Atlas das aves nidificantes
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Re: Atlas das aves nidificantes
Comunicação, comunicação, bem quanto a isso todos de acordo.
pedro121- Número de Mensagens : 16018
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Atlas das aves nidificantes
pedro121 escreveu:Comunicação, comunicação, bem quanto a isso todos de acordo.
Todos? Se calhar não são todos. Nomeadamente quem não comunica é porque provavelmente não considera que essa parte seja importante
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Gonçalo Elias escreveu:Todos? Se calhar não são todos. Nomeadamente quem não comunica é porque provavelmente não considera que essa parte seja importante Evil or Very Mad
Exacto. Quando não se comunica é porque não tem interesse ou não é prioridade, quando acho que deveria ser.
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das aves nidificantes
No dia 29 de Março recebi um mail da SPEA dirigido aos "observadores" e a apelar à participação no projecto.
Face aos recentes desenvolvimentos, fica a vontade de perguntar: "quanto é que pagam?"
Face aos recentes desenvolvimentos, fica a vontade de perguntar: "quanto é que pagam?"
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Gonçalo Elias escreveu:No dia 29 de Março recebi um mail da SPEA dirigido aos "observadores" e a apelar à participação no projecto.
Face aos recentes desenvolvimentos, fica a vontade de perguntar: "quanto é que pagam?" Rolling Eyes
Eu também o recebi!!
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das aves nidificantes
João Tomás escreveu:Gonçalo Elias escreveu:No dia 29 de Março recebi um mail da SPEA dirigido aos "observadores" e a apelar à participação no projecto.
Face aos recentes desenvolvimentos, fica a vontade de perguntar: "quanto é que pagam?" Rolling Eyes
Eu também o recebi!!
Pois eu não entendo como é que é possível continuar a apelar à participação voluntária...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Para colmatar o que não seja feito por profissionais, suponho eu.Gonçalo Elias escreveu:Pois eu não entendo como é que é possível continuar a apelar à participação voluntária...
Re: Atlas das aves nidificantes
HL escreveu:Para colmatar o que não seja feito por profissionais, suponho eu.Gonçalo Elias escreveu:Pois eu não entendo como é que é possível continuar a apelar à participação voluntária...
Acredito que o objectivo seja esse, mas a partir do momento em que há dinheiro para pagar a pessoas para fazer o trabalho de campo, parece-me profundamente desrespeitoso estar a tentar convencer outras pessoas a fazer igual trabalho de forma totalmente voluntária (ainda para mais sem despesas pagas).
Acho que não é justo (porque uns são pagos e outros não para fazer exactamente o mesmo trabalho) e desconfio que esta situação nem sequer é transparente (na medida em que se apela à participação dos voluntários sem lhes dizer, de forma clara, que outros estão a ser pagos para fazerem o trabalho que é suposto eles, voluntários, fazerem de borla - pelo menos no mail que recebi não há qualquer menção a isso).
Não estou com isto a dizer que o trabalho tivesse de ser todo profissionalizado, mas seria muito mais justo que os voluntários fossem, ao menos, ressarcidos das despesas efectuadas. Foi esse o modelo escolhido no atlas anterior (1999-2005) e resultou muito bem. Aliás, foi nesse regime que eu fiz quase mil tétradas como voluntário, mas com a compensação de ter as despesas integralmente pagas. Por" despesas" entenda-se quilómetros, portagens, alojamento e refeições.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Eu acho que bastava deslocações pagas. Pelo menos, seria o suficiente para eu contribuir.
Nos moldes actuais, as minhas motivações são baixas. Já contribuí com várias quadrículas para vários Atlas da SPEA, e nunca tive qualquer compensação por nada. Incluindo para o corrente Altas onde fiz quadrículas que me custaram mais de 200 euros só em deslocações (duas visitas incluídas).
