eBird Portugal--tópico geral
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Fórum Aves :: eBird
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Re: eBird Portugal--tópico geral
No caso de Aveiro reparei que há dois hotspots praticamente coincidentes.
Aveiro - Salinas da Troncalhada
IBA Ria de Aveiro - Complexo de Salinas da Troncalhada
Neste caso parece-me tratar-se de uma duplicação / redundância. Ou há aqui alguma coisa que me escapa?
Aveiro - Salinas da Troncalhada
IBA Ria de Aveiro - Complexo de Salinas da Troncalhada
Neste caso parece-me tratar-se de uma duplicação / redundância. Ou há aqui alguma coisa que me escapa?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Gonçalo Elias escreveu:
Neste caso parece-me tratar-se de uma duplicação / redundância. Ou há aqui alguma coisa que me escapa?
Sim, parece ser uma duplicação, nota que pode haver pontos muito juntos desde que se refiram a sítios muito especificos, num complexo de salinas podes ter pontos para tanques diferentes, mas neste caso os pontos parecem ser gerais e portanto podem ser fundidos num só.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
pedro121 escreveu:neste caso os pontos parecem ser gerais e portanto podem ser fundidos num só.
Essa função fica a cargo dos revisores, suponho?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Olá,
sim, neste caso a gestão dos hotspots está a meu cargo. Obrigado pelo reparo, já fundi os dois hotspots num só (ficou o IBA Ria de Aveiro--Complexo de Salinas da Troncalhada).
A ideia de os locais terem uma denominação mais abrangente (neste caso IBA Ria de Aveiro) e outra mais particular (neste caso Complexo de Salinas da Troncalhada) é poderem ser agregados como no exemplo anterior do Cabo Espichel. E, espera-se, possam ser utilizadas posteriormente por quem, por exemplo, queira saber que aves há no conjunto de hotspots da PP Serra de Montejunto ou no PN Ria Formosa.
Pontos haverá no sistema que, estando nestes locais (IBA, PN, PF, PP, etc.), ainda não estão devidamente catalogados. Caso sejam notados exemplos disto, por favor assinalem-me os mesmos que tratarei de os rebaptizar (se for caso disso). Ou de os fundir, como neste caso da IBA Ria de Aveiro.
É um processo contínuo, onde há sempre algumas arestas a limar. Mas com reparos oportunos como este, é possível ir limando de modo a manter a informação o melhor possível.
sim, neste caso a gestão dos hotspots está a meu cargo. Obrigado pelo reparo, já fundi os dois hotspots num só (ficou o IBA Ria de Aveiro--Complexo de Salinas da Troncalhada).
A ideia de os locais terem uma denominação mais abrangente (neste caso IBA Ria de Aveiro) e outra mais particular (neste caso Complexo de Salinas da Troncalhada) é poderem ser agregados como no exemplo anterior do Cabo Espichel. E, espera-se, possam ser utilizadas posteriormente por quem, por exemplo, queira saber que aves há no conjunto de hotspots da PP Serra de Montejunto ou no PN Ria Formosa.
Pontos haverá no sistema que, estando nestes locais (IBA, PN, PF, PP, etc.), ainda não estão devidamente catalogados. Caso sejam notados exemplos disto, por favor assinalem-me os mesmos que tratarei de os rebaptizar (se for caso disso). Ou de os fundir, como neste caso da IBA Ria de Aveiro.
É um processo contínuo, onde há sempre algumas arestas a limar. Mas com reparos oportunos como este, é possível ir limando de modo a manter a informação o melhor possível.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Pedro Fernandes escreveu:Pontos haverá no sistema que, estando nestes locais (IBA, PN, PF, PP, etc.)
Estás a referir-te a situações de pontos em áreas protegidas que não fazem referência ao nome da área, é isso?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Exactamente. Sempre que se souber, é bom ter o nome da denominação da rede em que estão inseridos os pontos. Isto para mais tarde, caso alguém queira juntar todos os pontos de, por exemplo, um parque natural, o fazer de modo mais simples através dos hotspots.
Noto ainda que, mesmo áreas fora de regiões demarcadas (à falta de melhor termo), podem e devem ser sub-divididas. Por exemplo, a Serra de Bornes tem dois hotspots (Topo Norte e Topo Sul) que podem ser agregados num só caso se queira saber informações sobre a Serra de Bornes no seu todo.
