibérica não é relevante para a sua classificação e de facto, infelizmente não serão incluidos da categoria A da lista das aves de Portugal (permanecerá na categoria B). Esta é a uma situação semelhante à dos Geronticus eremita registados no Algarve.
O caso do Falco cherrug registado no ano passado faz lembrar esta situação, pela falta de observador no terreno e pelo uso de emissor GPS, mas esta ave tinha eclodido em liberdade (era fruto de "reprodução normal") e por isso inclui-se na categoria A da lista das aves de Portugal.
Abraço,
Rafael
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Olá Rafael,
A questão é pertinente. Na verdade não incluo as espécies da categoria E nas listas distritais.
No entanto, ocorre-me a seguinte dúvida: se os indivíduos ora libertados se começarem a reproduzir em liberdade, a espécie passa à categoria C, mais especificamente à categoria C5, ou não? Quer dizer, a partir do momento em que a espécie se reproduza no país vizinho como resultado de uma introdução, então as aves que por aqui ocorrem tanto podem ser E3 como C5... nem sei se será possível distinguir umas das outras...
O que dizes?
E já agora, para apimentar um pouco a coisa: a recente libertação de águias-pesqueiras em Alqueva faz com que esta espécie passe a ser E também, ou não?
1 abraço,
Gonçalo
A questão é pertinente. Na verdade não incluo as espécies da categoria E nas listas distritais.
No entanto, ocorre-me a seguinte dúvida: se os indivíduos ora libertados se começarem a reproduzir em liberdade, a espécie passa à categoria C, mais especificamente à categoria C5, ou não? Quer dizer, a partir do momento em que a espécie se reproduza no país vizinho como resultado de uma introdução, então as aves que por aqui ocorrem tanto podem ser E3 como C5... nem sei se será possível distinguir umas das outras...
O que dizes?
E já agora, para apimentar um pouco a coisa: a recente libertação de águias-pesqueiras em Alqueva faz com que esta espécie passe a ser E também, ou não?
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Exacto, se se reproduzir em liberdade e originar uma população viável (importante para considerar a população reprodutora como C3), os indivíduos comprovadamente daí resultantes observados em Portugal poderão ser C5. Caso a população de origem não seja ainda viável a espécie permanece em Espanha na categoria E2 (reprodução ocasional), sendo as aves vistas em Portugal na mesma E3. A questão é obviamente complexa a partir desse ponto, mesmo bastante (por exemplo, uma cria resultante de um casal misto como é? Não sei, nunca estudei o caso), contudo para já é relativamente simples de categorizar os presentes indivíduos, pelo que eu diria um problema de cada vez. Estas aves libertadas estão todas também marcadas com código de cores nas penas de voo (algumas primárias e/ou secundárias descoloridas permitindo um código individual) pelo que uma ave observada à distância poderá ainda assim ser identificada como procedente de cativeiro ou não (enquanto não mudar todas as penas de voo). A partir de certo ponto não se poderá distinguir mais nada, mas julgo que cada indivíduo será acompanhado de perto e essa situação está ainda longe.
De qualquer modo, para o observador menos preocupado com estes detalhes por vezes difíceis de compreender e até de tolerar (imagino que para a maioria dos observadores de aves este tema seja do maior desinteresse), o prazer de ver uma ave magnífica destas em liberdade deverá ser o mesmo seja ela proveniente de cativeiro ou selvagem. São detalhes burocráticos, mais do que outra coisa, que obedecem a uma lógica própria. Faço notar que estas categorias são internacionais (Europa pelo menos) e que não foram inventadas em Portugal.
As águias-pesqueiras do Alqueva são também E3 (para já), contudo a espécie está na mesma na categoria A, claro. A cat E não se sobrepõe à A, pois essa cat não faz parte da lista de espécies de Portugal, que inclui apenas espécies que ocorrem em estado selvagem de modo natural (A e B) e naturalizadas (C). São categorias complementares. A situação das Pandion é a mesma por que passaram os Porphyrio introduzidos no Baixo-Mondego.