Nos moldes actuais, as minhas motivações são baixas. Já contribuí com várias quadrículas para vários Atlas da SPEA, e nunca tive qualquer compensação por nada. Incluindo para o corrente Altas onde fiz quadrículas que me custaram mais de 200 euros só em deslocações (duas visitas incluídas).
PNicolau- Número de Mensagens : 7852
Idade : 29
Local : Lisboa
Data de inscrição : 28/12/2008
Re: Atlas das aves nidificantes
Quando estamos a falar de quadrículas perto de casa (a 1 hora de distância, por exemplo), deslocações pagas é suficiente. Mas para distâncias maiores é preciso contar com outro tipo de despesas. No atlas anterior eu fui fazer quadrículas a Trás-os-Montes, ao Minho, à Beira Alta e Baixa, ao Ribatejo e ao Alto e Baixo Alentejo e isso só foi possível porque o alojamento e as refeições eram pagas, caso contrário a despesa seria incomportável.
Independentemente disso, eu considero que num projecto destes a organização deve decidir sem ambiguidades se se trata de um projecto de cariz voluntário ou não.
Num projecto voluntário, não há financiamento e é suposto as pessoas contribuírem graciosamente para uma "causa", um "bem maior"; é uma ideia bonita, sem dúvida, mas só funciona se for possível mobilizar as pessoas. Em certos países tem dado bons resultados. No entanto, se não houver massa crítica para cobrir o território todo numa base de voluntariado, corre-se o risco de os resultados ficarem com graves deficiências de cobertura, o que tem como resultado mapas com muitas descontinuidades (como sucedeu no atlas das invernantes e migradoras e, em certa medida no CAC, em que a falta de capacidade de mobilização tem resultado no desinteresse por parte dos observadores).
Em minha opinião, em Portugal não há massa crítica para cobrir a totalidade do território numa base de voluntariado e por isso para ter resultados minimamente sólidos e completos é realmente necessário recorrer a profissionais, devidamente remunerados para o efeito. É uma opção incontornável, e não vale a pena fingir que não é assim.
Por este motivo, eu não acho mal que se recorra a profissionais. O que eu acho mal, mesmo muito mal, é que isso não seja publicamente assumido de forma clara e que se continue a tentar angariar voluntários, passando a ideia de que neste projecto é suposto as pessoas continuarem não só a dar o seu tempo como também a suportar as despesas associadas - saliento que no site da SPEA está referido que "Até esta data não está garantido qualquer apoio financeiro ao projecto", por isso as pessoas que quiserem continuar a colaborar como voluntários são levados a acreditar que o financiamento não existe. E isto não é verdade.
Independentemente disso, eu considero que num projecto destes a organização deve decidir sem ambiguidades se se trata de um projecto de cariz voluntário ou não.
Num projecto voluntário, não há financiamento e é suposto as pessoas contribuírem graciosamente para uma "causa", um "bem maior"; é uma ideia bonita, sem dúvida, mas só funciona se for possível mobilizar as pessoas. Em certos países tem dado bons resultados. No entanto, se não houver massa crítica para cobrir o território todo numa base de voluntariado, corre-se o risco de os resultados ficarem com graves deficiências de cobertura, o que tem como resultado mapas com muitas descontinuidades (como sucedeu no atlas das invernantes e migradoras e, em certa medida no CAC, em que a falta de capacidade de mobilização tem resultado no desinteresse por parte dos observadores).
Em minha opinião, em Portugal não há massa crítica para cobrir a totalidade do território numa base de voluntariado e por isso para ter resultados minimamente sólidos e completos é realmente necessário recorrer a profissionais, devidamente remunerados para o efeito. É uma opção incontornável, e não vale a pena fingir que não é assim.