Noto ainda que, mesmo áreas fora de regiões demarcadas (à falta de melhor termo), podem e devem ser sub-divididas. Por exemplo, a Serra de Bornes tem dois hotspots (Topo Norte e Topo Sul) que podem ser agregados num só caso se queira saber informações sobre a Serra de Bornes no seu todo.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Entendo.
De qualquer forma, muitas vezes quando vou a um dado local (p. ex. PN Arrábida) não separo as observações por pontos e faço apenas uma única lista no final com as espécies vistas. Neste caso os registos devem ser inseridos num ponto global denominado "PN Arrábida". É isto?
De qualquer forma, muitas vezes quando vou a um dado local (p. ex. PN Arrábida) não separo as observações por pontos e faço apenas uma única lista no final com as espécies vistas. Neste caso os registos devem ser inseridos num ponto global denominado "PN Arrábida". É isto?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Aproveito para divulgar aqui um artigo de revisão que saiu na Biological Conservation (uma das mais importantes revistas científicas sobre conservação da Natureza) sobre o eBird.
Espero que convença mais gente a participar!
The eBird enterprise: an integrated approach to development and application of citizen science
Espero que convença mais gente a participar!
The eBird enterprise: an integrated approach to development and application of citizen science
Filipe Canário- Número de Mensagens : 71
Idade : 51
Local : Lisboa
Data de inscrição : 06/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Gonçalo Elias escreveu: Neste caso os registos devem ser inseridos num ponto global denominado "PN Arrábida". É isto?
Sim.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
Boas, gostava de saber qual é o critério para inserção de registos de exóticas.
Reparei que na lista de Portugal aparecem várias espécies da cat. E, nomeadamente anatídeos, psittacídeos, Acridotheres tristis e Vidua macroura, por exemplo.
A mesma questão em relação às espécies da cat. D
Reparei que na lista de Portugal aparecem várias espécies da cat. E, nomeadamente anatídeos, psittacídeos, Acridotheres tristis e Vidua macroura, por exemplo.
A mesma questão em relação às espécies da cat. D
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
É uma boa questão. De momento, o critério é plástico, aceitando espécies que parecem estar ou estão de facto a criar em liberdade, mesmo sem populações estabelecidas. Como as Vidua em Aveiro e Coimbra. Ou os Alopochen um pouco por toda a parte. Talvez o caso menos fundamentado sejam as Nymphicus, que se suspeita de poderem ter criado no Algarve.
Ou seja, neste momento estão no sistema para que se possa acompanhar a evolução dos registos mais facilmente. Mantêm-se? Expandem-se? Diminuem? Desaparecem?
Não seguindo exactamente a listagem oficial para Portugal, permite ilustrar a dinâmica de colonização das aves exóticas — e, tal como estão visíveis e incorporadas na listagem do eBird Portugal, também podem tornar-se invisíveis (como os registos de Ploceus cucullatus), e sair da lista apresentada.
Ou seja, neste momento estão no sistema para que se possa acompanhar a evolução dos registos mais facilmente. Mantêm-se? Expandem-se? Diminuem? Desaparecem?
Não seguindo exactamente a listagem oficial para Portugal, permite ilustrar a dinâmica de colonização das aves exóticas — e, tal como estão visíveis e incorporadas na listagem do eBird Portugal, também podem tornar-se invisíveis (como os registos de Ploceus cucullatus), e sair da lista apresentada.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Obrigado Pedro pelo esclarecimento.
Entretanto deixo aqui umas sugestões de alteração do nome de alguns hotspots existentes:
RN Sapal de Castro Marim e V.R.S.António--Esteiro da Tezíria ---> RN Sapal de Castro Marim e V.R.S.António--Esteiro da Lezíria
RN Dunas da São Jacinto ---> RN Dunas de São Jacinto
Paúl das Caniçeiras ---> Paúl das Caniceiras
Barragem de Montargil ---> Albufeira de Montargil
Entretanto deixo aqui umas sugestões de alteração do nome de alguns hotspots existentes:
RN Sapal de Castro Marim e V.R.S.António--Esteiro da Tezíria ---> RN Sapal de Castro Marim e V.R.S.António--Esteiro da Lezíria
RN Dunas da São Jacinto ---> RN Dunas de São Jacinto
Paúl das Caniçeiras ---> Paúl das Caniceiras
Barragem de Montargil ---> Albufeira de Montargil
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Pedro Fernandes escreveu: Talvez o caso menos fundamentado sejam as Nymphicus, que se suspeita de poderem ter criado no Algarve.