Abraço,
Rafael
De qualquer modo, para o observador menos preocupado com estes detalhes por vezes difíceis de compreender e até de tolerar (imagino que para a maioria dos observadores de aves este tema seja do maior desinteresse), o prazer de ver uma ave magnífica destas em liberdade deverá ser o mesmo seja ela proveniente de cativeiro ou selvagem. São detalhes burocráticos, mais do que outra coisa, que obedecem a uma lógica própria. Faço notar que estas categorias são internacionais (Europa pelo menos) e que não foram inventadas em Portugal.
As águias-pesqueiras do Alqueva são também E3 (para já), contudo a espécie está na mesma na categoria A, claro. A cat E não se sobrepõe à A, pois essa cat não faz parte da lista de espécies de Portugal, que inclui apenas espécies que ocorrem em estado selvagem de modo natural (A e B) e naturalizadas (C). São categorias complementares. A situação das Pandion é a mesma por que passaram os Porphyrio introduzidos no Baixo-Mondego.
Abraço,
Rafael
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Exacto.
Mas agora repara nestes aspectos:
- Gypaetus - a espécie em Espanha está na categoria A; se daqui a uns anos for observado um indivíduo não marcado em território português, poderá não ser possível determinar se é proveniente de uma população natural (A), de uma população introduzida reprodutora (C) ou de uma largada (E)... Na volta a espécie ainda acaba na D
- Porphyrio - o exemplo é interessante; repara que quando foi largado no Mondego era E... actualmente a espécie já foi observada noutros distritos nos quais não existem provas de reprodução... é quase impossível avaliar todas as situações e parece-me impossível comprovar a origem de todos os indivíduos.
Dou-te mais um exemplo:
- Psittacula - está na categoria C. A espécie já foi observada em 14 distritos (falta apenas em Viana, Bragança, Guarda e Portalegre). Tenho dúvidas que se esteja a reproduzir nos 14 e mais dúvidas ainda que seja categoria C em todos eles. Mas como sabes a categoria é nacional e não regional ou distrital.
Isto para dizer o seguinte em relação às listas distritais: se eu for levar à letra a questão de não incluir aves da categoria E (nota que escrevi "aves" e não "espécies"), então seria necessário avaliar registo a registo a proveniência das aves, para todos os distritos. No caso dos anatídeos, psitacídeos, estrildídeos e ploceídeos, entre outros, isso seria especialmente complexo (por exemplo, Anser anser já está em 15 distritos, mas quantos deles não serão E?). Assim, por uma questão de ordem prática, as listas distritais incluem os registos das espécies que estão, a nível nacional, numa das outras categorias. É uma aproximação imperfeita, é certo, mas devemos ter presente que o objectivo daquelas listas é proporcionar aos interessados um guião sobre as aves que podem esperar encontrar na região. Procurámos referenciar todos os registos das espécies que são mais raras em cada distrito, de modo a que todas as observações possam ser adequadamente contextualizadas. O critério é discutível, mas com excepção de uma ou outra espécie tenho a convicção de que as listas distritais dão uma boa aproximação.
Nota também que incluímos alguns registos de espécies que não estão em categoria alguma (exemplos Circus macrourus, Geothlypis trichas) mas para as quais existe expectativa legítica de virem a estar numa das categorias principais - A, neste caso.
1 abraço,
Gonçalo
Mas agora repara nestes aspectos:
- Gypaetus - a espécie em Espanha está na categoria A; se daqui a uns anos for observado um indivíduo não marcado em território português, poderá não ser possível determinar se é proveniente de uma população natural (A), de uma população introduzida reprodutora (C) ou de uma largada (E)... Na volta a espécie ainda acaba na D
- Porphyrio - o exemplo é interessante; repara que quando foi largado no Mondego era E... actualmente a espécie já foi observada noutros distritos nos quais não existem provas de reprodução... é quase impossível avaliar todas as situações e parece-me impossível comprovar a origem de todos os indivíduos.
Dou-te mais um exemplo:
- Psittacula - está na categoria C. A espécie já foi observada em 14 distritos (falta apenas em Viana, Bragança, Guarda e Portalegre). Tenho dúvidas que se esteja a reproduzir nos 14 e mais dúvidas ainda que seja categoria C em todos eles. Mas como sabes a categoria é nacional e não regional ou distrital.