Por este motivo, eu não acho mal que se recorra a profissionais. O que eu acho mal, mesmo muito mal, é que isso não seja publicamente assumido de forma clara e que se continue a tentar angariar voluntários, passando a ideia de que neste projecto é suposto as pessoas continuarem não só a dar o seu tempo como também a suportar as despesas associadas - saliento que no site da SPEA está referido que "Até esta data não está garantido qualquer apoio financeiro ao projecto", por isso as pessoas que quiserem continuar a colaborar como voluntários são levados a acreditar que o financiamento não existe. E isto não é verdade.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Gonçalo Elias escreveu:Acho que não é justo (porque uns são pagos e outros não para fazer exactamente o mesmo trabalho) e desconfio que esta situação nem sequer é transparente (na medida em que se apela à participação dos voluntários sem lhes dizer, de forma clara, que outros estão a ser pagos para fazerem o trabalho que é suposto eles, voluntários, fazerem de borla - pelo menos no mail que recebi não há qualquer menção a isso).
Concordo com isto que referes e, na verdade, é o que me deixa mais triste no meio desta salganhada toda de organização ou falta dela. Neste momento, com a prorrogação do período de trabalhos, os voluntários e a sociedade em geral deveríam ter acesso à situação actual do atlas (quadrículas realizadas, quantas faltam, etc) e quais os objectivos para os dois anos que faltam. Deveríam ainda saber das novidades que entretanto se sabem, e que estão relacionadas com a realização de quadrículas por profissionais. Eu pelo menos não encontrei nada em nenhum local com esta informação.
Mais uma vez, a juntar a tantas outras vezes no passado, a organização não está a demonstrar carinho pelos voluntários nem que este é um projecto fundamental para se conhecer o estatuto actual da avifauna nacional. Para além disto, há ainda omissão de informação o que, como o Gonçalo referiu, torna todo este processo pouco transparente para as pessoas que já deram muito a este e a outros projectos.
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das aves nidificantes
Havia uma regra que determinava que as visitas sistemáticas deveriam ser feitas até um máximo de 4 horas após o nascer do sol (página 5, aqui). No caso de Maio isto significa realizar as visitas até às 10h30, aproximadamente
No entanto têm estado a ser realizadas diversas visitas a meio do dia, como por exemplo estas:
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56571764 (às 11h30)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56271297 (às 12h00)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56034028 (às 12h39)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56482420 (às 13h27)
Nota: todas estas listas dizem respeito a diferentes observadores e diferentes distritos, portanto não é um problema referente apenas a um local ou a um colaborador em particular.
Eu entendo que não seja possível (por razões logísticas, pessoais ou outras), realizar todas as visitas no horário previsto, mas se a ideia é aceitar também as visitas realizadas às 12 ou 13 horas, talvez fosse preferível adaptar a metodologia em conformidade, deste modo não se obriga os observadores a madrugar sem necessidade
No entanto têm estado a ser realizadas diversas visitas a meio do dia, como por exemplo estas:
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56571764 (às 11h30)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56271297 (às 12h00)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56034028 (às 12h39)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56482420 (às 13h27)
Nota: todas estas listas dizem respeito a diferentes observadores e diferentes distritos, portanto não é um problema referente apenas a um local ou a um colaborador em particular.
Eu entendo que não seja possível (por razões logísticas, pessoais ou outras), realizar todas as visitas no horário previsto, mas se a ideia é aceitar também as visitas realizadas às 12 ou 13 horas, talvez fosse preferível adaptar a metodologia em conformidade, deste modo não se obriga os observadores a madrugar sem necessidade
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Gonçalo Elias escreveu:Havia uma regra que determinava que as visitas sistemáticas deveriam ser feitas até um máximo de 4 horas após o nascer do sol (página 5, aqui). No caso de Maio isto significa realizar as visitas até às 10h30, aproximadamente
No entanto têm estado a ser realizadas diversas visitas a meio do dia, como por exemplo estas:
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56571764 (às 11h30)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56271297 (às 12h00)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56034028 (às 12h39)
https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56482420 (às 13h27)
Nota: todas estas listas dizem respeito a diferentes observadores e diferentes distritos, portanto não é um problema referente apenas a um local ou a um colaborador em particular.
