Câmara de Vale de Cambra cede terrenos para criação de hortas e dá prioridade a famílias carenciadas

Câmara de Vale de Cambra cede terrenos para criação de hortas e dá prioridade a famílias carenciadas

11 Jun, 2012

fonte : rtp.pt

A Câmara Municipal de Vale de Cambra vai disponibilizar à população do concelho mais de 1.000 metros quadrados de terreno para a criação de hortas em espaços urbanos, privilegiando na atribuição dos lotes as famílias mais carenciadas.

A medida foi anunciada à Lusa pelo vereador do Ambiente na autarquia, que explicou que a medida já foi aprovada em reunião de Câmara e visa "o desenvolvimento sustentável e a promoção da qualidade de vida das populações locais, neste momento de grande dificuldade que o país atravessa".

"Queremos potenciar a sustentabilidade ambiental dos espaços e interessa-nos também incentivar a produção de espécies hortícolas mais saudáveis", afirma Pedro Almeida.

Para a primeira fase do projeto estão disponíveis 21 parcelas de terreno, cada uma das quais com 50 metros quadrados. Todas estão localizadas na Avenida do Complexo Desportivo das Airas, mesmo no centro de Vale de Cambra, sendo que, caso esses lotes se revelem insuficientes para a adesão registada, a autarquia tem já outros terrenos preparados para o efeito, noutras freguesias urbanas do concelho.

Em cada grande concentração de hortas haverá um espaço comum para armazenamento de ferramentas e instrumentos agrícolas e também uma área destinada a compostagem. A autarquia irá ainda disponibilizar alguns dos seus técnicos para acompanharem o processo e prestarem apoio aos novos agricultores, estando ainda previstas eventuais ações de formação, se a procura o vier a justificar.

Pedro Almeida garante, contudo, que a prioridade é garantir que são as famílias mais carenciadas do concelho as primeiras a aceder aos novos espaços agrícolas. "As hortas urbanas destinam-se a toda, mas mesmo a toda a população de Vale de Cambra", realça o vereador. "Mas a carência económica da família candidata será sempre o fator mais importante a ter em conta".

Avaliada a condição de cada agregado, num processo conduzido por um grupo de técnicos da autarquia especificamente constituído para o efeito, a distribuição dos terrenos verificar-se-á de acordo com quatro critérios: a ordem de inscrição, em primeiro lugar; a carência económica do agregado familiar, em segundo; a situação de desemprego de um ou mais dos elementos da família; e, finalmente, a residência nas freguesias urbanas do concelho.

Em igualdade de circunstâncias, as famílias com três elementos terão direito a uma parcela de terreno, enquanto os agregados com quatro pessoas ou mais terão direito a uma parcela adicional.

Os interessados em aderir ao programa deverão inscrever-se para o efeito através dos serviços da autarquia e tudo aponta que, uma vez concluído o processo de atribuição dos terrenos, esses possam começar a ser lavrados já no final do verão.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=561468&tm=6&layout=121&visual=49