Isto para dizer o seguinte em relação às listas distritais: se eu for levar à letra a questão de não incluir aves da categoria E (nota que escrevi "aves" e não "espécies"), então seria necessário avaliar registo a registo a proveniência das aves, para todos os distritos. No caso dos anatídeos, psitacídeos, estrildídeos e ploceídeos, entre outros, isso seria especialmente complexo (por exemplo, Anser anser já está em 15 distritos, mas quantos deles não serão E?). Assim, por uma questão de ordem prática, as listas distritais incluem os registos das espécies que estão, a nível nacional, numa das outras categorias. É uma aproximação imperfeita, é certo, mas devemos ter presente que o objectivo daquelas listas é proporcionar aos interessados um guião sobre as aves que podem esperar encontrar na região. Procurámos referenciar todos os registos das espécies que são mais raras em cada distrito, de modo a que todas as observações possam ser adequadamente contextualizadas. O critério é discutível, mas com excepção de uma ou outra espécie tenho a convicção de que as listas distritais dão uma boa aproximação.
Nota também que incluímos alguns registos de espécies que não estão em categoria alguma (exemplos Circus macrourus, Geothlypis trichas) mas para as quais existe expectativa legítica de virem a estar numa das categorias principais - A, neste caso.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Olá mais uma vez,
as categorias são de facto nacionais, sendo que se considera sub-divisões para as regiões autónomas. Não estou a comentar qualquer aspecto relacionado com a inclusão desta ou daquela espécie nas listas distritais, tema com o qual este assunto não está directamente relacionado (é uma iniciativa tua, pelo que saberás a melhor forma de o fazer). A atribuição das categorias nacionais é uma tarefa a que o CPR se dedica por ser uma responsabilidade sua, a partir do momento em que é membro da AERC. A questão que aqui importa penso eu é só se estes registos de Gypaetus poderão vir a ser incluidos noutra categoria que não a E. A resposta é não. Como dizes, é possível que o cenário que se desenha é o da inclusão futura da espécie na cat D, mas as coisas dão muitas voltas e há outras possibilidades.
Porphyrio: não é o estatuto do indivíduo mas da população. Um indivíduo não pode pertencer a uma cat C se não houver uma população por trás. Neste momento os limites estão diluidos, mas a população com origem em cativeiro existe e parece-me interessante/relevante que isso seja assinalado para que se compreenda a realidade da espécie.
Referi o problema dos Gypaetus serem E3 pois recordei-me que retiraste espécies como o faisão por essa razão, apesar de no caso dessa espécie haver até casos de reprodução em liberdade (E2).
Abraço,
Rafael
as categorias são de facto nacionais, sendo que se considera sub-divisões para as regiões autónomas. Não estou a comentar qualquer aspecto relacionado com a inclusão desta ou daquela espécie nas listas distritais, tema com o qual este assunto não está directamente relacionado (é uma iniciativa tua, pelo que saberás a melhor forma de o fazer). A atribuição das categorias nacionais é uma tarefa a que o CPR se dedica por ser uma responsabilidade sua, a partir do momento em que é membro da AERC. A questão que aqui importa penso eu é só se estes registos de Gypaetus poderão vir a ser incluidos noutra categoria que não a E. A resposta é não. Como dizes, é possível que o cenário que se desenha é o da inclusão futura da espécie na cat D, mas as coisas dão muitas voltas e há outras possibilidades.
Porphyrio: não é o estatuto do indivíduo mas da população. Um indivíduo não pode pertencer a uma cat C se não houver uma população por trás. Neste momento os limites estão diluidos, mas a população com origem em cativeiro existe e parece-me interessante/relevante que isso seja assinalado para que se compreenda a realidade da espécie.
Referi o problema dos Gypaetus serem E3 pois recordei-me que retiraste espécies como o faisão por essa razão, apesar de no caso dessa espécie haver até casos de reprodução em liberdade (E2).
Abraço,
Rafael
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Concordo que a questão é complexa.
O mesmo se pode dizer, aliás, em relação aos galeirões-de-crista com colar, que também são de populações E, não é verdade?
O mesmo se pode dizer, aliás, em relação aos galeirões-de-crista com colar, que também são de populações E, não é verdade?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Gonçalo Elias escreveu:Concordo que a questão é complexa.
O mesmo se pode dizer, aliás, em relação aos galeirões-de-crista com colar, que também são de populações E, não é verdade?