Eu entendo que não seja possível (por razões logísticas, pessoais ou outras), realizar todas as visitas no horário previsto, mas se a ideia é aceitar também as visitas realizadas às 12 ou 13 horas, talvez fosse preferível adaptar a metodologia em conformidade, deste modo não se obriga os observadores a madrugar sem necessidade Smile
Pois. Isso e ser mais do que uma pessoa a fazer a tétrada, que certamente aumenta muito o nível de detectabilidade.
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Atlas das aves nidificantes
Já agora, e ainda sobre as visitas sistemáticas saliento o seguinte:
- o atlas das Ilhas Britânicas (cuja metodologia serviu de inspiração para os nossos atlas II e III) previa duas visitas de uma hora a oito tétradas, ou seja, 16 horas de visita sistemática por quadrícula
- o II atlas nacional adaptou a metodologia, mas reduziu o número de tétradas para seis, o que significa que o atlas foi feito com 12 horas de trabalho sistemático por quadrícula
- o III atlas manteve as seis tétradas mas reduziu a duração das visitas a meia hora, daqui decorre que para cada quadrícula se pretende 6 horas de trabalho de campo
- em 2019 a metodologia do III atlas foi modificada e agora só se exige uma visita de meia hora a cada uma das seis tétradas, ou seja um total de 3 horas em cada quadrícula.
É manifesto que o grau de exigência tem vindo a ficar cada vez mais baixo. Se seis horas já era pouco, três horas é pouquíssimo. Não sei bem que resultados se espera obter com visitas de três horas, da minha experiência esse esforço é insuficiente para conseguir uma boa amostra da avifauna da quadrícula (especialmente no que se refere às espécies menos abundantes). Junte-se a isso visitas feitas à hora de almoço e começa a ser previsível que os mapas de distribuição vão ficar com muitas falhas de cobertura.
- o atlas das Ilhas Britânicas (cuja metodologia serviu de inspiração para os nossos atlas II e III) previa duas visitas de uma hora a oito tétradas, ou seja, 16 horas de visita sistemática por quadrícula
- o II atlas nacional adaptou a metodologia, mas reduziu o número de tétradas para seis, o que significa que o atlas foi feito com 12 horas de trabalho sistemático por quadrícula
- o III atlas manteve as seis tétradas mas reduziu a duração das visitas a meia hora, daqui decorre que para cada quadrícula se pretende 6 horas de trabalho de campo
- em 2019 a metodologia do III atlas foi modificada e agora só se exige uma visita de meia hora a cada uma das seis tétradas, ou seja um total de 3 horas em cada quadrícula.
É manifesto que o grau de exigência tem vindo a ficar cada vez mais baixo. Se seis horas já era pouco, três horas é pouquíssimo. Não sei bem que resultados se espera obter com visitas de três horas, da minha experiência esse esforço é insuficiente para conseguir uma boa amostra da avifauna da quadrícula (especialmente no que se refere às espécies menos abundantes). Junte-se a isso visitas feitas à hora de almoço e começa a ser previsível que os mapas de distribuição vão ficar com muitas falhas de cobertura.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Bom dia,
Falando pela minha visita (https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56482420), aproveitei o tempo enquanto esperava no centro de saúde de Mangualde.
Caso a agenda/tempo o permita pretendo visitar esta quadrícula pelo que achei interessante realizar um ensaio em habitat urbano. Se, como espero, vier a visitar a quadrícula farei as 6 tétradas em horário mais adequado e esta fica como reforço em habitat menos prospectado. Ainda assim, ressalvo que tendo em conta o habitat, o percurso e a minha experiência prévia na área julgo que o elenco de espécies está dentro do expectável.
É preciso ter em atenção que há outros factores, nomeadamente a meteo que influem muito na detecção das espécies pelo que a recomendação de visitar a quadrícula dentro do período de 4h após o nascer do sol e 3h antes do pôr-do-sol são isso mesmo, recomendações. Podem, e devem, ser ajustadas em função das condições locais e da experiência do observador com o local em concreto.