Sim, neste momento a Caturra parece claramente não ter nenhuma população em portugal, os registos dizem respeito todos a aves isoladas, dadas as características da espécie ela não é de resto um provável invasor.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
pedro121 escreveu:Sim, neste momento a Caturra parece claramente não ter nenhuma população em portugal
Convém lembrar que a Caturra não é a fêmea do Caturro
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Os nomes dos locais já foram alterados— obrigado pela dica.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Boas,
Mais duas sugestões:
Atoguia da Baleia--ETAR, passar para Atouguia da Baleia--Etar
Galerião-de-crista (Fulica cristata), corrigir para Galeirão-de-crista (Fulica cristata)
Galerião-americano (Fulica americana), corrigir para Galeirão-americano (Fulica americana)
Matthias
Mais duas sugestões:
Atoguia da Baleia--ETAR, passar para Atouguia da Baleia--Etar
Galerião-de-crista (Fulica cristata), corrigir para Galeirão-de-crista (Fulica cristata)
Galerião-americano (Fulica americana), corrigir para Galeirão-americano (Fulica americana)
Matthias
Re: eBird Portugal--tópico geral
Tissot escreveu:B
Atoguia da Baleia--ETAR, passar para Atouguia da Baleia--Etar
upsss
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
Desculpem a provocação mas qual é a fiabilidade destas observações (tanto nos registos visuais com auditivos)?
patriciaeluis- Número de Mensagens : 1863
Data de inscrição : 13/01/2013
Re: eBird Portugal--tópico geral
patriciaeluis escreveu:Desculpem a provocação mas qual é a fiabilidade destas observações (tanto nos registos visuais com auditivos)?
Podes explicar melhor o teu ponto de vista?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Tissot escreveu:
Atoguia da Baleia--ETAR, passar para Atouguia da Baleia--Etar
Este consegui resolver já que fui eu que criei o ponto...
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
Gonçalo Elias escreveu:patriciaeluis escreveu:Desculpem a provocação mas qual é a fiabilidade destas observações (tanto nos registos visuais com auditivos)?
Podes explicar melhor o teu ponto de vista?
Pra já devo declarar que também já vou fazendo alguns registos no EBird ver se consigo colorir mais o Norte
Mas a minha questão está relacionada com a probabilidade de enganos que qualquer um de nós pode ter nas observações que faz?
Mesmo os mais experiente podem ser enganados por uma sombra ou um reflexo, ou não?
Registam mesmo só o que tem a certeza? Mesmo quando possa existir uma espécie muito muito parecida?
Mesmo com fotos às vezes existe “algum” debate sobre a ID da ave.
No outro dia ouvi um Coruja do Mato no Alvão, ou será que foi alguém a imitar o chamamento a ver se alguma respondia?
patriciaeluis- Número de Mensagens : 1863
Data de inscrição : 13/01/2013
Re: eBird Portugal--tópico geral
patriciaeluis escreveu:
Mas a minha questão está relacionada com a probabilidade de enganos que qualquer um de nós pode ter nas observações que faz?
Mesmo os mais experiente podem ser enganados por uma sombra ou um reflexo, ou não?
Registam mesmo só o que tem a certeza? Mesmo quando possa existir uma espécie muito muito parecida?
Mesmo com fotos às vezes existe “algum” debate sobre a ID da ave.
No outro dia ouvi um Coruja do Mato no Alvão, ou será que foi alguém a imitar o chamamento a ver se alguma respondia?
Vão haver sempre erros, de vários tipos, erros de preenchimento, em que alguém que sabe o que viu ao preencher a checklist põe a espécie em cima ou em baixo da pretendida (acontece-me com frequência), erros de identificação propriamente ditos, e erros nas contagens.
Bom, os filtros se estiverem bem afinados permitem apanhar as situações mais graves, os de Leiria estão mesmo muito apertados por isso mesmo, no entanto os filtros não permitem resolver tudo, se num distrito houver tanto a espécie A como a espécie B e um observador estiver sempre a colocar A quando o que há naquele local são B o filtro não apanha porque é ao nível do distrito. O erro só será descoberto se alguém for ver o que é visto no hotspot e der por ela.