Hummm, essa é uma questão muito pertinente, todos os galeirões com colar são nascidos em cativeiro? ou existem programas de marcação em Espanha que recorrem a este método para marcar aves selvagens?
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Gonçalo Elias escreveu:
Gypaetus - a espécie em Espanha está na categoria A; se daqui a uns anos for observado um indivíduo não marcado em território português, poderá não ser possível determinar se é proveniente de uma população natural (A), de uma população introduzida reprodutora (C) ou de uma largada (E)... Na volta a espécie ainda acaba na D
A curto/medio prazo será observado um quebre ossos em Portugal e será impossível determinar a sua proveniência, pode ser uma ave proveniente de uma população A ou mesmo C ou pode ser uma ave da população que está a ser estabelecida agora e portanto ser uma ave da classe D-
O problema é que não existe maneira de confirmar qual é o caso(A,C ou D), a população de quebra ossos em Espanha está em expansão e penso que nos Pirenéus muitos dos teritorios disponíveis estão já ocupados com os juvenis forçados a procurar áreas vagas, é perfeitamente possivel que aves dos Pirenéus cheguem a Portugal, diria até que é natural que o façam
O numero de avistamentos desta espécie vai aumentar. Por outro lado o numero de aves D vai ser apenas uma fracção das aves A e C e vai ser uma fracção que vai diminuir com o tempo, pessoalmente a inclusão do quebra -ossos na categoria A das aves de Portugal é inevitável e apenas uma questão de tempo
Gonçalo Elias escreveu:Porphyrio - o exemplo é interessante; repara que quando foi largado no Mondego era E... actualmente a espécie já foi observada noutros distritos nos quais não existem provas de reprodução... é quase impossível avaliar todas as situações e parece-me impossível comprovar a origem de todos os indivíduos.
Pois, eu tenho pelo menos dois casais reprodutores numa charca (máximo de 9 adultos observados ao mesmo tempo) na povoação onde resido e existem vários outros casais nas zonas húmidas circundantes, não faço ideia se provem das populações reintroduzidas no Mondego ou se provem de uma população de classe A em expansão, mas nesta fase isso interessa?
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Exacto Pedro a questão é que ao contrário com o que acontece com a maioria das aves da categoria E (que são exóticas indesejadas) o quebra-ossos é uma ave desejada. E nem sequer é exótica, pois já existiu cá e a vontade de todos, creio eu, é que se torne num C, pelo menos.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Gonçalo Elias escreveu:Exacto Pedro a questão é que ao contrário com o que acontece com a maioria das aves da categoria E (que são exóticas indesejadas) o quebra-ossos é uma ave desejada. E nem sequer é exótica, pois já existiu cá e a vontade de todos, creio eu, é que se torne num C, pelo menos.
, sim, mas digo já que mesmo como misero E deve ser espectacular estar tranquilamente a observar rapinas algures na beira interior e de repente aparecer um
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
pedro121 escreveu: , sim, mas digo já que mesmo como misero E deve ser espectacular estar tranquilamente a observar rapinas algures na beira interior e de repente aparecer um
Ya, agora imagina estar na Papoa a ver marinhas e passar um à tua frente
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Gonçalo Elias escreveu:
Ya, agora imagina estar na Papoa a ver marinhas e passar um à tua frente
Ataque cardíaco fulminante!!!
Já hoje com a gaivota de Audouin fiquei , então com um quebra-ossos era o fim!
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
O Gonçalo não explicou bem: era um Gypaetus pousado na Papoa, a alimentar-se dos restos de uma mobelha-ártica. Que havia previamente sido mobbed por um bando de Pagophila eburnea, agora pousadas ali no calhau da prainha, à espera de vez.pedro121 escreveu:Gonçalo Elias escreveu:
Ya, agora imagina estar na Papoa a ver marinhas e passar um à tua frente
Ataque cardíaco fulminante!!!
Ah, e tu telefonaste-me, eu larguei o trabalho imediatamente e cheguei ao local 50 minutos depois. Todas as aves levantaram voo 45 minutos após o teu telefonema (incluindo a ave morta). Mas eu chamei o INEM, por isso salvou-se o observador!
J.