Pedro Cardia
Falando pela minha visita (https://ebird.org/portugal/view/checklist/S56482420), aproveitei o tempo enquanto esperava no centro de saúde de Mangualde.
Caso a agenda/tempo o permita pretendo visitar esta quadrícula pelo que achei interessante realizar um ensaio em habitat urbano. Se, como espero, vier a visitar a quadrícula farei as 6 tétradas em horário mais adequado e esta fica como reforço em habitat menos prospectado. Ainda assim, ressalvo que tendo em conta o habitat, o percurso e a minha experiência prévia na área julgo que o elenco de espécies está dentro do expectável.
É preciso ter em atenção que há outros factores, nomeadamente a meteo que influem muito na detecção das espécies pelo que a recomendação de visitar a quadrícula dentro do período de 4h após o nascer do sol e 3h antes do pôr-do-sol são isso mesmo, recomendações. Podem, e devem, ser ajustadas em função das condições locais e da experiência do observador com o local em concreto.
Pedro Cardia
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Atlas das aves nidificantes
pedrocardia escreveu:Podem, e devem, ser ajustadas em função das condições locais e da experiência do observador com o local em concreto.
Faz sentido o que dizes, mas se calhar isso podia ser referido de forma mais explícita na metodologia.
Repara que eu não estou a sugerir que não possam ser feitas visitas a meio do dia, o que eu estou a sugerir é que se assuma (na metodologia) que não há problema de fazer visitas a meio do dia, desde que as condições o permitam. E porquê? Porque na prática já é isso que acontece.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Gonçalo Elias escreveu:pedrocardia escreveu:Podem, e devem, ser ajustadas em função das condições locais e da experiência do observador com o local em concreto.
Faz sentido o que dizes, mas se calhar isso podia ser referido de forma mais explícita na metodologia.
Repara que eu não estou a sugerir que não possam ser feitas visitas a meio do dia, o que eu estou a sugerir é que se assuma (na metodologia) que não há problema de fazer visitas a meio do dia, desde que as condições o permitam. E porquê? Porque na prática já é isso que acontece.
Compreendo a tua posição.
A metodologia é um compromisso, pois está dirigida ao "observador médio" que é uma entidade imaginária.
Se quiséssemos re-escrever a metodologia tendo em conta o observador mais experiente o documento final seria de certeza diferente. Mais simples, mais sintético e menos "estipulador".
Voltando à minha lista de Mangualde feita às 13:27h, estava uma meteo "desagradável": com uma camisola vestida eu tinha frio estando na sombra de árvores; isto num dia com céu quase limpo e sol a brilhar. como consequência (?), as aves estavam bastante activas, seja pelo canto seja pela procura de alimento. Não era de todo o típico período morto do dia.
Pedro
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Atlas das aves nidificantes
pedrocardia escreveu:A metodologia é um compromisso, pois está dirigida ao "observador médio" que é uma entidade imaginária.
É uma forma interessante de colocar a questão.
pedrocardia escreveu:como consequência (?), as aves estavam bastante activas, seja pelo canto seja pela procura de alimento. Não era de todo o típico período morto do dia.
É verdade que a existência desse período morto varia bastante, em função das condições particulares de cada dia, mas também é oportuno lembrar que à medida que a época avança esse período de inactividade ganha relevância - ou seja, observar aves às 13 horas em meados de Abril não é a mesma coisa que observar aves às 13 horas em meados de Junho. Há aqui muita subjectividade no meio disto tudo.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Desafio ATLAS aos observadores: rapinas noturnas a nidificar
Este inverno, lançamos um desafio a todos os observadores de aves: registar as rapinas noturnas no PortugalAves eBird com o código de nidificação apropriado. Deste modo dão um importante contributo para o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal.