No entanto os erros ocasionais tendem a diluir-se na massa de registos correctos e tornam-se com o passar do tempo mais fáceis de detectar, com o avolumar de registos "correctos" os erros dão mais nas vistas.
Quanto à situação da coruja, pode acontecer com qualquer espécie que seja só ouvida, mas o problema não é necessariamente o uso de chamamentos que causa o engano, já que as probabilidades são baixas de dois observadores estarem a curta distancia um do outro e não se verem, o Estorninho imita algumas espécies muito bem, e pode dar origem a erros. O mocho-pequeno-de-orelhas tem um canto muito semelhante ao Parto-parteiro, a franga-de-agua-pequena parece uma rã, etc...
pedro121- Número de Mensagens : 16049
Idade : 49
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: eBird Portugal--tópico geral
Creio que o critério de inclusão dependerá de cada um - quanto a isto, só posso responder por mim: quando não tenho a certeza, não registo.
Claro que poderá haver alguns erros pelo meio, e não estou a referir-me apenas a erros de identificação - pode também haver erros de transcrição (isto é, erro no preenchimento da ficha, sem querer colocamos a cruzinha na linha de cima ou de baixo e aparece uma espécie diferente daquela que vimos).
De qualquer forma, por aquilo que tenho visto nas fichas de visita de vários observadores, eu diria que a esmagadora maioria das informações é fiável. E digo isto porque o elenco de espécies (e as quantidades) que aparecem na ficha de visita de um dado local corresponde, de certa forma, àquilo que eu esperaria encontrar nesse local (com base na minha experiência, naturalmente).
Claro que poderá haver alguns erros pelo meio, e não estou a referir-me apenas a erros de identificação - pode também haver erros de transcrição (isto é, erro no preenchimento da ficha, sem querer colocamos a cruzinha na linha de cima ou de baixo e aparece uma espécie diferente daquela que vimos).
De qualquer forma, por aquilo que tenho visto nas fichas de visita de vários observadores, eu diria que a esmagadora maioria das informações é fiável. E digo isto porque o elenco de espécies (e as quantidades) que aparecem na ficha de visita de um dado local corresponde, de certa forma, àquilo que eu esperaria encontrar nesse local (com base na minha experiência, naturalmente).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
Obrigado pelas correcções. Os locais eu posso editar rapidamente, alterações em nomes têm de esperar pois são enviadas (já enviei) para a central, e geralmente só são incorporadas no sistema uma vez por ano, quando o eBird faz a revisão anual taxonómica.
Sobre a fiabilidade dos dados, este é um ponto crítico para o eBird, e o que mais esforço pede aos revisores regionais. Como o Pedro Ramalho já respondeu, e bem, a primeira linha de defesa do sistema são os filtros, que nesta altura são distritais.
Cada filtro contém um elenco de espécies, comuns e raras, que vai mudando ao longo do ano de modo a reflectir a fenologia das diferentes espécies. A função dos filtros é fazer uma chamada de atenção para o revisor para a) datas atípicas de espécies comuns, b) contagens elevadas de espécies comuns, c) presença de raridades regionais ou nacionais. No caso de alguma destas situações se verificar, surge uma caixa de comentários onde o observador deve colocar alguns elementos que permitam auxiliar o editor regional a verificar o registo. Podem também ser anexadas fotografias (caso as haja), links para sites onde haja mais informação, mapas de localização (bastante úteis sobretudo em locais vastos como a ZPE de Castro Verde ou a Lezíria Grande de Vila Franca de Xira). Este espaço pode ainda ser utilizado para assinalar possiveis necessidades de afinações do filtro (p.e. 'contagens de n efectivos de sp. em Julho são normais em Z'). Ficando o registo assinalado, o editor regional fica de analisar o registo, podendo entrar em contacto com o observador para confirmar o registo ou procurar outras fontes de confirmação do registo.