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Conforme prometido ao Gonçalo Elias, contactei os técnicos da Fundación Gypaetus e solicitei informação mais detalhada sobre a presença das duas aves marcadas com emissores em Portugal.
De forma muito simpática, responderam com toda a informação que tinha solicitado. Começo pelo indivíduo que apareceu no norte, a quem foi dado o nome de tanco.
Nasceu no dia 17-02-2010 no Centro de Reprodução em Cativeiro de Valecallent (Lérida, Espanha) e foi libertado quase voador no Valle de los Centenares, Serra de Segura (Parque Natural das Serras de Cazorla, Segura y Las Villas, Jaén, Andaluzia), pela técnica de hacking.
Para além do emissor satélite com GPS, tem ainda uma marcação individual que permite identifica-lo em voo, mediante descoloração de algumas primárias também anilhas coloridas.
Quanto ao historial das visitas a Portugal, foi o seguinte:
Maio: Entrou em Portugal ao final da tarde de dia 08-05-2011 tendo pernoitado na Serra da Malcata. No dia seguinte efectuou um voo em direcção à serra da Estrela, esteve a norte da Covilhã pela manhã (10h) regressou a território espanhol ao início da tarde cruzando a fronteira alguns kms a norte do Sabugal (13h). É pois bastante provável que se tenha ido alimentar ao Campo de Alimentação de Aves necrófagas que existe na Serra da Malcata e que é gerido pelo ICNB. Nesta incursão terá cruzado os distritos de Castelo Branco e da Guarda.
Junho: A 19-06-2011 entrou novamente em Portugal pela manhã, tendo percorrido parte do Douro nacional e Internacional, no distrito de Bragança. Pernoitou em Espanha, junto da fronteira e voltou a passar por território português (distrito de Bragança) no dia 20. Posteriormente regressou a Espanha.
Em breve colocarei a informação sobre o segundo indivíduo.
Carlos Pacheco
De forma muito simpática, responderam com toda a informação que tinha solicitado. Começo pelo indivíduo que apareceu no norte, a quem foi dado o nome de tanco.
Nasceu no dia 17-02-2010 no Centro de Reprodução em Cativeiro de Valecallent (Lérida, Espanha) e foi libertado quase voador no Valle de los Centenares, Serra de Segura (Parque Natural das Serras de Cazorla, Segura y Las Villas, Jaén, Andaluzia), pela técnica de hacking.
Para além do emissor satélite com GPS, tem ainda uma marcação individual que permite identifica-lo em voo, mediante descoloração de algumas primárias também anilhas coloridas.
Quanto ao historial das visitas a Portugal, foi o seguinte:
Maio: Entrou em Portugal ao final da tarde de dia 08-05-2011 tendo pernoitado na Serra da Malcata. No dia seguinte efectuou um voo em direcção à serra da Estrela, esteve a norte da Covilhã pela manhã (10h) regressou a território espanhol ao início da tarde cruzando a fronteira alguns kms a norte do Sabugal (13h). É pois bastante provável que se tenha ido alimentar ao Campo de Alimentação de Aves necrófagas que existe na Serra da Malcata e que é gerido pelo ICNB. Nesta incursão terá cruzado os distritos de Castelo Branco e da Guarda.
Junho: A 19-06-2011 entrou novamente em Portugal pela manhã, tendo percorrido parte do Douro nacional e Internacional, no distrito de Bragança. Pernoitou em Espanha, junto da fronteira e voltou a passar por território português (distrito de Bragança) no dia 20. Posteriormente regressou a Espanha.
Em breve colocarei a informação sobre o segundo indivíduo.
Carlos Pacheco
Carlos Pacheco- Número de Mensagens : 1297
Idade : 51
Local : Odemira
Data de inscrição : 27/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Deixo um link onde poderão ver (e fazer download) das marcações de Quebra-ossos libertados na Andaluzia.
http://www.gypaetus.org/noticias/ver/id/191/seccion/participa_noticias
http://www.gypaetus.org/noticias/ver/id/191/seccion/participa_noticias
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Foi ontem avistado um Quebra-ossos na zona de Badajoz. Tendo em conta a época do ano, interrogo-me sobre a possibilidade de um destes bichos ir parar a Sagres um dia destes...
Será assim tão improvável?