Devido ao seu comportamento, escassez e atividade predominantemente noturna, é muito difícil mapear a distribuição reprodutora das aves de rapina noturnas com um esforço de campo centrado apenas nos períodos das visitas sistemáticas do Atlas (de Março a Julho). Por este motivo, todas as observações de rapinas noturnas registadas, com código de nidificação, no PortugalAves eBird são muito valiosas para o Atlas.
Assim, lançamos um duplo desafio a todos os observadores:
1. estejam atentos aos sons que se ouvem nas longas noites de inverno; e
2. submetam as observações de aves de rapina noturnas com o código de nidificação adequado ao PortugalAves eBird (consultar AQUI as instruções de inserção de dados).
Na página do III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal disponibilizam-se gravações das vocalizações mais típicas das rapinas noturnas bem como as instruções para o seu uso.
Por serem aves geralmente escassas, discretas e de difícil deteção todas as observações de rapinas noturnas com evidências de nidificação registadas no PortugalAves eBird são valiosas!
Obrigado pelo vosso contributo !
Pedro Cardia
Este inverno, lançamos um desafio a todos os observadores de aves: registar as rapinas noturnas no PortugalAves eBird com o código de nidificação apropriado. Deste modo dão um importante contributo para o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal.
Devido ao seu comportamento, escassez e atividade predominantemente noturna, é muito difícil mapear a distribuição reprodutora das aves de rapina noturnas com um esforço de campo centrado apenas nos períodos das visitas sistemáticas do Atlas (de Março a Julho). Por este motivo, todas as observações de rapinas noturnas registadas, com código de nidificação, no PortugalAves eBird são muito valiosas para o Atlas.
Assim, lançamos um duplo desafio a todos os observadores:
1. estejam atentos aos sons que se ouvem nas longas noites de inverno; e
2. submetam as observações de aves de rapina noturnas com o código de nidificação adequado ao PortugalAves eBird (consultar AQUI as instruções de inserção de dados).
Na página do III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal disponibilizam-se gravações das vocalizações mais típicas das rapinas noturnas bem como as instruções para o seu uso.
Por serem aves geralmente escassas, discretas e de difícil deteção todas as observações de rapinas noturnas com evidências de nidificação registadas no PortugalAves eBird são valiosas!
Obrigado pelo vosso contributo !
Pedro Cardia
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Atlas das aves nidificantes
Introduzir isto ao fim de vários anos de início dos trabalhos é, no mínimo, estranho. Deixo uma sugestão. Façam o trabalho inverso. Peguem nos pontos que existem e sobreponham-lhes as quadrículas. Depois é ver como lidar com os hotspots que ficam no limite das quadrículasPedro Cardia escreveu:Desafio ATLAS aos observadores: rapinas noturnas a nidificar
Este inverno, lançamos um desafio a todos os observadores de aves: registar as rapinas noturnas no PortugalAves eBird com o código de nidificação apropriado. Deste modo dão um importante contributo para o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal.
Carlos Pacheco- Número de Mensagens : 1297
Idade : 51
Local : Odemira
Data de inscrição : 27/06/2007
Re: Atlas das aves nidificantes
Carlos Pacheco escreveu:Introduzir isto ao fim de vários anos de início dos trabalhos é, no mínimo, estranho. Deixo uma sugestão. Façam o trabalho inverso. Peguem nos pontos que existem e sobreponham-lhes as quadrículas. Depois é ver como lidar com os hotspots que ficam no limite das quadrículasPedro Cardia escreveu:Desafio ATLAS aos observadores: rapinas noturnas a nidificar
Este inverno, lançamos um desafio a todos os observadores de aves: registar as rapinas noturnas no PortugalAves eBird com o código de nidificação apropriado. Deste modo dão um importante contributo para o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal.
Olá,
As duas abordagens são complementares e estão a ser feitas.
Por um lado, estes "Alertas Atlas" servem para chamar a atenção ,por exemplo, para espécies/grupos cujo comportamento reprodutor não é bem amostrado no intervalo temporal das visitas sistemáticas e espécies de difícil detecção.