Depois, tal como o Pedro disse, há a questão das espécies semelhantes. Há alguns casos em Portugal, assim de cor lembro-me dos andorinhões, das cotovias ou dos estorninhos. Aqui tem de haver um esforço conjunto de observadores e editores para tentar que os registos sejam o mais fiáveis possível. Em caso de dúvida, há opções como Galerida cristata/thekla, Apus apus/pallidus, Sturnus vulgaris/unicolor (e espero que futuramente a Phylloscopus collybita/ibericus, para já há Phylloscopus sp. que pode e deve ser utilizada em caso de dúvida, sobretudo em períodos de chegadas/partidas e com aves silenciosas). É sempre melhor um registo seguro de um taxon mais abrangente, que um registo dúbio de um taxon mais restrito. Seria uma cotivia-de-poupa juvenil ou uma laverca? O melhor é marcar como alaudídeo sp.. Observadores que reportem aves em locais onde possam ocorrer duas espécies semelhantes devem ter presente esta realidade e ser particularmente cautelosos quando lidam com estas espécies. Nem sempre havendo disponibilidade para estar a ver cada cotovia em Castro Verde, recomenda-se que as que forem bem observadas sejam identificadas à espécie, as restantes sejam agrupadas no par respectivo ou num taxon mais lato.
Sobre erros de identificação, sempre houve e sempre haverá erros deste tipo. Faz parte do processo de evolução passar por situações deste género, e, espera-se, estas tendem a tornar-se cada vez menos frequentes à medida que um observador evolui. Tenho estado a inserir alguns registos mais antigos meus, e por vezes deparo-me com casos que me levam a pensar que a observação pode ter estado equivocada (p.e. Phylloscopus ibericus/collybita na altura da migração, sem indicações do que me levou a optar por uma ou por outra— e neste caso acabo por inserir os registos como Phylloscopus sp. e nos comentários inserir collybita/ibericus). Como referido pelo Pedro Ramalho, joga-se também com o factor estatístico, onde alguns erros poderão eventualmente passar, mas serão pouco relevantes se as restantes observações forem fiáveis. Por vezes é possível detectá-los, por exemplo através dos alertas (uma lista no sul de Portugal sem Tentilhões e com Tentilhão-montês assinalado com 'X' faz-me entrar em contacto com o observador para ter a certeza de que não se tratou de um lapso), outras vezes olhando para os mapas (se aparecesse um registo de Cagarra em Alhos Vedros, entraria em contacto com o observador), ou ainda nos registos precoces ou tardios.
Resumindo, a qualidade dos dados é o factor mais importante no eBird, e tem mesmo de ser, pois de outro modo os dados perdem credibilidade e utilidade. Haverá sempre erro, mas faz-se por este ser o mais pequeno possível, mas para tal tem que ocorrer (e ocorre) um esforço conjunto de observadores para reportarem aquilo que conseguiram identificar o melhor possível, e de editores regionais para manterem os filtros o mais afinados possíveis e para detectarem nos seus distritos anomalias que podem ou não ser registos equivocados.
E, não é demais lembrar, mais vale um taxon mais geral seguro que um taxon mais apertado não confirmado. Se não for desta vez que se conseguiu confirmar uma Motacilla flava thunbergii, Motacilla flava serve perfeitamente.
Sobre a fiabilidade dos dados, este é um ponto crítico para o eBird, e o que mais esforço pede aos revisores regionais. Como o Pedro Ramalho já respondeu, e bem, a primeira linha de defesa do sistema são os filtros, que nesta altura são distritais.
Cada filtro contém um elenco de espécies, comuns e raras, que vai mudando ao longo do ano de modo a reflectir a fenologia das diferentes espécies. A função dos filtros é fazer uma chamada de atenção para o revisor para a) datas atípicas de espécies comuns, b) contagens elevadas de espécies comuns, c) presença de raridades regionais ou nacionais. No caso de alguma destas situações se verificar, surge uma caixa de comentários onde o observador deve colocar alguns elementos que permitam auxiliar o editor regional a verificar o registo. Podem também ser anexadas fotografias (caso as haja), links para sites onde haja mais informação, mapas de localização (bastante úteis sobretudo em locais vastos como a ZPE de Castro Verde ou a Lezíria Grande de Vila Franca de Xira). Este espaço pode ainda ser utilizado para assinalar possiveis necessidades de afinações do filtro (p.e. 'contagens de n efectivos de sp. em Julho são normais em Z'). Ficando o registo assinalado, o editor regional fica de analisar o registo, podendo entrar em contacto com o observador para confirmar o registo ou procurar outras fontes de confirmação do registo.