Será assim tão improvável?
Flávio Oliveira- Número de Mensagens : 605
Idade : 44
Local : Maia
Data de inscrição : 11/09/2011
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Talvez, mas na pratica uma ave imatura pode aparecer em qualquer lado, mas mais provavelmente no interior, o problema é que sendo eles tão moveis as únicas hipóteses para um observador do litoral são ter mesmo muita sorte e estar num sitio a ver rapinas e passar um pela frente ou então alguém observar um que esteja a pousado ao fim da tarde e que tenha a presença de espírito para esperar para ver se a ave fica mesmo lá e depois avisar para dar tempo á malta de lá chegar antes de a ave levantar no dia seguinte.Flávio Oliveira escreveu:Foi ontem avistado um Quebra-ossos na zona de Badajoz. Tendo em conta a época do ano, interrogo-me sobre a possibilidade de um destes bichos ir parar a Sagres um dia destes...
Será assim tão improvável?
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Vejam esta página, tem uns mapas engraçados:
http://aves-extremadura.blogspot.pt/2013/08/dispersion-juvenil-del-quebrantahuesos.html
http://aves-extremadura.blogspot.pt/2013/08/dispersion-juvenil-del-quebrantahuesos.html
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Sim, por certo, mais interessante ainda foi a referencia no mesmo blog á reprodução de Iduna opaca em Badajoz, o que é para mim tão interessante como o Quebra-ossos!Gonçalo Elias escreveu:Vejam esta página, tem uns mapas engraçados:
http://aves-extremadura.blogspot.pt/2013/08/dispersion-juvenil-del-quebrantahuesos.html
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Não me surpreende, uma vez que há registos em época de nidificação no distrito de Portalegre.pedro121 escreveu:Sim, por certo, mais interessante ainda foi a referencia no mesmo blog á reprodução de Iduna opaca em Badajoz, o que é para mim tão interessante como o Quebra-ossos!
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Iduna? Eu nem nunca tinha ouvido falar desse desterrado. É o primo marrokino dos philoscopus?
Jorge Saraiva- Número de Mensagens : 1032
Idade : 65
Local : Lx
Data de inscrição : 16/08/2009
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
http://avesdeportugal.info/iduopa.htmlJorge Saraiva escreveu:Iduna? Eu nem nunca tinha ouvido falar desse desterrado. É o primo marrokino dos philoscopus?
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Ando mesmo a leste, obrigado
Jorge Saraiva- Número de Mensagens : 1032
Idade : 65
Local : Lx
Data de inscrição : 16/08/2009
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Sim, mas estes são mais interessantes e úteis.Gonçalo Elias escreveu:
Não me surpreende, uma vez que há registos em época de nidificação no distrito de Portalegre.
pedro121- Número de Mensagens : 16022
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: ESPÉCIE: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
Boa tarde
Em Abril deste ano, um dos quebra-ossos libertados no programa da Andaluzia o ano passado, sobrevoou a província de Badaloz e eles punham a hipótese de que viesse até cá mas não se aproximou da fronteira e regressou até à zona da Serra Nevada. Depois disso não soube de mais nenhum que se tenha aproximado
Abraço
Teresa
Em Abril deste ano, um dos quebra-ossos libertados no programa da Andaluzia o ano passado, sobrevoou a província de Badaloz e eles punham a hipótese de que viesse até cá mas não se aproximou da fronteira e regressou até à zona da Serra Nevada. Depois disso não soube de mais nenhum que se tenha aproximado
Abraço
Teresa
tmgamito- Número de Mensagens : 38
Data de inscrição : 23/03/2011
Página 1 de 8 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8
Tópicos semelhantes
» Extinções de Portugal: Quebra-ossos (Gypaetus barbatus)
» 3 registos em Portugal de Quebra Ossos / Gypaetus Barbatus
» Gypaetus Barbatus / Projecto de reintrodução nos Alpes
» Quebra-ossos
» Avistamento de quebra-ossos na zona de Mértola
» 3 registos em Portugal de Quebra Ossos / Gypaetus Barbatus
» Gypaetus Barbatus / Projecto de reintrodução nos Alpes
» Quebra-ossos
» Avistamento de quebra-ossos na zona de Mértola
Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
Página 1 de 8
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|