Todos os dados com evidências de reprodução inseridos no PortugalAves eBird dentro do intervalo temporal do Atlas (de 15 Mar 2015 para a frente) são um contributo importante para o Atlas.
O problema de como lidar com os dados dos hotspots reside, principalmente, nos hotspots do tipo "Área Geral" (ver, p.f., este exemplo). A abordagem seguida tem sido não incluir estes dados, pois não é possível restringir a sua localização a uma quadrícula de 10x10 km. Uma limitação adicional de listas carregadas nestes hotspots gerais (mas não só) é o facto de, com alguma frequência, incluírem trajectos de (bem) mais de 10 km.
Pedro Cardia
---
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Atlas das aves nidificantes
Caros forumeiros,
Para os interessados, vai haver uma sessão de informação pública sobre os projetos de Revisão da Lista Vermelha das Aves e do III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal. Será no próximo dia 5 de março, na Faculdade de Ciências de Lisboa.
Ver aqui: http://www.spea.pt/calendario/?year=2020&month=02&id=2163
Abraço.
Para os interessados, vai haver uma sessão de informação pública sobre os projetos de Revisão da Lista Vermelha das Aves e do III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal. Será no próximo dia 5 de março, na Faculdade de Ciências de Lisboa.
Ver aqui: http://www.spea.pt/calendario/?year=2020&month=02&id=2163
Abraço.
dleitao- Número de Mensagens : 27
Data de inscrição : 16/07/2012
Re: Atlas das aves nidificantes
pedrocardia escreveu:Desafio ATLAS aos observadores: rapinas noturnas a nidificar
Este inverno, lançamos um desafio a todos os observadores de aves: registar as rapinas noturnas no PortugalAves eBird com o código de nidificação apropriado. Deste modo dão um importante contributo para o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal.
Devido ao seu comportamento, escassez e atividade predominantemente noturna, é muito difícil mapear a distribuição reprodutora das aves de rapina noturnas com um esforço de campo centrado apenas nos períodos das visitas sistemáticas do Atlas (de Março a Julho). Por este motivo, todas as observações de rapinas noturnas registadas, com código de nidificação, no PortugalAves eBird são muito valiosas para o Atlas.
Assim, lançamos um duplo desafio a todos os observadores:
1. estejam atentos aos sons que se ouvem nas longas noites de inverno; e
2. submetam as observações de aves de rapina noturnas com o código de nidificação adequado ao PortugalAves eBird (consultar AQUI as instruções de inserção de dados).
Na página do III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal disponibilizam-se gravações das vocalizações mais típicas das rapinas noturnas bem como as instruções para o seu uso.
Por serem aves geralmente escassas, discretas e de difícil deteção todas as observações de rapinas noturnas com evidências de nidificação registadas no PortugalAves eBird são valiosas!
Obrigado pelo vosso contributo !
Pedro Cardia
Por acaso também trabalho de noite, e esta noite que passou com as vocalizações disponibilizadas no atlas consegui detectar na perfeição a "Coruja-das-torres - Tyto alba" mas quando vou colocar no ebird a história das tetradas faz-me confusão porque por exemplo no sitio onde estava aparece mais que uma e não sei qual é a certa. No caso em questão (Tavira) a quadricula suponho eu que seria a e275n173 mas depois a tetrada não sei como escolher.
nfpconceicao- Número de Mensagens : 218
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Atlas das aves nidificantes
Boa noite Nuno,
"Por acaso também trabalho de noite, e esta noite que passou com as vocalizações disponibilizadas no atlas consegui detectar na perfeição a "Coruja-das-torres - Tyto alba" (...)"
Muito bom ! É sempre um desafio encontrar rapinas noturnas e, mesmo tentando, nem sempre somos bem sucedidos.
