Cagarro que nasceu em directo na internet predado por um gato doméstico
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Cagarro que nasceu em directo na internet predado por um gato doméstico
Cagarro que nasceu em directo na internet predado por um gato doméstico
Data: 2 de Agosto de 2011
Fonte: naturlink.sapo.pt
No âmbito do projecto “Ilhas Santuário para Aves Marinhas”, financiado pelo programa LIFE, a SPEA estava a divulgar desde Junho, imagens de um ninho de cagarro em directo na internet. A cria nasceu no dia 24 de Julho, mas viveu pouco. Na madrugada do dia 31, foi predada por um gato, o que alerta para a ameaça dos predadores introduzidos na biodiversidade local.
Durante a madrugada do dia 31 de Julho a cria de cagarro, que estava a ser seguida em directo na internet desde a postura do ovo a 1 de Junho, foi predada por um gato. Outros dois ninhos de cagarro que existiam nas redondezas também ficaram sem as crias. Estas aves marinhas não estão adaptadas a estes predadores no seu habitat pelo que não apresentam qualquer mecanismo de defesa. Segundo a SPEA, “este episódio apenas confirma a grande ameaça que são predadores introduzidos como gatos e ratos, o que justifica este projecto.”
Os predadores assim como outras espécies exóticas, introduzidos num habitat onde não existiam originalmente, podem tornar-se uma grande ameaça para as espécies autóctones. De acordo com os relatos e estudos ao longo da história, os animais domésticos como cães, gatos, porcos e ratos, extinguiram em poucos anos várias espécies de aves.
Durante as grandes viagens, que tiveram início no séc. XVI, os viajantes faziam-se acompanhar por plantas e animais domésticos que acabariam por viver em habitats totalmente distintos. Caso as espécies exóticas, plantas ou animais, se adaptassem ao novo meio, poderiam multiplicar-se e muitas vezes, originar uma praga pela falta de predadores naturais. Por sua vez, as espécies autóctones ficavam seriamente afectadas porque não estavam preparadas para as novas espécies.
Foi o que aconteceu no arquipélago dos Açores. As suas ilhas e ilhéus eram habitat para milhões de aves marinhas. Com a colonização e introdução de espécies predadoras como ratos e gatos, houve uma grande redução das populações destas aves. Actualmente, com excepção do cagarro, vivem apenas em pequenos ilhéus e falésias inacessíveis.
De forma a estudar acções possíveis para o controlo e erradicação de plantas exóticas invasoras e predadores introduzidos, a SPEA numa parceria com o Governo dos Açores (Secretaria Regional do Ambiente e do Mar), com a Câmara Municipal do Corvo e com a Royal Society for the Protection of Birds, está a desenvolver o projecto “Ilhas Santuário para Aves Marinhas”. Este projecto foi co-fianciado pela Comissão Europeia através do programa LIFE.
O projecto que começou em 2009 e terminará em 2012, está a ser desenvolvido na ilha do Corvo, local privilegiado para milhares de aves marinhas que nidificam aqui todos os anos. Oitenta e um por cento da sua área foi classificada como Zona de Protecção Especial (ZPE) ao abrigo da Directiva Aves. A ilha também está classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
O ilhéu de Vila Franca do Campo que se encontra junto à costa sul da ilha de São Miguel também foi incluído neste projecto, para testar algumas das medidas de controlo de plantas invasoras e de incentivo à nidificação destas aves.
Este projecto tem como objectivo a erradicação de predadores introduzidos como ratos (Rattus sp.), murganhos (Mus musculus) e de herbívoros introduzidos. Pretende também eliminar as plantas exóticas e restabelecer a vegetação nativa em ambos os locais do projecto. Está a ser criada a Reserva Comunitária do Corvo, uma área vedada livre de predadores (ratos e gatos) e de plantas invasoras que seja adequada à nidificação de aves. Também será desenvolvido um Plano Operacional para a erradicação de cabras, ovelhas e gatos assilvestrados aplicável a toda a Ilha do Corvo e a outras ilhas com as mesmas características.
Para além do cagarro (Calonectris diomedea), este projecto tem como alvo outras espécies das comunidades de aves marinhas nidificantes nos Açores, como o Estapagado (Puffinus puffinus), Freira-do-Bugio (Pterodroma feae), Frulho (Puffinus assimilis), Painho-da-Madeira( Oceanodroma castro) e Painho-de-Monteiro (Oceanodroma monteiroi).