Depois, tal como o Pedro disse, há a questão das espécies semelhantes. Há alguns casos em Portugal, assim de cor lembro-me dos andorinhões, das cotovias ou dos estorninhos. Aqui tem de haver um esforço conjunto de observadores e editores para tentar que os registos sejam o mais fiáveis possível. Em caso de dúvida, há opções como Galerida cristata/thekla, Apus apus/pallidus, Sturnus vulgaris/unicolor (e espero que futuramente a Phylloscopus collybita/ibericus, para já há Phylloscopus sp. que pode e deve ser utilizada em caso de dúvida, sobretudo em períodos de chegadas/partidas e com aves silenciosas). É sempre melhor um registo seguro de um taxon mais abrangente, que um registo dúbio de um taxon mais restrito. Seria uma cotivia-de-poupa juvenil ou uma laverca? O melhor é marcar como alaudídeo sp.. Observadores que reportem aves em locais onde possam ocorrer duas espécies semelhantes devem ter presente esta realidade e ser particularmente cautelosos quando lidam com estas espécies. Nem sempre havendo disponibilidade para estar a ver cada cotovia em Castro Verde, recomenda-se que as que forem bem observadas sejam identificadas à espécie, as restantes sejam agrupadas no par respectivo ou num taxon mais lato.
Sobre erros de identificação, sempre houve e sempre haverá erros deste tipo. Faz parte do processo de evolução passar por situações deste género, e, espera-se, estas tendem a tornar-se cada vez menos frequentes à medida que um observador evolui. Tenho estado a inserir alguns registos mais antigos meus, e por vezes deparo-me com casos que me levam a pensar que a observação pode ter estado equivocada (p.e. Phylloscopus ibericus/collybita na altura da migração, sem indicações do que me levou a optar por uma ou por outra— e neste caso acabo por inserir os registos como Phylloscopus sp. e nos comentários inserir collybita/ibericus). Como referido pelo Pedro Ramalho, joga-se também com o factor estatístico, onde alguns erros poderão eventualmente passar, mas serão pouco relevantes se as restantes observações forem fiáveis. Por vezes é possível detectá-los, por exemplo através dos alertas (uma lista no sul de Portugal sem Tentilhões e com Tentilhão-montês assinalado com 'X' faz-me entrar em contacto com o observador para ter a certeza de que não se tratou de um lapso), outras vezes olhando para os mapas (se aparecesse um registo de Cagarra em Alhos Vedros, entraria em contacto com o observador), ou ainda nos registos precoces ou tardios.
Resumindo, a qualidade dos dados é o factor mais importante no eBird, e tem mesmo de ser, pois de outro modo os dados perdem credibilidade e utilidade. Haverá sempre erro, mas faz-se por este ser o mais pequeno possível, mas para tal tem que ocorrer (e ocorre) um esforço conjunto de observadores para reportarem aquilo que conseguiram identificar o melhor possível, e de editores regionais para manterem os filtros o mais afinados possíveis e para detectarem nos seus distritos anomalias que podem ou não ser registos equivocados.
E, não é demais lembrar, mais vale um taxon mais geral seguro que um taxon mais apertado não confirmado. Se não for desta vez que se conseguiu confirmar uma Motacilla flava thunbergii, Motacilla flava serve perfeitamente.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
Re: eBird Portugal--tópico geral
PS Obrigado pelos registos do Norte, todos contam mas algumas regiões estão mais carenciadas que outras, pelo que é sempre bom ver mais registos a mapear zonas com menos informação. A propósito disto, há ainda alguns locais da quadrícula de Portugal continental sem uma única lista (pode-se ver aqui: http://ebird.org/ebird/map/ escolhendo no local Portugal, as zonas não sombreadas são locais sem informação no eBird). Se alguém tiver uma lista completa compilada entre Alpiarça e Montargil, em Moura, a nordeste de Reguengos de Monsaraz, em Anadia, no Luso, em Carregal do Sal, em Sever do Vouga, em Pinhel, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono, Marco de Canaveses, Cervães, Cabeceiras de Basto, Vidago, Vila Pouca de Aguiar, Vila Verde da Raia, Valpaços, Torre de Dona Chama ou noroeste de Miranda do Douro, sempre se junta mais uma peça ao mapa. Mas o mais importante mesmo é contribuir, em Lisboa ou no Corvo, pois todos os registos contam.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
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