"(...) mas quando vou colocar no ebird a história das tetradas faz-me confusão porque por exemplo no sitio onde estava aparece mais que uma e não sei qual é a certa. No caso em questão (Tavira) a quadricula suponho eu que seria a e275n173 mas depois a tetrada não sei como escolher."
A forma mais fácil de descobrir qual o código de uma tétrada (2x2km) é abrir no Google Earth o ficheiro que pode ser descarregado AQUI.
Depois, no Google Earth deve fazer zoom até conseguir identificar bem o local que procura. Se colocar o cursor em cima do local onde detectou a coruja-das-torres e clicar na imagem deve surgir uma pequena janela/tabela que, na linha de cima, tem o código da tétrada. Os códigos de uma quadrícula (10x10km) são alfanuméricos do tipo E111N111 (letra, 3 algarismos, letra, 3 algarismos). Cada uma das 25 tétradas de uma quadrícula é identificada por uma letra, de A a Z (a letra "O" não é usada). Por exemplo, para designar a tétrada L da quadrícula E275N174 usa-se o código: E275N174_L (o underscore separa a letra que indica a tétrada do código de 8 dígitos que designa a quadrícula).
Para que a observação/escuta de coruja-das-torres seja ainda mais rica de informação é importante acrescentar o código de nidificação relevante. Na tabela da página 7 do PDF que pode consultar AQUI estão descritos os códigos de nidificação usados no Atlas.
Ajudei ?
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Cardia
P.S.: tenho boas memórias de ver Coruja-das-torres em Tavira a caçar pardais nas palmeiras do jardim que existe junto à ponte romana sobre o rio Gilão.
"Por acaso também trabalho de noite, e esta noite que passou com as vocalizações disponibilizadas no atlas consegui detectar na perfeição a "Coruja-das-torres - Tyto alba" (...)"
Muito bom ! É sempre um desafio encontrar rapinas noturnas e, mesmo tentando, nem sempre somos bem sucedidos.
"(...) mas quando vou colocar no ebird a história das tetradas faz-me confusão porque por exemplo no sitio onde estava aparece mais que uma e não sei qual é a certa. No caso em questão (Tavira) a quadricula suponho eu que seria a e275n173 mas depois a tetrada não sei como escolher."
A forma mais fácil de descobrir qual o código de uma tétrada (2x2km) é abrir no Google Earth o ficheiro que pode ser descarregado AQUI.
Depois, no Google Earth deve fazer zoom até conseguir identificar bem o local que procura. Se colocar o cursor em cima do local onde detectou a coruja-das-torres e clicar na imagem deve surgir uma pequena janela/tabela que, na linha de cima, tem o código da tétrada. Os códigos de uma quadrícula (10x10km) são alfanuméricos do tipo E111N111 (letra, 3 algarismos, letra, 3 algarismos). Cada uma das 25 tétradas de uma quadrícula é identificada por uma letra, de A a Z (a letra "O" não é usada). Por exemplo, para designar a tétrada L da quadrícula E275N174 usa-se o código: E275N174_L (o underscore separa a letra que indica a tétrada do código de 8 dígitos que designa a quadrícula).
Para que a observação/escuta de coruja-das-torres seja ainda mais rica de informação é importante acrescentar o código de nidificação relevante. Na tabela da página 7 do PDF que pode consultar AQUI estão descritos os códigos de nidificação usados no Atlas.
Ajudei ?
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Cardia
P.S.: tenho boas memórias de ver Coruja-das-torres em Tavira a caçar pardais nas palmeiras do jardim que existe junto à ponte romana sobre o rio Gilão.
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Atlas das aves nidificantes
Bom dia, ajudou e muito. Em relação às palmeiras muitas foram-se com a praga mas ainda ficaram algumas que receberam o tratamento. Pardais são às paletes ao fim do dia mas curiosamente nunca reparei em corujas. Vou ficar atento.
Obrigado pela ajuda.
Obrigado pela ajuda.
nfpconceicao- Número de Mensagens : 218
Data de inscrição : 10/09/2018
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