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=40329&bl=1
Data: 2 de Agosto de 2011
Fonte: naturlink.sapo.pt
No âmbito do projecto “Ilhas Santuário para Aves Marinhas”, financiado pelo programa LIFE, a SPEA estava a divulgar desde Junho, imagens de um ninho de cagarro em directo na internet. A cria nasceu no dia 24 de Julho, mas viveu pouco. Na madrugada do dia 31, foi predada por um gato, o que alerta para a ameaça dos predadores introduzidos na biodiversidade local.
Durante a madrugada do dia 31 de Julho a cria de cagarro, que estava a ser seguida em directo na internet desde a postura do ovo a 1 de Junho, foi predada por um gato. Outros dois ninhos de cagarro que existiam nas redondezas também ficaram sem as crias. Estas aves marinhas não estão adaptadas a estes predadores no seu habitat pelo que não apresentam qualquer mecanismo de defesa. Segundo a SPEA, “este episódio apenas confirma a grande ameaça que são predadores introduzidos como gatos e ratos, o que justifica este projecto.”
Os predadores assim como outras espécies exóticas, introduzidos num habitat onde não existiam originalmente, podem tornar-se uma grande ameaça para as espécies autóctones. De acordo com os relatos e estudos ao longo da história, os animais domésticos como cães, gatos, porcos e ratos, extinguiram em poucos anos várias espécies de aves.
Durante as grandes viagens, que tiveram início no séc. XVI, os viajantes faziam-se acompanhar por plantas e animais domésticos que acabariam por viver em habitats totalmente distintos. Caso as espécies exóticas, plantas ou animais, se adaptassem ao novo meio, poderiam multiplicar-se e muitas vezes, originar uma praga pela falta de predadores naturais. Por sua vez, as espécies autóctones ficavam seriamente afectadas porque não estavam preparadas para as novas espécies.
Foi o que aconteceu no arquipélago dos Açores. As suas ilhas e ilhéus eram habitat para milhões de aves marinhas. Com a colonização e introdução de espécies predadoras como ratos e gatos, houve uma grande redução das populações destas aves. Actualmente, com excepção do cagarro, vivem apenas em pequenos ilhéus e falésias inacessíveis.
De forma a estudar acções possíveis para o controlo e erradicação de plantas exóticas invasoras e predadores introduzidos, a SPEA numa parceria com o Governo dos Açores (Secretaria Regional do Ambiente e do Mar), com a Câmara Municipal do Corvo e com a Royal Society for the Protection of Birds, está a desenvolver o projecto “Ilhas Santuário para Aves Marinhas”. Este projecto foi co-fianciado pela Comissão Europeia através do programa LIFE.
O projecto que começou em 2009 e terminará em 2012, está a ser desenvolvido na ilha do Corvo, local privilegiado para milhares de aves marinhas que nidificam aqui todos os anos. Oitenta e um por cento da sua área foi classificada como Zona de Protecção Especial (ZPE) ao abrigo da Directiva Aves. A ilha também está classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
O ilhéu de Vila Franca do Campo que se encontra junto à costa sul da ilha de São Miguel também foi incluído neste projecto, para testar algumas das medidas de controlo de plantas invasoras e de incentivo à nidificação destas aves.
Este projecto tem como objectivo a erradicação de predadores introduzidos como ratos (Rattus sp.), murganhos (Mus musculus) e de herbívoros introduzidos. Pretende também eliminar as plantas exóticas e restabelecer a vegetação nativa em ambos os locais do projecto. Está a ser criada a Reserva Comunitária do Corvo, uma área vedada livre de predadores (ratos e gatos) e de plantas invasoras que seja adequada à nidificação de aves. Também será desenvolvido um Plano Operacional para a erradicação de cabras, ovelhas e gatos assilvestrados aplicável a toda a Ilha do Corvo e a outras ilhas com as mesmas características.
Para além do cagarro (Calonectris diomedea), este projecto tem como alvo outras espécies das comunidades de aves marinhas nidificantes nos Açores, como o Estapagado (Puffinus puffinus), Freira-do-Bugio (Pterodroma feae), Frulho (Puffinus assimilis), Painho-da-Madeira( Oceanodroma castro) e Painho-de-Monteiro (Oceanodroma monteiroi).
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=40329&bl=1
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